A leitura bíblica de hoje encontra-se em Marcos 4-6 e Salmos 18:1-24.
Marcos
4.1 E outra vez começou a ensinar junto ao mar, e ajuntou-se a ele grande multidão; de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto ao mar.
4.2 E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas e lhes dizia na sua doutrina:
4.3 Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.
4.4 E aconteceu que, semeando ele, uma parte da semente caiu junto ao caminho, e vieram as aves do céu e a comeram.
4.5 E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda.
4.6 Mas, saindo o sol, queimou-se e, porque não tinha raiz, secou-se.
4.7 E outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espinhos, a sufocaram, e não deu fruto.
4.8 E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro, sessenta, e outro, cem.
4.9 E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.
4.10 E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola.
4.11 E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do Reino de Deus, mas aos que estão de fora todas essas coisas se dizem por parábolas,
4.12 para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam, para que se não convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
4.13 E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas?
4.14 O que semeia semeia a palavra;
4.15 e os que estão junto ao caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo eles a ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada no coração deles.
4.16 E da mesma sorte os que recebem a semente sobre pedregais, que, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem;
4.17 mas não têm raiz em si mesmos; antes, são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam.
4.18 E os outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra;
4.19 mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera.
4.20 E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, e a recebem, e dão fruto, um, a trinta, outro, a sessenta, e outro, a cem, por um.
4.21 E disse-lhes: Vem, porventura, a candeia para ser posta debaixo do cesto ou debaixo da cama? Não vem, antes, para se colocar no velador?
4.22 Porque nada há encoberto que não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto.
4.23 Se alguém tem ouvidos para ouvir, que ouça.
4.24 E disse-lhes: Atendei ao que ides ouvir. Com a medida com que medirdes vos medirão a vós, e ser-vos-á ainda acrescentada.
4.25 Porque ao que tem, ser-lhe-á dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.
4.26 E dizia: O Reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra,
4.27 e dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como.
4.28 Porque a terra por si mesma frutifica; primeiro, a erva, depois, a espiga, e, por último, o grão cheio na espiga.
4.29 E, quando já o fruto se mostra, mete-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa.
4.30 E dizia: A que assemelharemos o Reino de Deus? Ou com que parábola o representaremos?
4.31 É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra;
4.32 mas, tendo sido semeado, cresce, e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra.
4.33 E com muitas parábolas tais lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender.
4.34 E sem parábolas nunca lhes falava, porém tudo declarava em particular aos seus discípulos.
4.35 E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para a outra margem.
4.36 E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos.
4.37 E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia de água.
4.38 E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não te importa que pereçamos?
4.39 E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
4.40 E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?
4.41 E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: Mas quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?
5.1 E chegaram à outra margem do mar, à província dos gadarenos.
5.2 E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo,
5.3 o qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender.
5.4 Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões, em migalhas, e ninguém o podia amansar.
5.5 E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes e pelos sepulcros e ferindo-se com pedras.
5.6 E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o.
5.7 E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes.
5.8 (Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo.)
5.9 E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos.
5.10 E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província.
5.11 E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos.
5.12 E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles.
5.13 E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil) e afogou-se no mar.
5.14 E os que apascentavam os porcos fugiram e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido.
5.15 E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram.
5.16 E os que aquilo tinham visto contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado e acerca dos porcos.
5.17 E começaram a rogar-lhe que saísse do seu território.
5.18 E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele.
5.19 Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti.
5.20 E ele foi e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilhavam.
5.21 E, passando Jesus outra vez num barco para o outro lado, ajuntou-se a ele uma grande multidão; e ele estava junto do mar.
5.22 E eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés
5.23 e rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare e viva.
5.24 E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava.
5.25 E certa mulher, que havia doze anos tinha um fluxo de sangue,
5.26 e que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior,
5.27 ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua vestimenta.
5.28 Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei.
5.29 E logo se lhe secou a fonte do seu sangue, e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal.
5.30 E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão e disse: Quem tocou nas minhas vestes?
5.31 E disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou?
5.32 E ele olhava em redor, para ver a que isso fizera.
5.33 Então, a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade.
5.34 E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e sê curada deste teu mal.
5.35 Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre?
5.36 E Jesus, tendo ouvido essas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente.
5.37 E não permitiu que alguém o seguisse, a não ser Pedro, e Tiago, e João, irmão de Tiago.
5.38 E, tendo chegado à casa do principal da sinagoga, viu o alvoroço e os que choravam muito e pranteavam.
5.39 E, entrando, disse-lhes: Por que vos alvoroçais e chorais? A menina não está morta, mas dorme.
5.40 E riam-se dele; porém ele, tendo-os feito sair, tomou consigo o pai e a mãe da menina e os que com ele estavam e entrou onde a menina estava deitada.
5.41 E, tomando a mão da menina, disse-lhe: Talitá cumi, que, traduzido, é: Menina, a ti te digo: levanta-te.
5.42 E logo a menina se levantou e andava, pois já tinha doze anos; e assombraram-se com grande espanto.
5.43 E mandou-lhes expressamente que ninguém o soubesse; e disse que lhe dessem de comer.
6.1 E, partindo dali, chegou à sua terra, e os seus discípulos o seguiram.
6.2 E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm essas coisas? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos?
6.3 Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas, e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.
6.4 E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa.
6.5 E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos.
6.6 E estava admirado da incredulidade deles. E percorreu as aldeias vizinhas, ensinando.
6.7 Chamou a si os doze, e começou a enviá-los de dois a dois, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos,
6.8 e ordenou-lhes que nada tomassem para o caminho, senão um bordão; nem alforje, nem pão, nem dinheiro no cinto;
6.9 mas que calçassem sandálias e que não vestissem duas túnicas.
6.10 E dizia-lhes: Na casa em que entrardes, ficai nela até partirdes dali.
6.11 E, quando alguns vos não receberem, nem vos ouvirem, saindo dali, sacudi o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho contra eles. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância no Dia do Juízo para Sodoma e Gomorra do que para os daquela cidade.
6.12 E, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse.
6.13 E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.
6.14 E ouviu isso o rei Herodes (porque o nome de Jesus se tornara notório) e disse: João, o que batizava, ressuscitou dos mortos, e por isso estas maravilhas operam nele.
6.15 Outros diziam: É Elias. E diziam outros: É um profeta ou como um dos profetas.
6.16 Herodes, porém, ouvindo isso, disse: Este é João, que mandei degolar; ressuscitou dos mortos.
6.17 Porquanto o mesmo Herodes mandara prender a João e encerrá-lo manietado no cárcere, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão, porquanto tinha casado com ela.
6.18 Pois João dizia a Herodes: Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão.
6.19 E Herodias o espiava e queria matá-lo, mas não podia;
6.20 porque Herodes temia a João, sabendo que era varão justo e santo; e guardava-o com segurança e fazia muitas coisas, atendendo-o, e de boa vontade o ouvia.
6.21 E, chegando uma ocasião favorável em que Herodes, no dia do seu aniversário, dava uma ceia aos grandes, e tribunos, e príncipes da Galiléia,
6.22 entrou a filha da mesma Herodias, e dançou, e agradou a Herodes e aos que estavam com ele à mesa. Disse, então, o rei à jovem: Pede-me o que quiseres, e eu to darei.
6.23 E jurou-lhe, dizendo: Tudo o que me pedires te darei, até metade do meu reino.
6.24 E, saindo ela, perguntou à sua mãe: Que pedirei? E ela disse: A cabeça de João Batista.
6.25 E, entrando apressadamente, pediu ao rei, dizendo: Quero que, imediatamente, me dês num prato a cabeça de João Batista.
6.26 E o rei entristeceu-se muito; todavia, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, não lha quis negar.
6.27 E, enviando logo o rei o executor, mandou que lhe trouxessem ali a cabeça de João. E ele foi e degolou-o na prisão.
6.28 E trouxe a cabeça num prato e deu-a à jovem, e esta a deu à sua mãe.
6.29 E os seus discípulos, tendo ouvido isso, foram, tomaram o seu corpo e o puseram num sepulcro.
6.30 E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus e contaram-lhe tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado.
6.31 E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam, e vinham, e não tinham tempo para comer.
6.32 E foram sós num barco para um lugar deserto.
6.33 E a multidão viu-os partir, e muitos os conheceram, e correram para lá, a pé, de todas as cidades, e ali chegaram primeiro do que eles, e aproximavam-se deles.
6.34 E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas.
6.35 E, como o dia fosse já muito adiantado, os seus discípulos se aproximaram dele e lhe disseram: O lugar é deserto, e o dia está já muito adiantado;
6.36 despede-os, para que vão aos campos e aldeias circunvizinhas e comprem pão para si, porque não têm o que comer.
6.37 Ele, porém, respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram-lhe: Iremos nós e compraremos duzentos dinheiros de pão para lhes darmos de comer?
6.38 E ele disse-lhes: Quantos pães tendes? Ide ver. E, sabendo-o eles, disseram: Cinco pães e dois peixes.
6.39 E ordenou-lhes que fizessem assentar a todos, em grupos, sobre a erva verde.
6.40 E assentaram-se repartidos de cem em cem e de cinqüenta em cinqüenta.
6.41 E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, e abençoou, e partiu os pães, e deu-os aos seus discípulos para que os pusessem diante deles. E repartiu os dois peixes por todos.
6.42 E todos comeram e ficaram fartos,
6.43 e levantaram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe.
6.44 E os que comeram os pães eram quase cinco mil homens.
6.45 E logo obrigou os seus discípulos a subir para o barco, e passar adiante, para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão.
6.46 E, tendo-os despedido, foi ao monte para orar.
6.47 E, sobrevindo a tarde, estava o barco no meio do mar, e ele, sozinho em terra.
6.48 E, vendo que se fatigavam a remar, porque o vento lhes era contrário, perto da quarta vigília da noite, aproximou-se deles, andando sobre o mar, e queria passar adiante deles,
6.49 mas, quando eles o viram andar sobre o mar, pensaram que era um fantasma e deram grandes gritos.
6.50 Porque todos o viram e perturbaram-se; mas logo falou com eles e disse-lhes: Tende bom ânimo, sou eu; não temais.
6.51 E subiu para o barco para estar com eles, e o vento se aquietou; e, entre si, ficaram muito assombrados e maravilhados,
6.52 pois não tinham compreendido o milagre dos pães; antes, o seu coração estava endurecido.
6.53 E, quando já estavam no outro lado, dirigiram-se à terra de Genesaré e ali atracaram.
6.54 E, saindo eles do barco, logo o reconheceram;
6.55 e, percorrendo toda a terra em redor, começaram a trazer em leitos, onde quer que sabiam que ele estava, os que se achavam enfermos.
6.56 E, onde quer que entrava, ou em cidade, ou em aldeias, ou no campo, apresentavam os enfermos nas praças e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua veste, e todos os que lhe tocavam saravam.
4.2 E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas e lhes dizia na sua doutrina:
4.3 Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.
4.4 E aconteceu que, semeando ele, uma parte da semente caiu junto ao caminho, e vieram as aves do céu e a comeram.
4.5 E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda.
4.6 Mas, saindo o sol, queimou-se e, porque não tinha raiz, secou-se.
4.7 E outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espinhos, a sufocaram, e não deu fruto.
4.8 E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro, sessenta, e outro, cem.
4.9 E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.
4.10 E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola.
4.11 E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do Reino de Deus, mas aos que estão de fora todas essas coisas se dizem por parábolas,
4.12 para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam, para que se não convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
4.13 E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas?
4.14 O que semeia semeia a palavra;
4.15 e os que estão junto ao caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo eles a ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada no coração deles.
4.16 E da mesma sorte os que recebem a semente sobre pedregais, que, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem;
4.17 mas não têm raiz em si mesmos; antes, são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam.
4.18 E os outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra;
4.19 mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera.
4.20 E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, e a recebem, e dão fruto, um, a trinta, outro, a sessenta, e outro, a cem, por um.
4.21 E disse-lhes: Vem, porventura, a candeia para ser posta debaixo do cesto ou debaixo da cama? Não vem, antes, para se colocar no velador?
4.22 Porque nada há encoberto que não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto.
4.23 Se alguém tem ouvidos para ouvir, que ouça.
4.24 E disse-lhes: Atendei ao que ides ouvir. Com a medida com que medirdes vos medirão a vós, e ser-vos-á ainda acrescentada.
4.25 Porque ao que tem, ser-lhe-á dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.
4.26 E dizia: O Reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra,
4.27 e dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como.
4.28 Porque a terra por si mesma frutifica; primeiro, a erva, depois, a espiga, e, por último, o grão cheio na espiga.
4.29 E, quando já o fruto se mostra, mete-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa.
4.30 E dizia: A que assemelharemos o Reino de Deus? Ou com que parábola o representaremos?
4.31 É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra;
4.32 mas, tendo sido semeado, cresce, e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra.
4.33 E com muitas parábolas tais lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender.
4.34 E sem parábolas nunca lhes falava, porém tudo declarava em particular aos seus discípulos.
4.35 E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para a outra margem.
4.36 E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos.
4.37 E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia de água.
4.38 E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não te importa que pereçamos?
4.39 E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
4.40 E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?
4.41 E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: Mas quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?
5.1 E chegaram à outra margem do mar, à província dos gadarenos.
5.2 E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo,
5.3 o qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender.
5.4 Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões, em migalhas, e ninguém o podia amansar.
5.5 E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes e pelos sepulcros e ferindo-se com pedras.
5.6 E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o.
5.7 E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes.
5.8 (Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo.)
5.9 E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos.
5.10 E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província.
5.11 E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos.
5.12 E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles.
5.13 E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil) e afogou-se no mar.
5.14 E os que apascentavam os porcos fugiram e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido.
5.15 E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram.
5.16 E os que aquilo tinham visto contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado e acerca dos porcos.
5.17 E começaram a rogar-lhe que saísse do seu território.
5.18 E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele.
5.19 Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti.
5.20 E ele foi e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilhavam.
5.21 E, passando Jesus outra vez num barco para o outro lado, ajuntou-se a ele uma grande multidão; e ele estava junto do mar.
5.22 E eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés
5.23 e rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare e viva.
5.24 E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava.
5.25 E certa mulher, que havia doze anos tinha um fluxo de sangue,
5.26 e que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior,
5.27 ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua vestimenta.
5.28 Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei.
5.29 E logo se lhe secou a fonte do seu sangue, e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal.
5.30 E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão e disse: Quem tocou nas minhas vestes?
5.31 E disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou?
5.32 E ele olhava em redor, para ver a que isso fizera.
5.33 Então, a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade.
5.34 E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e sê curada deste teu mal.
5.35 Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre?
5.36 E Jesus, tendo ouvido essas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente.
5.37 E não permitiu que alguém o seguisse, a não ser Pedro, e Tiago, e João, irmão de Tiago.
5.38 E, tendo chegado à casa do principal da sinagoga, viu o alvoroço e os que choravam muito e pranteavam.
5.39 E, entrando, disse-lhes: Por que vos alvoroçais e chorais? A menina não está morta, mas dorme.
5.40 E riam-se dele; porém ele, tendo-os feito sair, tomou consigo o pai e a mãe da menina e os que com ele estavam e entrou onde a menina estava deitada.
5.41 E, tomando a mão da menina, disse-lhe: Talitá cumi, que, traduzido, é: Menina, a ti te digo: levanta-te.
5.42 E logo a menina se levantou e andava, pois já tinha doze anos; e assombraram-se com grande espanto.
5.43 E mandou-lhes expressamente que ninguém o soubesse; e disse que lhe dessem de comer.
6.1 E, partindo dali, chegou à sua terra, e os seus discípulos o seguiram.
6.2 E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm essas coisas? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos?
