A leitura bíblica de hoje encontra-se em Marcos 13-16 e Salmos 20.
Marcos
13.1 E, saindo ele do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras e que edifícios!
13.2 E, respondendo Jesus, disse-lhe: Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada.
13.3 E, assentando-se ele no monte das Oliveiras, defronte do templo, Pedro, e Tiago, e João, e André lhe perguntaram em particular:
13.4 Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir.
13.5 E Jesus, respondendo-lhes, começou a dizer: Olhai que ninguém vos engane,
13.6 porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
13.7 E, quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, não vos perturbeis, porque assim deve acontecer; mas ainda não será o fim.
13.8 Porque se levantará nação contra nação, e reino, contra reino, e haverá terremotos em diversos lugares, e haverá fomes. Isso será o princípio de dores.
13.9 Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios e às sinagogas; sereis açoitados e sereis apresentados ante governadores e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho.
13.10 Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações:
13.11 Quando, pois, vos conduzirem para vos entregarem, não estejais solícitos de antemão pelo que haveis de dizer; mas o que vos for dado naquela hora, isso falai; porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo.
13.12 E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai, o filho; e levantar-se-ão os filhos contra os pais e os farão morrer.
13.13 E sereis aborrecidos por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo.
13.14 Ora, quando vós virdes a abominação do assolamento, que foi predito, estar onde não deve estar (quem lê, que entenda), então, os que estiverem na Judéia, que fujam para os montes;
13.15 e o que estiver sobre o telhado, que não desça para casa, nem entre a tomar coisa alguma de sua casa;
13.16 e o que estiver no campo, que não volte atrás, para tomar a sua veste.
13.17 Mas ai das grávidas e das que criarem naqueles dias!
13.18 Orai, pois, para que a vossa fuga não suceda no inverno,
13.19 porque, naqueles dias, haverá uma aflição tal, qual nunca houve desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá.
13.20 E, se o Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos que escolheu, abreviou aqueles dias.
13.21 E, então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo, ou: Ei-lo ali, não acrediteis.
13.22 Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos.
13.23 Mas vós vede; eis que de antemão vos tenho dito tudo.
13.24 Ora, naqueles dias, depois daquela aflição, o sol se escurecerá, e a lua não dará a sua luz.
13.25 E as estrelas cairão do céu, e as forças que estão nos céus serão abaladas.
13.26 E, então, verão vir o Filho do Homem nas nuvens, com grande poder e glória.
13.27 E ele enviará os seus anjos e ajuntará os seus escolhidos, desde os quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu.
13.28 Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já o seu ramo se torna tenro, e brotam folhas, bem sabeis que já está próximo o verão.
13.29 Assim também vós, quando virdes sucederem essas coisas, sabei que já está perto, às portas.
13.30 Na verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas aconteçam.
13.31 Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.
13.32 Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai.
13.33 Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo.
13.34 É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um, a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse.
13.35 Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã,
13.36 para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo.
13.37 E as coisas que vos digo digo-as a todos: Vigiai.
14.1 E, dali a dois dias, era a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos; e os principais dos sacerdotes e os escribas buscavam como o prenderiam com dolo e o matariam.
14.2 Mas eles diziam: Não na festa, para que, porventura, se não faça alvoroço entre o povo.
14.3 E, estando ele em Betânia assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro, com ungüento de nardo puro, de muito preço, e, quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça.
14.4 E alguns houve que em si mesmos se indignaram e disseram: Para que se fez este desperdício de ungüento?
14.5 Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros e dá-lo aos pobres. E bramavam contra ela.
14.6 Jesus, porém, disse: Deixai-a, para que a molestais? Ela fez-me boa obra.
14.7 Porque sempre tendes os pobres convosco e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a mim nem sempre me tendes.
14.8 Esta fez o que podia; antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura.
14.9 Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua memória.
14.10 E Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais dos sacerdotes para lho entregar.
14.11 E eles, ouvindo-o, alegraram-se e prometeram dar-lhe dinheiro; e buscava como o entregaria em ocasião oportuna.
14.12 E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, quando sacrificavam a Páscoa, disseram-lhe os discípulos: Aonde queres que vamos fazer os preparativos para comer a Páscoa?
14.13 E enviou dois dos seus discípulos e disse-lhes: Ide à cidade, e um homem que leva um cântaro de água vos encontrará; segui-o.
14.14 E, onde quer que entrar, dizei ao senhor da casa: O Mestre diz: Onde está o aposento em que hei de comer a Páscoa com os meus discípulos?
14.15 E ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado e preparado; preparai-a ali.
14.16 E, saindo os seus discípulos, foram à cidade, e acharam como lhes tinha dito, e prepararam a Páscoa.
14.17 E, chegada a tarde, foi com os doze.
14.18 E, quando estavam assentados a comer, disse Jesus: Em verdade vos digo que um de vós, que comigo come, há de trair-me.
14.19 E eles começaram a entristecer-se e a dizer-lhe um após outro: Porventura, sou eu, Senhor? E outro: Porventura, sou eu, Senhor?
14.20 Mas ele, respondendo, disse-lhes: É um dos doze, que mete comigo a mão no prato.
14.21 Na verdade o Filho do Homem vai, como dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Bom seria para o tal homem não haver nascido.
14.22 E, comendo eles, tomou Jesus pão, e, abençoando-o, o partiu, e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
14.23 E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele.
14.24 E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que por muitos é derramado.
14.25 Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até àquele Dia em que o beber novo, no Reino de Deus.
14.26 E, tendo cantado o hino, saíram para o monte das Oliveiras.
14.27 E disse-lhes Jesus: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim, porque escrito está: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão.
14.28 Mas, depois que eu houver ressuscitado, irei adiante de vós para a Galiléia.
14.29 E disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu.
14.30 E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás.
14.31 Mas ele disse com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei. E da mesma maneira diziam todos também.
14.32 E foram a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu oro.
14.33 E tomou consigo a Pedro, e a Tiago, e a João e começou a ter pavor e a angustiar-se.
14.34 E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui e vigiai.
14.35 E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrou-se em terra; e orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora.
14.36 E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.
14.37 E, chegando, achou-os dormindo e disse a Pedro: Simão, dormes? Não podes vigiar uma hora?
14.38 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
14.39 E foi outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras.
14.40 E, voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos estavam carregados, e não sabiam o que responder-lhe.
14.41 E voltou terceira vez e disse-lhes: Dormi agora e descansai. Basta; é chegada a hora. Eis que o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores.
14.42 Levantai-vos, vamos; eis que está perto o que me trai.
14.43 E logo, falando ele ainda, veio Judas, que era um dos doze, da parte dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e dos anciãos, e, com ele, uma grande multidão com espadas e porretes.
14.44 Ora, o que o traía tinha-lhes dado um sinal, dizendo: Aquele que eu beijar, esse é; prendei-o e levai-o com segurança.
14.45 E, logo que chegou, aproximou-se dele e disse-lhe: Rabi, Rabi. E beijou-o.
14.46 E lançaram-lhe as mãos e o prenderam.
14.47 E um dos que ali estavam presentes, puxando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe uma orelha.
14.48 E, respondendo Jesus, disse-lhes: Saístes com espadas e porretes a prender-me, como a um salteador?
14.49 Todos os dias estava convosco ensinando no templo, e não me prendestes; mas isto é para que as Escrituras se cumpram.
14.50 Então, deixando-o, todos fugiram.
14.51 E um jovem o seguia, envolto em um lençol sobre o corpo nu. E lançaram-lhe as mãos,
14.52 mas ele, largando o lençol, fugiu nu.
14.53 E levaram Jesus ao sumo sacerdote, e ajuntaram-se todos os principais dos sacerdotes, e os anciãos, e os escribas.
14.54 E Pedro o seguiu de longe até dentro do pátio do sumo sacerdote e estava assentado com os servidores, aquentando-se ao lume.
14.55 E os principais dos sacerdotes e todo o concílio buscavam algum testemunho contra Jesus, para o matar, e não o achavam.
14.56 Porque muitos testificavam falsamente contra ele, mas os testemunhos não eram coerentes.
14.57 E, levantando-se alguns, testificavam falsamente contra ele, dizendo:
14.58 Nós ouvimos-lhe dizer: Eu derribarei este templo, construído por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, não feito por mãos de homens.
14.59 E nem assim o testemunho deles era coerente.
14.60 E, levantando-se o sumo sacerdote no Sinédrio, perguntou a Jesus, dizendo: Nada respondes? Que testificam estes contra ti?
14.61 Mas ele calou-se e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito?
14.62 E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.
14.63 E o sumo sacerdote, rasgando as suas vestes, disse: Para que necessitamos de mais testemunhas?
14.64 Vós ouvistes a blasfêmia; que vos parece? E todos o consideraram culpado de morte.
14.65 E alguns começaram a cuspir nele, e a cobrir-lhe o rosto, e a dar-lhe punhadas, e a dizer-lhe: Profetiza. E os servidores davam-lhe bofetadas.
14.66 E, estando Pedro embaixo, no átrio, chegou uma das criadas do sumo sacerdote;
14.67 e, vendo a Pedro, que estava se aquentando, olhou para ele e disse: Tu também estavas com Jesus, o Nazareno.
14.68 Mas ele negou-o, dizendo: Não o conheço, nem sei o que dizes. E saiu fora ao alpendre, e o galo cantou.
14.69 E a criada, vendo-o outra vez, começou a dizer aos que ali estavam: Este é um dos tais.
14.70 Mas ele o negou outra vez. E, pouco depois, os que ali estavam disseram outra vez a Pedro: Verdadeiramente, tu és um deles, porque és também galileu.
14.71 E ele começou a imprecar e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais.
14.72 E o galo cantou segunda vez. E Pedro lembrou-se da palavra que Jesus lhe tinha dito: Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás tu. E, retirando-se dali, chorou.
15.1 E, logo ao amanhecer, os principais dos sacerdotes, e os anciãos, e os escribas, e todo o Sinédrio tiveram conselho; e, amarrando Jesus, o levaram e entregaram a Pilatos.
15.2 E Pilatos lhe perguntou: Tu és o Rei dos judeus? E ele, respondendo, disse-lhe: Tu o dizes.
15.3 E os principais dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas, porém ele nada respondia.
15.4 E Pilatos o interrogou outra vez, dizendo: Nada respondes? Vê quantas coisas testificam contra ti.
15.5 Mas Jesus nada mais respondeu, de maneira que Pilatos se maravilhava.
15.6 Ora, no dia da festa costumava soltar-lhes um preso qualquer que eles pedissem.
15.7 E havia um chamado Barrabás, que, preso com outros amotinadores, tinha num motim cometido uma morte.
15.8 E a multidão, dando gritos, começou a pedir que fizesse como sempre lhes tinha feito.
15.9 E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que vos solte o Rei dos judeus?
15.10 Porque ele bem sabia que, por inveja, os principais dos sacerdotes o tinham entregado.
15.11 Mas os principais dos sacerdotes incitaram a multidão para que fosse solto antes Barrabás.
15.12 E Pilatos, respondendo, lhes disse outra vez: Que quereis, pois, que faça daquele a quem chamais Rei dos judeus?
15.13 E eles tornaram a clamar: Crucifica-o.
15.14 Mas Pilatos lhes disse: Mas que mal fez? E eles cada vez clamavam mais: Crucifica-o.
15.15 Então, Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhes Barrabás, e, açoitado Jesus, o entregou para que fosse crucificado.
15.16 E os soldados o levaram para dentro do palácio, à sala da audiência, e convocaram toda a coorte.
15.17 E vestiram-no de púrpura e, tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça.
15.18 E começaram a saudá-lo, dizendo: Salve, Rei dos judeus!
15.19 E feriram-no na cabeça com uma cana, e cuspiram nele, e, postos de joelhos, o adoravam.
15.20 E, havendo-o escarnecido, despiram-lhe a púrpura, e o vestiram com as suas próprias vestes, e o levaram para fora, a fim de o crucificarem.
15.21 E constrangeram um certo Simão Cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.
15.22 E levaram-no ao lugar do Gólgota, que se traduz por lugar da Caveira.
15.23 E deram-lhe a beber vinho com mirra, mas ele não o tomou.
15.24 E, havendo-o crucificado, repartiram as suas vestes, lançando sobre eles sortes, para saber o que cada um levaria.
15.25 E era a hora terceira, e o crucificaram.
15.26 E, por cima dele, estava escrita a sua acusação: O REI DOS JUDEUS.
15.27 E crucificaram com ele dois salteadores, um à sua direita, e outro à esquerda.
15.28 E cumpriu-se a Escritura que diz: E com os malfeitores foi contado.
15.29 E os que passavam blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ah! Tu que derribas o templo e, em três dias, o edificas!
15.30 Salva-te a ti mesmo e desce da cruz.
15.31 E da mesma maneira também os principais dos sacerdotes, com os escribas, diziam uns para os outros, zombando: Salvou os outros e não pode salvar-se a si mesmo.
15.32 O Cristo, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para que o vejamos e acreditemos. Também os que com ele foram crucificados o injuriavam.
15.33 E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona.
15.34 E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lemá sabactâni? Isso, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
15.35 E alguns dos que ali estavam, ouvindo isso, diziam: Eis que chama por Elias.
15.36 E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a numa cana, deu-lho a beber, dizendo: Deixai, vejamos se virá Elias tirá-lo.
15.37 E Jesus, dando um grande brado, expirou.
15.38 E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo.
15.39 E o centurião que estava defronte dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.
15.40 E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé,
15.41 as quais também o seguiam e o serviam, quando estava na Galiléia; e muitas outras que tinham subido com ele a Jerusalém.
15.42 E, chegada a tarde, porquanto era o Dia da Preparação, isto é, a véspera do sábado,
15.43 chegou José de Arimatéia, senador honrado, que também esperava o Reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus.
15.44 E Pilatos se admirou de que já estivesse morto. E, chamando o centurião, perguntou-lhe se já havia muito que tinha morrido.
15.45 E, tendo-se certificado pelo centurião, deu o corpo a José,
15.46 o qual comprara um lençol fino, e, tirando-o da cruz, o envolveu nele, e o depositou num sepulcro lavrado numa rocha, e revolveu uma pedra para a porta do sepulcro.
15.47 E Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o punham.
16.1 E, passado o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram aromas para irem ungi-lo.
16.2 E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol,
16.3 e diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?
16.4 E, olhando, viram que já a pedra estava revolvida; e era ela muito grande.
16.5 E, entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido de uma roupa comprida e branca; e ficaram espantadas.
16.6 Porém ele disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram.
16.7 Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse.
16.8 E, saindo elas apressadamente, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e assombro; e nada diziam a ninguém, porque temiam.
16.9 E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios.
16.10 E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes e chorando.
16.11 E, ouvindo eles que Jesus vivia e que tinha sido visto por ela, não o creram.
16.12 E, depois, manifestou-se em outra forma a dois deles que iam de caminho para o campo.
16.13 E, indo estes, anunciaram-no aos outros, mas nem ainda estes creram.
16.14 Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.
16.15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16.16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
16.17 E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
16.18 pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
16.19 Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus.
16.20 E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
13.2 E, respondendo Jesus, disse-lhe: Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada.
13.3 E, assentando-se ele no monte das Oliveiras, defronte do templo, Pedro, e Tiago, e João, e André lhe perguntaram em particular:
13.4 Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir.
13.5 E Jesus, respondendo-lhes, começou a dizer: Olhai que ninguém vos engane,
13.6 porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
13.7 E, quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, não vos perturbeis, porque assim deve acontecer; mas ainda não será o fim.
13.8 Porque se levantará nação contra nação, e reino, contra reino, e haverá terremotos em diversos lugares, e haverá fomes. Isso será o princípio de dores.
13.9 Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios e às sinagogas; sereis açoitados e sereis apresentados ante governadores e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho.
13.10 Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações:
13.11 Quando, pois, vos conduzirem para vos entregarem, não estejais solícitos de antemão pelo que haveis de dizer; mas o que vos for dado naquela hora, isso falai; porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo.
13.12 E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai, o filho; e levantar-se-ão os filhos contra os pais e os farão morrer.
13.13 E sereis aborrecidos por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo.
13.14 Ora, quando vós virdes a abominação do assolamento, que foi predito, estar onde não deve estar (quem lê, que entenda), então, os que estiverem na Judéia, que fujam para os montes;
13.15 e o que estiver sobre o telhado, que não desça para casa, nem entre a tomar coisa alguma de sua casa;
13.16 e o que estiver no campo, que não volte atrás, para tomar a sua veste.
13.17 Mas ai das grávidas e das que criarem naqueles dias!
13.18 Orai, pois, para que a vossa fuga não suceda no inverno,
13.19 porque, naqueles dias, haverá uma aflição tal, qual nunca houve desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá.
13.20 E, se o Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos que escolheu, abreviou aqueles dias.
13.21 E, então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo, ou: Ei-lo ali, não acrediteis.
13.22 Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos.
13.23 Mas vós vede; eis que de antemão vos tenho dito tudo.
13.24 Ora, naqueles dias, depois daquela aflição, o sol se escurecerá, e a lua não dará a sua luz.
13.25 E as estrelas cairão do céu, e as forças que estão nos céus serão abaladas.
13.26 E, então, verão vir o Filho do Homem nas nuvens, com grande poder e glória.
13.27 E ele enviará os seus anjos e ajuntará os seus escolhidos, desde os quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu.
13.28 Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já o seu ramo se torna tenro, e brotam folhas, bem sabeis que já está próximo o verão.
13.29 Assim também vós, quando virdes sucederem essas coisas, sabei que já está perto, às portas.
13.30 Na verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas aconteçam.
13.31 Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.
13.32 Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai.
13.33 Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo.
13.34 É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um, a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse.
13.35 Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã,
13.36 para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo.
13.37 E as coisas que vos digo digo-as a todos: Vigiai.
14.1 E, dali a dois dias, era a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos; e os principais dos sacerdotes e os escribas buscavam como o prenderiam com dolo e o matariam.
14.2 Mas eles diziam: Não na festa, para que, porventura, se não faça alvoroço entre o povo.
14.3 E, estando ele em Betânia assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro, com ungüento de nardo puro, de muito preço, e, quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça.
14.4 E alguns houve que em si mesmos se indignaram e disseram: Para que se fez este desperdício de ungüento?
14.5 Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros e dá-lo aos pobres. E bramavam contra ela.
14.6 Jesus, porém, disse: Deixai-a, para que a molestais? Ela fez-me boa obra.
14.7 Porque sempre tendes os pobres convosco e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a mim nem sempre me tendes.
14.8 Esta fez o que podia; antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura.
14.9 Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua memória.
14.10 E Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais dos sacerdotes para lho entregar.
14.11 E eles, ouvindo-o, alegraram-se e prometeram dar-lhe dinheiro; e buscava como o entregaria em ocasião oportuna.
14.12 E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, quando sacrificavam a Páscoa, disseram-lhe os discípulos: Aonde queres que vamos fazer os preparativos para comer a Páscoa?
14.13 E enviou dois dos seus discípulos e disse-lhes: Ide à cidade, e um homem que leva um cântaro de água vos encontrará; segui-o.
14.14 E, onde quer que entrar, dizei ao senhor da casa: O Mestre diz: Onde está o aposento em que hei de comer a Páscoa com os meus discípulos?
14.15 E ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado e preparado; preparai-a ali.
14.16 E, saindo os seus discípulos, foram à cidade, e acharam como lhes tinha dito, e prepararam a Páscoa.
14.17 E, chegada a tarde, foi com os doze.
14.18 E, quando estavam assentados a comer, disse Jesus: Em verdade vos digo que um de vós, que comigo come, há de trair-me.
14.19 E eles começaram a entristecer-se e a dizer-lhe um após outro: Porventura, sou eu, Senhor? E outro: Porventura, sou eu, Senhor?
14.20 Mas ele, respondendo, disse-lhes: É um dos doze, que mete comigo a mão no prato.
14.21 Na verdade o Filho do Homem vai, como dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Bom seria para o tal homem não haver nascido.
14.22 E, comendo eles, tomou Jesus pão, e, abençoando-o, o partiu, e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
14.23 E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele.
14.24 E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que por muitos é derramado.
14.25 Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até àquele Dia em que o beber novo, no Reino de Deus.
14.26 E, tendo cantado o hino, saíram para o monte das Oliveiras.
14.27 E disse-lhes Jesus: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim, porque escrito está: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão.