6.3 Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas, e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.
6.4 E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa.
6.5 E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos.
6.6 E estava admirado da incredulidade deles. E percorreu as aldeias vizinhas, ensinando.
6.7 Chamou a si os doze, e começou a enviá-los de dois a dois, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos,
6.8 e ordenou-lhes que nada tomassem para o caminho, senão um bordão; nem alforje, nem pão, nem dinheiro no cinto;
6.9 mas que calçassem sandálias e que não vestissem duas túnicas.
6.10 E dizia-lhes: Na casa em que entrardes, ficai nela até partirdes dali.
6.11 E, quando alguns vos não receberem, nem vos ouvirem, saindo dali, sacudi o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho contra eles. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância no Dia do Juízo para Sodoma e Gomorra do que para os daquela cidade.
6.12 E, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse.
6.13 E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.
6.14 E ouviu isso o rei Herodes (porque o nome de Jesus se tornara notório) e disse: João, o que batizava, ressuscitou dos mortos, e por isso estas maravilhas operam nele.
6.15 Outros diziam: É Elias. E diziam outros: É um profeta ou como um dos profetas.
6.16 Herodes, porém, ouvindo isso, disse: Este é João, que mandei degolar; ressuscitou dos mortos.
6.17 Porquanto o mesmo Herodes mandara prender a João e encerrá-lo manietado no cárcere, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão, porquanto tinha casado com ela.
6.18 Pois João dizia a Herodes: Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão.
6.19 E Herodias o espiava e queria matá-lo, mas não podia;
6.20 porque Herodes temia a João, sabendo que era varão justo e santo; e guardava-o com segurança e fazia muitas coisas, atendendo-o, e de boa vontade o ouvia.
6.21 E, chegando uma ocasião favorável em que Herodes, no dia do seu aniversário, dava uma ceia aos grandes, e tribunos, e príncipes da Galiléia,
6.22 entrou a filha da mesma Herodias, e dançou, e agradou a Herodes e aos que estavam com ele à mesa. Disse, então, o rei à jovem: Pede-me o que quiseres, e eu to darei.
6.23 E jurou-lhe, dizendo: Tudo o que me pedires te darei, até metade do meu reino.
6.24 E, saindo ela, perguntou à sua mãe: Que pedirei? E ela disse: A cabeça de João Batista.
6.25 E, entrando apressadamente, pediu ao rei, dizendo: Quero que, imediatamente, me dês num prato a cabeça de João Batista.
6.26 E o rei entristeceu-se muito; todavia, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, não lha quis negar.
6.27 E, enviando logo o rei o executor, mandou que lhe trouxessem ali a cabeça de João. E ele foi e degolou-o na prisão.
6.28 E trouxe a cabeça num prato e deu-a à jovem, e esta a deu à sua mãe.
6.29 E os seus discípulos, tendo ouvido isso, foram, tomaram o seu corpo e o puseram num sepulcro.
6.30 E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus e contaram-lhe tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado.
6.31 E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam, e vinham, e não tinham tempo para comer.
6.32 E foram sós num barco para um lugar deserto.
6.33 E a multidão viu-os partir, e muitos os conheceram, e correram para lá, a pé, de todas as cidades, e ali chegaram primeiro do que eles, e aproximavam-se deles.
6.34 E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas.
6.35 E, como o dia fosse já muito adiantado, os seus discípulos se aproximaram dele e lhe disseram: O lugar é deserto, e o dia está já muito adiantado;
6.36 despede-os, para que vão aos campos e aldeias circunvizinhas e comprem pão para si, porque não têm o que comer.
6.37 Ele, porém, respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram-lhe: Iremos nós e compraremos duzentos dinheiros de pão para lhes darmos de comer?
6.38 E ele disse-lhes: Quantos pães tendes? Ide ver. E, sabendo-o eles, disseram: Cinco pães e dois peixes.
6.39 E ordenou-lhes que fizessem assentar a todos, em grupos, sobre a erva verde.
6.40 E assentaram-se repartidos de cem em cem e de cinqüenta em cinqüenta.
6.41 E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, e abençoou, e partiu os pães, e deu-os aos seus discípulos para que os pusessem diante deles. E repartiu os dois peixes por todos.
6.42 E todos comeram e ficaram fartos,
6.43 e levantaram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe.
6.44 E os que comeram os pães eram quase cinco mil homens.
6.45 E logo obrigou os seus discípulos a subir para o barco, e passar adiante, para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão.
6.46 E, tendo-os despedido, foi ao monte para orar.
6.47 E, sobrevindo a tarde, estava o barco no meio do mar, e ele, sozinho em terra.
6.48 E, vendo que se fatigavam a remar, porque o vento lhes era contrário, perto da quarta vigília da noite, aproximou-se deles, andando sobre o mar, e queria passar adiante deles,
6.49 mas, quando eles o viram andar sobre o mar, pensaram que era um fantasma e deram grandes gritos.
6.50 Porque todos o viram e perturbaram-se; mas logo falou com eles e disse-lhes: Tende bom ânimo, sou eu; não temais.
6.51 E subiu para o barco para estar com eles, e o vento se aquietou; e, entre si, ficaram muito assombrados e maravilhados,
6.52 pois não tinham compreendido o milagre dos pães; antes, o seu coração estava endurecido.
6.53 E, quando já estavam no outro lado, dirigiram-se à terra de Genesaré e ali atracaram.
6.54 E, saindo eles do barco, logo o reconheceram;
6.55 e, percorrendo toda a terra em redor, começaram a trazer em leitos, onde quer que sabiam que ele estava, os que se achavam enfermos.
6.56 E, onde quer que entrava, ou em cidade, ou em aldeias, ou no campo, apresentavam os enfermos nas praças e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua veste, e todos os que lhe tocavam saravam.
Salmos
18.1 [Para o cantor-mor. Salmo do servo do SENHOR, Davi, que disse as palavras deste cântico ao SENHOR, no dia em que o SENHOR o livrou de todos os seus inimigos e das mãos de Saul] Eu te amarei do coração, ó SENHOR, fortaleza minha.
18.2 O SENHOR é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação e o meu alto refúgio.
18.3 Invocarei o nome do SENHOR, que é digno de louvor, e ficarei livre dos meus inimigos.
18.4 Cordéis de morte me cercaram, e torrentes de impiedade me assombraram.
18.5 Cordas do inferno me cingiram, laços de morte me surpreenderam.
18.6 Na angústia, invoquei ao SENHOR e clamei ao meu Deus; desde o seu templo ouviu a minha voz e aos seus ouvidos chegou o meu clamor perante a sua face.
18.7 Então, a terra se abalou e tremeu; e os fundamentos dos montes também se moveram e se abalaram, porquanto se indignou.
18.8 Do seu nariz subiu fumaça, e da sua boca saiu fogo que consumia; carvões se acenderam dele.
18.9 Abaixou os céus e desceu, e a escuridão estava debaixo de seus pés.
18.10 E montou num querubim e voou; sim, voou sobre as asas do vento.
18.11 Fez das trevas o seu lugar oculto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as nuvens dos céus.
18.12 Ao resplendor da sua presença as nuvens se espalharam, e a saraiva, e as brasas de fogo.
18.13 E o SENHOR trovejou nos céus; o Altíssimo levantou a sua voz; e havia saraiva e brasas de fogo.
18.14 Despediu as suas setas e os espalhou; multiplicou raios e os perturbou.
18.15 Então, foram vistas as profundezas das águas, e foram descobertos os fundamentos do mundo; pela tua repreensão, SENHOR, ao soprar das tuas narinas.
18.16 Enviou desde o alto e me tomou; tirou-me das muitas águas.
18.17 Livrou-me do meu inimigo forte e dos que me aborreciam, pois eram mais poderosos do que eu.
18.18 Surpreenderam-me no dia da minha calamidade; mas o SENHOR foi o meu amparo.
18.19 Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque tinha prazer em mim.
18.20 Recompensou-me o SENHOR conforme a minha justiça e retribuiu-me conforme a pureza das minhas mãos.
18.21 Porque guardei os caminhos do SENHOR e não me apartei impiamente do meu Deus.
18.22 Porque todos os seus juízos estavam diante de mim, e não rejeitei os seus estatutos.
18.23 Também fui sincero perante ele e me guardei da minha iniqüidade.
18.24 Pelo que me retribuiu o SENHOR conforme a minha justiça, conforme a pureza de minhas mãos perante os seus olhos.
18.2 O SENHOR é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação e o meu alto refúgio.
18.3 Invocarei o nome do SENHOR, que é digno de louvor, e ficarei livre dos meus inimigos.
18.4 Cordéis de morte me cercaram, e torrentes de impiedade me assombraram.
18.5 Cordas do inferno me cingiram, laços de morte me surpreenderam.
18.6 Na angústia, invoquei ao SENHOR e clamei ao meu Deus; desde o seu templo ouviu a minha voz e aos seus ouvidos chegou o meu clamor perante a sua face.
18.7 Então, a terra se abalou e tremeu; e os fundamentos dos montes também se moveram e se abalaram, porquanto se indignou.
18.8 Do seu nariz subiu fumaça, e da sua boca saiu fogo que consumia; carvões se acenderam dele.
18.9 Abaixou os céus e desceu, e a escuridão estava debaixo de seus pés.
18.10 E montou num querubim e voou; sim, voou sobre as asas do vento.
18.11 Fez das trevas o seu lugar oculto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as nuvens dos céus.
18.12 Ao resplendor da sua presença as nuvens se espalharam, e a saraiva, e as brasas de fogo.
18.13 E o SENHOR trovejou nos céus; o Altíssimo levantou a sua voz; e havia saraiva e brasas de fogo.
18.14 Despediu as suas setas e os espalhou; multiplicou raios e os perturbou.
18.15 Então, foram vistas as profundezas das águas, e foram descobertos os fundamentos do mundo; pela tua repreensão, SENHOR, ao soprar das tuas narinas.
18.16 Enviou desde o alto e me tomou; tirou-me das muitas águas.
18.17 Livrou-me do meu inimigo forte e dos que me aborreciam, pois eram mais poderosos do que eu.
18.18 Surpreenderam-me no dia da minha calamidade; mas o SENHOR foi o meu amparo.
18.19 Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque tinha prazer em mim.
18.20 Recompensou-me o SENHOR conforme a minha justiça e retribuiu-me conforme a pureza das minhas mãos.
18.21 Porque guardei os caminhos do SENHOR e não me apartei impiamente do meu Deus.
18.22 Porque todos os seus juízos estavam diante de mim, e não rejeitei os seus estatutos.
18.23 Também fui sincero perante ele e me guardei da minha iniqüidade.
18.24 Pelo que me retribuiu o SENHOR conforme a minha justiça, conforme a pureza de minhas mãos perante os seus olhos.
Marcos
4.1 Jesus começou a ensinar outra vez na beira do lago da Galiléia. A multidão que se ajuntou em volta dele era tão grande, que ele entrou e sentou-se num barco perto da praia, onde o povo estava.
4.2 Jesus usava parábolas para ensinar muitas coisas. Ele dizia:
4.3 — Escutem! Certo homem saiu para semear.
4.4 E, quando estava espalhando as sementes, algumas caíram na beira do caminho, e os passarinhos comeram tudo.
4.5 Outra parte das sementes caiu num lugar onde havia muitas pedras e pouca terra. As sementes brotaram logo porque a terra não era funda.
4.6 Mas, quando o sol apareceu, queimou as plantas, e elas secaram porque não tinham raízes.
4.7 Outras sementes caíram no meio de espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas. Por isso nada produziram.
4.8 Mas as sementes que caíram em terra boa brotaram, cresceram e produziram na base de trinta, sessenta e até cem grãos por um.
4.9 E Jesus terminou, dizendo: — Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.
4.10 Quando a multidão foi embora, as pessoas que ficaram ali começaram, junto com os doze discípulos, a fazer perguntas a Jesus sobre parábolas.
4.11 Jesus disse a eles: — A vocês Deus mostra o segredo do seu Reino. Mas para os que estão fora do Reino tudo é ensinado por meio de parábolas,
4.12 para que olhem e não enxerguem nada e para que escutem e não entendam; se não, eles voltariam para Deus, e ele os perdoaria.
4.13 Então Jesus perguntou: — Se vocês não entendem essa parábola, como vão entender as outras?
4.14 E continuou: — O semeador semeia a mensagem de Deus.
4.15 Algumas pessoas que a ouvem são como as sementes que caíram na beira do caminho. Logo que ouvem, Satanás vem e tira a mensagem que foi semeada no coração delas.
4.16 Outras pessoas são como as sementes que foram semeadas onde havia muitas pedras. Quando ouvem a mensagem, elas a aceitam logo com alegria;
4.17 mas depois de pouco tempo essas pessoas abandonam a mensagem porque ela não criou raízes nelas. E, quando por causa da mensagem chegam os sofrimentos e as perseguições, elas logo abandonam a sua fé.
4.18 Ainda outras são parecidas com as sementes que foram semeadas no meio dos espinhos. Elas ouvem a mensagem,
4.19 mas, quando aparecem as preocupações deste mundo, a ilusão das riquezas e outras ambições, estas coisas sufocam a mensagem, e ela não produz frutos.
4.20 E existem aquelas pessoas que são como as sementes que foram semeadas em terra boa. Elas ouvem, e aceitam a mensagem, e produzem uma grande colheita: umas, trinta; outras, sessenta; e ainda outras, cem vezes mais do que foi semeado.
4.21 Jesus continuou: — Por acaso alguém acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um cesto ou de uma cama? Claro que não! Para iluminar bem, ela deve ser colocada no lugar próprio.
4.22 Pois tudo o que está escondido será descoberto, e tudo o que está em segredo será conhecido.
4.23 Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.
4.24 Disse também: — Cuidado com o que vocês ouvem! Deus usará para julgar vocês a mesma regra que vocês usarem para julgar os outros. E com mais dureza ainda!
4.25 Quem tem receberá mais; mas quem não tem, até o pouco que tem será tirado dele.
4.26 Jesus disse: — O Reino de Deus é como um homem que joga a semente na terra.
4.27 Quer ele esteja acordado, quer esteja dormindo, ela brota e cresce, sem ele saber como isso acontece.
4.28 É a própria terra que dá o seu fruto: primeiro aparece a planta, depois a espiga, e, mais tarde, os grãos que enchem a espiga.
4.29 Quando as espigas ficam maduras, o homem começa a cortá-las com a foice, pois chegou o tempo da colheita.
4.30 Jesus continuou: — Com o que podemos comparar o Reino de Deus? Que parábola podemos usar para isso?
4.31 Ele é como uma semente de mostarda, que é a menor de todas as sementes.
4.32 Mas, depois de semeada, cresce muito até ficar a maior de todas as plantas. E os seus ramos são tão grandes, que os passarinhos fazem ninhos entre as suas folhas.
4.33 Assim, usando muitas parábolas como estas, Jesus falava ao povo de um modo que eles podiam entender.
4.34 E só falava com eles usando parábolas, mas explicava tudo em particular aos discípulos.
4.35 Naquele dia, de tardinha, Jesus disse aos discípulos: — Vamos para o outro lado do lago.
4.36 Então eles deixaram o povo ali, subiram no barco em que Jesus estava e foram com ele; e outros barcos o acompanharam.
4.37 De repente, começou a soprar um vento muito forte, e as ondas arrebentavam com tanta força em cima do barco, que ele já estava ficando cheio de água.
4.38 Jesus estava dormindo na parte detrás do barco, com a cabeça numa almofada. Então os discípulos o acordaram e disseram: — Mestre! Nós vamos morrer! O senhor não se importa com isso?
4.39 Então ele se levantou, falou duro com o vento e disse ao lago: — Silêncio! Fique quieto! O vento parou, e tudo ficou calmo.
4.40 Aí ele perguntou: — Por que é que vocês são assim tão medrosos? Vocês ainda não têm fé?
4.41 E os discípulos, cheios de medo, diziam uns aos outros: — Que homem é este que manda até no vento e nas ondas?!
5.1 Jesus e os discípulos chegaram à região de Gerasa, no lado leste do lago da Galiléia.
5.2 Assim que Jesus saiu do barco, foi encontrar-se com ele um homem que estava dominado por um espírito mau.
5.3 O homem vinha do cemitério, onde estava morando. Ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo usando correntes.
5.4 Muitas vezes já tinham amarrado as suas mãos e os seus pés com correntes de ferro, mas ele quebrava tudo, e ninguém conseguia dominá-lo.
5.5 Passava os dias e as noites nos montes e entre os túmulos, gritando e se ferindo de propósito com pedras.
5.6 Ele viu Jesus de longe, correu, caiu de joelhos diante dele
5.7 e gritou: — Jesus, Filho do Deus Altíssimo! O que o senhor quer de mim? Em nome de Deus eu peço: não me castigue!
5.8 Ele disse isso porque Jesus havia mandado: “Espírito mau, saia desse homem!”
5.9 Jesus perguntou: — Como é que você se chama? Ele respondeu: — O meu nome é Multidão, porque somos muitos.
5.10 E pedia com muita insistência a Jesus que não expulsasse os espíritos maus para fora daquela região.
5.11 Acontece que num morro perto dali havia muitos porcos comendo.
5.12 Os espíritos pediram a Jesus com insistência: — Nos mande ficar naqueles porcos; nos deixe entrar neles!
5.13 Ele deixou, e os espíritos saíram do homem e entraram nos porcos. E estes, que eram quase dois mil, se atiraram morro abaixo, para dentro do lago, e se afogaram.
5.14 Os homens que estavam tomando conta dos porcos fugiram e espalharam a notícia na cidade e nos campos. Muita gente foi ver o que havia acontecido.
5.15 Quando chegaram perto de Jesus, viram o homem que antes estava dominado por demônios; e ficaram espantados porque ele estava sentado, vestido e no seu perfeito juízo.
5.16 Os que tinham visto tudo aquilo lhes contaram o que havia acontecido com o homem e com os porcos.
5.17 Então começaram a pedir com insistência a Jesus que saísse da terra deles.
5.18 Quando ele estava entrando no barco, o homem curado pediu com insistência: — Me deixe ir com o senhor!
5.19 Mas Jesus não deixou e disse: — Volte para casa e conte aos seus parentes o que o Senhor lhe fez e como ele foi bom para você.
5.20 Então ele foi embora e contava, na região das Dez Cidades, o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.
5.21 Jesus voltou para o lado oeste do lago, e muitas pessoas foram se encontrar com ele na praia.
5.22 Um homem chamado Jairo, chefe da sinagoga, foi e se jogou aos pés de Jesus,
5.23 pedindo com muita insistência: — A minha filha está morrendo! Venha comigo e ponha as mãos sobre ela para que sare e viva!
5.24 E Jesus foi com ele. Uma grande multidão foi junto e o apertava de todos os lados.
5.25 Chegou ali uma mulher que fazia doze anos que estava com uma hemorragia.
5.26 Havia gastado tudo o que tinha, tratando-se com muitos médicos. Estes a fizeram sofrer muito; mas, em vez de melhorar, ela havia piorado cada vez mais.
5.27 Ela havia escutado falar de Jesus; então entrou no meio da multidão e, chegando por trás dele, tocou na sua capa,
5.28 pois pensava assim: “Se eu apenas tocar na capa dele, ficarei curada.”
5.29 Logo o sangue parou de escorrer, e ela teve certeza de que estava curada.
5.30 No mesmo instante Jesus sentiu que dele havia saído poder. Então virou-se no meio da multidão e perguntou: — Quem foi que tocou na minha capa?
5.31 Os discípulos responderam: — O senhor está vendo como esta gente o está apertando de todos os lados e ainda pergunta isso?
5.32 Mas Jesus ficou olhando em volta para ver quem tinha feito aquilo.
5.33 Então a mulher, sabendo o que lhe havia acontecido, atirou-se aos pés dele, tremendo de medo, e contou tudo.
5.34 E Jesus disse: — Minha filha, você sarou porque teve fé. Vá em paz; você está livre do seu sofrimento.
5.35 Jesus ainda estava falando, quando chegaram alguns empregados da casa de Jairo e disseram: — Seu Jairo, a menina já morreu. Não aborreça mais o Mestre.
5.36 Mas Jesus não se importou com a notícia e disse a Jairo: — Não tenha medo; tenha fé!
5.37 Jesus deixou que fossem com ele Pedro e os irmãos Tiago e João, e ninguém mais.
5.38 Quando entraram na casa de Jairo, Jesus encontrou ali uma confusão geral, com todos chorando alto e gritando.
5.39 Então ele disse: — Por que tanto choro e tanta confusão? A menina não morreu; ela está dormindo.
5.40 Então eles começaram a caçoar dele. Mas Jesus mandou que todos saíssem e, junto com os três discípulos e os pais da menina, entrou no quarto onde ela estava.
5.41 Pegou-a pela mão e disse: — “Talitá cumi!” (Isto quer dizer: “Menina, eu digo a você: Levante-se!”)
5.42 No mesmo instante, a menina, que tinha doze anos, levantou-se e começou a andar. E todos ficaram muito admirados.
5.43 Então Jesus ordenou que de jeito n
6.1 Jesus voltou com os seus discípulos para a cidade de Nazaré, onde ele tinha morado.
6.2 No sábado começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o estavam escutando ficaram admirados e perguntaram: — De onde é que este homem consegue tudo isso? De onde vem a sabedoria dele? Como é que faz esses milagres?
6.3 Por acaso ele não é o carpinteiro, filho de Maria? Não é irmão de Tiago, José, Judas e Simão? As suas irmãs não moram aqui? Por isso ficaram desiludidos com ele.
6.4 Mas Jesus disse: — Um profeta é respeitado em toda parte, menos na sua terra, entre os seus parentes e na sua própria casa.
6.5 Ele não pôde fazer milagres em Nazaré, a não ser curar alguns doentes, pondo as mãos sobre eles.
6.6 E ficou admirado com a falta de fé que havia ali. Jesus ensinava nos povoados que havia perto dali.
6.7 Ele chamou os doze discípulos e os enviou dois a dois, dando-lhes autoridade para expulsar espíritos maus.
6.8 Deu ordem para não levarem nada na viagem, somente uma bengala para se apoiar. Não deviam levar comida, nem sacola, nem dinheiro.
6.9 Deviam calçar sandálias e não levar nem uma túnica a mais.
6.10 Disse ainda: — Quando vocês entrarem numa cidade, fiquem hospedados na casa em que forem recebidos até saírem daquela cidade.
6.11 Mas, se em algum lugar as pessoas não quiserem recebê-los, nem ouvi-los, vão embora. E na saída sacudam o pó das suas sandálias, como sinal de protesto contra aquela gente.
6.12 Então os discípulos foram e anunciaram que todos deviam se arrepender dos seus pecados.
6.13 Eles expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes, pondo azeite na cabeça deles.
6.14 O rei Herodes ouviu falar de tudo isso porque a fama de Jesus se havia espalhado por toda parte. Alguns diziam: — Esse homem é João Batista, que foi ressuscitado! Por isso esse homem tem poder para fazer milagres.
6.15 Outros diziam que ele era Elias. Mas alguns afirmavam: — Ele é profeta, como um daqueles profetas antigos.
6.16 Quando Herodes ouviu isso, disse: — Ele é João Batista! Eu mandei cortar a cabeça dele, e agora ele foi ressuscitado!
6.17 Pois tinha sido Herodes mesmo quem havia mandado prender João, amarrar as suas mãos e jogá-lo na cadeia. Ele havia feito isso por causa de Herodias, com quem havia casado, embora ela fosse esposa do seu irmão Filipe.
6.18 Por isso João tinha dito muitas vezes a Herodes: “Pela nossa Lei você é proibido de casar com a esposa do seu irmão!”
6.19 Herodias estava furiosa com João e queria matá-lo. Mas não podia
6.20 porque Herodes tinha medo dele, pois sabia que ele era um homem bom e dedicado a Deus. Por isso Herodes protegia João. E, quando o ouvia falar, ficava sem saber o que fazer, mas mesmo assim gostava de escutá-lo.
6.21 Porém no dia do aniversário de Herodes apareceu a ocasião que Herodias estava esperando. Nesse dia Herodes deu um banquete para as pessoas importantes do seu governo: altos funcionários, chefes militares e autoridades da Galiléia.
6.22 Durante o banquete a filha de Herodias entrou no salão e dançou. Herodes e os seus convidados gostaram muito da dança. Então o rei disse à moça: — Peça o que quiser, e eu lhe darei.
6.23 E jurou: — Prometo que darei o que você pedir, mesmo que seja a metade do meu reino!
6.24 Ela foi perguntar à sua mãe o que devia pedir. E a mãe respondeu: — Peça a cabeça de João Batista.
6.25 No mesmo instante a moça voltou depressa aonde estava o rei e pediu: — Quero a cabeça de João Batista num prato, agora mesmo!
6.26 Herodes ficou muito triste, mas, por causa do juramento que havia feito na frente dos convidados, não pôde deixar de atender o pedido da moça.
6.27 Mandou imediatamente um soldado da guarda trazer a cabeça de João. O soldado foi à cadeia, cortou a cabeça de João,
6.28 pôs num prato e deu à moça. E ela a entregou à sua mãe.
6.29 Quando os discípulos de João souberam disso, vieram, levaram o corpo dele e o sepultaram.
6.30 Os apóstolos voltaram e contaram a Jesus tudo o que tinham feito e ensinado.
6.31 Havia ali tanta gente, chegando e saindo, que Jesus e os apóstolos não tinham tempo nem para comer. Então ele lhes disse: — Venham! Vamos sozinhos para um lugar deserto a fim de descansarmos um pouco.
6.32 Então foram sozinhos de barco para um lugar deserto.
6.33 Porém muitas pessoas os viram sair e os reconheceram. De todos os povoados, muitos correram pela margem e chegaram lá antes deles.
6.34 Quando Jesus desceu do barco, viu a multidão e teve pena daquela gente porque pareciam ovelhas sem pastor. E começou a ensinar muitas coisas.
6.35 De tardinha, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: — Já é tarde, e este lugar é deserto.
6.36 Mande esta gente embora, a fim de que vão aos sítios e povoados de perto daqui e comprem alguma coisa para comer.
6.37 Mas Jesus respondeu: — Dêem vocês mesmos comida a eles. Os discípulos disseram: — Para comprarmos pão para toda esta gente, nós precisaríamos de duzentas moedas de prata.
6.38 Jesus perguntou: — Quantos pães vocês têm? Vão ver. Os discípulos foram ver e disseram: — Temos cinco pães e dois peixes.
6.39 Então Jesus mandou o povo sentar-se em grupos na grama verde.
6.40 Todos se sentaram em grupos de cem e de cinqüenta.
6.41 Aí Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, olhou para o céu e deu graças a Deus. Depois partiu os pães e os entregou aos discípulos para que eles distribuíssem ao povo. E também dividiu os dois peixes com todos.
6.42 Todos comeram e ficaram satisfeitos.
6.43 E os discípulos ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe.
6.44 Foram cinco mil os homens que comeram os pães.
6.45 Logo depois, Jesus ordenou aos discípulos que subissem no barco e fossem na frente para o povoado de Betsaida, no lado leste do lago, enquanto ele mandava o povo embora.
6.46 Depois de se despedir dos discípulos, Jesus subiu um monte a fim de orar ali.
6.47 Quando chegou a noite, o barco estava no meio do lago, e Jesus estava em terra, sozinho.
6.48 Ele viu que os discípulos estavam remando com dificuldade porque o vento soprava contra eles. Já de madrugada, entre as três e as seis horas, Jesus foi até lá, andando em cima da água, e ia passar adiante deles.
6.49 Quando viram Jesus andando em cima da água, os discípulos pensaram que ele era um fantasma e começaram a gritar.
6.50 Todos ficaram apavorados com o que viram. Mas logo Jesus falou com eles, dizendo: — Coragem, sou eu! Não tenham medo!
6.51 Aí subiu no barco com eles, e o vento se acalmou. Os discípulos estavam completamente apavorados.
6.52 É que a mente deles estava fechada, e eles não tinham entendido o milagre dos pães.
6.53 Jesus e os discípulos atravessaram o lago e chegaram à região de Genesaré, onde amarraram o barco na praia.
6.54 Quando desceram do barco, o povo logo reconheceu Jesus.
6.55 Então, eles saíram correndo por toda aquela região, começaram a trazer os doentes em camas e os levavam para o lugar onde sabiam que Jesus estava.
6.56 Em todos os lugares aonde ele ia, isto é, nos povoados, nas cidades e nas fazendas, punham os doentes nas praças e pediam a Jesus que os deixasse pelo menos tocar na barra da sua roupa. E todos os que tocavam nela ficavam curados.
4.2 Jesus usava parábolas para ensinar muitas coisas. Ele dizia:
4.3 — Escutem! Certo homem saiu para semear.
4.4 E, quando estava espalhando as sementes, algumas caíram na beira do caminho, e os passarinhos comeram tudo.
4.5 Outra parte das sementes caiu num lugar onde havia muitas pedras e pouca terra. As sementes brotaram logo porque a terra não era funda.
4.6 Mas, quando o sol apareceu, queimou as plantas, e elas secaram porque não tinham raízes.
4.7 Outras sementes caíram no meio de espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas. Por isso nada produziram.
4.8 Mas as sementes que caíram em terra boa brotaram, cresceram e produziram na base de trinta, sessenta e até cem grãos por um.
4.9 E Jesus terminou, dizendo: — Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.
4.10 Quando a multidão foi embora, as pessoas que ficaram ali começaram, junto com os doze discípulos, a fazer perguntas a Jesus sobre parábolas.
4.11 Jesus disse a eles: — A vocês Deus mostra o segredo do seu Reino. Mas para os que estão fora do Reino tudo é ensinado por meio de parábolas,
4.12 para que olhem e não enxerguem nada e para que escutem e não entendam; se não, eles voltariam para Deus, e ele os perdoaria.
4.13 Então Jesus perguntou: — Se vocês não entendem essa parábola, como vão entender as outras?
4.14 E continuou: — O semeador semeia a mensagem de Deus.
4.15 Algumas pessoas que a ouvem são como as sementes que caíram na beira do caminho. Logo que ouvem, Satanás vem e tira a mensagem que foi semeada no coração delas.
4.16 Outras pessoas são como as sementes que foram semeadas onde havia muitas pedras. Quando ouvem a mensagem, elas a aceitam logo com alegria;
4.17 mas depois de pouco tempo essas pessoas abandonam a mensagem porque ela não criou raízes nelas. E, quando por causa da mensagem chegam os sofrimentos e as perseguições, elas logo abandonam a sua fé.
4.18 Ainda outras são parecidas com as sementes que foram semeadas no meio dos espinhos. Elas ouvem a mensagem,
4.19 mas, quando aparecem as preocupações deste mundo, a ilusão das riquezas e outras ambições, estas coisas sufocam a mensagem, e ela não produz frutos.
4.20 E existem aquelas pessoas que são como as sementes que foram semeadas em terra boa. Elas ouvem, e aceitam a mensagem, e produzem uma grande colheita: umas, trinta; outras, sessenta; e ainda outras, cem vezes mais do que foi semeado.