14.28 Mas, depois que eu houver ressuscitado, irei adiante de vós para a Galiléia.
14.29 E disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu.
14.30 E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás.
14.31 Mas ele disse com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei. E da mesma maneira diziam todos também.
14.32 E foram a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu oro.
14.33 E tomou consigo a Pedro, e a Tiago, e a João e começou a ter pavor e a angustiar-se.
14.34 E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui e vigiai.
14.35 E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrou-se em terra; e orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora.
14.36 E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.
14.37 E, chegando, achou-os dormindo e disse a Pedro: Simão, dormes? Não podes vigiar uma hora?
14.38 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
14.39 E foi outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras.
14.40 E, voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos estavam carregados, e não sabiam o que responder-lhe.
14.41 E voltou terceira vez e disse-lhes: Dormi agora e descansai. Basta; é chegada a hora. Eis que o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores.
14.42 Levantai-vos, vamos; eis que está perto o que me trai.
14.43 E logo, falando ele ainda, veio Judas, que era um dos doze, da parte dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e dos anciãos, e, com ele, uma grande multidão com espadas e porretes.
14.44 Ora, o que o traía tinha-lhes dado um sinal, dizendo: Aquele que eu beijar, esse é; prendei-o e levai-o com segurança.
14.45 E, logo que chegou, aproximou-se dele e disse-lhe: Rabi, Rabi. E beijou-o.
14.46 E lançaram-lhe as mãos e o prenderam.
14.47 E um dos que ali estavam presentes, puxando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe uma orelha.
14.48 E, respondendo Jesus, disse-lhes: Saístes com espadas e porretes a prender-me, como a um salteador?
14.49 Todos os dias estava convosco ensinando no templo, e não me prendestes; mas isto é para que as Escrituras se cumpram.
14.50 Então, deixando-o, todos fugiram.
14.51 E um jovem o seguia, envolto em um lençol sobre o corpo nu. E lançaram-lhe as mãos,
14.52 mas ele, largando o lençol, fugiu nu.
14.53 E levaram Jesus ao sumo sacerdote, e ajuntaram-se todos os principais dos sacerdotes, e os anciãos, e os escribas.
14.54 E Pedro o seguiu de longe até dentro do pátio do sumo sacerdote e estava assentado com os servidores, aquentando-se ao lume.
14.55 E os principais dos sacerdotes e todo o concílio buscavam algum testemunho contra Jesus, para o matar, e não o achavam.
14.56 Porque muitos testificavam falsamente contra ele, mas os testemunhos não eram coerentes.
14.57 E, levantando-se alguns, testificavam falsamente contra ele, dizendo:
14.58 Nós ouvimos-lhe dizer: Eu derribarei este templo, construído por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, não feito por mãos de homens.
14.59 E nem assim o testemunho deles era coerente.
14.60 E, levantando-se o sumo sacerdote no Sinédrio, perguntou a Jesus, dizendo: Nada respondes? Que testificam estes contra ti?
14.61 Mas ele calou-se e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito?
14.62 E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.
14.63 E o sumo sacerdote, rasgando as suas vestes, disse: Para que necessitamos de mais testemunhas?
14.64 Vós ouvistes a blasfêmia; que vos parece? E todos o consideraram culpado de morte.
14.65 E alguns começaram a cuspir nele, e a cobrir-lhe o rosto, e a dar-lhe punhadas, e a dizer-lhe: Profetiza. E os servidores davam-lhe bofetadas.
14.66 E, estando Pedro embaixo, no átrio, chegou uma das criadas do sumo sacerdote;
14.67 e, vendo a Pedro, que estava se aquentando, olhou para ele e disse: Tu também estavas com Jesus, o Nazareno.
14.68 Mas ele negou-o, dizendo: Não o conheço, nem sei o que dizes. E saiu fora ao alpendre, e o galo cantou.
14.69 E a criada, vendo-o outra vez, começou a dizer aos que ali estavam: Este é um dos tais.
14.70 Mas ele o negou outra vez. E, pouco depois, os que ali estavam disseram outra vez a Pedro: Verdadeiramente, tu és um deles, porque és também galileu.
14.71 E ele começou a imprecar e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais.
14.72 E o galo cantou segunda vez. E Pedro lembrou-se da palavra que Jesus lhe tinha dito: Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás tu. E, retirando-se dali, chorou.
15.1 E, logo ao amanhecer, os principais dos sacerdotes, e os anciãos, e os escribas, e todo o Sinédrio tiveram conselho; e, amarrando Jesus, o levaram e entregaram a Pilatos.
15.2 E Pilatos lhe perguntou: Tu és o Rei dos judeus? E ele, respondendo, disse-lhe: Tu o dizes.
15.3 E os principais dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas, porém ele nada respondia.
15.4 E Pilatos o interrogou outra vez, dizendo: Nada respondes? Vê quantas coisas testificam contra ti.
15.5 Mas Jesus nada mais respondeu, de maneira que Pilatos se maravilhava.
15.6 Ora, no dia da festa costumava soltar-lhes um preso qualquer que eles pedissem.
15.7 E havia um chamado Barrabás, que, preso com outros amotinadores, tinha num motim cometido uma morte.
15.8 E a multidão, dando gritos, começou a pedir que fizesse como sempre lhes tinha feito.
15.9 E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que vos solte o Rei dos judeus?
15.10 Porque ele bem sabia que, por inveja, os principais dos sacerdotes o tinham entregado.
15.11 Mas os principais dos sacerdotes incitaram a multidão para que fosse solto antes Barrabás.
15.12 E Pilatos, respondendo, lhes disse outra vez: Que quereis, pois, que faça daquele a quem chamais Rei dos judeus?
15.13 E eles tornaram a clamar: Crucifica-o.
15.14 Mas Pilatos lhes disse: Mas que mal fez? E eles cada vez clamavam mais: Crucifica-o.
15.15 Então, Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhes Barrabás, e, açoitado Jesus, o entregou para que fosse crucificado.
15.16 E os soldados o levaram para dentro do palácio, à sala da audiência, e convocaram toda a coorte.
15.17 E vestiram-no de púrpura e, tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça.
15.18 E começaram a saudá-lo, dizendo: Salve, Rei dos judeus!
15.19 E feriram-no na cabeça com uma cana, e cuspiram nele, e, postos de joelhos, o adoravam.
15.20 E, havendo-o escarnecido, despiram-lhe a púrpura, e o vestiram com as suas próprias vestes, e o levaram para fora, a fim de o crucificarem.
15.21 E constrangeram um certo Simão Cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.
15.22 E levaram-no ao lugar do Gólgota, que se traduz por lugar da Caveira.
15.23 E deram-lhe a beber vinho com mirra, mas ele não o tomou.
15.24 E, havendo-o crucificado, repartiram as suas vestes, lançando sobre eles sortes, para saber o que cada um levaria.
15.25 E era a hora terceira, e o crucificaram.
15.26 E, por cima dele, estava escrita a sua acusação: O REI DOS JUDEUS.
15.27 E crucificaram com ele dois salteadores, um à sua direita, e outro à esquerda.
15.28 E cumpriu-se a Escritura que diz: E com os malfeitores foi contado.
15.29 E os que passavam blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ah! Tu que derribas o templo e, em três dias, o edificas!
15.30 Salva-te a ti mesmo e desce da cruz.
15.31 E da mesma maneira também os principais dos sacerdotes, com os escribas, diziam uns para os outros, zombando: Salvou os outros e não pode salvar-se a si mesmo.
15.32 O Cristo, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para que o vejamos e acreditemos. Também os que com ele foram crucificados o injuriavam.
15.33 E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona.
15.34 E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lemá sabactâni? Isso, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
15.35 E alguns dos que ali estavam, ouvindo isso, diziam: Eis que chama por Elias.
15.36 E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a numa cana, deu-lho a beber, dizendo: Deixai, vejamos se virá Elias tirá-lo.
15.37 E Jesus, dando um grande brado, expirou.
15.38 E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo.
15.39 E o centurião que estava defronte dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.
15.40 E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé,
15.41 as quais também o seguiam e o serviam, quando estava na Galiléia; e muitas outras que tinham subido com ele a Jerusalém.
15.42 E, chegada a tarde, porquanto era o Dia da Preparação, isto é, a véspera do sábado,
15.43 chegou José de Arimatéia, senador honrado, que também esperava o Reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus.
15.44 E Pilatos se admirou de que já estivesse morto. E, chamando o centurião, perguntou-lhe se já havia muito que tinha morrido.
15.45 E, tendo-se certificado pelo centurião, deu o corpo a José,
15.46 o qual comprara um lençol fino, e, tirando-o da cruz, o envolveu nele, e o depositou num sepulcro lavrado numa rocha, e revolveu uma pedra para a porta do sepulcro.
15.47 E Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o punham.
16.1 E, passado o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram aromas para irem ungi-lo.
16.2 E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol,
16.3 e diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?
16.4 E, olhando, viram que já a pedra estava revolvida; e era ela muito grande.
16.5 E, entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido de uma roupa comprida e branca; e ficaram espantadas.
16.6 Porém ele disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram.
16.7 Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse.
16.8 E, saindo elas apressadamente, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e assombro; e nada diziam a ninguém, porque temiam.
16.9 E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios.
16.10 E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes e chorando.
16.11 E, ouvindo eles que Jesus vivia e que tinha sido visto por ela, não o creram.
16.12 E, depois, manifestou-se em outra forma a dois deles que iam de caminho para o campo.
16.13 E, indo estes, anunciaram-no aos outros, mas nem ainda estes creram.
16.14 Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.
16.15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16.16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
16.17 E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
16.18 pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
16.19 Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus.
16.20 E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
Salmos
20.1 [Salmo de Davi para o cantor-mor] O SENHOR te ouça no dia da angústia; o nome do Deus de Jacó te proteja.
20.2 Envie-te socorro desde o seu santuário e te sustenha desde Sião.
20.3 Lembre-se de todas as tuas ofertas e aceite os teus holocaustos. (Selá)
20.4 Conceda-te conforme o teu coração e cumpra todo o teu desígnio.
20.5 Nós nos alegraremos pela tua salvação e, em nome do nosso Deus, arvoraremos pendões; satisfaça o SENHOR todas as tuas petições.
20.6 Agora sei que o SENHOR salva o seu ungido; ele o ouvirá desde o seu santo céu com a força salvadora da sua destra.
20.7 Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR, nosso Deus.
20.8 Uns encurvam-se e caem, mas nós nos levantamos e estamos de pé.
20.9 Salva-nos, SENHOR! Ouça-nos o Rei quando clamarmos.
20.2 Envie-te socorro desde o seu santuário e te sustenha desde Sião.
20.3 Lembre-se de todas as tuas ofertas e aceite os teus holocaustos. (Selá)
20.4 Conceda-te conforme o teu coração e cumpra todo o teu desígnio.
20.5 Nós nos alegraremos pela tua salvação e, em nome do nosso Deus, arvoraremos pendões; satisfaça o SENHOR todas as tuas petições.
20.6 Agora sei que o SENHOR salva o seu ungido; ele o ouvirá desde o seu santo céu com a força salvadora da sua destra.
20.7 Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR, nosso Deus.
20.8 Uns encurvam-se e caem, mas nós nos levantamos e estamos de pé.
20.9 Salva-nos, SENHOR! Ouça-nos o Rei quando clamarmos.
Marcos
13.1 Quando Jesus estava saindo do pátio do Templo, um discípulo disse: — Mestre, veja que pedras e edifícios impressionantes!
13.2 Jesus respondeu: — Você está vendo estes enormes edifícios? Pois aqui não ficará uma pedra em cima da outra; tudo será destruído!
13.3 Jesus estava sentado no monte das Oliveiras, olhando para o Templo, quando Pedro, Tiago, João e André lhe perguntaram em particular:
13.4 — Conte para nós quando é que isso vai acontecer. Que sinal haverá para mostrar quando é que todas essas coisas vão começar?
13.5 Então Jesus começou a ensiná-los. Ele disse: — Tomem cuidado para que ninguém engane vocês.
13.6 Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu e dizendo: “Eu sou o Messias!” E enganarão muitas pessoas.
13.7 Não tenham medo quando ouvirem o barulho de batalhas ou notícias de guerras. Tudo isso vai acontecer, mas ainda não será o fim.
13.8 Uma nação vai guerrear contra outra, e um país atacará outro. Em vários lugares haverá tremores de terra e falta de alimentos. Essas coisas serão como as primeiras dores de parto.
13.9 — Vocês precisam ter cuidado porque serão presos e levados aos tribunais e serão chicoteados nas sinagogas. Por serem meus seguidores, vocês serão levados aos governadores e reis para serem julgados e falarão a eles sobre o evangelho.
13.10 Pois, antes de chegar o fim, o evangelho precisa ser anunciado a todos os povos.
13.11 Quando prenderem e entregarem vocês às autoridades, não fiquem preocupados, antes da hora, com o que irão dizer. Quando chegar o momento, digam o que Deus lhes der para dizer. Porque as palavras que disserem não serão de vocês mesmos, mas virão do Espírito Santo.
13.12 Muitos entregarão os seus próprios irmãos para serem mortos, e os pais entregarão os filhos. E os filhos ficarão contra os pais e os matarão.
13.13 Todos odiarão vocês por serem meus seguidores, mas quem ficar firme até o fim será salvo.
13.14 E Jesus continuou: — Vocês verão “o grande terror” no lugar onde não deveria estar. (Que o leitor entenda o que isso quer dizer!) Então, os que estiverem na região da Judéia, que fujam para os montes.
13.15 Quem estiver em cima da sua casa, no terraço, que fuja logo e não entre para pegar nada.
13.16 E quem estiver no campo, que não volte para casa a fim de buscar as suas roupas.
13.17 Ai das mulheres grávidas e das mães com criancinhas naqueles dias!
13.18 Orem a Deus para que isso não aconteça no inverno.
13.19 Porque naqueles dias haverá um sofrimento tão grande como nunca houve desde que Deus criou o mundo; e nunca mais acontecerá uma coisa igual.
13.20 Porém o Senhor diminuiu esse tempo de sofrimento. Se não fosse assim, ninguém seria salvo. Mas, por causa do povo que Deus escolheu para salvar, esse tempo já foi diminuído.
13.21 — Portanto, se alguém disser para vocês: “Vejam! O Messias está aqui” ou “O Messias está ali”, não acreditem.
13.22 Porque aparecerão falsos profetas e falsos messias, que farão milagres e maravilhas para enganar, se possível, até o povo escolhido de Deus.
13.23 Prestem atenção! Eu estou lhes dizendo tudo isso, antes que aconteça.
13.24 Jesus disse: — Depois daqueles dias de sofrimento, o sol ficará escuro, e a lua não brilhará mais.
13.25 As estrelas cairão do céu, e os poderes do espaço serão abalados.
13.26 Então o Filho do Homem aparecerá descendo nas nuvens, com grande poder e glória.
13.27 Ele mandará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os escolhidos de Deus de um lado do mundo até o outro.
13.28 Jesus disse ainda: — Aprendam a lição que a figueira ensina. Quando os seus ramos ficam verdes, e as folhas começam a brotar, vocês sabem que está chegando o verão.
13.29 Assim também, quando virem acontecer essas coisas, fiquem sabendo que o tempo está perto, pronto para começar.
13.30 Eu afirmo a vocês que isto é verdade: essas coisas vão acontecer antes de morrerem todos os que agora estão vivos.
13.31 O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras ficarão para sempre.
13.32 E Jesus terminou, dizendo: — Mas ninguém sabe nem o dia nem a hora em que tudo isso vai acontecer, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai.
13.33 Vigiem e fiquem alertas, pois vocês não sabem quando chegará a hora.
13.34 Será como um homem que sai de casa e viaja para longe; mas, antes de ir, dá ordens, distribui o trabalho entre os empregados e manda o porteiro ficar de vigia.
13.35 Então vigiem, pois vocês não sabem quando o dono da casa vai voltar; se será à tarde, ou à meia-noite, ou de madrugada, ou de manhã.
13.36 Se ele chegar de repente, que não encontre vocês dormindo!
13.37 O que eu lhes digo digo a todos: fiquem vigiando!
14.1 Faltavam dois dias para a Festa da Páscoa e a Festa dos Pães sem Fermento. Os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei procuravam um jeito de prender Jesus em segredo e matá-lo.
14.2 Eles diziam: — Não vamos fazer isso durante a festa, para não haver uma revolta no meio do povo.
14.3 Jesus estava no povoado de Betânia, sentado à mesa na casa de Simão, o Leproso. Então uma mulher chegou com um frasco feito de alabastro, cheio de perfume de nardo puro, muito caro. Ela quebrou o gargalo do frasco e derramou o perfume na cabeça de Jesus.
14.4 Alguns que estavam ali ficaram zangados e disseram uns aos outros: — Que desperdício!
14.5 Esse perfume poderia ter sido vendido por mais de trezentas moedas de prata, que poderiam ser dadas aos pobres. Eles criticavam a mulher com dureza,
14.6 mas Jesus disse: — Deixem esta mulher em paz! Por que é que vocês a estão aborrecendo? Ela fez para mim uma coisa muito boa.
14.7 Pois os pobres estarão sempre com vocês, e, em qualquer ocasião que vocês quiserem, poderão ajudá-los. Mas eu não estarei sempre com vocês.
14.8 Ela fez tudo o que pôde, pois antes da minha morte veio perfumar o meu corpo para o meu sepultamento.
14.9 Eu afirmo a vocês que isto é verdade: em qualquer lugar do mundo onde o evangelho for anunciado, será contado o que ela fez, e ela será lembrada.
14.10 Judas Iscariotes, que era um dos doze discípulos, foi falar com os chefes dos sacerdotes para combinar como entregaria Jesus a eles.
14.11 Quando ouviram o que ele disse, eles ficaram muito contentes e prometeram dar dinheiro a ele. Assim Judas começou a procurar uma oportunidade para entregar Jesus.
14.12 No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, em que os judeus matavam carneirinhos para comemorarem a Páscoa, os discípulos perguntaram a Jesus: — Onde é que o senhor quer que a gente prepare o jantar da Páscoa para o senhor?
14.13 Então Jesus enviou dois discípulos com a seguinte ordem: — Vão até a cidade. Lá irá se encontrar com vocês um homem que estará carregando um pote de água. Vão atrás desse homem
14.14 e digam ao dono da casa em que ele entrar que o Mestre manda perguntar: “Onde fica a sala em que eu e os meus discípulos vamos comer o jantar da Páscoa?”
14.15 Então ele mostrará a vocês no andar de cima uma sala grande, mobiliada e arrumada para o jantar. Preparem ali tudo para nós.
14.16 Os dois discípulos foram até a cidade e encontraram tudo como Jesus tinha dito. Então prepararam o jantar da Páscoa.
14.17 Quando anoiteceu, Jesus chegou com os doze discípulos.
14.18 Enquanto estavam à mesa, no meio do jantar, ele disse: — Eu afirmo a vocês que isto é verdade: um de vocês, que está comendo comigo, vai me trair.
14.19 Eles ficaram tristes e, um por um, começaram a perguntar: — O senhor não está achando que sou eu, está?
14.20 Jesus respondeu: — É um de vocês. É o que está comendo no mesmo prato que eu.
14.21 Pois o Filho do Homem vai morrer da maneira como dizem as Escrituras Sagradas; mas ai daquele que está traindo o Filho do Homem! Seria melhor para ele nunca ter nascido!
14.22 Enquanto estavam comendo, Jesus pegou o pão e deu graças a Deus. Depois partiu o pão e o deu aos discípulos, dizendo: — Peguem; isto é o meu corpo.
14.23 Em seguida, pegou o cálice de vinho e agradeceu a Deus. Depois passou o cálice aos discípulos, e todos beberam do vinho.
14.24 Então Jesus disse: — Isto é o meu sangue, que é derramado em favor de muitos, o sangue que garante a aliança feita por Deus com o seu povo.
14.25 Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca mais beberei deste vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino de Deus.
14.26 Então eles cantaram canções de louvor e foram para o monte das Oliveiras.
14.27 E Jesus disse aos discípulos: — Todos vocês vão fugir e me abandonar, pois as Escrituras Sagradas dizem: “Matarei o pastor, e as ovelhas serão espalhadas.”
14.28 Mas, depois que eu for ressuscitado, irei adiante de vocês para a Galiléia.
14.29 Então Pedro disse a Jesus: — Eu nunca abandonarei o senhor, mesmo que todos o abandonem!
14.30 Mas Jesus lhe disse: — Eu afirmo a você que isto é verdade: nesta mesma noite, antes que o galo cante duas vezes, você dirá três vezes que não me conhece.
14.31 Mas Pedro repetia com insistência: — Eu nunca vou dizer que não o conheço, mesmo que eu tenha de morrer com o senhor! E todos os outros discípulos disseram a mesma coisa.