4.21 Jesus continuou: — Por acaso alguém acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um cesto ou de uma cama? Claro que não! Para iluminar bem, ela deve ser colocada no lugar próprio.
4.22 Pois tudo o que está escondido será descoberto, e tudo o que está em segredo será conhecido.
4.23 Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.
4.24 Disse também: — Cuidado com o que vocês ouvem! Deus usará para julgar vocês a mesma regra que vocês usarem para julgar os outros. E com mais dureza ainda!
4.25 Quem tem receberá mais; mas quem não tem, até o pouco que tem será tirado dele.
4.26 Jesus disse: — O Reino de Deus é como um homem que joga a semente na terra.
4.27 Quer ele esteja acordado, quer esteja dormindo, ela brota e cresce, sem ele saber como isso acontece.
4.28 É a própria terra que dá o seu fruto: primeiro aparece a planta, depois a espiga, e, mais tarde, os grãos que enchem a espiga.
4.29 Quando as espigas ficam maduras, o homem começa a cortá-las com a foice, pois chegou o tempo da colheita.
4.30 Jesus continuou: — Com o que podemos comparar o Reino de Deus? Que parábola podemos usar para isso?
4.31 Ele é como uma semente de mostarda, que é a menor de todas as sementes.
4.32 Mas, depois de semeada, cresce muito até ficar a maior de todas as plantas. E os seus ramos são tão grandes, que os passarinhos fazem ninhos entre as suas folhas.
4.33 Assim, usando muitas parábolas como estas, Jesus falava ao povo de um modo que eles podiam entender.
4.34 E só falava com eles usando parábolas, mas explicava tudo em particular aos discípulos.
4.35 Naquele dia, de tardinha, Jesus disse aos discípulos: — Vamos para o outro lado do lago.
4.36 Então eles deixaram o povo ali, subiram no barco em que Jesus estava e foram com ele; e outros barcos o acompanharam.
4.37 De repente, começou a soprar um vento muito forte, e as ondas arrebentavam com tanta força em cima do barco, que ele já estava ficando cheio de água.
4.38 Jesus estava dormindo na parte detrás do barco, com a cabeça numa almofada. Então os discípulos o acordaram e disseram: — Mestre! Nós vamos morrer! O senhor não se importa com isso?
4.39 Então ele se levantou, falou duro com o vento e disse ao lago: — Silêncio! Fique quieto! O vento parou, e tudo ficou calmo.
4.40 Aí ele perguntou: — Por que é que vocês são assim tão medrosos? Vocês ainda não têm fé?
4.41 E os discípulos, cheios de medo, diziam uns aos outros: — Que homem é este que manda até no vento e nas ondas?!
5.1 Jesus e os discípulos chegaram à região de Gerasa, no lado leste do lago da Galiléia.
5.2 Assim que Jesus saiu do barco, foi encontrar-se com ele um homem que estava dominado por um espírito mau.
5.3 O homem vinha do cemitério, onde estava morando. Ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo usando correntes.
5.4 Muitas vezes já tinham amarrado as suas mãos e os seus pés com correntes de ferro, mas ele quebrava tudo, e ninguém conseguia dominá-lo.
5.5 Passava os dias e as noites nos montes e entre os túmulos, gritando e se ferindo de propósito com pedras.
5.6 Ele viu Jesus de longe, correu, caiu de joelhos diante dele
5.7 e gritou: — Jesus, Filho do Deus Altíssimo! O que o senhor quer de mim? Em nome de Deus eu peço: não me castigue!
5.8 Ele disse isso porque Jesus havia mandado: “Espírito mau, saia desse homem!”
5.9 Jesus perguntou: — Como é que você se chama? Ele respondeu: — O meu nome é Multidão, porque somos muitos.
5.10 E pedia com muita insistência a Jesus que não expulsasse os espíritos maus para fora daquela região.
5.11 Acontece que num morro perto dali havia muitos porcos comendo.
5.12 Os espíritos pediram a Jesus com insistência: — Nos mande ficar naqueles porcos; nos deixe entrar neles!
5.13 Ele deixou, e os espíritos saíram do homem e entraram nos porcos. E estes, que eram quase dois mil, se atiraram morro abaixo, para dentro do lago, e se afogaram.
5.14 Os homens que estavam tomando conta dos porcos fugiram e espalharam a notícia na cidade e nos campos. Muita gente foi ver o que havia acontecido.
5.15 Quando chegaram perto de Jesus, viram o homem que antes estava dominado por demônios; e ficaram espantados porque ele estava sentado, vestido e no seu perfeito juízo.
5.16 Os que tinham visto tudo aquilo lhes contaram o que havia acontecido com o homem e com os porcos.
5.17 Então começaram a pedir com insistência a Jesus que saísse da terra deles.
5.18 Quando ele estava entrando no barco, o homem curado pediu com insistência: — Me deixe ir com o senhor!
5.19 Mas Jesus não deixou e disse: — Volte para casa e conte aos seus parentes o que o Senhor lhe fez e como ele foi bom para você.
5.20 Então ele foi embora e contava, na região das Dez Cidades, o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.
5.21 Jesus voltou para o lado oeste do lago, e muitas pessoas foram se encontrar com ele na praia.
5.22 Um homem chamado Jairo, chefe da sinagoga, foi e se jogou aos pés de Jesus,
5.23 pedindo com muita insistência: — A minha filha está morrendo! Venha comigo e ponha as mãos sobre ela para que sare e viva!
5.24 E Jesus foi com ele. Uma grande multidão foi junto e o apertava de todos os lados.
5.25 Chegou ali uma mulher que fazia doze anos que estava com uma hemorragia.
5.26 Havia gastado tudo o que tinha, tratando-se com muitos médicos. Estes a fizeram sofrer muito; mas, em vez de melhorar, ela havia piorado cada vez mais.
5.27 Ela havia escutado falar de Jesus; então entrou no meio da multidão e, chegando por trás dele, tocou na sua capa,
5.28 pois pensava assim: “Se eu apenas tocar na capa dele, ficarei curada.”
5.29 Logo o sangue parou de escorrer, e ela teve certeza de que estava curada.
5.30 No mesmo instante Jesus sentiu que dele havia saído poder. Então virou-se no meio da multidão e perguntou: — Quem foi que tocou na minha capa?
5.31 Os discípulos responderam: — O senhor está vendo como esta gente o está apertando de todos os lados e ainda pergunta isso?
5.32 Mas Jesus ficou olhando em volta para ver quem tinha feito aquilo.
5.33 Então a mulher, sabendo o que lhe havia acontecido, atirou-se aos pés dele, tremendo de medo, e contou tudo.
5.34 E Jesus disse: — Minha filha, você sarou porque teve fé. Vá em paz; você está livre do seu sofrimento.
5.35 Jesus ainda estava falando, quando chegaram alguns empregados da casa de Jairo e disseram: — Seu Jairo, a menina já morreu. Não aborreça mais o Mestre.
5.36 Mas Jesus não se importou com a notícia e disse a Jairo: — Não tenha medo; tenha fé!
5.37 Jesus deixou que fossem com ele Pedro e os irmãos Tiago e João, e ninguém mais.
5.38 Quando entraram na casa de Jairo, Jesus encontrou ali uma confusão geral, com todos chorando alto e gritando.
5.39 Então ele disse: — Por que tanto choro e tanta confusão? A menina não morreu; ela está dormindo.
5.40 Então eles começaram a caçoar dele. Mas Jesus mandou que todos saíssem e, junto com os três discípulos e os pais da menina, entrou no quarto onde ela estava.
5.41 Pegou-a pela mão e disse: — “Talitá cumi!” (Isto quer dizer: “Menina, eu digo a você: Levante-se!”)
5.42 No mesmo instante, a menina, que tinha doze anos, levantou-se e começou a andar. E todos ficaram muito admirados.
5.43 Então Jesus ordenou que de jeito n
6.1 Jesus voltou com os seus discípulos para a cidade de Nazaré, onde ele tinha morado.
6.2 No sábado começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o estavam escutando ficaram admirados e perguntaram: — De onde é que este homem consegue tudo isso? De onde vem a sabedoria dele? Como é que faz esses milagres?
6.3 Por acaso ele não é o carpinteiro, filho de Maria? Não é irmão de Tiago, José, Judas e Simão? As suas irmãs não moram aqui? Por isso ficaram desiludidos com ele.
6.4 Mas Jesus disse: — Um profeta é respeitado em toda parte, menos na sua terra, entre os seus parentes e na sua própria casa.
6.5 Ele não pôde fazer milagres em Nazaré, a não ser curar alguns doentes, pondo as mãos sobre eles.
6.6 E ficou admirado com a falta de fé que havia ali. Jesus ensinava nos povoados que havia perto dali.
6.7 Ele chamou os doze discípulos e os enviou dois a dois, dando-lhes autoridade para expulsar espíritos maus.
6.8 Deu ordem para não levarem nada na viagem, somente uma bengala para se apoiar. Não deviam levar comida, nem sacola, nem dinheiro.
6.9 Deviam calçar sandálias e não levar nem uma túnica a mais.
6.10 Disse ainda: — Quando vocês entrarem numa cidade, fiquem hospedados na casa em que forem recebidos até saírem daquela cidade.
6.11 Mas, se em algum lugar as pessoas não quiserem recebê-los, nem ouvi-los, vão embora. E na saída sacudam o pó das suas sandálias, como sinal de protesto contra aquela gente.
6.12 Então os discípulos foram e anunciaram que todos deviam se arrepender dos seus pecados.
6.13 Eles expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes, pondo azeite na cabeça deles.
6.14 O rei Herodes ouviu falar de tudo isso porque a fama de Jesus se havia espalhado por toda parte. Alguns diziam: — Esse homem é João Batista, que foi ressuscitado! Por isso esse homem tem poder para fazer milagres.
6.15 Outros diziam que ele era Elias. Mas alguns afirmavam: — Ele é profeta, como um daqueles profetas antigos.
6.16 Quando Herodes ouviu isso, disse: — Ele é João Batista! Eu mandei cortar a cabeça dele, e agora ele foi ressuscitado!
6.17 Pois tinha sido Herodes mesmo quem havia mandado prender João, amarrar as suas mãos e jogá-lo na cadeia. Ele havia feito isso por causa de Herodias, com quem havia casado, embora ela fosse esposa do seu irmão Filipe.
6.18 Por isso João tinha dito muitas vezes a Herodes: “Pela nossa Lei você é proibido de casar com a esposa do seu irmão!”
6.19 Herodias estava furiosa com João e queria matá-lo. Mas não podia
6.20 porque Herodes tinha medo dele, pois sabia que ele era um homem bom e dedicado a Deus. Por isso Herodes protegia João. E, quando o ouvia falar, ficava sem saber o que fazer, mas mesmo assim gostava de escutá-lo.
6.21 Porém no dia do aniversário de Herodes apareceu a ocasião que Herodias estava esperando. Nesse dia Herodes deu um banquete para as pessoas importantes do seu governo: altos funcionários, chefes militares e autoridades da Galiléia.
6.22 Durante o banquete a filha de Herodias entrou no salão e dançou. Herodes e os seus convidados gostaram muito da dança. Então o rei disse à moça: — Peça o que quiser, e eu lhe darei.
6.23 E jurou: — Prometo que darei o que você pedir, mesmo que seja a metade do meu reino!
6.24 Ela foi perguntar à sua mãe o que devia pedir. E a mãe respondeu: — Peça a cabeça de João Batista.
6.25 No mesmo instante a moça voltou depressa aonde estava o rei e pediu: — Quero a cabeça de João Batista num prato, agora mesmo!
6.26 Herodes ficou muito triste, mas, por causa do juramento que havia feito na frente dos convidados, não pôde deixar de atender o pedido da moça.
6.27 Mandou imediatamente um soldado da guarda trazer a cabeça de João. O soldado foi à cadeia, cortou a cabeça de João,
6.28 pôs num prato e deu à moça. E ela a entregou à sua mãe.
6.29 Quando os discípulos de João souberam disso, vieram, levaram o corpo dele e o sepultaram.
6.30 Os apóstolos voltaram e contaram a Jesus tudo o que tinham feito e ensinado.
6.31 Havia ali tanta gente, chegando e saindo, que Jesus e os apóstolos não tinham tempo nem para comer. Então ele lhes disse: — Venham! Vamos sozinhos para um lugar deserto a fim de descansarmos um pouco.
6.32 Então foram sozinhos de barco para um lugar deserto.
6.33 Porém muitas pessoas os viram sair e os reconheceram. De todos os povoados, muitos correram pela margem e chegaram lá antes deles.
6.34 Quando Jesus desceu do barco, viu a multidão e teve pena daquela gente porque pareciam ovelhas sem pastor. E começou a ensinar muitas coisas.
6.35 De tardinha, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: — Já é tarde, e este lugar é deserto.
6.36 Mande esta gente embora, a fim de que vão aos sítios e povoados de perto daqui e comprem alguma coisa para comer.
6.37 Mas Jesus respondeu: — Dêem vocês mesmos comida a eles. Os discípulos disseram: — Para comprarmos pão para toda esta gente, nós precisaríamos de duzentas moedas de prata.
6.38 Jesus perguntou: — Quantos pães vocês têm? Vão ver. Os discípulos foram ver e disseram: — Temos cinco pães e dois peixes.
6.39 Então Jesus mandou o povo sentar-se em grupos na grama verde.
6.40 Todos se sentaram em grupos de cem e de cinqüenta.
6.41 Aí Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, olhou para o céu e deu graças a Deus. Depois partiu os pães e os entregou aos discípulos para que eles distribuíssem ao povo. E também dividiu os dois peixes com todos.
6.42 Todos comeram e ficaram satisfeitos.
6.43 E os discípulos ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe.
6.44 Foram cinco mil os homens que comeram os pães.
6.45 Logo depois, Jesus ordenou aos discípulos que subissem no barco e fossem na frente para o povoado de Betsaida, no lado leste do lago, enquanto ele mandava o povo embora.
6.46 Depois de se despedir dos discípulos, Jesus subiu um monte a fim de orar ali.
6.47 Quando chegou a noite, o barco estava no meio do lago, e Jesus estava em terra, sozinho.
6.48 Ele viu que os discípulos estavam remando com dificuldade porque o vento soprava contra eles. Já de madrugada, entre as três e as seis horas, Jesus foi até lá, andando em cima da água, e ia passar adiante deles.
6.49 Quando viram Jesus andando em cima da água, os discípulos pensaram que ele era um fantasma e começaram a gritar.
6.50 Todos ficaram apavorados com o que viram. Mas logo Jesus falou com eles, dizendo: — Coragem, sou eu! Não tenham medo!
6.51 Aí subiu no barco com eles, e o vento se acalmou. Os discípulos estavam completamente apavorados.
6.52 É que a mente deles estava fechada, e eles não tinham entendido o milagre dos pães.
6.53 Jesus e os discípulos atravessaram o lago e chegaram à região de Genesaré, onde amarraram o barco na praia.
6.54 Quando desceram do barco, o povo logo reconheceu Jesus.
6.55 Então, eles saíram correndo por toda aquela região, começaram a trazer os doentes em camas e os levavam para o lugar onde sabiam que Jesus estava.
6.56 Em todos os lugares aonde ele ia, isto é, nos povoados, nas cidades e nas fazendas, punham os doentes nas praças e pediam a Jesus que os deixasse pelo menos tocar na barra da sua roupa. E todos os que tocavam nela ficavam curados.
Salmos
18.1 [De Davi. Ao regente do coro. Palavras da canção que Davi, servo de Deus, cantou a Deus, o SENHOR, no dia em que ele o livrou de Saul e de todos os seus inimigos.] Ó SENHOR Deus, como eu te amo! Tu és a minha força.
18.2 O SENHOR é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. O meu Deus é uma rocha em que me escondo. Ele me protege como um escudo; ele é o meu abrigo, e com ele estou seguro.
18.3 Eu clamo a Deus, pedindo ajuda, e ele me salva dos meus inimigos. Louvem a Deus, o SENHOR!
18.4 Estive cercado de perigos de morte, e ondas de destruição rolaram sobre mim.
18.5 A morte me amarrou com as suas cordas, e a sepultura armou a sua armadilha para me pegar.
18.6 No meu desespero, eu clamei ao SENHOR e pedi que ele me ajudasse. Do seu templo no céu o SENHOR ouviu a minha voz, ele escutou o meu grito de socorro.
18.7 Então a terra tremeu e se abalou, e as bases dos montes balançaram e tremeram porque Deus estava irado.
18.8 Do seu nariz saiu fumaça, e da sua boca saíram brasas e fogo devorador.
18.9 Ele abriu o céu e desceu com uma nuvem escura debaixo dos pés.
18.10 Voou nas costas de um querubim e viajou rápido nas asas do vento.
18.11 Ele se cobriu de escuridão; nuvens grossas, cheias de água, estavam ao seu redor.
18.12 Brasas e chuva de pedra saíram dos relâmpagos que estavam diante dele e atravessaram as nuvens escuras.
18.13 Então o SENHOR trovejou do céu; o Altíssimo fez ouvir a sua voz.
18.14 Ele atirou as suas flechas e espalhou os seus inimigos; com o clarão dos seus relâmpagos ele os fez fugir.
18.15 Quando tu, ó SENHOR Deus, repreendeste os teus inimigos e, furioso, trovejaste contra eles, o fundo do mar apareceu, e os alicerces da terra ficaram descobertos.
18.16 Lá do alto, o SENHOR me estendeu a mão e me segurou; ele me tirou do mar profundo.
18.17 O SENHOR me livrou dos meus poderosos inimigos, daqueles que me odiavam. E todos eles eram fortes demais para mim.
18.18 Quando eu estava em dificuldade, eles me atacaram; porém o SENHOR me protegeu,
18.19 me livrou do perigo e me salvou porque me ama.
18.20 O SENHOR Deus me recompensa porque sou honesto; ele me abençoa porque sou inocente.
18.21 Eu tenho feito a vontade do SENHOR e nunca cometi o pecado de abandonar o meu Deus.
18.22 Eu tenho cumprido todas as suas leis e não tenho desobedecido aos seus mandamentos.
18.23 O SENHOR sabe que não cometi nenhuma falta e que tenho ficado longe do mal.
18.24 Assim ele me recompensa porque sou honesto e porque sabe que não sou culpado de nada.
18.2 O SENHOR é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. O meu Deus é uma rocha em que me escondo. Ele me protege como um escudo; ele é o meu abrigo, e com ele estou seguro.
18.3 Eu clamo a Deus, pedindo ajuda, e ele me salva dos meus inimigos. Louvem a Deus, o SENHOR!
18.4 Estive cercado de perigos de morte, e ondas de destruição rolaram sobre mim.
18.5 A morte me amarrou com as suas cordas, e a sepultura armou a sua armadilha para me pegar.
18.6 No meu desespero, eu clamei ao SENHOR e pedi que ele me ajudasse. Do seu templo no céu o SENHOR ouviu a minha voz, ele escutou o meu grito de socorro.
18.7 Então a terra tremeu e se abalou, e as bases dos montes balançaram e tremeram porque Deus estava irado.
18.8 Do seu nariz saiu fumaça, e da sua boca saíram brasas e fogo devorador.
18.9 Ele abriu o céu e desceu com uma nuvem escura debaixo dos pés.
18.10 Voou nas costas de um querubim e viajou rápido nas asas do vento.
18.11 Ele se cobriu de escuridão; nuvens grossas, cheias de água, estavam ao seu redor.
18.12 Brasas e chuva de pedra saíram dos relâmpagos que estavam diante dele e atravessaram as nuvens escuras.
18.13 Então o SENHOR trovejou do céu; o Altíssimo fez ouvir a sua voz.
18.14 Ele atirou as suas flechas e espalhou os seus inimigos; com o clarão dos seus relâmpagos ele os fez fugir.
18.15 Quando tu, ó SENHOR Deus, repreendeste os teus inimigos e, furioso, trovejaste contra eles, o fundo do mar apareceu, e os alicerces da terra ficaram descobertos.
18.16 Lá do alto, o SENHOR me estendeu a mão e me segurou; ele me tirou do mar profundo.
18.17 O SENHOR me livrou dos meus poderosos inimigos, daqueles que me odiavam. E todos eles eram fortes demais para mim.
18.18 Quando eu estava em dificuldade, eles me atacaram; porém o SENHOR me protegeu,
18.19 me livrou do perigo e me salvou porque me ama.
18.20 O SENHOR Deus me recompensa porque sou honesto; ele me abençoa porque sou inocente.
18.21 Eu tenho feito a vontade do SENHOR e nunca cometi o pecado de abandonar o meu Deus.
18.22 Eu tenho cumprido todas as suas leis e não tenho desobedecido aos seus mandamentos.
18.23 O SENHOR sabe que não cometi nenhuma falta e que tenho ficado longe do mal.
18.24 Assim ele me recompensa porque sou honesto e porque sabe que não sou culpado de nada.
Mark
4:1 And he began again to teach by the sea side: and there was gathered unto him a great multitude, so that he entered into a ship, and sat in the sea; and the whole multitude was by the sea on the land.
4:2 And he taught them many things by parables, and said unto them in his doctrine,
4:3 Hearken; Behold, there went out a sower to sow:
4:4 And it came to pass, as he sowed, some fell by the way side, and the fowls of the air came and devoured it up.
4:5 And some fell on stony ground, where it had not much earth; and immediately it sprang up, because it had no depth of earth:
4:6 But when the sun was up, it was scorched; and because it had no root, it withered away.
4:7 And some fell among thorns, and the thorns grew up, and choked it, and it yielded no fruit.
4:8 And other fell on good ground, and did yield fruit that sprang up and increased; and brought forth, some thirty, and some sixty, and some an hundred.
4:9 And he said unto them, He that hath ears to hear, let him hear.
4:10 And when he was alone, they that were about him with the twelve asked of him the parable.
4:11 And he said unto them, Unto you it is given to know the mystery of the kingdom of God: but unto them that are without, all [these] things are done in parables:
4:12 That seeing they may see, and not perceive; and hearing they may hear, and not understand; lest at any time they should be converted, and [their] sins should be forgiven them.
4:13 And he said unto them, Know ye not this parable? and how then will ye know all parables?
4:14 The sower soweth the word.
4:15 And these are they by the way side, where the word is sown; but when they have heard, Satan cometh immediately, and taketh away the word that was sown in their hearts.
4:16 And these are they likewise which are sown on stony ground; who, when they have heard the word, immediately receive it with gladness;
4:17 And have no root in themselves, and so endure but for a time: afterward, when affliction or persecution ariseth for the word's sake, immediately they are offended.
4:18 And these are they which are sown among thorns; such as hear the word,
4:19 And the cares of this world, and the deceitfulness of riches, and the lusts of other things entering in, choke the word, and it becometh unfruitful.
4:20 And these are they which are sown on good ground; such as hear the word, and receive [it], and bring forth fruit, some thirtyfold, some sixty, and some an hundred.
4:21 And he said unto them, Is a candle brought to be put under a bushel, or under a bed? and not to be set on a candlestick?
4:22 For there is nothing hid, which shall not be manifested; neither was any thing kept secret, but that it should come abroad.
4:23 If any man have ears to hear, let him hear.
4:24 And he said unto them, Take heed what ye hear: with what measure ye mete, it shall be measured to you: and unto you that hear shall more be given.
4:25 For he that hath, to him shall be given: and he that hath not, from him shall be taken even that which he hath.
4:26 And he said, So is the kingdom of God, as if a man should cast seed into the ground;
4:27 And should sleep, and rise night and day, and the seed should spring and grow up, he knoweth not how.
4:28 For the earth bringeth forth fruit of herself; first the blade, then the ear, after that the full corn in the ear.
4:29 But when the fruit is brought forth, immediately he putteth in the sickle, because the harvest is come.
4:30 And he said, Whereunto shall we liken the kingdom of God? or with what comparison shall we compare it?
4:31 [It is] like a grain of mustard seed, which, when it is sown in the earth, is less than all the seeds that be in the earth:
4:32 But when it is sown, it groweth up, and becometh greater than all herbs, and shooteth out great branches; so that the fowls of the air may lodge under the shadow of it.
4:33 And with many such parables spake he the word unto them, as they were able to hear [it].
4:34 But without a parable spake he not unto them: and when they were alone, he expounded all things to his disciples.
4:35 And the same day, when the even was come, he saith unto them, Let us pass over unto the other side.
4:36 And when they had sent away the multitude, they took him even as he was in the ship. And there were also with him other little ships.
4:37 And there arose a great storm of wind, and the waves beat into the ship, so that it was now full.
4:38 And he was in the hinder part of the ship, asleep on a pillow: and they awake him, and say unto him, Master, carest thou not that we perish?
4:39 And he arose, and rebuked the wind, and said unto the sea, Peace, be still. And the wind ceased, and there was a great calm.
4:40 And he said unto them, Why are ye so fearful? how is it that ye have no faith?
4:41 And they feared exceedingly, and said one to another, What manner of man is this, that even the wind and the sea obey him?
5:1 And they came over unto the other side of the sea, into the country of the Gadarenes.
5:2 And when he was come out of the ship, immediately there met him out of the tombs a man with an unclean spirit,
5:3 Who had [his] dwelling among the tombs; and no man could bind him, no, not with chains:
5:4 Because that he had been often bound with fetters and chains, and the chains had been plucked asunder by him, and the fetters broken in pieces: neither could any [man] tame him.
5:5 And always, night and day, he was in the mountains, and in the tombs, crying, and cutting himself with stones.
5:6 But when he saw Jesus afar off, he ran and worshipped him,
5:7 And cried with a loud voice, and said, What have I to do with thee, Jesus, [thou] Son of the most high God? I adjure thee by God, that thou torment me not.
5:8 For he said unto him, Come out of the man, [thou] unclean spirit.
5:9 And he asked him, What [is] thy name? And he answered, saying, My name [is] Legion: for we are many.
5:10 And he besought him much that he would not send them away out of the country.
5:11 Now there was there nigh unto the mountains a great herd of swine feeding.
5:12 And all the devils besought him, saying, Send us into the swine, that we may enter into them.
5:13 And forthwith Jesus gave them leave. And the unclean spirits went out, and entered into the swine: and the herd ran violently down a steep place into the sea, (they were about two thousand;) and were choked in the sea.
5:14 And they that fed the swine fled, and told [it] in the city, and in the country. And they went out to see what it was that was done.
5:15 And they come to Jesus, and see him that was possessed with the devil, and had the legion, sitting, and clothed, and in his right mind: and they were afraid.
5:16 And they that saw [it] told them how it befell to him that was possessed with the devil, and [also] concerning the swine.
5:17 And they began to pray him to depart out of their coasts.
5:18 And when he was come into the ship, he that had been possessed with the devil prayed him that he might be with him.
5:19 Howbeit Jesus suffered him not, but saith unto him, Go home to thy friends, and tell them how great things the Lord hath done for thee, and hath had compassion on thee.
5:20 And he departed, and began to publish in Decapolis how great things Jesus had done for him: and all [men] did marvel.
5:21 And when Jesus was passed over again by ship unto the other side, much people gathered unto him: and he was nigh unto the sea.
5:22 And, behold, there cometh one of the rulers of the synagogue, Jairus by name; and when he saw him, he fell at his feet,
5:23 And besought him greatly, saying, My little daughter lieth at the point of death: [I pray thee], come and lay thy hands on her, that she may be healed; and she shall live.
5:24 And [Jesus] went with him; and much people followed him, and thronged him.
5:25 And a certain woman, which had an issue of blood twelve years,
5:26 And had suffered many things of many physicians, and had spent all that she had, and was nothing bettered, but rather grew worse,
5:27 When she had heard of Jesus, came in the press behind, and touched his garment.
5:28 For she said, If I may touch but his clothes, I shall be whole.
5:29 And straightway the fountain of her blood was dried up; and she felt in [her] body that she was healed of that plague.
5:30 And Jesus, immediately knowing in himself that virtue had gone out of him, turned him about in the press, and said, Who touched my clothes?
5:31 And his disciples said unto him, Thou seest the multitude thronging thee, and sayest thou, Who touched me?
5:32 And he looked round about to see her that had done this thing.
5:33 But the woman fearing and trembling, knowing what was done in her, came and fell down before him, and told him all the truth.
5:34 And he said unto her, Daughter, thy faith hath made thee whole; go in peace, and be whole of thy plague.
5:35 While he yet spake, there came from the ruler of the synagogue's [house certain] which said, Thy daughter is dead: why troublest thou the Master any further?
5:36 As soon as Jesus heard the word that was spoken, he saith unto the ruler of the synagogue, Be not afraid, only believe.
5:37 And he suffered no man to follow him, save Peter, and James, and John the brother of James.
5:38 And he cometh to the house of the ruler of the synagogue, and seeth the tumult, and them that wept and wailed greatly.
5:39 And when he was come in, he saith unto them, Why make ye this ado, and weep? the damsel is not dead, but sleepeth.
5:40 And they laughed him to scorn. But when he had put them all out, he taketh the father and the mother of the damsel, and them that were with him, and entereth in where the damsel was lying.
5:41 And he took the damsel by the hand, and said unto her, Talitha cumi; which is, being interpreted, Damsel, I say unto thee, arise.
5:42 And straightway the damsel arose, and walked; for she was [of the age] of twelve years. And they were astonished with a great astonishment.
5:43 And he charged them straitly that no man should know it; and commanded that something should be given her to eat.
6:1 And he went out from thence, and came into his own country; and his disciples follow him.
6:2 And when the sabbath day was come, he began to teach in the synagogue: and many hearing [him] were astonished, saying, From whence hath this [man] these things? and what wisdom [is] this which is given unto him, that even such mighty works are wrought by his hands?
6:3 Is not this the carpenter, the son of Mary, the brother of James, and Joses, and of Juda, and Simon? and are not his sisters here with us? And they were offended at him.
6:4 But Jesus said unto them, A prophet is not without honour, but in his own country, and among his own kin, and in his own house.
6:5 And he could there do no mighty work, save that he laid his hands upon a few sick folk, and healed [them].
6:6 And he marvelled because of their unbelief. And he went round about the villages, teaching.
6:7 And he called [unto him] the twelve, and began to send them forth by two and two; and gave them power over unclean spirits;
6:8 And commanded them that they should take nothing for [their] journey, save a staff only; no scrip, no bread, no money in [their] purse:
6:9 But [be] shod with sandals; and not put on two coats.
6:10 And he said unto them, In what place soever ye enter into an house, there abide till ye depart from that place.
6:11 And whosoever shall not receive you, nor hear you, when ye depart thence, shake off the dust under your feet for a testimony against them. Verily I say unto you, It shall be more tolerable for Sodom and Gomorrha in the day of judgment, than for that city.
6:12 And they went out, and preached that men should repent.
6:13 And they cast out many devils, and anointed with oil many that were sick, and healed [them].
6:14 And king Herod heard [of him]; (for his name was spread abroad:) and he said, That John the Baptist was risen from the dead, and therefore mighty works do shew forth themselves in him.