14.32 Jesus e os discípulos foram a um lugar chamado Getsêmani. E Jesus lhes disse: — Sentem-se aqui, enquanto eu vou orar.
14.33 Então Jesus foi, levando consigo Pedro, Tiago e João. Aí ele começou a sentir uma grande tristeza e aflição
14.34 e disse a eles: — A tristeza que estou sentindo é tão grande, que é capaz de me matar. Fiquem aqui vigiando.
14.35 Ele foi um pouco mais adiante, ajoelhou-se, encostou o rosto no chão e pediu a Deus que, se possível, afastasse dele aquela hora de sofrimento.
14.36 Ele orava assim: — Pai, meu Pai, tu podes fazer todas as coisas! Afasta de mim este cálice de sofrimento. Porém que não seja feito o que eu quero, mas o que tu queres.
14.37 Depois voltou e encontrou os três discípulos dormindo. Então disse a Pedro: — Simão, você está dormindo? Será que não pode vigiar nem uma hora?
14.38 Vigiem e orem para que não sejam tentados. É fácil querer resistir à tentação; o difícil mesmo é conseguir.
14.39 Jesus foi outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras.
14.40 Em seguida, voltou ao lugar onde os discípulos estavam e os encontrou de novo dormindo. Eles estavam com muito sono e não conseguiam ficar com os olhos abertos. E não sabiam o que responder a Jesus.
14.41 Quando voltou pela terceira vez, Jesus perguntou: — Vocês ainda estão dormindo e descansando? Basta! Chegou a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos dos maus.
14.42 Levantem-se, e vamos embora. Vejam! Aí vem chegando o homem que está me traindo!
14.43 Jesus ainda estava falando, quando chegou Judas, um dos doze discípulos. Vinha com ele uma multidão armada com espadas e porretes, que tinha sido mandada pelos chefes dos sacerdotes, pelos mestres da Lei e pelos líderes judeus.
14.44 O traidor tinha combinado com eles um sinal. Ele tinha dito: “Prendam e levem bem seguro o homem que eu beijar, pois é ele.”
14.45 Logo que chegou perto de Jesus, Judas disse: — Mestre! E o beijou.
14.46 Então eles pegaram Jesus e o prenderam.
14.47 Mas um dos que estavam ali tirou a espada, atacou um empregado do Grande Sacerdote e cortou uma orelha dele.
14.48 Então Jesus disse para aquela gente: — Vocês vêm com espadas e porretes para me prenderem como se eu fosse um bandido?
14.49 Eu estava com vocês todos os dias, ensinando no pátio do Templo, e vocês não me prenderam. Mas isso está acontecendo para se cumprir o que as Escrituras Sagradas dizem.
14.50 Então todos os discípulos abandonaram Jesus e fugiram.
14.51 Um jovem, enrolado num lençol, seguia Jesus. Alguns tentaram prendê-lo,
14.52 mas ele largou o lençol e fugiu nu.
14.53 Em seguida, levaram Jesus até a casa do Grande Sacerdote, onde estavam reunidos os chefes dos sacerdotes, alguns líderes dos judeus e alguns mestres da Lei.
14.54 Pedro seguiu Jesus de longe e entrou no pátio da casa do Grande Sacerdote. Ele sentou-se perto do fogo, com os guardas, para se esquentar.
14.55 Os chefes dos sacerdotes e todo o Conselho Superior estavam procurando encontrar alguma acusação contra Jesus a fim de o condenarem à morte. Mas não conseguiram nenhuma.
14.56 Muitos diziam mentiras contra ele, mas as suas histórias não combinavam umas com as outras.
14.57 Alguns se levantaram e acusaram Jesus com mentiras. Eles diziam:
14.58 — Nós ouvimos quando ele disse: “Vou destruir este Templo que foi construído por seres humanos e, em três dias, levantarei outro que não será construído por seres humanos.”
14.59 Mesmo assim as suas histórias não combinavam umas com as outras.
14.60 Aí o Grande Sacerdote se levantou no meio de todos e perguntou a Jesus: — Você não vai se defender dessa acusação?
14.61 Mas Jesus ficou calado e não respondeu nada. Então o Grande Sacerdote tornou a perguntar: — Você é o Messias, o Filho do Deus Bendito?
14.62 Jesus respondeu: — Sou. E vocês verão o Filho do Homem sentado do lado direito do Deus Todo-Poderoso e descendo com as nuvens do céu!
14.63 Aí o Grande Sacerdote rasgou as suas próprias roupas e disse: — Não precisamos mais de testemunhas!
14.64 Vocês ouviram esta blasfêmia contra Deus! Então, o que resolvem? Todos estavam contra Jesus e aí o condenaram à morte.
14.65 Então alguns começaram a cuspir nele. Cobriam o rosto dele, davam bofetadas nele e perguntavam: — Quem foi que bateu em você? Adivinhe! E também os guardas o pegaram e lhe deram bofetadas.
14.66 Pedro ainda estava lá embaixo no pátio, quando apareceu uma das empregadas do Grande Sacerdote.
14.67 Ela viu Pedro se esquentando perto do fogo, olhou bem para ele e disse: — Você também estava com Jesus de Nazaré.
14.68 Mas ele negou, dizendo: — Eu não o conheço. Não sei do que é que você está falando. E saiu para o corredor. Naquele momento, o galo cantou.
14.69 Quando a empregada viu Pedro ali, começou a dizer aos que estavam perto: — Este homem é um deles.
14.70 Mas ele negou outra vez. Pouco depois, as pessoas que estavam ali disseram de novo a Pedro: — Não há dúvida de que você é um deles, pois você também é da Galiléia.
14.71 Aí Pedro disse: — Juro que não conheço esse homem de quem vocês estão falando! Que Deus me castigue se não estou dizendo a verdade!
14.72 Naquele instante o galo cantou pela segunda vez, e Pedro lembrou que Jesus lhe tinha dito: “Antes que o galo cante duas vezes, você dirá três vezes que não me conhece.” Então Pedro caiu em si e começou a chorar.
15.1 Assim que amanheceu, os chefes dos sacerdotes se reuniram com os líderes dos judeus, e com os mestres da Lei, e com todo o Conselho Superior e fizeram os seus planos. Eles amarraram Jesus, e o levaram, e entregaram a Pilatos.
15.2 Pilatos perguntou: — Você é o rei dos judeus? — Quem está dizendo isso é o senhor! — respondeu Jesus.
15.3 E os chefes dos sacerdotes faziam muitas acusações contra ele.
15.4 Então Pilatos fez outra pergunta: — Você não vai responder? Veja quantas acusações estão fazendo contra você!
15.5 Porém Jesus não disse mais nada, e Pilatos ficou muito admirado com isso.
15.6 Em toda Festa da Páscoa, o Governador costumava soltar um dos presos, a pedido do povo.
15.7 Naquela ocasião um homem chamado Barrabás estava preso na cadeia junto com alguns homens que tinham matado algumas pessoas numa revolta.
15.8 A multidão veio e começou a pedir que, como era o costume, Pilatos soltasse um preso.
15.9 Então ele perguntou: — Vocês querem que eu solte para vocês o rei dos judeus?
15.10 Ele sabia muito bem que os chefes dos sacerdotes tinham inveja de Jesus e que era por isso que o haviam entregado a ele.
15.11 Mas os chefes dos sacerdotes atiçaram o povo para que pedisse a Pilatos que, em vez de soltar Jesus, ele soltasse Barrabás.
15.12 Pilatos falou outra vez com o povo. Ele perguntou: — O que vocês querem que eu faça com este homem que vocês chamam de rei dos judeus?
15.13 E eles gritaram: — Crucifica!
15.14 — Que crime ele cometeu? — perguntou Pilatos. Mas eles gritaram ainda mais alto: — Crucifica! Crucifica!
15.15 Então Pilatos, querendo agradar o povo, soltou Barrabás, como eles haviam pedido. Depois mandou chicotear Jesus e o entregou para ser crucificado.
15.16 Aí os soldados levaram Jesus para o pátio interno do Palácio do Governador e reuniram toda a tropa.
15.17 Depois vestiram em Jesus uma capa vermelha e puseram na cabeça dele uma coroa feita de ramos cheios de espinhos.
15.18 E começaram a saudá-lo, dizendo: — Viva o Rei dos Judeus!
15.19 Batiam na cabeça dele com um bastão, cuspiam nele e se ajoelhavam, fingindo que o estavam adorando.
15.20 Depois de terem caçoado dele, tiraram a capa vermelha e o vestiram com as suas próprias roupas. Em seguida o levaram para fora a fim de o crucificarem.
15.21 No caminho, os soldados encontraram um homem chamado Simão, que vinha do campo para a cidade. Esse Simão, o pai de Alexandre e Rufo, era da cidade de Cirene. Os soldados obrigaram Simão a carregar a cruz de Jesus
15.22 e levaram Jesus para um lugar chamado Gólgota. (Gólgota quer dizer “Lugar da Caveira”.)
15.23 Queriam dar a ele vinho misturado com um calmante chamado mirra, mas ele não bebeu.
15.24 Em seguida os soldados o crucificaram e repartiram as suas roupas entre si, tirando a sorte com dados, para ver qual seria a parte de cada um.
15.25 Eram nove horas da manhã quando crucificaram Jesus.
15.26 Puseram em cima da cruz uma tabuleta onde estava escrito como acusação contra ele: “O Rei dos Judeus”.
15.27 Com Jesus, crucificaram também dois ladrões: um à sua direita e o outro à sua esquerda.
15.28 [Assim se cumpriu o que as Escrituras Sagradas dizem: “Ele foi tratado como se fosse um criminoso.”]
15.29 Os que passavam por ali caçoavam dele, balançavam a cabeça e o insultavam assim: — Ei, você que disse que era capaz de destruir o Templo e tornar a construí-lo em três dias!
15.30 Pois desça da cruz e salve-se a si mesmo!
15.31 Os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei também caçoavam dele, dizendo: — Ele salvou os outros, mas não pode salvar a si mesmo!
15.32 Vamos ver o Messias, o Rei de Israel, descer agora da cruz e então creremos nele! E os ladrões que foram crucificados com Jesus também o insultavam.
15.33 Ao meio-dia começou a escurecer, e toda a terra ficou três horas na escuridão.
15.34 Às três horas da tarde Jesus gritou bem alto: — “Eloí, Eloí, lemá sabactani?” Essas palavras querem dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”
15.35 Algumas pessoas que estavam ali ouviram isso e disseram: — Escutem! Ele está chamando Elias!
15.36 Alguém correu e molhou uma esponja em vinho comum, pôs na ponta de um bastão, deu para Jesus beber e disse: — Esperem! Vamos ver se Elias vem tirá-lo da cruz!
15.37 Aí Jesus deu um grito forte e morreu.
15.38 Então a cortina do Templo se rasgou em dois pedaços, de cima até embaixo.
15.39 O oficial do exército romano que estava em frente da cruz, vendo Jesus morrer daquele modo, disse: — De fato, este homem era o Filho de Deus!
15.40 Algumas mulheres também estavam ali, olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Salomé e Maria, que era mãe de José e de Tiago, o mais moço.
15.41 Essas mulheres tinham acompanhado e ajudado Jesus quando ele estava na Galiléia. Além dessas, estavam ali muitas outras mulheres que tinham ido com ele para Jerusalém.
15.42-43 Já era quase noite quando chegou José, que era da cidade de Arimatéia. Ele era um homem importante e fazia parte do Conselho Superior. José também esperava a vinda do Reino de Deus. Era o Dia da Preparação, isto é, a véspera do sábado. Por isso José, tomando coragem, foi falar com Pilatos e pediu o corpo de Jesus.
15.44 Pilatos ficou admirado quando soube que Jesus já estava morto. Chamou o oficial romano e perguntou se fazia muito tempo que Jesus tinha morrido.
15.45 Depois de receber a informação do oficial, Pilatos entregou a José o corpo de Jesus.
15.46 José comprou um lençol de linho, tirou o corpo da cruz e o enrolou no lençol. Em seguida pôs o corpo num túmulo cavado na rocha e rolou uma grande pedra para fechar a entrada do túmulo.
15.47 Maria Madalena e Maria, a mãe de José, estavam olhando e viram onde o corpo de Jesus foi colocado.
16.1 Depois que terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, a mãe de Tiago, compraram perfumes para perfumar o corpo de Jesus.
16.2 No domingo, bem cedo, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo.
16.3 No caminho perguntavam umas às outras: — Quem vai tirar para nós a pedra que fecha a entrada do túmulo?
16.4 Elas diziam isso porque a pedra era muito grande. Mas, quando olharam, viram que ela já havia sido tirada.
16.5 Então elas entraram no túmulo e viram um moço vestido de branco sentado no lado direito. Elas ficaram muito assustadas,
16.6 mas ele disse: — Não se assustem! Sei que vocês estão procurando Jesus de Nazaré, que foi crucificado; mas ele não está aqui, pois já foi ressuscitado. Vejam o lugar onde ele foi posto.
16.7 Agora vão e dêem este recado a Pedro e aos outros discípulos: “Ele vai adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês vão vê-lo, como ele mesmo disse.”
16.8 Então elas saíram e fugiram do túmulo, apavoradas e tremendo. E não contaram nada a ninguém porque estavam com muito medo.
16.9 [Jesus ressuscitou no domingo bem cedo e apareceu primeiro a Maria Madalena, de quem havia expulsado sete demônios.
16.10 Ela foi contar isso aos companheiros de Jesus, pois eles estavam tristes e chorando.
16.11 Quando a ouviram dizer que Jesus estava vivo e que tinha aparecido a ela, eles não acreditaram.
16.12 Depois disso Jesus se apresentou com outra aparência a dois discípulos que iam caminhando para o campo.
16.13 Eles voltaram e foram contar isso aos outros discípulos, e estes não acreditaram no que os dois disseram.
16.14 Por último Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto eles estavam à mesa, comendo. Ele os repreendeu por não terem fé e por teimarem em não acreditar no que haviam contado os que o tinham visto ressuscitado.
16.15 Então ele disse: — Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas.
16.16 Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.
16.17 Aos que crerem será dado o poder de fazer estes milagres: expulsar demônios pelo poder do meu nome e falar novas línguas;
16.18 se pegarem em cobras ou beberem algum veneno, não sofrerão nenhum mal; e, quando puserem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados.
16.19 Depois de falar com eles, o Senhor Jesus foi levado para o céu e sentou-se do lado direito de Deus.
16.20 Os discípulos foram anunciar o evangelho por toda parte. E o Senhor os ajudava e, por meio de milagres, provava que a mensagem deles era verdadeira.]
13.2 Jesus respondeu: — Você está vendo estes enormes edifícios? Pois aqui não ficará uma pedra em cima da outra; tudo será destruído!
13.3 Jesus estava sentado no monte das Oliveiras, olhando para o Templo, quando Pedro, Tiago, João e André lhe perguntaram em particular:
13.4 — Conte para nós quando é que isso vai acontecer. Que sinal haverá para mostrar quando é que todas essas coisas vão começar?
13.5 Então Jesus começou a ensiná-los. Ele disse: — Tomem cuidado para que ninguém engane vocês.
13.6 Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu e dizendo: “Eu sou o Messias!” E enganarão muitas pessoas.
13.7 Não tenham medo quando ouvirem o barulho de batalhas ou notícias de guerras. Tudo isso vai acontecer, mas ainda não será o fim.
13.8 Uma nação vai guerrear contra outra, e um país atacará outro. Em vários lugares haverá tremores de terra e falta de alimentos. Essas coisas serão como as primeiras dores de parto.
13.9 — Vocês precisam ter cuidado porque serão presos e levados aos tribunais e serão chicoteados nas sinagogas. Por serem meus seguidores, vocês serão levados aos governadores e reis para serem julgados e falarão a eles sobre o evangelho.
13.10 Pois, antes de chegar o fim, o evangelho precisa ser anunciado a todos os povos.
13.11 Quando prenderem e entregarem vocês às autoridades, não fiquem preocupados, antes da hora, com o que irão dizer. Quando chegar o momento, digam o que Deus lhes der para dizer. Porque as palavras que disserem não serão de vocês mesmos, mas virão do Espírito Santo.
13.12 Muitos entregarão os seus próprios irmãos para serem mortos, e os pais entregarão os filhos. E os filhos ficarão contra os pais e os matarão.
13.13 Todos odiarão vocês por serem meus seguidores, mas quem ficar firme até o fim será salvo.
13.14 E Jesus continuou: — Vocês verão “o grande terror” no lugar onde não deveria estar. (Que o leitor entenda o que isso quer dizer!) Então, os que estiverem na região da Judéia, que fujam para os montes.
13.15 Quem estiver em cima da sua casa, no terraço, que fuja logo e não entre para pegar nada.
13.16 E quem estiver no campo, que não volte para casa a fim de buscar as suas roupas.
13.17 Ai das mulheres grávidas e das mães com criancinhas naqueles dias!
13.18 Orem a Deus para que isso não aconteça no inverno.
13.19 Porque naqueles dias haverá um sofrimento tão grande como nunca houve desde que Deus criou o mundo; e nunca mais acontecerá uma coisa igual.
13.20 Porém o Senhor diminuiu esse tempo de sofrimento. Se não fosse assim, ninguém seria salvo. Mas, por causa do povo que Deus escolheu para salvar, esse tempo já foi diminuído.
13.21 — Portanto, se alguém disser para vocês: “Vejam! O Messias está aqui” ou “O Messias está ali”, não acreditem.
13.22 Porque aparecerão falsos profetas e falsos messias, que farão milagres e maravilhas para enganar, se possível, até o povo escolhido de Deus.
13.23 Prestem atenção! Eu estou lhes dizendo tudo isso, antes que aconteça.
13.24 Jesus disse: — Depois daqueles dias de sofrimento, o sol ficará escuro, e a lua não brilhará mais.
13.25 As estrelas cairão do céu, e os poderes do espaço serão abalados.
13.26 Então o Filho do Homem aparecerá descendo nas nuvens, com grande poder e glória.
13.27 Ele mandará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os escolhidos de Deus de um lado do mundo até o outro.
13.28 Jesus disse ainda: — Aprendam a lição que a figueira ensina. Quando os seus ramos ficam verdes, e as folhas começam a brotar, vocês sabem que está chegando o verão.
13.29 Assim também, quando virem acontecer essas coisas, fiquem sabendo que o tempo está perto, pronto para começar.
13.30 Eu afirmo a vocês que isto é verdade: essas coisas vão acontecer antes de morrerem todos os que agora estão vivos.
13.31 O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras ficarão para sempre.
13.32 E Jesus terminou, dizendo: — Mas ninguém sabe nem o dia nem a hora em que tudo isso vai acontecer, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai.
13.33 Vigiem e fiquem alertas, pois vocês não sabem quando chegará a hora.
13.34 Será como um homem que sai de casa e viaja para longe; mas, antes de ir, dá ordens, distribui o trabalho entre os empregados e manda o porteiro ficar de vigia.
13.35 Então vigiem, pois vocês não sabem quando o dono da casa vai voltar; se será à tarde, ou à meia-noite, ou de madrugada, ou de manhã.
13.36 Se ele chegar de repente, que não encontre vocês dormindo!
13.37 O que eu lhes digo digo a todos: fiquem vigiando!
14.1 Faltavam dois dias para a Festa da Páscoa e a Festa dos Pães sem Fermento. Os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei procuravam um jeito de prender Jesus em segredo e matá-lo.
14.2 Eles diziam: — Não vamos fazer isso durante a festa, para não haver uma revolta no meio do povo.
14.3 Jesus estava no povoado de Betânia, sentado à mesa na casa de Simão, o Leproso. Então uma mulher chegou com um frasco feito de alabastro, cheio de perfume de nardo puro, muito caro. Ela quebrou o gargalo do frasco e derramou o perfume na cabeça de Jesus.
14.4 Alguns que estavam ali ficaram zangados e disseram uns aos outros: — Que desperdício!
14.5 Esse perfume poderia ter sido vendido por mais de trezentas moedas de prata, que poderiam ser dadas aos pobres. Eles criticavam a mulher com dureza,
14.6 mas Jesus disse: — Deixem esta mulher em paz! Por que é que vocês a estão aborrecendo? Ela fez para mim uma coisa muito boa.
14.7 Pois os pobres estarão sempre com vocês, e, em qualquer ocasião que vocês quiserem, poderão ajudá-los. Mas eu não estarei sempre com vocês.
14.8 Ela fez tudo o que pôde, pois antes da minha morte veio perfumar o meu corpo para o meu sepultamento.
14.9 Eu afirmo a vocês que isto é verdade: em qualquer lugar do mundo onde o evangelho for anunciado, será contado o que ela fez, e ela será lembrada.