6:15 Others said, That it is Elias. And others said, That it is a prophet, or as one of the prophets.
6:16 But when Herod heard [thereof], he said, It is John, whom I beheaded: he is risen from the dead.
6:17 For Herod himself had sent forth and laid hold upon John, and bound him in prison for Herodias' sake, his brother Philip's wife: for he had married her.
6:18 For John had said unto Herod, It is not lawful for thee to have thy brother's wife.
6:19 Therefore Herodias had a quarrel against him, and would have killed him; but she could not:
6:20 For Herod feared John, knowing that he was a just man and an holy, and observed him; and when he heard him, he did many things, and heard him gladly.
6:21 And when a convenient day was come, that Herod on his birthday made a supper to his lords, high captains, and chief [estates] of Galilee;
6:22 And when the daughter of the said Herodias came in, and danced, and pleased Herod and them that sat with him, the king said unto the damsel, Ask of me whatsoever thou wilt, and I will give [it] thee.
6:23 And he sware unto her, Whatsoever thou shalt ask of me, I will give [it] thee, unto the half of my kingdom.
6:24 And she went forth, and said unto her mother, What shall I ask? And she said, The head of John the Baptist.
6:25 And she came in straightway with haste unto the king, and asked, saying, I will that thou give me by and by in a charger the head of John the Baptist.
6:26 And the king was exceeding sorry; [yet] for his oath's sake, and for their sakes which sat with him, he would not reject her.
6:27 And immediately the king sent an executioner, and commanded his head to be brought: and he went and beheaded him in the prison,
6:28 And brought his head in a charger, and gave it to the damsel: and the damsel gave it to her mother.
6:29 And when his disciples heard [of it], they came and took up his corpse, and laid it in a tomb.
6:30 And the apostles gathered themselves together unto Jesus, and told him all things, both what they had done, and what they had taught.
6:31 And he said unto them, Come ye yourselves apart into a desert place, and rest a while: for there were many coming and going, and they had no leisure so much as to eat.
6:32 And they departed into a desert place by ship privately.
6:33 And the people saw them departing, and many knew him, and ran afoot thither out of all cities, and outwent them, and came together unto him.
6:34 And Jesus, when he came out, saw much people, and was moved with compassion toward them, because they were as sheep not having a shepherd: and he began to teach them many things.
6:35 And when the day was now far spent, his disciples came unto him, and said, This is a desert place, and now the time [is] far passed:
6:36 Send them away, that they may go into the country round about, and into the villages, and buy themselves bread: for they have nothing to eat.
6:37 He answered and said unto them, Give ye them to eat. And they say unto him, Shall we go and buy two hundred pennyworth of bread, and give them to eat?
6:38 He saith unto them, How many loaves have ye? go and see. And when they knew, they say, Five, and two fishes.
6:39 And he commanded them to make all sit down by companies upon the green grass.
6:40 And they sat down in ranks, by hundreds, and by fifties.
6:41 And when he had taken the five loaves and the two fishes, he looked up to heaven, and blessed, and brake the loaves, and gave [them] to his disciples to set before them; and the two fishes divided he among them all.
6:42 And they did all eat, and were filled.
6:43 And they took up twelve baskets full of the fragments, and of the fishes.
6:44 And they that did eat of the loaves were about five thousand men.
6:45 And straightway he constrained his disciples to get into the ship, and to go to the other side before unto Bethsaida, while he sent away the people.
6:46 And when he had sent them away, he departed into a mountain to pray.
6:47 And when even was come, the ship was in the midst of the sea, and he alone on the land.
6:48 And he saw them toiling in rowing; for the wind was contrary unto them: and about the fourth watch of the night he cometh unto them, walking upon the sea, and would have passed by them.
6:49 But when they saw him walking upon the sea, they supposed it had been a spirit, and cried out:
6:50 For they all saw him, and were troubled. And immediately he talked with them, and saith unto them, Be of good cheer: it is I; be not afraid.
6:51 And he went up unto them into the ship; and the wind ceased: and they were sore amazed in themselves beyond measure, and wondered.
6:52 For they considered not [the miracle] of the loaves: for their heart was hardened.
6:53 And when they had passed over, they came into the land of Gennesaret, and drew to the shore.
6:54 And when they were come out of the ship, straightway they knew him,
6:55 And ran through that whole region round about, and began to carry about in beds those that were sick, where they heard he was.
6:56 And whithersoever he entered, into villages, or cities, or country, they laid the sick in the streets, and besought him that they might touch if it were but the border of his garment: and as many as touched him were made whole.
4:2 And he taught them many things by parables, and said unto them in his doctrine,
4:3 Hearken; Behold, there went out a sower to sow:
4:4 And it came to pass, as he sowed, some fell by the way side, and the fowls of the air came and devoured it up.
4:5 And some fell on stony ground, where it had not much earth; and immediately it sprang up, because it had no depth of earth:
4:6 But when the sun was up, it was scorched; and because it had no root, it withered away.
4:7 And some fell among thorns, and the thorns grew up, and choked it, and it yielded no fruit.
4:8 And other fell on good ground, and did yield fruit that sprang up and increased; and brought forth, some thirty, and some sixty, and some an hundred.
4:9 And he said unto them, He that hath ears to hear, let him hear.
4:10 And when he was alone, they that were about him with the twelve asked of him the parable.
4:11 And he said unto them, Unto you it is given to know the mystery of the kingdom of God: but unto them that are without, all [these] things are done in parables:
4:12 That seeing they may see, and not perceive; and hearing they may hear, and not understand; lest at any time they should be converted, and [their] sins should be forgiven them.
4:13 And he said unto them, Know ye not this parable? and how then will ye know all parables?
4:14 The sower soweth the word.
4:15 And these are they by the way side, where the word is sown; but when they have heard, Satan cometh immediately, and taketh away the word that was sown in their hearts.
4:16 And these are they likewise which are sown on stony ground; who, when they have heard the word, immediately receive it with gladness;
4:17 And have no root in themselves, and so endure but for a time: afterward, when affliction or persecution ariseth for the word's sake, immediately they are offended.
4:18 And these are they which are sown among thorns; such as hear the word,
4:19 And the cares of this world, and the deceitfulness of riches, and the lusts of other things entering in, choke the word, and it becometh unfruitful.
4:20 And these are they which are sown on good ground; such as hear the word, and receive [it], and bring forth fruit, some thirtyfold, some sixty, and some an hundred.
4:21 And he said unto them, Is a candle brought to be put under a bushel, or under a bed? and not to be set on a candlestick?
4:22 For there is nothing hid, which shall not be manifested; neither was any thing kept secret, but that it should come abroad.
4:23 If any man have ears to hear, let him hear.
4:24 And he said unto them, Take heed what ye hear: with what measure ye mete, it shall be measured to you: and unto you that hear shall more be given.
4:25 For he that hath, to him shall be given: and he that hath not, from him shall be taken even that which he hath.
4:26 And he said, So is the kingdom of God, as if a man should cast seed into the ground;
4:27 And should sleep, and rise night and day, and the seed should spring and grow up, he knoweth not how.
4:28 For the earth bringeth forth fruit of herself; first the blade, then the ear, after that the full corn in the ear.
4:29 But when the fruit is brought forth, immediately he putteth in the sickle, because the harvest is come.
4:30 And he said, Whereunto shall we liken the kingdom of God? or with what comparison shall we compare it?
4:31 [It is] like a grain of mustard seed, which, when it is sown in the earth, is less than all the seeds that be in the earth:
4:32 But when it is sown, it groweth up, and becometh greater than all herbs, and shooteth out great branches; so that the fowls of the air may lodge under the shadow of it.
4:33 And with many such parables spake he the word unto them, as they were able to hear [it].
4:34 But without a parable spake he not unto them: and when they were alone, he expounded all things to his disciples.
4:35 And the same day, when the even was come, he saith unto them, Let us pass over unto the other side.
4:36 And when they had sent away the multitude, they took him even as he was in the ship. And there were also with him other little ships.
4:37 And there arose a great storm of wind, and the waves beat into the ship, so that it was now full.
4:38 And he was in the hinder part of the ship, asleep on a pillow: and they awake him, and say unto him, Master, carest thou not that we perish?
4:39 And he arose, and rebuked the wind, and said unto the sea, Peace, be still. And the wind ceased, and there was a great calm.
4:40 And he said unto them, Why are ye so fearful? how is it that ye have no faith?
4:41 And they feared exceedingly, and said one to another, What manner of man is this, that even the wind and the sea obey him?
5:1 And they came over unto the other side of the sea, into the country of the Gadarenes.
5:2 And when he was come out of the ship, immediately there met him out of the tombs a man with an unclean spirit,
5:3 Who had [his] dwelling among the tombs; and no man could bind him, no, not with chains:
5:4 Because that he had been often bound with fetters and chains, and the chains had been plucked asunder by him, and the fetters broken in pieces: neither could any [man] tame him.
5:5 And always, night and day, he was in the mountains, and in the tombs, crying, and cutting himself with stones.
5:6 But when he saw Jesus afar off, he ran and worshipped him,
5:7 And cried with a loud voice, and said, What have I to do with thee, Jesus, [thou] Son of the most high God? I adjure thee by God, that thou torment me not.
5:8 For he said unto him, Come out of the man, [thou] unclean spirit.
5:9 And he asked him, What [is] thy name? And he answered, saying, My name [is] Legion: for we are many.
5:10 And he besought him much that he would not send them away out of the country.
5:11 Now there was there nigh unto the mountains a great herd of swine feeding.
5:12 And all the devils besought him, saying, Send us into the swine, that we may enter into them.
5:13 And forthwith Jesus gave them leave. And the unclean spirits went out, and entered into the swine: and the herd ran violently down a steep place into the sea, (they were about two thousand;) and were choked in the sea.
5:14 And they that fed the swine fled, and told [it] in the city, and in the country. And they went out to see what it was that was done.
5:15 And they come to Jesus, and see him that was possessed with the devil, and had the legion, sitting, and clothed, and in his right mind: and they were afraid.
5:16 And they that saw [it] told them how it befell to him that was possessed with the devil, and [also] concerning the swine.
5:17 And they began to pray him to depart out of their coasts.
5:18 And when he was come into the ship, he that had been possessed with the devil prayed him that he might be with him.
5:19 Howbeit Jesus suffered him not, but saith unto him, Go home to thy friends, and tell them how great things the Lord hath done for thee, and hath had compassion on thee.
5:20 And he departed, and began to publish in Decapolis how great things Jesus had done for him: and all [men] did marvel.
5:21 And when Jesus was passed over again by ship unto the other side, much people gathered unto him: and he was nigh unto the sea.
5:22 And, behold, there cometh one of the rulers of the synagogue, Jairus by name; and when he saw him, he fell at his feet,
5:23 And besought him greatly, saying, My little daughter lieth at the point of death: [I pray thee], come and lay thy hands on her, that she may be healed; and she shall live.
5:24 And [Jesus] went with him; and much people followed him, and thronged him.
5:25 And a certain woman, which had an issue of blood twelve years,
5:26 And had suffered many things of many physicians, and had spent all that she had, and was nothing bettered, but rather grew worse,
5:27 When she had heard of Jesus, came in the press behind, and touched his garment.
5:28 For she said, If I may touch but his clothes, I shall be whole.
5:29 And straightway the fountain of her blood was dried up; and she felt in [her] body that she was healed of that plague.
5:30 And Jesus, immediately knowing in himself that virtue had gone out of him, turned him about in the press, and said, Who touched my clothes?
5:31 And his disciples said unto him, Thou seest the multitude thronging thee, and sayest thou, Who touched me?
5:32 And he looked round about to see her that had done this thing.
5:33 But the woman fearing and trembling, knowing what was done in her, came and fell down before him, and told him all the truth.
5:34 And he said unto her, Daughter, thy faith hath made thee whole; go in peace, and be whole of thy plague.
5:35 While he yet spake, there came from the ruler of the synagogue's [house certain] which said, Thy daughter is dead: why troublest thou the Master any further?
5:36 As soon as Jesus heard the word that was spoken, he saith unto the ruler of the synagogue, Be not afraid, only believe.
5:37 And he suffered no man to follow him, save Peter, and James, and John the brother of James.
5:38 And he cometh to the house of the ruler of the synagogue, and seeth the tumult, and them that wept and wailed greatly.
5:39 And when he was come in, he saith unto them, Why make ye this ado, and weep? the damsel is not dead, but sleepeth.
5:40 And they laughed him to scorn. But when he had put them all out, he taketh the father and the mother of the damsel, and them that were with him, and entereth in where the damsel was lying.
5:41 And he took the damsel by the hand, and said unto her, Talitha cumi; which is, being interpreted, Damsel, I say unto thee, arise.
5:42 And straightway the damsel arose, and walked; for she was [of the age] of twelve years. And they were astonished with a great astonishment.
5:43 And he charged them straitly that no man should know it; and commanded that something should be given her to eat.
6:1 And he went out from thence, and came into his own country; and his disciples follow him.
6:2 And when the sabbath day was come, he began to teach in the synagogue: and many hearing [him] were astonished, saying, From whence hath this [man] these things? and what wisdom [is] this which is given unto him, that even such mighty works are wrought by his hands?
6:3 Is not this the carpenter, the son of Mary, the brother of James, and Joses, and of Juda, and Simon? and are not his sisters here with us? And they were offended at him.
6:4 But Jesus said unto them, A prophet is not without honour, but in his own country, and among his own kin, and in his own house.
6:5 And he could there do no mighty work, save that he laid his hands upon a few sick folk, and healed [them].
6:6 And he marvelled because of their unbelief. And he went round about the villages, teaching.
6:7 And he called [unto him] the twelve, and began to send them forth by two and two; and gave them power over unclean spirits;
6:8 And commanded them that they should take nothing for [their] journey, save a staff only; no scrip, no bread, no money in [their] purse:
6:9 But [be] shod with sandals; and not put on two coats.
6:10 And he said unto them, In what place soever ye enter into an house, there abide till ye depart from that place.
6:11 And whosoever shall not receive you, nor hear you, when ye depart thence, shake off the dust under your feet for a testimony against them. Verily I say unto you, It shall be more tolerable for Sodom and Gomorrha in the day of judgment, than for that city.
6:12 And they went out, and preached that men should repent.
6:13 And they cast out many devils, and anointed with oil many that were sick, and healed [them].
6:14 And king Herod heard [of him]; (for his name was spread abroad:) and he said, That John the Baptist was risen from the dead, and therefore mighty works do shew forth themselves in him.
6:15 Others said, That it is Elias. And others said, That it is a prophet, or as one of the prophets.
6:16 But when Herod heard [thereof], he said, It is John, whom I beheaded: he is risen from the dead.
6:17 For Herod himself had sent forth and laid hold upon John, and bound him in prison for Herodias' sake, his brother Philip's wife: for he had married her.
6:18 For John had said unto Herod, It is not lawful for thee to have thy brother's wife.
6:19 Therefore Herodias had a quarrel against him, and would have killed him; but she could not:
6:20 For Herod feared John, knowing that he was a just man and an holy, and observed him; and when he heard him, he did many things, and heard him gladly.
6:21 And when a convenient day was come, that Herod on his birthday made a supper to his lords, high captains, and chief [estates] of Galilee;
6:22 And when the daughter of the said Herodias came in, and danced, and pleased Herod and them that sat with him, the king said unto the damsel, Ask of me whatsoever thou wilt, and I will give [it] thee.
6:23 And he sware unto her, Whatsoever thou shalt ask of me, I will give [it] thee, unto the half of my kingdom.
6:24 And she went forth, and said unto her mother, What shall I ask? And she said, The head of John the Baptist.
6:25 And she came in straightway with haste unto the king, and asked, saying, I will that thou give me by and by in a charger the head of John the Baptist.