14.10 Judas Iscariotes, que era um dos doze discípulos, foi falar com os chefes dos sacerdotes para combinar como entregaria Jesus a eles.
14.11 Quando ouviram o que ele disse, eles ficaram muito contentes e prometeram dar dinheiro a ele. Assim Judas começou a procurar uma oportunidade para entregar Jesus.
14.12 No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, em que os judeus matavam carneirinhos para comemorarem a Páscoa, os discípulos perguntaram a Jesus: — Onde é que o senhor quer que a gente prepare o jantar da Páscoa para o senhor?
14.13 Então Jesus enviou dois discípulos com a seguinte ordem: — Vão até a cidade. Lá irá se encontrar com vocês um homem que estará carregando um pote de água. Vão atrás desse homem
14.14 e digam ao dono da casa em que ele entrar que o Mestre manda perguntar: “Onde fica a sala em que eu e os meus discípulos vamos comer o jantar da Páscoa?”
14.15 Então ele mostrará a vocês no andar de cima uma sala grande, mobiliada e arrumada para o jantar. Preparem ali tudo para nós.
14.16 Os dois discípulos foram até a cidade e encontraram tudo como Jesus tinha dito. Então prepararam o jantar da Páscoa.
14.17 Quando anoiteceu, Jesus chegou com os doze discípulos.
14.18 Enquanto estavam à mesa, no meio do jantar, ele disse: — Eu afirmo a vocês que isto é verdade: um de vocês, que está comendo comigo, vai me trair.
14.19 Eles ficaram tristes e, um por um, começaram a perguntar: — O senhor não está achando que sou eu, está?
14.20 Jesus respondeu: — É um de vocês. É o que está comendo no mesmo prato que eu.
14.21 Pois o Filho do Homem vai morrer da maneira como dizem as Escrituras Sagradas; mas ai daquele que está traindo o Filho do Homem! Seria melhor para ele nunca ter nascido!
14.22 Enquanto estavam comendo, Jesus pegou o pão e deu graças a Deus. Depois partiu o pão e o deu aos discípulos, dizendo: — Peguem; isto é o meu corpo.
14.23 Em seguida, pegou o cálice de vinho e agradeceu a Deus. Depois passou o cálice aos discípulos, e todos beberam do vinho.
14.24 Então Jesus disse: — Isto é o meu sangue, que é derramado em favor de muitos, o sangue que garante a aliança feita por Deus com o seu povo.
14.25 Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca mais beberei deste vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino de Deus.
14.26 Então eles cantaram canções de louvor e foram para o monte das Oliveiras.
14.27 E Jesus disse aos discípulos: — Todos vocês vão fugir e me abandonar, pois as Escrituras Sagradas dizem: “Matarei o pastor, e as ovelhas serão espalhadas.”
14.28 Mas, depois que eu for ressuscitado, irei adiante de vocês para a Galiléia.
14.29 Então Pedro disse a Jesus: — Eu nunca abandonarei o senhor, mesmo que todos o abandonem!
14.30 Mas Jesus lhe disse: — Eu afirmo a você que isto é verdade: nesta mesma noite, antes que o galo cante duas vezes, você dirá três vezes que não me conhece.
14.31 Mas Pedro repetia com insistência: — Eu nunca vou dizer que não o conheço, mesmo que eu tenha de morrer com o senhor! E todos os outros discípulos disseram a mesma coisa.
14.32 Jesus e os discípulos foram a um lugar chamado Getsêmani. E Jesus lhes disse: — Sentem-se aqui, enquanto eu vou orar.
14.33 Então Jesus foi, levando consigo Pedro, Tiago e João. Aí ele começou a sentir uma grande tristeza e aflição
14.34 e disse a eles: — A tristeza que estou sentindo é tão grande, que é capaz de me matar. Fiquem aqui vigiando.
14.35 Ele foi um pouco mais adiante, ajoelhou-se, encostou o rosto no chão e pediu a Deus que, se possível, afastasse dele aquela hora de sofrimento.
14.36 Ele orava assim: — Pai, meu Pai, tu podes fazer todas as coisas! Afasta de mim este cálice de sofrimento. Porém que não seja feito o que eu quero, mas o que tu queres.
14.37 Depois voltou e encontrou os três discípulos dormindo. Então disse a Pedro: — Simão, você está dormindo? Será que não pode vigiar nem uma hora?
14.38 Vigiem e orem para que não sejam tentados. É fácil querer resistir à tentação; o difícil mesmo é conseguir.
14.39 Jesus foi outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras.
14.40 Em seguida, voltou ao lugar onde os discípulos estavam e os encontrou de novo dormindo. Eles estavam com muito sono e não conseguiam ficar com os olhos abertos. E não sabiam o que responder a Jesus.
14.41 Quando voltou pela terceira vez, Jesus perguntou: — Vocês ainda estão dormindo e descansando? Basta! Chegou a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos dos maus.
14.42 Levantem-se, e vamos embora. Vejam! Aí vem chegando o homem que está me traindo!
14.43 Jesus ainda estava falando, quando chegou Judas, um dos doze discípulos. Vinha com ele uma multidão armada com espadas e porretes, que tinha sido mandada pelos chefes dos sacerdotes, pelos mestres da Lei e pelos líderes judeus.
14.44 O traidor tinha combinado com eles um sinal. Ele tinha dito: “Prendam e levem bem seguro o homem que eu beijar, pois é ele.”
14.45 Logo que chegou perto de Jesus, Judas disse: — Mestre! E o beijou.
14.46 Então eles pegaram Jesus e o prenderam.
14.47 Mas um dos que estavam ali tirou a espada, atacou um empregado do Grande Sacerdote e cortou uma orelha dele.
14.48 Então Jesus disse para aquela gente: — Vocês vêm com espadas e porretes para me prenderem como se eu fosse um bandido?
14.49 Eu estava com vocês todos os dias, ensinando no pátio do Templo, e vocês não me prenderam. Mas isso está acontecendo para se cumprir o que as Escrituras Sagradas dizem.
14.50 Então todos os discípulos abandonaram Jesus e fugiram.
14.51 Um jovem, enrolado num lençol, seguia Jesus. Alguns tentaram prendê-lo,
14.52 mas ele largou o lençol e fugiu nu.
14.53 Em seguida, levaram Jesus até a casa do Grande Sacerdote, onde estavam reunidos os chefes dos sacerdotes, alguns líderes dos judeus e alguns mestres da Lei.
14.54 Pedro seguiu Jesus de longe e entrou no pátio da casa do Grande Sacerdote. Ele sentou-se perto do fogo, com os guardas, para se esquentar.
14.55 Os chefes dos sacerdotes e todo o Conselho Superior estavam procurando encontrar alguma acusação contra Jesus a fim de o condenarem à morte. Mas não conseguiram nenhuma.
14.56 Muitos diziam mentiras contra ele, mas as suas histórias não combinavam umas com as outras.
14.57 Alguns se levantaram e acusaram Jesus com mentiras. Eles diziam:
14.58 — Nós ouvimos quando ele disse: “Vou destruir este Templo que foi construído por seres humanos e, em três dias, levantarei outro que não será construído por seres humanos.”
14.59 Mesmo assim as suas histórias não combinavam umas com as outras.
14.60 Aí o Grande Sacerdote se levantou no meio de todos e perguntou a Jesus: — Você não vai se defender dessa acusação?
14.61 Mas Jesus ficou calado e não respondeu nada. Então o Grande Sacerdote tornou a perguntar: — Você é o Messias, o Filho do Deus Bendito?
14.62 Jesus respondeu: — Sou. E vocês verão o Filho do Homem sentado do lado direito do Deus Todo-Poderoso e descendo com as nuvens do céu!
14.63 Aí o Grande Sacerdote rasgou as suas próprias roupas e disse: — Não precisamos mais de testemunhas!
14.64 Vocês ouviram esta blasfêmia contra Deus! Então, o que resolvem? Todos estavam contra Jesus e aí o condenaram à morte.
14.65 Então alguns começaram a cuspir nele. Cobriam o rosto dele, davam bofetadas nele e perguntavam: — Quem foi que bateu em você? Adivinhe! E também os guardas o pegaram e lhe deram bofetadas.
14.66 Pedro ainda estava lá embaixo no pátio, quando apareceu uma das empregadas do Grande Sacerdote.
14.67 Ela viu Pedro se esquentando perto do fogo, olhou bem para ele e disse: — Você também estava com Jesus de Nazaré.
14.68 Mas ele negou, dizendo: — Eu não o conheço. Não sei do que é que você está falando. E saiu para o corredor. Naquele momento, o galo cantou.
14.69 Quando a empregada viu Pedro ali, começou a dizer aos que estavam perto: — Este homem é um deles.
14.70 Mas ele negou outra vez. Pouco depois, as pessoas que estavam ali disseram de novo a Pedro: — Não há dúvida de que você é um deles, pois você também é da Galiléia.
14.71 Aí Pedro disse: — Juro que não conheço esse homem de quem vocês estão falando! Que Deus me castigue se não estou dizendo a verdade!
14.72 Naquele instante o galo cantou pela segunda vez, e Pedro lembrou que Jesus lhe tinha dito: “Antes que o galo cante duas vezes, você dirá três vezes que não me conhece.” Então Pedro caiu em si e começou a chorar.
15.1 Assim que amanheceu, os chefes dos sacerdotes se reuniram com os líderes dos judeus, e com os mestres da Lei, e com todo o Conselho Superior e fizeram os seus planos. Eles amarraram Jesus, e o levaram, e entregaram a Pilatos.
15.2 Pilatos perguntou: — Você é o rei dos judeus? — Quem está dizendo isso é o senhor! — respondeu Jesus.
15.3 E os chefes dos sacerdotes faziam muitas acusações contra ele.
15.4 Então Pilatos fez outra pergunta: — Você não vai responder? Veja quantas acusações estão fazendo contra você!
15.5 Porém Jesus não disse mais nada, e Pilatos ficou muito admirado com isso.
15.6 Em toda Festa da Páscoa, o Governador costumava soltar um dos presos, a pedido do povo.
15.7 Naquela ocasião um homem chamado Barrabás estava preso na cadeia junto com alguns homens que tinham matado algumas pessoas numa revolta.
15.8 A multidão veio e começou a pedir que, como era o costume, Pilatos soltasse um preso.
15.9 Então ele perguntou: — Vocês querem que eu solte para vocês o rei dos judeus?
15.10 Ele sabia muito bem que os chefes dos sacerdotes tinham inveja de Jesus e que era por isso que o haviam entregado a ele.
15.11 Mas os chefes dos sacerdotes atiçaram o povo para que pedisse a Pilatos que, em vez de soltar Jesus, ele soltasse Barrabás.
15.12 Pilatos falou outra vez com o povo. Ele perguntou: — O que vocês querem que eu faça com este homem que vocês chamam de rei dos judeus?
15.13 E eles gritaram: — Crucifica!
15.14 — Que crime ele cometeu? — perguntou Pilatos. Mas eles gritaram ainda mais alto: — Crucifica! Crucifica!
15.15 Então Pilatos, querendo agradar o povo, soltou Barrabás, como eles haviam pedido. Depois mandou chicotear Jesus e o entregou para ser crucificado.
15.16 Aí os soldados levaram Jesus para o pátio interno do Palácio do Governador e reuniram toda a tropa.
15.17 Depois vestiram em Jesus uma capa vermelha e puseram na cabeça dele uma coroa feita de ramos cheios de espinhos.
15.18 E começaram a saudá-lo, dizendo: — Viva o Rei dos Judeus!
15.19 Batiam na cabeça dele com um bastão, cuspiam nele e se ajoelhavam, fingindo que o estavam adorando.
15.20 Depois de terem caçoado dele, tiraram a capa vermelha e o vestiram com as suas próprias roupas. Em seguida o levaram para fora a fim de o crucificarem.
15.21 No caminho, os soldados encontraram um homem chamado Simão, que vinha do campo para a cidade. Esse Simão, o pai de Alexandre e Rufo, era da cidade de Cirene. Os soldados obrigaram Simão a carregar a cruz de Jesus
15.22 e levaram Jesus para um lugar chamado Gólgota. (Gólgota quer dizer “Lugar da Caveira”.)
15.23 Queriam dar a ele vinho misturado com um calmante chamado mirra, mas ele não bebeu.
15.24 Em seguida os soldados o crucificaram e repartiram as suas roupas entre si, tirando a sorte com dados, para ver qual seria a parte de cada um.
15.25 Eram nove horas da manhã quando crucificaram Jesus.
15.26 Puseram em cima da cruz uma tabuleta onde estava escrito como acusação contra ele: “O Rei dos Judeus”.
15.27 Com Jesus, crucificaram também dois ladrões: um à sua direita e o outro à sua esquerda.
15.28 [Assim se cumpriu o que as Escrituras Sagradas dizem: “Ele foi tratado como se fosse um criminoso.”]
15.29 Os que passavam por ali caçoavam dele, balançavam a cabeça e o insultavam assim: — Ei, você que disse que era capaz de destruir o Templo e tornar a construí-lo em três dias!
15.30 Pois desça da cruz e salve-se a si mesmo!
15.31 Os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei também caçoavam dele, dizendo: — Ele salvou os outros, mas não pode salvar a si mesmo!
15.32 Vamos ver o Messias, o Rei de Israel, descer agora da cruz e então creremos nele! E os ladrões que foram crucificados com Jesus também o insultavam.
15.33 Ao meio-dia começou a escurecer, e toda a terra ficou três horas na escuridão.
15.34 Às três horas da tarde Jesus gritou bem alto: — “Eloí, Eloí, lemá sabactani?” Essas palavras querem dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”
15.35 Algumas pessoas que estavam ali ouviram isso e disseram: — Escutem! Ele está chamando Elias!
15.36 Alguém correu e molhou uma esponja em vinho comum, pôs na ponta de um bastão, deu para Jesus beber e disse: — Esperem! Vamos ver se Elias vem tirá-lo da cruz!
15.37 Aí Jesus deu um grito forte e morreu.
15.38 Então a cortina do Templo se rasgou em dois pedaços, de cima até embaixo.
15.39 O oficial do exército romano que estava em frente da cruz, vendo Jesus morrer daquele modo, disse: — De fato, este homem era o Filho de Deus!
15.40 Algumas mulheres também estavam ali, olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Salomé e Maria, que era mãe de José e de Tiago, o mais moço.
15.41 Essas mulheres tinham acompanhado e ajudado Jesus quando ele estava na Galiléia. Além dessas, estavam ali muitas outras mulheres que tinham ido com ele para Jerusalém.
15.42-43 Já era quase noite quando chegou José, que era da cidade de Arimatéia. Ele era um homem importante e fazia parte do Conselho Superior. José também esperava a vinda do Reino de Deus. Era o Dia da Preparação, isto é, a véspera do sábado. Por isso José, tomando coragem, foi falar com Pilatos e pediu o corpo de Jesus.
15.44 Pilatos ficou admirado quando soube que Jesus já estava morto. Chamou o oficial romano e perguntou se fazia muito tempo que Jesus tinha morrido.
15.45 Depois de receber a informação do oficial, Pilatos entregou a José o corpo de Jesus.
15.46 José comprou um lençol de linho, tirou o corpo da cruz e o enrolou no lençol. Em seguida pôs o corpo num túmulo cavado na rocha e rolou uma grande pedra para fechar a entrada do túmulo.
15.47 Maria Madalena e Maria, a mãe de José, estavam olhando e viram onde o corpo de Jesus foi colocado.
16.1 Depois que terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, a mãe de Tiago, compraram perfumes para perfumar o corpo de Jesus.
16.2 No domingo, bem cedo, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo.
16.3 No caminho perguntavam umas às outras: — Quem vai tirar para nós a pedra que fecha a entrada do túmulo?
16.4 Elas diziam isso porque a pedra era muito grande. Mas, quando olharam, viram que ela já havia sido tirada.
16.5 Então elas entraram no túmulo e viram um moço vestido de branco sentado no lado direito. Elas ficaram muito assustadas,
16.6 mas ele disse: — Não se assustem! Sei que vocês estão procurando Jesus de Nazaré, que foi crucificado; mas ele não está aqui, pois já foi ressuscitado. Vejam o lugar onde ele foi posto.
16.7 Agora vão e dêem este recado a Pedro e aos outros discípulos: “Ele vai adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês vão vê-lo, como ele mesmo disse.”
16.8 Então elas saíram e fugiram do túmulo, apavoradas e tremendo. E não contaram nada a ninguém porque estavam com muito medo.
16.9 [Jesus ressuscitou no domingo bem cedo e apareceu primeiro a Maria Madalena, de quem havia expulsado sete demônios.
16.10 Ela foi contar isso aos companheiros de Jesus, pois eles estavam tristes e chorando.
16.11 Quando a ouviram dizer que Jesus estava vivo e que tinha aparecido a ela, eles não acreditaram.
16.12 Depois disso Jesus se apresentou com outra aparência a dois discípulos que iam caminhando para o campo.
16.13 Eles voltaram e foram contar isso aos outros discípulos, e estes não acreditaram no que os dois disseram.
16.14 Por último Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto eles estavam à mesa, comendo. Ele os repreendeu por não terem fé e por teimarem em não acreditar no que haviam contado os que o tinham visto ressuscitado.
16.15 Então ele disse: — Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas.
16.16 Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.
16.17 Aos que crerem será dado o poder de fazer estes milagres: expulsar demônios pelo poder do meu nome e falar novas línguas;
16.18 se pegarem em cobras ou beberem algum veneno, não sofrerão nenhum mal; e, quando puserem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados.
16.19 Depois de falar com eles, o Senhor Jesus foi levado para o céu e sentou-se do lado direito de Deus.
16.20 Os discípulos foram anunciar o evangelho por toda parte. E o Senhor os ajudava e, por meio de milagres, provava que a mensagem deles era verdadeira.]
Salmos
20.1 [Salmo de Davi. Ao regente do coro.] Ó rei, que na hora da angústia o SENHOR Deus responda à sua oração! Que o Deus de Jacó o proteja!
20.2 Que, do seu Templo, Deus lhe envie socorro, e que, do monte Sião, ele o ajude!
20.3 Que Deus lembre de todas as suas ofertas e aceite com prazer os seus sacrifícios queimados no altar!
20.4 Que Deus satisfaça os seus desejos, ó rei, e permita que todos os seus planos dêem certo!
20.5 Então daremos gritos de alegria pelo seu triunfo e, em louvor ao nosso Deus, levantaremos as bandeiras da vitória. Que o SENHOR atenda todos os seus pedidos, ó rei!
20.6 Agora sei que o SENHOR dá a vitória ao rei que ele escolheu. Do seu santo céu, ele lhe responde e, com o seu grande poder, ele o torna vitorioso.
20.7 Alguns confiam nos seus carros de guerra, e outros, nos seus cavalos, mas nós confiamos no poder do SENHOR, nosso Deus.
20.8 Eles tropeçarão e cairão, mas nós nos levantaremos e ficaremos firmes.
20.9 Ó SENHOR Deus, dá a vitória ao rei! Responde-nos quando pedirmos a tua ajuda.
20.2 Que, do seu Templo, Deus lhe envie socorro, e que, do monte Sião, ele o ajude!
20.3 Que Deus lembre de todas as suas ofertas e aceite com prazer os seus sacrifícios queimados no altar!
20.4 Que Deus satisfaça os seus desejos, ó rei, e permita que todos os seus planos dêem certo!
20.5 Então daremos gritos de alegria pelo seu triunfo e, em louvor ao nosso Deus, levantaremos as bandeiras da vitória. Que o SENHOR atenda todos os seus pedidos, ó rei!
20.6 Agora sei que o SENHOR dá a vitória ao rei que ele escolheu. Do seu santo céu, ele lhe responde e, com o seu grande poder, ele o torna vitorioso.
20.7 Alguns confiam nos seus carros de guerra, e outros, nos seus cavalos, mas nós confiamos no poder do SENHOR, nosso Deus.
20.8 Eles tropeçarão e cairão, mas nós nos levantaremos e ficaremos firmes.
20.9 Ó SENHOR Deus, dá a vitória ao rei! Responde-nos quando pedirmos a tua ajuda.
Mark
13:1 And as he went out of the temple, one of his disciples saith unto him, Master, see what manner of stones and what buildings [are here]!
13:2 And Jesus answering said unto him, Seest thou these great buildings? there shall not be left one stone upon another, that shall not be thrown down.
13:3 And as he sat upon the mount of Olives over against the temple, Peter and James and John and Andrew asked him privately,
13:4 Tell us, when shall these things be? and what [shall be] the sign when all these things shall be fulfilled?
13:5 And Jesus answering them began to say, Take heed lest any [man] deceive you:
13:6 For many shall come in my name, saying, I am [Christ]; and shall deceive many.
13:7 And when ye shall hear of wars and rumours of wars, be ye not troubled: for [such things] must needs be; but the end [shall] not [be] yet.
13:8 For nation shall rise against nation, and kingdom against kingdom: and there shall be earthquakes in divers places, and there shall be famines and troubles: these [are] the beginnings of sorrows.
13:9 But take heed to yourselves: for they shall deliver you up to councils; and in the synagogues ye shall be beaten: and ye shall be brought before rulers and kings for my sake, for a testimony against them.
13:10 And the gospel must first be published among all nations.
13:11 But when they shall lead [you], and deliver you up, take no thought beforehand what ye shall speak, neither do ye premeditate: but whatsoever shall be given you in that hour, that speak ye: for it is not ye that speak, but the Holy Ghost.
13:12 Now the brother shall betray the brother to death, and the father the son; and children shall rise up against [their] parents, and shall cause them to be put to death.
13:13 And ye shall be hated of all [men] for my name's sake: but he that shall endure unto the end, the same shall be saved.
13:14 But when ye shall see the abomination of desolation, spoken of by Daniel the prophet, standing where it ought not, (let him that readeth understand,) then let them that be in Judaea flee to the mountains:
13:15 And let him that is on the housetop not go down into the house, neither enter [therein], to take any thing out of his house:
13:16 And let him that is in the field not turn back again for to take up his garment.
13:17 But woe to them that are with child, and to them that give suck in those days!
13:18 And pray ye that your flight be not in the winter.
13:19 For [in] those days shall be affliction, such as was not from the beginning of the creation which God created unto this time, neither shall be.
13:20 And except that the Lord had shortened those days, no flesh should be saved: but for the elect's sake, whom he hath chosen, he hath shortened the days.
13:21 And then if any man shall say to you, Lo, here [is] Christ; or, lo, [he is] there; believe [him] not:
13:22 For false Christs and false prophets shall rise, and shall shew signs and wonders, to seduce, if [it were] possible, even the elect.
13:23 But take ye heed: behold, I have foretold you all things.
13:24 But in those days, after that tribulation, the sun shall be darkened, and the moon shall not give her light,
13:25 And the stars of heaven shall fall, and the powers that are in heaven shall be shaken.
13:26 And then shall they see the Son of man coming in the clouds with great power and glory.
13:27 And then shall he send his angels, and shall gather together his elect from the four winds, from the uttermost part of the earth to the uttermost part of heaven.
13:28 Now learn a parable of the fig tree; When her branch is yet tender, and putteth forth leaves, ye know that summer is near:
13:29 So ye in like manner, when ye shall see these things come to pass, know that it is nigh, [even] at the doors.
13:30 Verily I say unto you, that this generation shall not pass, till all these things be done.
13:31 Heaven and earth shall pass away: but my words shall not pass away.
13:32 But of that day and [that] hour knoweth no man, no, not the angels which are in heaven, neither the Son, but the Father.
13:33 Take ye heed, watch and pray: for ye know not when the time is.
13:34 [For the Son of man is] as a man taking a far journey, who left his house, and gave authority to his servants, and to every man his work, and commanded the porter to watch.
13:35 Watch ye therefore: for ye know not when the master of the house cometh, at even, or at midnight, or at the cockcrowing, or in the morning:
13:36 Lest coming suddenly he find you sleeping.
13:37 And what I say unto you I say unto all, Watch.
14:1 After two days was [the feast of] the passover, and of unleavened bread: and the chief priests and the scribes sought how they might take him by craft, and put [him] to death.
14:2 But they said, Not on the feast [day], lest there be an uproar of the people.
14:3 And being in Bethany in the house of Simon the leper, as he sat at meat, there came a woman having an alabaster box of ointment of spikenard very precious; and she brake the box, and poured [it] on his head.
14:4 And there were some that had indignation within themselves, and said, Why was this waste of the ointment made?
14:5 For it might have been sold for more than three hundred pence, and have been given to the poor. And they murmured against her.
14:6 And Jesus said, Let her alone; why trouble ye her? she hath wrought a good work on me.
14:7 For ye have the poor with you always, and whensoever ye will ye may do them good: but me ye have not always.
14:8 She hath done what she could: she is come aforehand to anoint my body to the burying.
14:9 Verily I say unto you, Wheresoever this gospel shall be preached throughout the whole world, [this] also that she hath done shall be spoken of for a memorial of her.
14:10 And Judas Iscariot, one of the twelve, went unto the chief priests, to betray him unto them.
14:11 And when they heard [it], they were glad, and promised to give him money. And he sought how he might conveniently betray him.
14:12 And the first day of unleavened bread, when they killed the passover, his disciples said unto him, Where wilt thou that we go and prepare that thou mayest eat the passover?
14:13 And he sendeth forth two of his disciples, and saith unto them, Go ye into the city, and there shall meet you a man bearing a pitcher of water: follow him.
14:14 And wheresoever he shall go in, say ye to the goodman of the house, The Master saith, Where is the guestchamber, where I shall eat the passover with my disciples?
14:15 And he will shew you a large upper room furnished [and] prepared: there make ready for us.
14:16 And his disciples went forth, and came into the city, and found as he had said unto them: and they made ready the passover.
14:17 And in the evening he cometh with the twelve.
14:18 And as they sat and did eat, Jesus said, Verily I say unto you, One of you which eateth with me shall betray me.
14:19 And they began to be sorrowful, and to say unto him one by one, [Is] it I? and another [said, Is] it I?
14:20 And he answered and said unto them, [It is] one of the twelve, that dippeth with me in the dish.
14:21 The Son of man indeed goeth, as it is written of him: but woe to that man by whom the Son of man is betrayed! good were it for that man if he had never been born.
14:22 And as they did eat, Jesus took bread, and blessed, and brake [it], and gave to them, and said, Take, eat: this is my body.
14:23 And he took the cup, and when he had given thanks, he gave [it] to them: and they all drank of it.
14:24 And he said unto them, This is my blood of the new testament, which is shed for many.
14:25 Verily I say unto you, I will drink no more of the fruit of the vine, until that day that I drink it new in the kingdom of God.
14:26 And when they had sung an hymn, they went out into the mount of Olives.
14:27 And Jesus saith unto them, All ye shall be offended because of me this night: for it is written, I will smite the shepherd, and the sheep shall be scattered.
14:28 But after that I am risen, I will go before you into Galilee.
14:29 But Peter said unto him, Although all shall be offended, yet [will] not I.
14:30 And Jesus saith unto him, Verily I say unto thee, That this day, [even] in this night, before the cock crow twice, thou shalt deny me thrice.
14:31 But he spake the more vehemently, If I should die with thee, I will not deny thee in any wise. Likewise also said they all.
14:32 And they came to a place which was named Gethsemane: and he saith to his disciples, Sit ye here, while I shall pray.
14:33 And he taketh with him Peter and James and John, and began to be sore amazed, and to be very heavy;
14:34 And saith unto them, My soul is exceeding sorrowful unto death: tarry ye here, and watch.
14:35 And he went forward a little, and fell on the ground, and prayed that, if it were possible, the hour might pass from him.
14:36 And he said, Abba, Father, all things [are] possible unto thee; take away this cup from me: nevertheless not what I will, but what thou wilt.
14:37 And he cometh, and findeth them sleeping, and saith unto Peter, Simon, sleepest thou? couldest not thou watch one hour?
14:38 Watch ye and pray, lest ye enter into temptation. The spirit truly [is] ready, but the flesh [is] weak.
14:39 And again he went away, and prayed, and spake the same words.
14:40 And when he returned, he found them asleep again, (for their eyes were heavy,) neither wist they what to answer him.
14:41 And he cometh the third time, and saith unto them, Sleep on now, and take [your] rest: it is enough, the hour is come; behold, the Son of man is betrayed into the hands of sinners.
14:42 Rise up, let us go; lo, he that betrayeth me is at hand.
14:43 And immediately, while he yet spake, cometh Judas, one of the twelve, and with him a great multitude with swords and staves, from the chief priests and the scribes and the elders.
14:44 And he that betrayed him had given them a token, saying, Whomsoever I shall kiss, that same is he; take him, and lead [him] away safely.
14:45 And as soon as he was come, he goeth straightway to him, and saith, Master, master; and kissed him.
14:46 And they laid their hands on him, and took him.
14:47 And one of them that stood by drew a sword, and smote a servant of the high priest, and cut off his ear.
14:48 And Jesus answered and said unto them, Are ye come out, as against a thief, with swords and [with] staves to take me?
14:49 I was daily with you in the temple teaching, and ye took me not: but the scriptures must be fulfilled.
14:50 And they all forsook him, and fled.
14:51 And there followed him a certain young man, having a linen cloth cast about [his] naked [body]; and the young men laid hold on him:
14:52 And he left the linen cloth, and fled from them naked.
14:53 And they led Jesus away to the high priest: and with him were assembled all the chief priests and the elders and the scribes.
14:54 And Peter followed him afar off, even into the palace of the high priest: and he sat with the servants, and warmed himself at the fire.
14:55 And the chief priests and all the council sought for witness against Jesus to put him to death; and found none.
14:56 For many bare false witness against him, but their witness agreed not together.
14:57 And there arose certain, and bare false witness against him, saying,
14:58 We heard him say, I will destroy this temple that is made with hands, and within three days I will build another made without hands.
14:59 But neither so did their witness agree together.
14:60 And the high priest stood up in the midst, and asked Jesus, saying, Answerest thou nothing? what [is it which] these witness against thee?
14:61 But he held his peace, and answered nothing. Again the high priest asked him, and said unto him, Art thou the Christ, the Son of the Blessed?
14:62 And Jesus said, I am: and ye shall see the Son of man sitting on the right hand of power, and coming in the clouds of heaven.
4:63 Then the high priest rent his clothes, and saith, What need we any further witnesses?
14:64 Ye have heard the blasphemy: what think ye? And they all condemned him to be guilty of death.
14:65 And some began to spit on him, and to cover his face, and to buffet him, and to say unto him, Prophesy: and the servants did strike him with the palms of their hands.
14:66 And as Peter was beneath in the palace, there cometh one of the maids of the high priest:
14:67 And when she saw Peter warming himself, she looked upon him, and said, And thou also wast with Jesus of Nazareth.
14:68 But he denied, saying, I know not, neither understand I what thou sayest. And he went out into the porch; and the cock crew.
14:69 And a maid saw him again, and began to say to them that stood by, This is [one] of them.
14:70 And he denied it again. And a little after, they that stood by said again to Peter, Surely thou art [one] of them: for thou art a Galilaean, and thy speech agreeth [thereto].
14:71 But he began to curse and to swear, [saying], I know not this man of whom ye speak.
14:72 And the second time the cock crew. And Peter called to mind the word that Jesus said unto him, Before the cock crow twice, thou shalt deny me thrice. And when he thought thereon, he wept.
15:1 And straightway in the morning the chief priests held a consultation with the elders and scribes and the whole council, and bound Jesus, and carried [him] away, and delivered [him] to Pilate.
15:2 And Pilate asked him, Art thou the King of the Jews? And he answering said unto him, Thou sayest [it].
15:3 And the chief priests accused him of many things: but he answered nothing.
15:4 And Pilate asked him again, saying, Answerest thou nothing? behold how many things they witness against thee.
15:5 But Jesus yet answered nothing; so that Pilate marvelled.
15:6 Now at [that] feast he released unto them one prisoner, whomsoever they desired.
15:7 And there was [one] named Barabbas, [which lay] bound with them that had made insurrection with him, who had committed murder in the insurrection.
15:8 And the multitude crying aloud began to desire [him to do] as he had ever done unto them.
15:9 But Pilate answered them, saying, Will ye that I release unto you the King of the Jews?
15:10 For he knew that the chief priests had delivered him for envy.
15:11 But the chief priests moved the people, that he should rather release Barabbas unto them.
15:12 And Pilate answered and said again unto them, What will ye then that I shall do [unto him] whom ye call the King of the Jews?
15:13 And they cried out again, Crucify him.
15:14 Then Pilate said unto them, Why, what evil hath he done? And they cried out the more exceedingly, Crucify him.
15:15 And [so] Pilate, willing to content the people, released Barabbas unto them, and delivered Jesus, when he had scourged [him], to be crucified.
15:16 And the soldiers led him away into the hall, called Praetorium; and they call together the whole band.
15:17 And they clothed him with purple, and platted a crown of thorns, and put it about his [head],
15:18 And began to salute him, Hail, King of the Jews!
15:19 And they smote him on the head with a reed, and did spit upon him, and bowing [their] knees worshipped him.
15:20 And when they had mocked him, they took off the purple from him, and put his own clothes on him, and led him out to crucify him.
15:21 And they compel one Simon a Cyrenian, who passed by, coming out of the country, the father of Alexander and Rufus, to bear his cross.
15:22 And they bring him unto the place Golgotha, which is, being interpreted, The place of a skull.
15:23 And they gave him to drink wine mingled with myrrh: but he received [it] not.
15:24 And when they had crucified him, they parted his garments, casting lots upon them, what every man should take.
15:25 And it was the third hour, and they crucified him.
15:26 And the superscription of his accusation was written over, THE KING OF THE JEWS.
15:27 And with him they crucify two thieves; the one on his right hand, and the other on his left.
15:28 And the scripture was fulfilled, which saith, And he was numbered with the transgressors.
15:29 And they that passed by railed on him, wagging their heads, and saying, Ah, thou that destroyest the temple, and buildest [it] in three days,
15:30 Save thyself, and come down from the cross.
15:31 Likewise also the chief priests mocking said among themselves with the scribes, He saved others; himself he cannot save.
15:32 Let Christ the King of Israel descend now from the cross, that we may see and believe. And they that were crucified with him reviled him.
15:33 And when the sixth hour was come, there was darkness over the whole land until the ninth hour.
15:34 And at the ninth hour Jesus cried with a loud voice, saying, Eloi, Eloi, lama sabachthani? which is, being interpreted, My God, my God, why hast thou forsaken me?
15:35 And some of them that stood by, when they heard [it], said, Behold, he calleth Elias.
15:36 And one ran and filled a spunge full of vinegar, and put [it] on a reed, and gave him to drink, saying, Let alone; let us see whether Elias will come to take him down.
15:37 And Jesus cried with a loud voice, and gave up the ghost.
15:38 And the veil of the temple was rent in twain from the top to the bottom.
15:39 And when the centurion, which stood over against him, saw that he so cried out, and gave up the ghost, he said, Truly this man was the Son of God.
15:40 There were also women looking on afar off: among whom was Mary Magdalene, and Mary the mother of James the less and of Joses, and Salome;
15:41 (Who also, when he was in Galilee, followed him, and ministered unto him;) and many other women which came up with him unto Jerusalem.
15:42 And now when the even was come, because it was the preparation, that is, the day before the sabbath,
15:43 Joseph of Arimathaea, an honourable counsellor, which also waited for the kingdom of God, came, and went in boldly unto Pilate, and craved the body of Jesus.
15:44 And Pilate marvelled if he were already dead: and calling [unto him] the centurion, he asked him whether he had been any while dead.
15:45 And when he knew [it] of the centurion, he gave the body to Joseph.
15:46 And he bought fine linen, and took him down, and wrapped him in the linen, and laid him in a sepulchre which was hewn out of a rock, and rolled a stone unto the door of the sepulchre.
15:47 And Mary Magdalene and Mary [the mother] of Joses beheld where he was laid.
16:1 And when the sabbath was past, Mary Magdalene, and Mary the [mother] of James, and Salome, had bought sweet spices, that they might come and anoint him.
16:2 And very early in the morning the first [day] of the week, they came unto the sepulchre at the rising of the sun.
16:3 And they said among themselves, Who shall roll us away the stone from the door of the sepulchre?
16:4 And when they looked, they saw that the stone was rolled away: for it was very great.
16:5 And entering into the sepulchre, they saw a young man sitting on the right side, clothed in a long white garment; and they were affrighted.
16:6 And he saith unto them, Be not affrighted: Ye seek Jesus of Nazareth, which was crucified: he is risen; he is not here: behold the place where they laid him.
16:7 But go your way, tell his disciples and Peter that he goeth before you into Galilee: there shall ye see him, as he said unto you.
16:8 And they went out quickly, and fled from the sepulchre; for they trembled and were amazed: neither said they any thing to any [man]; for they were afraid.
16:9 Now when [Jesus] was risen early the first [day] of the week, he appeared first to Mary Magdalene, out of whom he had cast seven devils.
16:10 [And] she went and told them that had been with him, as they mourned and wept.
16:11 And they, when they had heard that he was alive, and had been seen of her, believed not.
16:12 After that he appeared in another form unto two of them, as they walked, and went into the country.
16:13 And they went and told [it] unto the residue: neither believed they them.
16:14 Afterward he appeared unto the eleven as they sat at meat, and upbraided them with their unbelief and hardness of heart, because they believed not them which had seen him after he was risen.
16:15 And he said unto them, Go ye into all the world, and preach the gospel to every creature.
16:16 He that believeth and is baptized shall be saved; but he that believeth not shall be damned.
16:17 And these signs shall follow them that believe; In my name shall they cast out devils; they shall speak with new tongues;
16:18 They shall take up serpents; and if they drink any deadly thing, it shall not hurt them; they shall lay hands on the sick, and they shall recover.
16:19 So then after the Lord had spoken unto them, he was received up into heaven, and sat on the right hand of God.
16:20 And they went forth, and preached every where, the Lord working with [them], and confirming the word with signs following. Amen.
13:2 And Jesus answering said unto him, Seest thou these great buildings? there shall not be left one stone upon another, that shall not be thrown down.
13:3 And as he sat upon the mount of Olives over against the temple, Peter and James and John and Andrew asked him privately,
13:4 Tell us, when shall these things be? and what [shall be] the sign when all these things shall be fulfilled?
13:5 And Jesus answering them began to say, Take heed lest any [man] deceive you:
13:6 For many shall come in my name, saying, I am [Christ]; and shall deceive many.
13:7 And when ye shall hear of wars and rumours of wars, be ye not troubled: for [such things] must needs be; but the end [shall] not [be] yet.
13:8 For nation shall rise against nation, and kingdom against kingdom: and there shall be earthquakes in divers places, and there shall be famines and troubles: these [are] the beginnings of sorrows.
13:9 But take heed to yourselves: for they shall deliver you up to councils; and in the synagogues ye shall be beaten: and ye shall be brought before rulers and kings for my sake, for a testimony against them.
13:10 And the gospel must first be published among all nations.
13:11 But when they shall lead [you], and deliver you up, take no thought beforehand what ye shall speak, neither do ye premeditate: but whatsoever shall be given you in that hour, that speak ye: for it is not ye that speak, but the Holy Ghost.
13:12 Now the brother shall betray the brother to death, and the father the son; and children shall rise up against [their] parents, and shall cause them to be put to death.
13:13 And ye shall be hated of all [men] for my name's sake: but he that shall endure unto the end, the same shall be saved.
13:14 But when ye shall see the abomination of desolation, spoken of by Daniel the prophet, standing where it ought not, (let him that readeth understand,) then let them that be in Judaea flee to the mountains:
13:15 And let him that is on the housetop not go down into the house, neither enter [therein], to take any thing out of his house:
13:16 And let him that is in the field not turn back again for to take up his garment.
13:17 But woe to them that are with child, and to them that give suck in those days!
13:18 And pray ye that your flight be not in the winter.
13:19 For [in] those days shall be affliction, such as was not from the beginning of the creation which God created unto this time, neither shall be.
13:20 And except that the Lord had shortened those days, no flesh should be saved: but for the elect's sake, whom he hath chosen, he hath shortened the days.
13:21 And then if any man shall say to you, Lo, here [is] Christ; or, lo, [he is] there; believe [him] not:
13:22 For false Christs and false prophets shall rise, and shall shew signs and wonders, to seduce, if [it were] possible, even the elect.
13:23 But take ye heed: behold, I have foretold you all things.
13:24 But in those days, after that tribulation, the sun shall be darkened, and the moon shall not give her light,
13:25 And the stars of heaven shall fall, and the powers that are in heaven shall be shaken.
13:26 And then shall they see the Son of man coming in the clouds with great power and glory.
13:27 And then shall he send his angels, and shall gather together his elect from the four winds, from the uttermost part of the earth to the uttermost part of heaven.
13:28 Now learn a parable of the fig tree; When her branch is yet tender, and putteth forth leaves, ye know that summer is near:
13:29 So ye in like manner, when ye shall see these things come to pass, know that it is nigh, [even] at the doors.