6:26 And the king was exceeding sorry; [yet] for his oath's sake, and for their sakes which sat with him, he would not reject her.
6:27 And immediately the king sent an executioner, and commanded his head to be brought: and he went and beheaded him in the prison,
6:28 And brought his head in a charger, and gave it to the damsel: and the damsel gave it to her mother.
6:29 And when his disciples heard [of it], they came and took up his corpse, and laid it in a tomb.
6:30 And the apostles gathered themselves together unto Jesus, and told him all things, both what they had done, and what they had taught.
6:31 And he said unto them, Come ye yourselves apart into a desert place, and rest a while: for there were many coming and going, and they had no leisure so much as to eat.
6:32 And they departed into a desert place by ship privately.
6:33 And the people saw them departing, and many knew him, and ran afoot thither out of all cities, and outwent them, and came together unto him.
6:34 And Jesus, when he came out, saw much people, and was moved with compassion toward them, because they were as sheep not having a shepherd: and he began to teach them many things.
6:35 And when the day was now far spent, his disciples came unto him, and said, This is a desert place, and now the time [is] far passed:
6:36 Send them away, that they may go into the country round about, and into the villages, and buy themselves bread: for they have nothing to eat.
6:37 He answered and said unto them, Give ye them to eat. And they say unto him, Shall we go and buy two hundred pennyworth of bread, and give them to eat?
6:38 He saith unto them, How many loaves have ye? go and see. And when they knew, they say, Five, and two fishes.
6:39 And he commanded them to make all sit down by companies upon the green grass.
6:40 And they sat down in ranks, by hundreds, and by fifties.
6:41 And when he had taken the five loaves and the two fishes, he looked up to heaven, and blessed, and brake the loaves, and gave [them] to his disciples to set before them; and the two fishes divided he among them all.
6:42 And they did all eat, and were filled.
6:43 And they took up twelve baskets full of the fragments, and of the fishes.
6:44 And they that did eat of the loaves were about five thousand men.
6:45 And straightway he constrained his disciples to get into the ship, and to go to the other side before unto Bethsaida, while he sent away the people.
6:46 And when he had sent them away, he departed into a mountain to pray.
6:47 And when even was come, the ship was in the midst of the sea, and he alone on the land.
6:48 And he saw them toiling in rowing; for the wind was contrary unto them: and about the fourth watch of the night he cometh unto them, walking upon the sea, and would have passed by them.
6:49 But when they saw him walking upon the sea, they supposed it had been a spirit, and cried out:
6:50 For they all saw him, and were troubled. And immediately he talked with them, and saith unto them, Be of good cheer: it is I; be not afraid.
6:51 And he went up unto them into the ship; and the wind ceased: and they were sore amazed in themselves beyond measure, and wondered.
6:52 For they considered not [the miracle] of the loaves: for their heart was hardened.
6:53 And when they had passed over, they came into the land of Gennesaret, and drew to the shore.
6:54 And when they were come out of the ship, straightway they knew him,
6:55 And ran through that whole region round about, and began to carry about in beds those that were sick, where they heard he was.
6:56 And whithersoever he entered, into villages, or cities, or country, they laid the sick in the streets, and besought him that they might touch if it were but the border of his garment: and as many as touched him were made whole.
Psalms
18:1 I will love thee, O LORD, my strength.
18:2 The LORD [is] my rock, and my fortress, and my deliverer; my God, my strength, in whom I will trust; my buckler, and the horn of my salvation, [and] my high tower.
18:3 I will call upon the LORD, [who is worthy] to be praised: so shall I be saved from mine enemies.
18:4 The sorrows of death compassed me, and the floods of ungodly men made me afraid.
18:5 The sorrows of hell compassed me about: the snares of death prevented me.
18:6 In my distress I called upon the LORD, and cried unto my God: he heard my voice out of his temple, and my cry came before him, [even] into his ears.
18:7 Then the earth shook and trembled; the foundations also of the hills moved and were shaken, because he was wroth.
18:8 There went up a smoke out of his nostrils, and fire out of his mouth devoured: coals were kindled by it.
18:9 He bowed the heavens also, and came down: and darkness [was] under his feet.
18:10 And he rode upon a cherub, and did fly: yea, he did fly upon the wings of the wind.
18:11 He made darkness his secret place; his pavilion round about him [were] dark waters [and] thick clouds of the skies.
18:12 At the brightness [that was] before him his thick clouds passed, hail [stones] and coals of fire.
18:13 The LORD also thundered in the heavens, and the Highest gave his voice; hail [stones] and coals of fire.
18:14 Yea, he sent out his arrows, and scattered them; and he shot out lightnings, and discomfited them.
18:15 Then the channels of waters were seen, and the foundations of the world were discovered at thy rebuke, O LORD, at the blast of the breath of thy nostrils.
18:16 He sent from above, he took me, he drew me out of many waters.
18:17 He delivered me from my strong enemy, and from them which hated me: for they were too strong for me.
18:18 They prevented me in the day of my calamity: but the LORD was my stay.
18:19 He brought me forth also into a large place; he delivered me, because he delighted in me.
18:20 The LORD rewarded me according to my righteousness; according to the cleanness of my hands hath he recompensed me.
18:21 For I have kept the ways of the LORD, and have not wickedly departed from my God.
18:22 For all his judgments [were] before me, and I did not put away his statutes from me.
18:23 I was also upright before him, and I kept myself from mine iniquity.
18:24 Therefore hath the LORD recompensed me according to my righteousness, according to the cleanness of my hands in his eyesight.
18:2 The LORD [is] my rock, and my fortress, and my deliverer; my God, my strength, in whom I will trust; my buckler, and the horn of my salvation, [and] my high tower.
18:3 I will call upon the LORD, [who is worthy] to be praised: so shall I be saved from mine enemies.
18:4 The sorrows of death compassed me, and the floods of ungodly men made me afraid.
18:5 The sorrows of hell compassed me about: the snares of death prevented me.
18:6 In my distress I called upon the LORD, and cried unto my God: he heard my voice out of his temple, and my cry came before him, [even] into his ears.
18:7 Then the earth shook and trembled; the foundations also of the hills moved and were shaken, because he was wroth.
18:8 There went up a smoke out of his nostrils, and fire out of his mouth devoured: coals were kindled by it.
18:9 He bowed the heavens also, and came down: and darkness [was] under his feet.
18:10 And he rode upon a cherub, and did fly: yea, he did fly upon the wings of the wind.
18:11 He made darkness his secret place; his pavilion round about him [were] dark waters [and] thick clouds of the skies.
18:12 At the brightness [that was] before him his thick clouds passed, hail [stones] and coals of fire.
18:13 The LORD also thundered in the heavens, and the Highest gave his voice; hail [stones] and coals of fire.
18:14 Yea, he sent out his arrows, and scattered them; and he shot out lightnings, and discomfited them.
18:15 Then the channels of waters were seen, and the foundations of the world were discovered at thy rebuke, O LORD, at the blast of the breath of thy nostrils.
18:16 He sent from above, he took me, he drew me out of many waters.
18:17 He delivered me from my strong enemy, and from them which hated me: for they were too strong for me.
18:18 They prevented me in the day of my calamity: but the LORD was my stay.
18:19 He brought me forth also into a large place; he delivered me, because he delighted in me.
18:20 The LORD rewarded me according to my righteousness; according to the cleanness of my hands hath he recompensed me.
18:21 For I have kept the ways of the LORD, and have not wickedly departed from my God.
18:22 For all his judgments [were] before me, and I did not put away his statutes from me.
18:23 I was also upright before him, and I kept myself from mine iniquity.
18:24 Therefore hath the LORD recompensed me according to my righteousness, according to the cleanness of my hands in his eyesight.
Marcos
4:1 Y OTRA vez comenzó á enseñar junto á la mar, y se juntó á Él mucha gente; tanto, que entrándose Él en un barco, se sentó en la mar: y toda la gente estaba en tierra junto á la mar.
4:2 Y les enseñaba por parábolas muchas cosas, y les decía en su doctrina:
4:3 Oid: He aquí, el sembrador salió á sembrar.
4:4 Y aconteció sembrando, que una parte cayó junto al camino; y vinieron las aves del cielo, y la tragaron.
4:5 Y otra parte cayó en pedregales, donde no tenía mucha tierra; y luego salió, porque no tenía la tierra profunda:
4:6 Mas salido el sol, se quemó; y por cuanto no tenía raíz, se secó.
4:7 Y otra parte cayó en espinas; y subieron las espinas, y la ahogaron, y no dió fruto.
4:8 Y otra parte cayó en buena tierra, y dió fruto, que subió y creció: y llevó uno á treinta, y otro á sesenta, y otro á ciento.
4:9 Entonces les dijo: El que tiene oídos para oir, oiga.
4:10 Y cuando estuvo solo, le preguntaron los que estaban cerca de Él con los doce, sobre la parábola.
4:11 Y les dijo: A vosotros es dado saber el misterio del reino de Dios; mas á los que están fuera, por parábolas todas las cosas;
4:12 Para que viendo, vean y no echen de ver; y oyendo, oigan y no entiendan: porque no se conviertan, y les sean perdonados los pecados.
4:13 Y les dijo: ¿No sabéis esta parábola? ¿Cómo, pues, entenderéis todas las parábolas?
4:14 El que siembra es el que siembra la palabra.
4:15 Y éstos son los de junto al camino: en los que la palabra es sembrada: mas después que la oyeron, luego viene Satanás, y quita la palabra que fué sembrada en sus corazones.
4:16 Y asimismo éstos son los que son sembrados en pedregales: los que cuando han oído la palabra, luego la toman con gozo;
4:17 Mas no tienen raíz en sí, antes son temporales, que en levantándose la tribulación ó la persecución por causa de la palabra, luego se escandalizan.
4:18 Y éstos son los que son sembrados entre espinas: los que oyen la palabra;
4:19 Mas los cuidados de este siglo, y el engaño de las riquezas, y las codicias que hay en las otras cosas, entrando, ahogan la palabra, y se hace infructuosa.
4:20 Y éstos son los que fueron sembrados en buena tierra: los que oyen la palabra, y la reciben, y hacen fruto, uno á treinta, otro á sesenta, y otro á ciento.
4:21 También les dijo: ¿Tráese la antorcha para ser puesta debajo del almud, ó debajo de la cama? ¿No es para ser puesta en el candelero?
4:22 Porque no hay nada oculto que no haya de ser manifestado, ni secreto que no haya de descubrirse.
4:23 Si alguno tiene oídos para oir, oiga.
4:24 Les dijo también: Mirad lo que oís: con la medida que medís, os medirán otros, y será añadido á vosotros los que oís.
4:25 Porque al que tiene, le será dado; y al que no tiene, aun lo que tiene le será quitado.
4:26 Decía más: Así es el reino de Dios, como si un hombre echa simiente en la tierra;
4:27 Y duerme, y se levanta de noche y de día, y la simiente brota y crece como Él no sabe.
4:28 Porque de suyo fructifica la tierra, primero hierba, luego espiga, después grano lleno en la espiga;
4:29 Y cuando el fruto fuere producido, luego se mete la hoz, porque la siega es llegada.
4:30 Y decía: ¿A qué haremos semejante el reino de Dios? ¿ó con qué parábola le compararemos?
4:31 Es como el grano de mostaza, que, cuando se siembra en tierra, es la más pequeña de todas las simientes que hay en la tierra;
4:32 Mas después de sembrado, sube, y se hace la mayor de todas las legumbres, y echa grandes ramas, de tal manera que las aves del cielo puedan morar bajo su sombra.
4:33 Y con muchas tales parábolas les hablaba la palabra, conforme á lo que podían oir.
4:34 Y sin parábola no les hablaba; mas á sus discípulos en particular declaraba todo.
4:35 Y les dijo aquel día cuando fué tarde: Pasemos de la otra parte.
4:36 Y despachando la multitud, le tomaron como estaba, en el barco; y había también con Él otros barquitos.
4:37 Y se levantó una grande tempestad de viento, y echaba las olas en el barco, de tal manera que ya se henchía.
4:38 Y Él estaba en la popa, durmiendo sobre un cabezal, y le despertaron, y le dicen: ¿Maestro, no tienes cuidado que perecemos?
4:39 Y levantándose, increpó al viento, y dijo á la mar: Calla, enmudece. Y cesó el viento, y fué hecha grande bonanza.
4:40 Y á ellos dijo: ¿Por qué estáis así amedrentados? ¿Cómo no tenéis fe?
4:41 Y temieron con gran temor, y decían el uno al otro. ¿Quién es éste, que aun el viento y la mar le obedecen?
5:1 Y VINIERON de la otra parte de la mar á la provincia de los Gadarenos.
5:2 Y salido Él del barco, luego le salió al encuentro, de los sepulcros, un hombre con un espíritu inmundo,
5:3 Que tenía domicilio en los sepulcros, y ni aun con cadenas le podía alguien atar;
5:4 Porque muchas veces había sido atado con grillos y cadenas, mas las cadenas habían sido hechas pedazos por Él, y los grillos desmenuzados; y nadie le podía domar.
5:5 Y siempre, de día y de noche, andaba dando voces en los montes y en los sepulcros, é hiriéndose con las piedras.
5:6 Y como vió á Jesús de lejos, corrió, y le adoró.
5:7 Y clamando á gran voz, dijo: ¿Qué tienes conmigo, Jesús, Hijo del Dios Altísimo? Te conjuro por Dios que no me atormentes.
5:8 Porque le decía: Sal de este hombre, espíritu inmundo.
5:9 Y le preguntó: ¿Cómo te llamas? Y respondió diciendo: Legión me llamo; porque somos muchos.
5:10 Y le rogaba mucho que no le enviase fuera de aquella provincia.
5:11 Y estaba allí cerca del monte una grande manada de puercos paciendo.
5:12 Y le rogaron todos los demonios, diciendo: Envíanos á los puercos para que entremos en ellos.
5:13 Y luego Jesús se lo permitió. Y saliendo aquellos espíritus inmundos, entraron en los puercos, y la manada cayó por un despeñadero en la mar; los cuales eran como dos mil; y en la mar se ahogaron.
5:14 Y los que apacentaban los puercos huyeron, y dieron aviso en la ciudad y en los campos. Y salieron para ver qué era aquello que había acontecido.
5:15 Y vienen á Jesús, y ven al que había sido atormentado del demonio, y que había tenido la legión, sentado y vestido, y en su juicio cabal; y tuvieron miedo.
5:16 Y les contaron los que lo habían visto, cómo había acontecido al que había tenido el demonio, y lo de los puercos.
5:17 Y comenzaron á rogarle que se fuese de los términos de ellos.
5:18 Y entrando Él en el barco, le rogaba el que había sido fatigado del demonio, para estar con Él.
5:19 Mas Jesús no le permitió, sino le dijo: Vete á tu casa, á los tuyos, y cuéntales cuán grandes cosas el Señor ha hecho contigo, y cómo ha tenido misericordia de ti.
5:20 Y se fué, y comenzó á publicar en Decápolis cuan grandes cosas Jesús había hecho con Él: y todos se maravillaban.
5:21 Y pasando otra vez Jesús en un barco á la otra parte, se juntó á Él gran compañía; y estaba junto á la mar.
5:22 Y vino uno de los príncipes de la sinagoga, llamado Jairo; y luego que le vió, se postró á sus pies,
5:23 Y le rogaba mucho, diciendo: Mi hija está á la muerte: ven y pondrás las manos sobre ella para que sea salva, y vivirá.
5:24 Y fué con Él, y le seguía gran compañía, y le apretaban.