13:30 Verily I say unto you, that this generation shall not pass, till all these things be done.
13:31 Heaven and earth shall pass away: but my words shall not pass away.
13:32 But of that day and [that] hour knoweth no man, no, not the angels which are in heaven, neither the Son, but the Father.
13:33 Take ye heed, watch and pray: for ye know not when the time is.
13:34 [For the Son of man is] as a man taking a far journey, who left his house, and gave authority to his servants, and to every man his work, and commanded the porter to watch.
13:35 Watch ye therefore: for ye know not when the master of the house cometh, at even, or at midnight, or at the cockcrowing, or in the morning:
13:36 Lest coming suddenly he find you sleeping.
13:37 And what I say unto you I say unto all, Watch.
14:1 After two days was [the feast of] the passover, and of unleavened bread: and the chief priests and the scribes sought how they might take him by craft, and put [him] to death.
14:2 But they said, Not on the feast [day], lest there be an uproar of the people.
14:3 And being in Bethany in the house of Simon the leper, as he sat at meat, there came a woman having an alabaster box of ointment of spikenard very precious; and she brake the box, and poured [it] on his head.
14:4 And there were some that had indignation within themselves, and said, Why was this waste of the ointment made?
14:5 For it might have been sold for more than three hundred pence, and have been given to the poor. And they murmured against her.
14:6 And Jesus said, Let her alone; why trouble ye her? she hath wrought a good work on me.
14:7 For ye have the poor with you always, and whensoever ye will ye may do them good: but me ye have not always.
14:8 She hath done what she could: she is come aforehand to anoint my body to the burying.
14:9 Verily I say unto you, Wheresoever this gospel shall be preached throughout the whole world, [this] also that she hath done shall be spoken of for a memorial of her.
14:10 And Judas Iscariot, one of the twelve, went unto the chief priests, to betray him unto them.
14:11 And when they heard [it], they were glad, and promised to give him money. And he sought how he might conveniently betray him.
14:12 And the first day of unleavened bread, when they killed the passover, his disciples said unto him, Where wilt thou that we go and prepare that thou mayest eat the passover?
14:13 And he sendeth forth two of his disciples, and saith unto them, Go ye into the city, and there shall meet you a man bearing a pitcher of water: follow him.
14:14 And wheresoever he shall go in, say ye to the goodman of the house, The Master saith, Where is the guestchamber, where I shall eat the passover with my disciples?
14:15 And he will shew you a large upper room furnished [and] prepared: there make ready for us.
14:16 And his disciples went forth, and came into the city, and found as he had said unto them: and they made ready the passover.
14:17 And in the evening he cometh with the twelve.
14:18 And as they sat and did eat, Jesus said, Verily I say unto you, One of you which eateth with me shall betray me.
14:19 And they began to be sorrowful, and to say unto him one by one, [Is] it I? and another [said, Is] it I?
14:20 And he answered and said unto them, [It is] one of the twelve, that dippeth with me in the dish.
14:21 The Son of man indeed goeth, as it is written of him: but woe to that man by whom the Son of man is betrayed! good were it for that man if he had never been born.
14:22 And as they did eat, Jesus took bread, and blessed, and brake [it], and gave to them, and said, Take, eat: this is my body.
14:23 And he took the cup, and when he had given thanks, he gave [it] to them: and they all drank of it.
14:24 And he said unto them, This is my blood of the new testament, which is shed for many.
14:25 Verily I say unto you, I will drink no more of the fruit of the vine, until that day that I drink it new in the kingdom of God.
14:26 And when they had sung an hymn, they went out into the mount of Olives.
14:27 And Jesus saith unto them, All ye shall be offended because of me this night: for it is written, I will smite the shepherd, and the sheep shall be scattered.
14:28 But after that I am risen, I will go before you into Galilee.
14:29 But Peter said unto him, Although all shall be offended, yet [will] not I.
14:30 And Jesus saith unto him, Verily I say unto thee, That this day, [even] in this night, before the cock crow twice, thou shalt deny me thrice.
14:31 But he spake the more vehemently, If I should die with thee, I will not deny thee in any wise. Likewise also said they all.
14:32 And they came to a place which was named Gethsemane: and he saith to his disciples, Sit ye here, while I shall pray.
14:33 And he taketh with him Peter and James and John, and began to be sore amazed, and to be very heavy;
14:34 And saith unto them, My soul is exceeding sorrowful unto death: tarry ye here, and watch.
14:35 And he went forward a little, and fell on the ground, and prayed that, if it were possible, the hour might pass from him.
14:36 And he said, Abba, Father, all things [are] possible unto thee; take away this cup from me: nevertheless not what I will, but what thou wilt.
14:37 And he cometh, and findeth them sleeping, and saith unto Peter, Simon, sleepest thou? couldest not thou watch one hour?
14:38 Watch ye and pray, lest ye enter into temptation. The spirit truly [is] ready, but the flesh [is] weak.
14:39 And again he went away, and prayed, and spake the same words.
14:40 And when he returned, he found them asleep again, (for their eyes were heavy,) neither wist they what to answer him.
14:41 And he cometh the third time, and saith unto them, Sleep on now, and take [your] rest: it is enough, the hour is come; behold, the Son of man is betrayed into the hands of sinners.
14:42 Rise up, let us go; lo, he that betrayeth me is at hand.
14:43 And immediately, while he yet spake, cometh Judas, one of the twelve, and with him a great multitude with swords and staves, from the chief priests and the scribes and the elders.
14:44 And he that betrayed him had given them a token, saying, Whomsoever I shall kiss, that same is he; take him, and lead [him] away safely.
14:45 And as soon as he was come, he goeth straightway to him, and saith, Master, master; and kissed him.
14:46 And they laid their hands on him, and took him.
14:47 And one of them that stood by drew a sword, and smote a servant of the high priest, and cut off his ear.
14:48 And Jesus answered and said unto them, Are ye come out, as against a thief, with swords and [with] staves to take me?
14:49 I was daily with you in the temple teaching, and ye took me not: but the scriptures must be fulfilled.
14:50 And they all forsook him, and fled.
14:51 And there followed him a certain young man, having a linen cloth cast about [his] naked [body]; and the young men laid hold on him:
14:52 And he left the linen cloth, and fled from them naked.
14:53 And they led Jesus away to the high priest: and with him were assembled all the chief priests and the elders and the scribes.
14:54 And Peter followed him afar off, even into the palace of the high priest: and he sat with the servants, and warmed himself at the fire.
14:55 And the chief priests and all the council sought for witness against Jesus to put him to death; and found none.
14:56 For many bare false witness against him, but their witness agreed not together.
14:57 And there arose certain, and bare false witness against him, saying,
14:58 We heard him say, I will destroy this temple that is made with hands, and within three days I will build another made without hands.
14:59 But neither so did their witness agree together.
14:60 And the high priest stood up in the midst, and asked Jesus, saying, Answerest thou nothing? what [is it which] these witness against thee?
14:61 But he held his peace, and answered nothing. Again the high priest asked him, and said unto him, Art thou the Christ, the Son of the Blessed?
14:62 And Jesus said, I am: and ye shall see the Son of man sitting on the right hand of power, and coming in the clouds of heaven.
4:63 Then the high priest rent his clothes, and saith, What need we any further witnesses?
14:64 Ye have heard the blasphemy: what think ye? And they all condemned him to be guilty of death.
14:65 And some began to spit on him, and to cover his face, and to buffet him, and to say unto him, Prophesy: and the servants did strike him with the palms of their hands.
14:66 And as Peter was beneath in the palace, there cometh one of the maids of the high priest:
14:67 And when she saw Peter warming himself, she looked upon him, and said, And thou also wast with Jesus of Nazareth.
14:68 But he denied, saying, I know not, neither understand I what thou sayest. And he went out into the porch; and the cock crew.
14:69 And a maid saw him again, and began to say to them that stood by, This is [one] of them.
14:70 And he denied it again. And a little after, they that stood by said again to Peter, Surely thou art [one] of them: for thou art a Galilaean, and thy speech agreeth [thereto].
14:71 But he began to curse and to swear, [saying], I know not this man of whom ye speak.
14:72 And the second time the cock crew. And Peter called to mind the word that Jesus said unto him, Before the cock crow twice, thou shalt deny me thrice. And when he thought thereon, he wept.
15:1 And straightway in the morning the chief priests held a consultation with the elders and scribes and the whole council, and bound Jesus, and carried [him] away, and delivered [him] to Pilate.
15:2 And Pilate asked him, Art thou the King of the Jews? And he answering said unto him, Thou sayest [it].
15:3 And the chief priests accused him of many things: but he answered nothing.
15:4 And Pilate asked him again, saying, Answerest thou nothing? behold how many things they witness against thee.
15:5 But Jesus yet answered nothing; so that Pilate marvelled.
15:6 Now at [that] feast he released unto them one prisoner, whomsoever they desired.
15:7 And there was [one] named Barabbas, [which lay] bound with them that had made insurrection with him, who had committed murder in the insurrection.
15:8 And the multitude crying aloud began to desire [him to do] as he had ever done unto them.
15:9 But Pilate answered them, saying, Will ye that I release unto you the King of the Jews?
15:10 For he knew that the chief priests had delivered him for envy.
15:11 But the chief priests moved the people, that he should rather release Barabbas unto them.
15:12 And Pilate answered and said again unto them, What will ye then that I shall do [unto him] whom ye call the King of the Jews?
15:13 And they cried out again, Crucify him.
15:14 Then Pilate said unto them, Why, what evil hath he done? And they cried out the more exceedingly, Crucify him.
15:15 And [so] Pilate, willing to content the people, released Barabbas unto them, and delivered Jesus, when he had scourged [him], to be crucified.
15:16 And the soldiers led him away into the hall, called Praetorium; and they call together the whole band.
15:17 And they clothed him with purple, and platted a crown of thorns, and put it about his [head],
15:18 And began to salute him, Hail, King of the Jews!
15:19 And they smote him on the head with a reed, and did spit upon him, and bowing [their] knees worshipped him.
15:20 And when they had mocked him, they took off the purple from him, and put his own clothes on him, and led him out to crucify him.
15:21 And they compel one Simon a Cyrenian, who passed by, coming out of the country, the father of Alexander and Rufus, to bear his cross.
15:22 And they bring him unto the place Golgotha, which is, being interpreted, The place of a skull.
15:23 And they gave him to drink wine mingled with myrrh: but he received [it] not.
15:24 And when they had crucified him, they parted his garments, casting lots upon them, what every man should take.
15:25 And it was the third hour, and they crucified him.
15:26 And the superscription of his accusation was written over, THE KING OF THE JEWS.
15:27 And with him they crucify two thieves; the one on his right hand, and the other on his left.
15:28 And the scripture was fulfilled, which saith, And he was numbered with the transgressors.
15:29 And they that passed by railed on him, wagging their heads, and saying, Ah, thou that destroyest the temple, and buildest [it] in three days,
15:30 Save thyself, and come down from the cross.
15:31 Likewise also the chief priests mocking said among themselves with the scribes, He saved others; himself he cannot save.
15:32 Let Christ the King of Israel descend now from the cross, that we may see and believe. And they that were crucified with him reviled him.
15:33 And when the sixth hour was come, there was darkness over the whole land until the ninth hour.
15:34 And at the ninth hour Jesus cried with a loud voice, saying, Eloi, Eloi, lama sabachthani? which is, being interpreted, My God, my God, why hast thou forsaken me?
15:35 And some of them that stood by, when they heard [it], said, Behold, he calleth Elias.
15:36 And one ran and filled a spunge full of vinegar, and put [it] on a reed, and gave him to drink, saying, Let alone; let us see whether Elias will come to take him down.
15:37 And Jesus cried with a loud voice, and gave up the ghost.
15:38 And the veil of the temple was rent in twain from the top to the bottom.
15:39 And when the centurion, which stood over against him, saw that he so cried out, and gave up the ghost, he said, Truly this man was the Son of God.
15:40 There were also women looking on afar off: among whom was Mary Magdalene, and Mary the mother of James the less and of Joses, and Salome;
15:41 (Who also, when he was in Galilee, followed him, and ministered unto him;) and many other women which came up with him unto Jerusalem.
15:42 And now when the even was come, because it was the preparation, that is, the day before the sabbath,
15:43 Joseph of Arimathaea, an honourable counsellor, which also waited for the kingdom of God, came, and went in boldly unto Pilate, and craved the body of Jesus.
15:44 And Pilate marvelled if he were already dead: and calling [unto him] the centurion, he asked him whether he had been any while dead.
15:45 And when he knew [it] of the centurion, he gave the body to Joseph.
15:46 And he bought fine linen, and took him down, and wrapped him in the linen, and laid him in a sepulchre which was hewn out of a rock, and rolled a stone unto the door of the sepulchre.
15:47 And Mary Magdalene and Mary [the mother] of Joses beheld where he was laid.
16:1 And when the sabbath was past, Mary Magdalene, and Mary the [mother] of James, and Salome, had bought sweet spices, that they might come and anoint him.
16:2 And very early in the morning the first [day] of the week, they came unto the sepulchre at the rising of the sun.
16:3 And they said among themselves, Who shall roll us away the stone from the door of the sepulchre?
16:4 And when they looked, they saw that the stone was rolled away: for it was very great.
16:5 And entering into the sepulchre, they saw a young man sitting on the right side, clothed in a long white garment; and they were affrighted.
16:6 And he saith unto them, Be not affrighted: Ye seek Jesus of Nazareth, which was crucified: he is risen; he is not here: behold the place where they laid him.
16:7 But go your way, tell his disciples and Peter that he goeth before you into Galilee: there shall ye see him, as he said unto you.
16:8 And they went out quickly, and fled from the sepulchre; for they trembled and were amazed: neither said they any thing to any [man]; for they were afraid.
16:9 Now when [Jesus] was risen early the first [day] of the week, he appeared first to Mary Magdalene, out of whom he had cast seven devils.
16:10 [And] she went and told them that had been with him, as they mourned and wept.
16:11 And they, when they had heard that he was alive, and had been seen of her, believed not.
16:12 After that he appeared in another form unto two of them, as they walked, and went into the country.
16:13 And they went and told [it] unto the residue: neither believed they them.
16:14 Afterward he appeared unto the eleven as they sat at meat, and upbraided them with their unbelief and hardness of heart, because they believed not them which had seen him after he was risen.
16:15 And he said unto them, Go ye into all the world, and preach the gospel to every creature.
16:16 He that believeth and is baptized shall be saved; but he that believeth not shall be damned.
16:17 And these signs shall follow them that believe; In my name shall they cast out devils; they shall speak with new tongues;
16:18 They shall take up serpents; and if they drink any deadly thing, it shall not hurt them; they shall lay hands on the sick, and they shall recover.
16:19 So then after the Lord had spoken unto them, he was received up into heaven, and sat on the right hand of God.
16:20 And they went forth, and preached every where, the Lord working with [them], and confirming the word with signs following. Amen.
Psalms
20:1 The LORD hear thee in the day of trouble; the name of the God of Jacob defend thee;
20:2 Send thee help from the sanctuary, and strengthen thee out of Zion;
20:3 Remember all thy offerings, and accept thy burnt sacrifice; Selah.
20:4 Grant thee according to thine own heart, and fulfil all thy counsel.
20:5 We will rejoice in thy salvation, and in the name of our God we will set up [our] banners: the LORD fulfil all thy petitions.
20:6 Now know I that the LORD saveth his anointed; he will hear him from his holy heaven with the saving strength of his right hand.
20:7 Some [trust] in chariots, and some in horses: but we will remember the name of the LORD our God.
20:8 They are brought down and fallen: but we are risen, and stand upright.
20:9 Save, LORD: let the king hear us when we call.
20:2 Send thee help from the sanctuary, and strengthen thee out of Zion;
20:3 Remember all thy offerings, and accept thy burnt sacrifice; Selah.
20:4 Grant thee according to thine own heart, and fulfil all thy counsel.
20:5 We will rejoice in thy salvation, and in the name of our God we will set up [our] banners: the LORD fulfil all thy petitions.
20:6 Now know I that the LORD saveth his anointed; he will hear him from his holy heaven with the saving strength of his right hand.
20:7 Some [trust] in chariots, and some in horses: but we will remember the name of the LORD our God.
20:8 They are brought down and fallen: but we are risen, and stand upright.
20:9 Save, LORD: let the king hear us when we call.
Marcos
13:1 Y SALIENDO del templo, le dice uno de sus discípulos: Maestro, mira qué piedras, y qué edificios.
13:2 Y Jesús respondiendo, le dijo: ¿Ves estos grandes edificios? no quedará piedra sobre piedra que no sea derribada.
13:3 Y sentándose en el monte de las Olivas delante del templo, le preguntaron aparte Pedro y Jacobo y Juan y Andrés:
13:4 Dinos, ¿cuándo serán estas cosas? ¿y qué señal habrá cuando todas estas cosas han de cumplirse?
13:5 Y Jesús respondiéndoles, comenzó á decir: Mirad, que nadie os engañe;
13:6 Porque vendrán muchos en mi nombre, diciendo: Yo soy el Cristo; y engañaran á muchos.
13:7 Mas cuando oyereis de guerras y de rumores de guerras no os turbéis, porque conviene hacerse así; mas aun no será el fin.
13:8 Porque se levantará nación contra nación, y reino contra reino; y habrá terremotos en muchos lugares, y habrá hambres y alborotos; principios de dolores serán estos.
13:9 Mas vosotros mirad por vosotros: porque os entregarán en los concilios, y en sinagogas seréis azotados: y delante de presidentes y de reyes seréis llamados por causa de mí, en testimonio á ellos.
13:10 Y á todas las gentes conviene que el evangelio sea predicado antes.
13:11 Y cuando os trajeren para entregaros, no premeditéis qué habéis de decir, ni lo penséis: mas lo que os fuere dado en aquella hora, eso hablad; porque no sois vosotros los que habláis, sino el Espíritu Santo.
13:12 Y entregará á la muerte el hermano al hermano, y el padre al hijo: y se levantarán los hijos contra los padres, y los matarán.
13:13 Y seréis aborrecidos de todos por mi nombre: mas el que perseverare hasta el fin, éste será salvo.
13:14 Empero cuando viereis la abominación de asolamiento, que fué dicha por el profeta Daniel, que estará donde no debe (el que lee, entienda), entonces los que estén en Judea huyan á los montes;
13:15 Y el que esté sobre el terrado, no descienda á la casa, ni entre para tomar algo de su casa;
13:16 Y el que estuviere en el campo, no vuelva atrás á tomar su capa.
13:17 Mas ¡ay de las preñadas, y de las que criaren en aquellos días!
13:18 Orad pues, que no acontezca vuestra huída en invierno.
13:19 Porque aquellos días serán de aflicción, cual nunca fué desde el principio de la creación que crió Dios, hasta este tiempo, ni será.
13:20 Y si el Señor no hubiese abreviado aquellos días, ninguna carne se salvaría; mas por causa de los escogidos que Él escogió, abrevió aquellos días.
13:21 Y entonces si alguno os dijere: He aquí, aquí está el Cristo; ó, He aquí, allí está, no le creáis.
13:22 Porque se levantarán falsos Cristos y falsos profetas, y darán señales y prodigios, para engañar, si se pudiese hacer, aun á los escogidos.
13:23 Mas vosotros mirad; os lo he dicho antes todo.
13:24 Empero en aquellos días, después de aquella aflicción, el sol se obscurecerá, y la luna no dará su resplandor;
13:25 Y las estrellas caerán del cielo, y las virtudes que están en los cielos serán conmovidas;
13:26 Y entonces verán al Hijo del hombre, que vendrá en las nubes con mucha potestad y gloria.
13:27 Y entonces enviará sus ángeles, y juntará sus escogidos de los cuatro vientos, desde el cabo de la tierra hasta el cabo del cielo.
13:28 De la higuera aprended la semejanza: Cuando su rama ya se enternece, y brota hojas, conocéis que el verano está cerca:
13:29 Así también vosotros, cuando viereis hacerse estas cosas, conoced que está cerca, á las puertas.
13:30 De cierto os digo que no pasará esta generación, que todas estas cosas no sean hechas.
13:31 El cielo y la tierra pasarán, mas mis palabras no pasarán.
13:32 Empero de aquel día y de la hora, nadie sabe; ni aun los ángeles que están en el cielo, ni el Hijo, sino el Padre.
13:33 Mirad, velad y orad: porque no sabéis cuándo será el tiempo.
13:34 Como el hombre que partiéndose lejos, dejó su casa, y dió facultad á sus siervos, y á cada uno su obra, y al portero mandó que velase:
13:35 Velad pues, porque no sabéis cuándo el señor de la casa vendrá; si á la tarde, ó á la media noche, ó al canto del gallo, ó á la mañana;
13:36 Porque cuando viniere de repente, no os halle durmiendo.
13:37 Y las cosas que á vosotros digo, á todos las dijo: Velad.
14:1 Y DOS días después era la Pascua y los días de los panes sin levadura: y procuraban los príncipes de los sacerdotes y los escribas cómo le prenderían por engaño, y le matarían.
14:2 Y decían: No en el día de la fiesta, porque no se haga alboroto del pueblo.
14:3 Y estando Él en Bethania en casa de Simón el leproso, y sentado á la mesa, vino una mujer teniendo un alabastro de ungüento de nardo espique de mucho precio; y quebrando el alabastro, derramóselo sobre su cabeza.
14:4 Y hubo algunos que se enojaron dentro de sí, y dijeron: ¿Para qué se ha hecho este desperdicio de ungüento?
14:5 Porque podía esto ser vendido por más de trescientos denarios, y darse á los pobres. Y murmuraban contra ella.
14:6 Mas Jesús dijo: Dejadla; ¿por qué la fatigáis? Buena obra me ha hecho;
14:7 Que siempre tendréis los pobres con vosotros, y cuando quisiereis les podréis hacer bien; mas á mí no siempre me tendréis.
14:8 Esta ha hecho lo que podía; porque se ha anticipado á ungir mi cuerpo para la sepultura.
14:9 De cierto os digo que donde quiera que fuere predicado este evangelio en todo el mundo, también esto que ha hecho ésta, será dicho para memoria de ella.
14:10 Entonces Judas Iscariote, uno de los doce, vino á los príncipes de los sacerdotes, para entregársele.
14:11 Y ellos oyéndolo se holgaron, y prometieron que le darían dineros. Y buscaba oportunidad cómo le entregaría.
14:12 Y el primer día de los panes sin levadura, cuando sacrificaban la pascua, sus discípulos le dicen: ¿Dónde quieres que vayamos á disponer para que comas la pascua?
14:13 Y envía dos de sus discípulos, y les dice: Id á la ciudad, y os encontrará un hombre que lleva un cántaro de agua; seguidle;
14:14 Y donde entrare, decid al señor de la casa: El Maestro dice: ¿Dónde está el aposento donde he de comer la pascua con mis discípulos?
14:15 Y Él os mostrará un gran cenáculo ya preparado: aderezad para nosotros allí.
14:16 Y fueron sus discípulos, y vinieron á la ciudad, y hallaron como les había dicho; y aderezaron la pascua.
14:17 Y llegada la tarde, fué con los doce.
14:18 Y como se sentaron á la mesa y comiesen, dice Jesús: De cierto os digo que uno de vosotros, que come conmigo, me ha de entregar.
14:19 Entonces ellos comenzaron á entristecerse, y á decirle cada uno por sí: ¿Seré yo? Y el otro: ¿Seré yo?
14:20 Y Él respondiendo les dijo: Es uno de los doce que moja conmigo en el plato.
14:21 A la verdad el Hijo del hombre va, como está de Él escrito; mas ¡ay de aquel hombre por quien el Hijo del hombre es entregado! bueno le fuera á aquel hombre si nunca hubiera nacido.
14:22 Y estando ellos comiendo, tomó Jesús pan, y bendiciendo, partió y les dió, y dijo: Tomad, esto es mi cuerpo.
14:23 Y tomando el vaso, habiendo hecho gracias, les dió: y bebieron de Él todos.
14:24 Y les dice: Esto es mi sangre del nuevo pacto, que por muchos es derramada.
14:25 De cierto os digo que no beberé más del fruto de la vid, hasta aquel día cundo lo beberé nuevo en el reino de Dios.
14:26 Y como hubieron cantado el himno, se salieron al monte de las Olivas.
14:27 Jesús entonces les dice: Todos seréis escandalizados en mí esta noche; porque escrito está: Heriré al pastor, y serán derramadas las ovejas.
14:28 Mas después que haya resucitado, iré delante de vosotros á Galilea.
14:29 Entonces Pedro le dijo: Aunque todos sean escandalizados, mas no yo.
14:30 Y le dice Jesús: De cierto te digo que tú, hoy, en esta noche, antes que el gallo haya cantado dos veces, me negarás tres veces.
14:31 Mas Él con mayor porfía decía: Si me fuere menester morir contigo, no te negaré. También todos decían lo mismo.
14:32 Y vienen al lugar que se llama Gethsemaní, y dice á sus discípulos: Sentaos aquí, entre tanto que yo oro.
14:33 Y toma consigo á Pedro y á Jacobo y á Juan, y comenzó á atemorizarse, y á angustiarse.
14:34 Y les dice: Está muy triste mi alma, hasta la muerte: esperad aquí y velad.
14:35 Y yéndose un poco adelante, se postró en tierra, y oro que si fuese posible, pasase de Él aquella hora,
14:36 Y decía: Abba, Padre, todas las cosas son á ti posibles: traspasa de mí este vaso; empero no lo que yo quiero, sino lo que tú.
14:37 Y vino y los halló durmiendo; y dice á Pedro: ¿Simón, duermes? ¿No has podido velar una hora?
14:38 Velad y orad, para que no entréis en tentación: el espíritu á la verdad es presto, mas la carne enferma.
14:39 Y volviéndose á ir, oró, y dijo las mismas palabras.
14:40 Y vuelto, los halló otra vez durmiendo, porque los ojos de ellos estaban cargados; y no sabían qué responderle.
14:41 Y vino la tercera vez, y les dice: Dormid ya y descansad: basta, la hora es venida; he aquí, el Hijo del hombre es entregado en manos de los pecadores.
14:42 Levantaos, vamos: he aquí, el que me entrega está cerca.
14:43 Y luego, aun hablando Él, vino Judas, que era uno de los doce, y con Él una compañía con espadas y palos, de parte de los príncipes de los sacerdotes, y de los escribas y de los ancianos.
14:44 Y el que le entregaba les había dado señal común, diciendo: Al que yo besare, aquél es: prendedle, y llevadle con seguridad.
14:45 Y como vino, se acercó luego á Él, y le dice: Maestro, Maestro. Y le besó.
14:46 Entonces ellos echaron en Él sus manos, y le prendieron.
14:47 Y uno de los que estaban allí, sacando la espada, hirió al siervo del sumo sacerdote, y le cortó la oreja.
14:48 Y respondiendo Jesús, les dijo: ¿Como á ladrón habéis salido con espadas y con palos á tomarme?
14:49 Cada día estaba con vosotros enseñando en el templo, y no me tomasteis; pero es así, para que se cumplan las Escrituras.
14:50 Entonces dejándole todos sus discípulos, huyeron.
14:51 Empero un mancebillo le seguía cubierto de una sábana sobre el cuerpo desnudo; y los mancebos le prendieron:
14:52 Mas Él, dejando la sábana, se huyó de ellos desnudo.
14:53 Y trajeron á Jesús al sumo sacerdote; y se juntaron á Él todos los príncipes de los sacerdotes y los ancianos y los escribas.
14:54 Empero Pedro le siguió de lejos hasta dentro del patio del sumo sacerdote; y estaba sentado con los servidores, y calentándose al fuego.
14:55 Y los príncipes de los sacerdotes y todo el concilio buscaban testimonio contra Jesús, para entregarle á la muerte; mas no lo hallaban.
14:56 Porque muchos decían falso testimonio contra Él; mas sus testimonios no concertaban.
14:57 Entonces levantándose unos, dieron falso testimonio contra Él, diciendo:
14:58 Nosotros le hemos oído decir: Yo derribaré este templo que es hecho de mano, y en tres días edificaré otro echo sin mano.
14:59 Mas ni aun así se concertaba el testimonio de ellos.
14:60 Entonces el sumo sacerdote, levantándose en medio, preguntó á Jesús, diciendo: ¿No respondes algo? ¿Qué atestiguan estos contra ti?
14:61 Mas Él callaba, y nada respondía. El sumo sacerdote le volvió á preguntar, y le dice: ¿Eres tú el Cristo, el Hijo del Bendito?
14:62 Y Jesús le dijo: Yo soy; y veréis al Hijo del hombre sentado á la diestra de la potencia de Dios, y viniendo en las nubes del cielo.
14:63 Entonces el sumo sacerdote, rasgando sus vestidos, dijo: ¿Qué más tenemos necesidad de testigos?
14:64 Oído habéis la blasfemia: ¿qué os parece? Y ellos todos le condenaron ser culpado de muerte.
14:65 Y algunos comenzaron á escupir en Él, y cubrir su rostro, y á darle bofetadas, y decirle: Profetiza. Y los servidores le herían de bofetadas.
14:66 Y estando Pedro abajo en el atrio, vino una de las criadas del sumo sacerdote;
14:67 Y como vió á Pedro que se calentaba, mirándole, dice: Y tú con Jesús el Nazareno estabas.
14:68 Mas Él negó, diciendo: No conozco, ni sé lo que dices. Y se salió fuera á la entrada; y cantó el gallo.
14:69 Y la criada viéndole otra vez, comenzó á decir á los que estaban allí: Este es de ellos.
14:70 Mas Él negó otra vez. Y poco después, los que estaban allí dijeron otra vez á Pedro: Verdaderamente tú eres de ellos; porque eres Galileo, y tu habla es semejante.
14:71 Y Él comenzó á maldecir y á jurar: No conozco á este hombre de quien habláis.
14:72 Y el gallo cantó la segunda vez: y Pedro se acordó de las palabras que Jesús le había dicho: Antes que el gallo cante dos veces, me negarás tres veces. Y pensando en esto, lloraba.
15:1 Y LUEGO por la mañana, habiendo tenido consejo los príncipes de los sacerdotes con los ancianos, y con los escribas, y con todo el concilio, llevaron á Jesús atado, y le entregaron á Pilato.
15:2 Y Pilato le preguntó: ¿Eres tú el Rey de los Judíos? Y respondiendo Él, le dijo: Tú lo dices.
15:3 Y los príncipes de los sacerdotes le acusaban mucho.
15:4 Y le preguntó otra vez Pilato, diciendo: ¿No respondes algo? Mira de cuántas cosas te acusan.
15:5 Mas Jesús ni aun con eso respondió; de modo que Pilato se maravillaba.
15:6 Empero en el día de la fiesta les soltaba un preso, cualquiera que pidiesen.
15:7 Y había uno, que se llamaba Barrabás, preso con sus compañeros de motín que habían hecho muerte en una revuelta.
15:8 Y viniendo la multitud, comenzó á pedir hiciese como siempre les había hecho.
15:9 Y Pilato les respondió, diciendo: ¿Queréis que os suelte al Rey de los Judíos?
15:10 Porque conocía que por envidia le habían entregado los príncipes de los sacerdotes.
15:11 Mas los príncipes de los sacerdotes incitaron á la multitud, que les soltase antes á Barrabás.
15:12 Y respondiendo Pilato, les dice otra vez: ¿Qué pues queréis que haga del que llamáis Rey de los Judíos?
15:13 Y ellos volvieron á dar voces: Crucifícale.
15:14 Mas Pilato les decía: ¿Pues qué mal ha hecho? Y ellos daban más voces: Crucifícale.
15:15 Y Pilato, queriendo satisfacer al pueblo, les soltó á Barrabás, y entregó á Jesús, después de azotarle, para que fuese crucificado.
15:16 Entonces los soldados le llevaron dentro de la sala, es á saber al Pretorio; y convocan toda la cohorte.
15:17 Y le visten de púrpura; y poniéndole una corona tejida de espinas,
15:18 Comenzaron luego á saludarle: ¡Salve, Rey de los Judíos!
15:19 Y le herían en la cabeza con una caña, y escupían en Él, y le adoraban hincadas las rodillas.
15:20 Y cuando le hubieron escarnecido, le desnudaron la púrpura, y le vistieron sus propios vestidos, y le sacaron para crucificarle.
15:21 Y cargaron á uno que pasaba, Simón Cireneo, padre de Alejandro y de Rufo, que venía del campo, para que llevase su cruz.
15:22 Y le llevan al lugar de Gólgotha, que declarado quiere decir: Lugar de la Calavera.
15:23 Y le dieron á beber vino mezclado con mirra; mas Él no lo tomó.
15:24 Y cuando le hubieron crucificado, repartieron sus vestidos, echando suertes sobre ellos, qué llevaría cada uno.
15:25 Y era la hora de las tres cuando le crucificaron.
15:26 Y el título escrito de su causa era: EL REY DE LOS JUDIOS.
15:27 Y crucificaron con Él dos ladrones, uno á su derecha, y el otro á su izquierda.
15:28 Y se cumplió la Escritura, que dice: Y con los inicuos fué contado.
15:29 Y los que pasaban le denostaban, meneando sus cabezas, y diciendo: ¡Ah! tú que derribas el templo de Dios, y en tres días lo edificas,
15:30 Sálvate á ti mismo, y desciende de la cruz.
15:31 Y de esta manera también los príncipes de los sacerdotes escarneciendo, decían unos á otros, con los escribas: A otros salvó, á sí mismo no se puede salvar.
15:32 El Cristo, Rey de Israel, descienda ahora de la cruz, para que veamos y creamos. También los que estaban crucificados con Él le denostaban.
15:33 Y cuando vino la hora de sexta, fueron hechas tinieblas sobre toda la tierra hasta la hora de nona.
15:34 Y á la hora de nona, exclamó Jesús á gran voz, diciendo: Eloi, Eloi, ¿lama sabachthani? que declarado, quiere decir: Dios mío, Dios mío, ¿por qué me has desamparado?
15:35 Y oyéndole unos de los que estaban allí, decían: He aquí, llama á Elías.
15:36 Y corrió uno, y empapando una esponja en vinagre, y poniéndola en una caña, le dió á beber, diciendo: Dejad, veamos si vendrá Elías á quitarle.
15:37 Mas Jesús, dando una grande voz, espiró.
15:38 Entonces el velo del templo se rasgó en dos, de alto á bajo.
15:39 Y el centurión que estaba delante de Él, viendo que había espirado así clamando, dijo: Verdaderamente este hombre era el Hijo de Dios.
15:40 Y también estaban algunas mujeres mirando de lejos; entre las cuales estaba María Magdalena, y María la madre de Jacobo el menor y de José, y Salomé;
15:41 Las cuales, estando aún Él en Galilea, le habían seguido, y le servían; y otras muchas que juntamente con Él habían subido á Jerusalem.
15:42 Y cuando fué la tarde, porque era la preparación, es decir, la víspera del sábado,
15:43 José de Arimatea, senador noble, que también esperaba el reino de Dios, vino, y osadamente entró á Pilato, y pidió el cuerpo de Jesús.
15:44 Y Pilato se maravilló que ya fuese muerto; y haciendo venir al centurión, preguntóle si era ya muerto.
15:45 Y enterado del centurión, dió el cuerpo á José.
15:46 El cual compró una sábana, y quitándole, le envolvió en la sábana, y le puso en un sepulcro que estaba cavado en una peña, y revolvió una piedra á la puerta del sepulcro.
15:47 Y María Magdalena, y María madre de José, miraban donde era puesto.
16:1 Y COMO pasó el sábado, María Magdalena, y María madre de Jacobo, y Salomé, compraron drogas aromáticas, para venir á ungirle.
16:2 Y muy de mañana, el primer día de la semana, vienen al sepulcro, ya salido el sol.
16:3 Y decían entre sí: ¿Quién nos revolverá la piedra de la puerta del sepulcro?
16:4 Y como miraron, ven la piedra revuelta; que era muy grande.
16:5 Y entradas en el sepulcro, vieron un mancebo sentado al lado derecho, cubierto de una larga ropa blanca; y se espantaron.
16:6 Más Él les dice: No os asustéis: buscáis á Jesús Nazareno, el que fué crucificado; resucitado há, no está aquí; he aquí el lugar en donde le pusieron.
16:7 Mas id, decid á sus discípulos y á Pedro, que Él va antes que vosotros á Galilea: allí le veréis, como os dijo.
16:8 Y ellas se fueron huyendo del sepulcro; porque las había tomado temblor y espanto; ni decían nada á nadie, porque tenían miedo.
16:9 Mas como Jesús resucitó por la mañana, el primer día de la semana, apareció primeramente á María Magdalena, de la cual había echado siete demonios.
16:10 Yendo ella, lo hizo saber á los que habían estado con Él, que estaban tristes y llorando.
16:11 Y ellos como oyeron que vivía, y que había sido visto de ella, no lo creyeron.
16:12 Mas después apareció en otra forma á dos de ellos que iban caminando, yendo al campo.
16:13 Y ellos fueron, y lo hicieron saber á los otros; y ni aun á ellos creyeron.
16:14 Finalmente se apareció á los once mismos, estando sentados á la mesa, y censuróles su incredulidad y dureza de corazón, que no hubiesen creído á los que le habían visto resucitado.
16:15 Y les dijo: Id por todo el mundo; predicad el evangelio á toda criatura.
16:16 El que creyere y fuere bautizado, será salvo; mas el que no creyere, será condenado.
16:17 Y estas señales seguirán á los que creyeren: En mi nombre echarán fuera demonios; hablaran nuevas lenguas;
16:18 Quitarán serpientes, y si bebieren cosa mortífera, no les dañará; sobre los enfermos pondrán sus manos, y sanarán.
16:19 Y el Señor, después que les habló, fué recibido arriba en el cielo, y sentóse á la diestra de Dios.
16:20 Y ellos, saliendo, predicaron en todas partes, obrando con ellos el Señor, y confirmando la palabra con las señales que se seguían. Amen.
13:2 Y Jesús respondiendo, le dijo: ¿Ves estos grandes edificios? no quedará piedra sobre piedra que no sea derribada.
13:3 Y sentándose en el monte de las Olivas delante del templo, le preguntaron aparte Pedro y Jacobo y Juan y Andrés:
13:4 Dinos, ¿cuándo serán estas cosas? ¿y qué señal habrá cuando todas estas cosas han de cumplirse?
13:5 Y Jesús respondiéndoles, comenzó á decir: Mirad, que nadie os engañe;
13:6 Porque vendrán muchos en mi nombre, diciendo: Yo soy el Cristo; y engañaran á muchos.
13:7 Mas cuando oyereis de guerras y de rumores de guerras no os turbéis, porque conviene hacerse así; mas aun no será el fin.
13:8 Porque se levantará nación contra nación, y reino contra reino; y habrá terremotos en muchos lugares, y habrá hambres y alborotos; principios de dolores serán estos.
13:9 Mas vosotros mirad por vosotros: porque os entregarán en los concilios, y en sinagogas seréis azotados: y delante de presidentes y de reyes seréis llamados por causa de mí, en testimonio á ellos.
13:10 Y á todas las gentes conviene que el evangelio sea predicado antes.
13:11 Y cuando os trajeren para entregaros, no premeditéis qué habéis de decir, ni lo penséis: mas lo que os fuere dado en aquella hora, eso hablad; porque no sois vosotros los que habláis, sino el Espíritu Santo.
13:12 Y entregará á la muerte el hermano al hermano, y el padre al hijo: y se levantarán los hijos contra los padres, y los matarán.
13:13 Y seréis aborrecidos de todos por mi nombre: mas el que perseverare hasta el fin, éste será salvo.
13:14 Empero cuando viereis la abominación de asolamiento, que fué dicha por el profeta Daniel, que estará donde no debe (el que lee, entienda), entonces los que estén en Judea huyan á los montes;
13:15 Y el que esté sobre el terrado, no descienda á la casa, ni entre para tomar algo de su casa;
13:16 Y el que estuviere en el campo, no vuelva atrás á tomar su capa.
13:17 Mas ¡ay de las preñadas, y de las que criaren en aquellos días!
13:18 Orad pues, que no acontezca vuestra huída en invierno.
13:19 Porque aquellos días serán de aflicción, cual nunca fué desde el principio de la creación que crió Dios, hasta este tiempo, ni será.
13:20 Y si el Señor no hubiese abreviado aquellos días, ninguna carne se salvaría; mas por causa de los escogidos que Él escogió, abrevió aquellos días.
13:21 Y entonces si alguno os dijere: He aquí, aquí está el Cristo; ó, He aquí, allí está, no le creáis.
13:22 Porque se levantarán falsos Cristos y falsos profetas, y darán señales y prodigios, para engañar, si se pudiese hacer, aun á los escogidos.
13:23 Mas vosotros mirad; os lo he dicho antes todo.
13:24 Empero en aquellos días, después de aquella aflicción, el sol se obscurecerá, y la luna no dará su resplandor;
13:25 Y las estrellas caerán del cielo, y las virtudes que están en los cielos serán conmovidas;
13:26 Y entonces verán al Hijo del hombre, que vendrá en las nubes con mucha potestad y gloria.
13:27 Y entonces enviará sus ángeles, y juntará sus escogidos de los cuatro vientos, desde el cabo de la tierra hasta el cabo del cielo.
13:28 De la higuera aprended la semejanza: Cuando su rama ya se enternece, y brota hojas, conocéis que el verano está cerca:
13:29 Así también vosotros, cuando viereis hacerse estas cosas, conoced que está cerca, á las puertas.
13:30 De cierto os digo que no pasará esta generación, que todas estas cosas no sean hechas.
13:31 El cielo y la tierra pasarán, mas mis palabras no pasarán.
13:32 Empero de aquel día y de la hora, nadie sabe; ni aun los ángeles que están en el cielo, ni el Hijo, sino el Padre.
13:33 Mirad, velad y orad: porque no sabéis cuándo será el tiempo.
13:34 Como el hombre que partiéndose lejos, dejó su casa, y dió facultad á sus siervos, y á cada uno su obra, y al portero mandó que velase:
13:35 Velad pues, porque no sabéis cuándo el señor de la casa vendrá; si á la tarde, ó á la media noche, ó al canto del gallo, ó á la mañana;
13:36 Porque cuando viniere de repente, no os halle durmiendo.
13:37 Y las cosas que á vosotros digo, á todos las dijo: Velad.
14:1 Y DOS días después era la Pascua y los días de los panes sin levadura: y procuraban los príncipes de los sacerdotes y los escribas cómo le prenderían por engaño, y le matarían.
14:2 Y decían: No en el día de la fiesta, porque no se haga alboroto del pueblo.
14:3 Y estando Él en Bethania en casa de Simón el leproso, y sentado á la mesa, vino una mujer teniendo un alabastro de ungüento de nardo espique de mucho precio; y quebrando el alabastro, derramóselo sobre su cabeza.
14:4 Y hubo algunos que se enojaron dentro de sí, y dijeron: ¿Para qué se ha hecho este desperdicio de ungüento?
14:5 Porque podía esto ser vendido por más de trescientos denarios, y darse á los pobres. Y murmuraban contra ella.
14:6 Mas Jesús dijo: Dejadla; ¿por qué la fatigáis? Buena obra me ha hecho;
14:7 Que siempre tendréis los pobres con vosotros, y cuando quisiereis les podréis hacer bien; mas á mí no siempre me tendréis.
14:8 Esta ha hecho lo que podía; porque se ha anticipado á ungir mi cuerpo para la sepultura.
14:9 De cierto os digo que donde quiera que fuere predicado este evangelio en todo el mundo, también esto que ha hecho ésta, será dicho para memoria de ella.
14:10 Entonces Judas Iscariote, uno de los doce, vino á los príncipes de los sacerdotes, para entregársele.
14:11 Y ellos oyéndolo se holgaron, y prometieron que le darían dineros. Y buscaba oportunidad cómo le entregaría.
14:12 Y el primer día de los panes sin levadura, cuando sacrificaban la pascua, sus discípulos le dicen: ¿Dónde quieres que vayamos á disponer para que comas la pascua?
14:13 Y envía dos de sus discípulos, y les dice: Id á la ciudad, y os encontrará un hombre que lleva un cántaro de agua; seguidle;
14:14 Y donde entrare, decid al señor de la casa: El Maestro dice: ¿Dónde está el aposento donde he de comer la pascua con mis discípulos?
14:15 Y Él os mostrará un gran cenáculo ya preparado: aderezad para nosotros allí.
14:16 Y fueron sus discípulos, y vinieron á la ciudad, y hallaron como les había dicho; y aderezaron la pascua.
14:17 Y llegada la tarde, fué con los doce.
14:18 Y como se sentaron á la mesa y comiesen, dice Jesús: De cierto os digo que uno de vosotros, que come conmigo, me ha de entregar.
14:19 Entonces ellos comenzaron á entristecerse, y á decirle cada uno por sí: ¿Seré yo? Y el otro: ¿Seré yo?
14:20 Y Él respondiendo les dijo: Es uno de los doce que moja conmigo en el plato.
14:21 A la verdad el Hijo del hombre va, como está de Él escrito; mas ¡ay de aquel hombre por quien el Hijo del hombre es entregado! bueno le fuera á aquel hombre si nunca hubiera nacido.
14:22 Y estando ellos comiendo, tomó Jesús pan, y bendiciendo, partió y les dió, y dijo: Tomad, esto es mi cuerpo.
14:23 Y tomando el vaso, habiendo hecho gracias, les dió: y bebieron de Él todos.
14:24 Y les dice: Esto es mi sangre del nuevo pacto, que por muchos es derramada.
14:25 De cierto os digo que no beberé más del fruto de la vid, hasta aquel día cundo lo beberé nuevo en el reino de Dios.
14:26 Y como hubieron cantado el himno, se salieron al monte de las Olivas.
14:27 Jesús entonces les dice: Todos seréis escandalizados en mí esta noche; porque escrito está: Heriré al pastor, y serán derramadas las ovejas.
14:28 Mas después que haya resucitado, iré delante de vosotros á Galilea.
14:29 Entonces Pedro le dijo: Aunque todos sean escandalizados, mas no yo.
14:30 Y le dice Jesús: De cierto te digo que tú, hoy, en esta noche, antes que el gallo haya cantado dos veces, me negarás tres veces.
14:31 Mas Él con mayor porfía decía: Si me fuere menester morir contigo, no te negaré. También todos decían lo mismo.
14:32 Y vienen al lugar que se llama Gethsemaní, y dice á sus discípulos: Sentaos aquí, entre tanto que yo oro.
14:33 Y toma consigo á Pedro y á Jacobo y á Juan, y comenzó á atemorizarse, y á angustiarse.
14:34 Y les dice: Está muy triste mi alma, hasta la muerte: esperad aquí y velad.
14:35 Y yéndose un poco adelante, se postró en tierra, y oro que si fuese posible, pasase de Él aquella hora,
14:36 Y decía: Abba, Padre, todas las cosas son á ti posibles: traspasa de mí este vaso; empero no lo que yo quiero, sino lo que tú.
14:37 Y vino y los halló durmiendo; y dice á Pedro: ¿Simón, duermes? ¿No has podido velar una hora?
14:38 Velad y orad, para que no entréis en tentación: el espíritu á la verdad es presto, mas la carne enferma.
14:39 Y volviéndose á ir, oró, y dijo las mismas palabras.
14:40 Y vuelto, los halló otra vez durmiendo, porque los ojos de ellos estaban cargados; y no sabían qué responderle.
14:41 Y vino la tercera vez, y les dice: Dormid ya y descansad: basta, la hora es venida; he aquí, el Hijo del hombre es entregado en manos de los pecadores.
14:42 Levantaos, vamos: he aquí, el que me entrega está cerca.
14:43 Y luego, aun hablando Él, vino Judas, que era uno de los doce, y con Él una compañía con espadas y palos, de parte de los príncipes de los sacerdotes, y de los escribas y de los ancianos.
14:44 Y el que le entregaba les había dado señal común, diciendo: Al que yo besare, aquél es: prendedle, y llevadle con seguridad.
14:45 Y como vino, se acercó luego á Él, y le dice: Maestro, Maestro. Y le besó.
14:46 Entonces ellos echaron en Él sus manos, y le prendieron.
14:47 Y uno de los que estaban allí, sacando la espada, hirió al siervo del sumo sacerdote, y le cortó la oreja.
14:48 Y respondiendo Jesús, les dijo: ¿Como á ladrón habéis salido con espadas y con palos á tomarme?
14:49 Cada día estaba con vosotros enseñando en el templo, y no me tomasteis; pero es así, para que se cumplan las Escrituras.
14:50 Entonces dejándole todos sus discípulos, huyeron.
14:51 Empero un mancebillo le seguía cubierto de una sábana sobre el cuerpo desnudo; y los mancebos le prendieron:
14:52 Mas Él, dejando la sábana, se huyó de ellos desnudo.
14:53 Y trajeron á Jesús al sumo sacerdote; y se juntaron á Él todos los príncipes de los sacerdotes y los ancianos y los escribas.
14:54 Empero Pedro le siguió de lejos hasta dentro del patio del sumo sacerdote; y estaba sentado con los servidores, y calentándose al fuego.
14:55 Y los príncipes de los sacerdotes y todo el concilio buscaban testimonio contra Jesús, para entregarle á la muerte; mas no lo hallaban.
14:56 Porque muchos decían falso testimonio contra Él; mas sus testimonios no concertaban.
14:57 Entonces levantándose unos, dieron falso testimonio contra Él, diciendo:
14:58 Nosotros le hemos oído decir: Yo derribaré este templo que es hecho de mano, y en tres días edificaré otro echo sin mano.
14:59 Mas ni aun así se concertaba el testimonio de ellos.
14:60 Entonces el sumo sacerdote, levantándose en medio, preguntó á Jesús, diciendo: ¿No respondes algo? ¿Qué atestiguan estos contra ti?
14:61 Mas Él callaba, y nada respondía. El sumo sacerdote le volvió á preguntar, y le dice: ¿Eres tú el Cristo, el Hijo del Bendito?
14:62 Y Jesús le dijo: Yo soy; y veréis al Hijo del hombre sentado á la diestra de la potencia de Dios, y viniendo en las nubes del cielo.
14:63 Entonces el sumo sacerdote, rasgando sus vestidos, dijo: ¿Qué más tenemos necesidad de testigos?
14:64 Oído habéis la blasfemia: ¿qué os parece? Y ellos todos le condenaron ser culpado de muerte.
14:65 Y algunos comenzaron á escupir en Él, y cubrir su rostro, y á darle bofetadas, y decirle: Profetiza. Y los servidores le herían de bofetadas.
14:66 Y estando Pedro abajo en el atrio, vino una de las criadas del sumo sacerdote;
14:67 Y como vió á Pedro que se calentaba, mirándole, dice: Y tú con Jesús el Nazareno estabas.
14:68 Mas Él negó, diciendo: No conozco, ni sé lo que dices. Y se salió fuera á la entrada; y cantó el gallo.
14:69 Y la criada viéndole otra vez, comenzó á decir á los que estaban allí: Este es de ellos.
14:70 Mas Él negó otra vez. Y poco después, los que estaban allí dijeron otra vez á Pedro: Verdaderamente tú eres de ellos; porque eres Galileo, y tu habla es semejante.
14:71 Y Él comenzó á maldecir y á jurar: No conozco á este hombre de quien habláis.
14:72 Y el gallo cantó la segunda vez: y Pedro se acordó de las palabras que Jesús le había dicho: Antes que el gallo cante dos veces, me negarás tres veces. Y pensando en esto, lloraba.
15:1 Y LUEGO por la mañana, habiendo tenido consejo los príncipes de los sacerdotes con los ancianos, y con los escribas, y con todo el concilio, llevaron á Jesús atado, y le entregaron á Pilato.
15:2 Y Pilato le preguntó: ¿Eres tú el Rey de los Judíos? Y respondiendo Él, le dijo: Tú lo dices.
15:3 Y los príncipes de los sacerdotes le acusaban mucho.
15:4 Y le preguntó otra vez Pilato, diciendo: ¿No respondes algo? Mira de cuántas cosas te acusan.
15:5 Mas Jesús ni aun con eso respondió; de modo que Pilato se maravillaba.
15:6 Empero en el día de la fiesta les soltaba un preso, cualquiera que pidiesen.
15:7 Y había uno, que se llamaba Barrabás, preso con sus compañeros de motín que habían hecho muerte en una revuelta.
15:8 Y viniendo la multitud, comenzó á pedir hiciese como siempre les había hecho.
15:9 Y Pilato les respondió, diciendo: ¿Queréis que os suelte al Rey de los Judíos?
15:10 Porque conocía que por envidia le habían entregado los príncipes de los sacerdotes.
15:11 Mas los príncipes de los sacerdotes incitaron á la multitud, que les soltase antes á Barrabás.
15:12 Y respondiendo Pilato, les dice otra vez: ¿Qué pues queréis que haga del que llamáis Rey de los Judíos?
15:13 Y ellos volvieron á dar voces: Crucifícale.
15:14 Mas Pilato les decía: ¿Pues qué mal ha hecho? Y ellos daban más voces: Crucifícale.
15:15 Y Pilato, queriendo satisfacer al pueblo, les soltó á Barrabás, y entregó á Jesús, después de azotarle, para que fuese crucificado.
15:16 Entonces los soldados le llevaron dentro de la sala, es á saber al Pretorio; y convocan toda la cohorte.
15:17 Y le visten de púrpura; y poniéndole una corona tejida de espinas,
15:18 Comenzaron luego á saludarle: ¡Salve, Rey de los Judíos!
15:19 Y le herían en la cabeza con una caña, y escupían en Él, y le adoraban hincadas las rodillas.
15:20 Y cuando le hubieron escarnecido, le desnudaron la púrpura, y le vistieron sus propios vestidos, y le sacaron para crucificarle.
15:21 Y cargaron á uno que pasaba, Simón Cireneo, padre de Alejandro y de Rufo, que venía del campo, para que llevase su cruz.
15:22 Y le llevan al lugar de Gólgotha, que declarado quiere decir: Lugar de la Calavera.
15:23 Y le dieron á beber vino mezclado con mirra; mas Él no lo tomó.
15:24 Y cuando le hubieron crucificado, repartieron sus vestidos, echando suertes sobre ellos, qué llevaría cada uno.
15:25 Y era la hora de las tres cuando le crucificaron.
15:26 Y el título escrito de su causa era: EL REY DE LOS JUDIOS.
15:27 Y crucificaron con Él dos ladrones, uno á su derecha, y el otro á su izquierda.
15:28 Y se cumplió la Escritura, que dice: Y con los inicuos fué contado.
15:29 Y los que pasaban le denostaban, meneando sus cabezas, y diciendo: ¡Ah! tú que derribas el templo de Dios, y en tres días lo edificas,
15:30 Sálvate á ti mismo, y desciende de la cruz.
15:31 Y de esta manera también los príncipes de los sacerdotes escarneciendo, decían unos á otros, con los escribas: A otros salvó, á sí mismo no se puede salvar.
15:32 El Cristo, Rey de Israel, descienda ahora de la cruz, para que veamos y creamos. También los que estaban crucificados con Él le denostaban.
15:33 Y cuando vino la hora de sexta, fueron hechas tinieblas sobre toda la tierra hasta la hora de nona.
15:34 Y á la hora de nona, exclamó Jesús á gran voz, diciendo: Eloi, Eloi, ¿lama sabachthani? que declarado, quiere decir: Dios mío, Dios mío, ¿por qué me has desamparado?
15:35 Y oyéndole unos de los que estaban allí, decían: He aquí, llama á Elías.
15:36 Y corrió uno, y empapando una esponja en vinagre, y poniéndola en una caña, le dió á beber, diciendo: Dejad, veamos si vendrá Elías á quitarle.
15:37 Mas Jesús, dando una grande voz, espiró.
15:38 Entonces el velo del templo se rasgó en dos, de alto á bajo.
15:39 Y el centurión que estaba delante de Él, viendo que había espirado así clamando, dijo: Verdaderamente este hombre era el Hijo de Dios.
15:40 Y también estaban algunas mujeres mirando de lejos; entre las cuales estaba María Magdalena, y María la madre de Jacobo el menor y de José, y Salomé;
15:41 Las cuales, estando aún Él en Galilea, le habían seguido, y le servían; y otras muchas que juntamente con Él habían subido á Jerusalem.
15:42 Y cuando fué la tarde, porque era la preparación, es decir, la víspera del sábado,
15:43 José de Arimatea, senador noble, que también esperaba el reino de Dios, vino, y osadamente entró á Pilato, y pidió el cuerpo de Jesús.
15:44 Y Pilato se maravilló que ya fuese muerto; y haciendo venir al centurión, preguntóle si era ya muerto.
15:45 Y enterado del centurión, dió el cuerpo á José.
15:46 El cual compró una sábana, y quitándole, le envolvió en la sábana, y le puso en un sepulcro que estaba cavado en una peña, y revolvió una piedra á la puerta del sepulcro.
15:47 Y María Magdalena, y María madre de José, miraban donde era puesto.
16:1 Y COMO pasó el sábado, María Magdalena, y María madre de Jacobo, y Salomé, compraron drogas aromáticas, para venir á ungirle.
16:2 Y muy de mañana, el primer día de la semana, vienen al sepulcro, ya salido el sol.
16:3 Y decían entre sí: ¿Quién nos revolverá la piedra de la puerta del sepulcro?
16:4 Y como miraron, ven la piedra revuelta; que era muy grande.
16:5 Y entradas en el sepulcro, vieron un mancebo sentado al lado derecho, cubierto de una larga ropa blanca; y se espantaron.
16:6 Más Él les dice: No os asustéis: buscáis á Jesús Nazareno, el que fué crucificado; resucitado há, no está aquí; he aquí el lugar en donde le pusieron.
16:7 Mas id, decid á sus discípulos y á Pedro, que Él va antes que vosotros á Galilea: allí le veréis, como os dijo.
16:8 Y ellas se fueron huyendo del sepulcro; porque las había tomado temblor y espanto; ni decían nada á nadie, porque tenían miedo.
16:9 Mas como Jesús resucitó por la mañana, el primer día de la semana, apareció primeramente á María Magdalena, de la cual había echado siete demonios.
16:10 Yendo ella, lo hizo saber á los que habían estado con Él, que estaban tristes y llorando.
16:11 Y ellos como oyeron que vivía, y que había sido visto de ella, no lo creyeron.
16:12 Mas después apareció en otra forma á dos de ellos que iban caminando, yendo al campo.
16:13 Y ellos fueron, y lo hicieron saber á los otros; y ni aun á ellos creyeron.
16:14 Finalmente se apareció á los once mismos, estando sentados á la mesa, y censuróles su incredulidad y dureza de corazón, que no hubiesen creído á los que le habían visto resucitado.
16:15 Y les dijo: Id por todo el mundo; predicad el evangelio á toda criatura.
16:16 El que creyere y fuere bautizado, será salvo; mas el que no creyere, será condenado.
16:17 Y estas señales seguirán á los que creyeren: En mi nombre echarán fuera demonios; hablaran nuevas lenguas;
16:18 Quitarán serpientes, y si bebieren cosa mortífera, no les dañará; sobre los enfermos pondrán sus manos, y sanarán.
16:19 Y el Señor, después que les habló, fué recibido arriba en el cielo, y sentóse á la diestra de Dios.
16:20 Y ellos, saliendo, predicaron en todas partes, obrando con ellos el Señor, y confirmando la palabra con las señales que se seguían. Amen.
Salmos
20:1 OIGATE Jehová en el día de conflicto; Defiéndate el nombre del Dios de Jacob.
20:2 Envíete ayuda desde el santuario, Y desde Sión te sostenga.
20:3 Haga memoria de todos tus presentes, Y reduzca á ceniza tu holocausto. (Selah.)
20:4 Déte conforme á tu corazón, Y cumpla todo tu consejo.
20:5 Nosotros nos alegraremos por tu salud, Y alzaremos pendón en el nombre de nuestro Dios: Cumpla Jehová todas tus peticiones.
20:6 Ahora echo de ver que Jehová guarda á su ungido: Oirálo desde los cielos de su santidad, Con la fuerza de la salvación de su diestra.
20:7 Estos confían en carros, y aquéllos en caballos: Mas nosotros del nombre de Jehová nuestro Dios tendremos memoria.
20:8 Ellos arrodillaron, y cayeron; Mas nosotros nos levantamos, y nos enhestamos.
20:9 Salva, Jehová: Que el Rey nos oiga el día que lo invocáremos.
20:2 Envíete ayuda desde el santuario, Y desde Sión te sostenga.
20:3 Haga memoria de todos tus presentes, Y reduzca á ceniza tu holocausto. (Selah.)
20:4 Déte conforme á tu corazón, Y cumpla todo tu consejo.
20:5 Nosotros nos alegraremos por tu salud, Y alzaremos pendón en el nombre de nuestro Dios: Cumpla Jehová todas tus peticiones.
20:6 Ahora echo de ver que Jehová guarda á su ungido: Oirálo desde los cielos de su santidad, Con la fuerza de la salvación de su diestra.
20:7 Estos confían en carros, y aquéllos en caballos: Mas nosotros del nombre de Jehová nuestro Dios tendremos memoria.
20:8 Ellos arrodillaron, y cayeron; Mas nosotros nos levantamos, y nos enhestamos.
20:9 Salva, Jehová: Que el Rey nos oiga el día que lo invocáremos.
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