5:25 Y una mujer que estaba con flujo de sangre doce años hacía,
5:26 Y había sufrido mucho de muchos médicos, y había gastado todo lo que tenía, y nada había aprovechado, antes le iba peor,
5:27 Como oyó hablar de Jesús, llegó por detrás entre la compañía, y tocó su vestido.
5:28 Porque decía: Si tocare tan solamente su vestido, seré salva.
5:29 Y luego la fuente de su sangre se secó; y sintió en el cuerpo que estaba sana de aquel azote.
5:30 Y luego Jesús, conociendo en sí mismo la virtud que había salido de Él, volviéndose á la compañía, dijo: ¿Quién ha tocado mis vestidos?
5:31 Y le dijeron sus discípulos: Ves que la multitud te aprieta, y dices: ¿Quién me ha tocado?
5:32 Y Él miraba alrededor para ver á la que había hecho esto.
5:33 Entonces la mujer, temiendo y temblando, sabiendo lo que en sí había sido hecho, vino y se postró delante de Él, y le dijo toda la verdad.
5:34 Y Él le dijo: Hija, tu fe te ha hecho salva: ve en paz, y queda sana de tu azote.
5:35 Hablando aún Él, vinieron de casa del príncipe de la sinagoga, diciendo: Tu hija es muerta; ¿para qué fatigas más al Maestro?
5:36 Mas luego Jesús, oyendo esta razón que se decía, dijo al príncipe de la sinagoga: No temas, cree solamente.
5:37 Y no permitió que alguno viniese tras Él sino Pedro, y Jacobo, y Juan hermano de Jacobo.
5:38 Y vino á casa del príncipe de la sinagoga, y vió el alboroto, los que lloraban y gemían mucho.
5:39 Y entrando, les dice: ¿Por qué alborotáis y lloráis? La muchacha no es muerta, mas duerme.
5:40 Y hacían burla de Él: mas Él, echados fuera todos, toma al padre y á la madre de la muchacha, y á los que estaban con Él, y entra donde la muchacha estaba.
5:41 Y tomando la mano de la muchacha, le dice: Talitha cumi; que es, si lo interpretares: Muchacha, á ti digo, levántate.
5:42 Y luego la muchacha se levantó, y andaba; porque tenía doce años. Y se espantaron de grande espanto.
5:43 Mas Él les mandó mucho que nadie lo supiese, y dijo que le diesen de comer.
6:1 Y SALIÓ de allí, y vino á su tierra, y le siguieron sus discípulos.
6:2 Y llegado el sábado, comenzó á enseñar en la sinagoga; y muchos oyéndole, estaban atónitos, diciendo: ¿De dónde tiene éste estas cosas? ¿Y qué sabiduría es ésta que le es dada, y tales maravillas que por sus manos son hechas?
6:3 ¿No es éste el carpintero, hijo de María, hermano de Jacobo, y de José, y de Judas, y de Simón? ¿No están también aquí con nosotros, sus hermanas? Y se escandalizaban en Él.
6:4 Mas Jesús les decía: No hay profeta deshonrado sino en su tierra, y entre sus parientes, y en su casa.
6:5 Y no pudo hacer allí alguna maravilla; solamente sanó unos pocos enfermos, poniendo sobre ellos las manos.
6:6 Y estaba maravillado de la incredulidad de ellos. Y rodeaba las aldeas de alrededor, enseñando.
6:7 Y llamó á los doce, y comenzó á enviarlos de dos en dos: y les dió potestad sobre los espíritus inmundos.
6:8 Y les mandó que no llevasen nada para el camino, sino solamente báculo; no alforja, ni pan, ni dinero en la bolsa;
6:9 Mas que calzasen sandalias, y no vistiesen dos túnicas.
6:10 Y les decía: Donde quiera que entréis en una casa, posad en ella hasta que salgáis de allí.
6:11 Y todos aquellos que no os recibieren ni os oyeren, saliendo de allí, sacudid el polvo que está debajo de vuestros pies, en testimonio á ellos. De cierto os digo que más tolerable será el castigo de los de Sodoma y Gomorra el día del juicio, que el de aquella ciudad.
6:12 Y saliendo, predicaban que los hombres se arrepintiesen.
6:13 Y echaban fuera muchos demonios, y ungían con aceite á muchos enfermos, y sanaban.
6:14 Y oyó el rey Herodes la fama de Jesús, porque su nombre se había hecho notorio; y dijo: Juan el que bautizaba, ha resucitado de los muertos, y por tanto, virtudes obran en Él.
6:15 Otros decían: Elías es. Y otros decían: Profeta es, ó alguno de los profetas.
6:16 Y oyéndolo Herodes, dijo: Este es Juan el que yo degollé: Él ha resucitado de los muertos.
6:17 Porque el mismo Herodes había enviado, y prendido á Juan, y le había aprisionado en la cárcel á causa de Herodías, mujer de Felipe su hermano; pues la había tomado por mujer.
6:18 Porque Juan decía á Herodes: No te es lícito tener la mujer de tu hermano.
6:19 Mas Herodías le acechaba, y deseaba matarle, y no podía:
6:20 Porque Herodes temía á Juan, sabiendo que era varón justo y santo, y le tenía respeto: y oyéndole, hacía muchas cosas; y le oía de buena gana.
6:21 Y venido un día oportuno, en que Herodes, en la fiesta de su nacimiento, daba una cena á sus príncipes y tribunos, y á los principales de Galilea;
6:22 Y entrando la hija de Herodías, y danzando, y agradando á Herodes y á los que estaban con Él á la mesa, el rey dijo á la muchacha: Pídeme lo que quisieres, que yo te lo daré.
6:23 Y le juró: Todo lo que me pidieres te daré, hasta la mitad de mi reino.
6:24 Y saliendo ella, dijo á su madre: ¿Qué pediré? Y ella dijo: La cabeza de Juan Bautista.
6:25 Entonces ella entró prestamente al rey, y pidió, diciendo: Quiero que ahora mismo me des en un plato la cabeza de Juan Bautista.
6:26 Y el rey se entristeció mucho; mas á causa del juramento, y de los que estaban con Él á la mesa, no quiso desecharla.
6:27 Y luego el rey, enviando uno de la guardia, mandó que fuese traída su cabeza;
6:28 El cual fué, y le degolló en la cárcel, y trajo su cabeza en un plato, y la dió á la muchacha, y la muchacha la dió á su madre.
6:29 Y oyéndolo sus discípulos, vinieron y tomaron su cuerpo, y le pusieron en un sepulcro.
6:30 Y los apóstoles se juntaron con Jesús, y le contaron todo lo que habían hecho, y lo que habían enseñado.
6:31 Y Él les dijo: Venid vosotros aparte al lugar desierto, y reposad un poco. Porque eran muchos los que iban y venían, que ni aun tenían lugar de comer.
6:32 Y se fueron en un barco al lugar desierto aparte.
6:33 Y los vieron ir muchos, y le conocieron; y concurrieron allá muchos á pie de las ciudades, y llegaron antes que ellos, y se juntaron á Él.
6:34 Y saliendo Jesús vió grande multitud, y tuvo compasión de ellos, porque eran como ovejas que no tenían pastor; y les comenzó á enseñar muchas cosas.
6:35 Y como ya fuese el día muy entrado, sus discípulos llegaron á Él, diciendo: El lugar es desierto, y el día ya muy entrado;
6:36 Envíalos para que vayan á los cortijos y aldeas de alrededor, y compren para sí pan; porque no tienen qué comer.
6:37 Y respondiendo Él, les dijo: Dadles de comer vosotros. Y le dijeron: ¿Que vayamos y compremos pan por doscientos denarios, y les demos de comer?
6:38 Y Él les dice: ¿Cuántos panes tenéis? Id, y vedlo. Y sabiéndolo, dijeron: Cinco, y dos peces.
6:39 Y les mandó que hiciesen recostar á todos por partidas sobre la hierba verde.
6:40 Y se recostaron por partidas, de ciento en ciento, y de cincuenta en cincuenta.
6:41 Y tomados los cinco panes y los dos peces, mirando al cielo, bendijo, y partió los panes, y dió á sus discípulos para que los pusiesen delante: y repartió á todos los dos peces.
6:42 Y comieron todos, y se hartaron.
6:43 Y alzaron de los pedazos doce cofines llenos, y de los peces.
6:44 Y los que comieron eran cinco mil hombres.
6:45 Y luego dió priesa á sus discípulos á subir en el barco, é ir delante de Él á Bethsaida de la otra parte, entre tanto que Él despedía la multitud.
6:46 Y después que los hubo despedido, se fué al monte á orar.
6:47 Y como fué la tarde, el barco estaba en medio de la mar, y Él solo en tierra.
6:48 Y los vió fatigados bogando, porque el viento les era contrario: y cerca de la cuarta vigilia de la noche, vino á ellos andando sobre la mar, y quería precederlos.
6:49 Y viéndole ellos, que andaba sobre la mar, pensaron que era fantasma, y dieron voces;
6:50 Porque todos le veían, y se turbaron. Mas luego habló con ellos, y les dijo: Alentaos; yo soy, no temáis.
6:51 Y subió á ellos en el barco, y calmó el viento: y ellos en gran manera estaban fuera de sí, y se maravillaban:
6:52 Porque aun no habían considerado lo de los panes, por cuanto estaban ofuscados sus corazones.
6:53 Y cuando estuvieron de la otra parte, vinieron á tierra de Genezaret, y tomaron puerto.
6:54 Y saliendo ellos del barco, luego le conocieron.
6:55 Y recorriendo toda la tierra de alrededor, comenzaron á traer de todas partes enfermos en lechos, á donde oían que estaba.
6:56 Y donde quiera que entraba, en aldeas, ó ciudades, ó heredades, ponían en las calles á los que estaban enfermos, y le rogaban que tocasen siquiera el borde de su vestido; y todos los que le tocaban quedaban sanos.
4:2 Y les enseñaba por parábolas muchas cosas, y les decía en su doctrina:
4:3 Oid: He aquí, el sembrador salió á sembrar.
4:4 Y aconteció sembrando, que una parte cayó junto al camino; y vinieron las aves del cielo, y la tragaron.
4:5 Y otra parte cayó en pedregales, donde no tenía mucha tierra; y luego salió, porque no tenía la tierra profunda:
4:6 Mas salido el sol, se quemó; y por cuanto no tenía raíz, se secó.
4:7 Y otra parte cayó en espinas; y subieron las espinas, y la ahogaron, y no dió fruto.
4:8 Y otra parte cayó en buena tierra, y dió fruto, que subió y creció: y llevó uno á treinta, y otro á sesenta, y otro á ciento.
4:9 Entonces les dijo: El que tiene oídos para oir, oiga.
4:10 Y cuando estuvo solo, le preguntaron los que estaban cerca de Él con los doce, sobre la parábola.
4:11 Y les dijo: A vosotros es dado saber el misterio del reino de Dios; mas á los que están fuera, por parábolas todas las cosas;
4:12 Para que viendo, vean y no echen de ver; y oyendo, oigan y no entiendan: porque no se conviertan, y les sean perdonados los pecados.
4:13 Y les dijo: ¿No sabéis esta parábola? ¿Cómo, pues, entenderéis todas las parábolas?
4:14 El que siembra es el que siembra la palabra.
4:15 Y éstos son los de junto al camino: en los que la palabra es sembrada: mas después que la oyeron, luego viene Satanás, y quita la palabra que fué sembrada en sus corazones.
4:16 Y asimismo éstos son los que son sembrados en pedregales: los que cuando han oído la palabra, luego la toman con gozo;
4:17 Mas no tienen raíz en sí, antes son temporales, que en levantándose la tribulación ó la persecución por causa de la palabra, luego se escandalizan.
4:18 Y éstos son los que son sembrados entre espinas: los que oyen la palabra;
4:19 Mas los cuidados de este siglo, y el engaño de las riquezas, y las codicias que hay en las otras cosas, entrando, ahogan la palabra, y se hace infructuosa.
4:20 Y éstos son los que fueron sembrados en buena tierra: los que oyen la palabra, y la reciben, y hacen fruto, uno á treinta, otro á sesenta, y otro á ciento.
4:21 También les dijo: ¿Tráese la antorcha para ser puesta debajo del almud, ó debajo de la cama? ¿No es para ser puesta en el candelero?
4:22 Porque no hay nada oculto que no haya de ser manifestado, ni secreto que no haya de descubrirse.
4:23 Si alguno tiene oídos para oir, oiga.
4:24 Les dijo también: Mirad lo que oís: con la medida que medís, os medirán otros, y será añadido á vosotros los que oís.
4:25 Porque al que tiene, le será dado; y al que no tiene, aun lo que tiene le será quitado.
4:26 Decía más: Así es el reino de Dios, como si un hombre echa simiente en la tierra;
4:27 Y duerme, y se levanta de noche y de día, y la simiente brota y crece como Él no sabe.
4:28 Porque de suyo fructifica la tierra, primero hierba, luego espiga, después grano lleno en la espiga;
4:29 Y cuando el fruto fuere producido, luego se mete la hoz, porque la siega es llegada.
4:30 Y decía: ¿A qué haremos semejante el reino de Dios? ¿ó con qué parábola le compararemos?
4:31 Es como el grano de mostaza, que, cuando se siembra en tierra, es la más pequeña de todas las simientes que hay en la tierra;
4:32 Mas después de sembrado, sube, y se hace la mayor de todas las legumbres, y echa grandes ramas, de tal manera que las aves del cielo puedan morar bajo su sombra.
4:33 Y con muchas tales parábolas les hablaba la palabra, conforme á lo que podían oir.
4:34 Y sin parábola no les hablaba; mas á sus discípulos en particular declaraba todo.
4:35 Y les dijo aquel día cuando fué tarde: Pasemos de la otra parte.
4:36 Y despachando la multitud, le tomaron como estaba, en el barco; y había también con Él otros barquitos.
4:37 Y se levantó una grande tempestad de viento, y echaba las olas en el barco, de tal manera que ya se henchía.
4:38 Y Él estaba en la popa, durmiendo sobre un cabezal, y le despertaron, y le dicen: ¿Maestro, no tienes cuidado que perecemos?
4:39 Y levantándose, increpó al viento, y dijo á la mar: Calla, enmudece. Y cesó el viento, y fué hecha grande bonanza.
4:40 Y á ellos dijo: ¿Por qué estáis así amedrentados? ¿Cómo no tenéis fe?
4:41 Y temieron con gran temor, y decían el uno al otro. ¿Quién es éste, que aun el viento y la mar le obedecen?
5:1 Y VINIERON de la otra parte de la mar á la provincia de los Gadarenos.
5:2 Y salido Él del barco, luego le salió al encuentro, de los sepulcros, un hombre con un espíritu inmundo,
5:3 Que tenía domicilio en los sepulcros, y ni aun con cadenas le podía alguien atar;
5:4 Porque muchas veces había sido atado con grillos y cadenas, mas las cadenas habían sido hechas pedazos por Él, y los grillos desmenuzados; y nadie le podía domar.
5:5 Y siempre, de día y de noche, andaba dando voces en los montes y en los sepulcros, é hiriéndose con las piedras.
5:6 Y como vió á Jesús de lejos, corrió, y le adoró.
5:7 Y clamando á gran voz, dijo: ¿Qué tienes conmigo, Jesús, Hijo del Dios Altísimo? Te conjuro por Dios que no me atormentes.
5:8 Porque le decía: Sal de este hombre, espíritu inmundo.
5:9 Y le preguntó: ¿Cómo te llamas? Y respondió diciendo: Legión me llamo; porque somos muchos.
5:10 Y le rogaba mucho que no le enviase fuera de aquella provincia.
5:11 Y estaba allí cerca del monte una grande manada de puercos paciendo.
5:12 Y le rogaron todos los demonios, diciendo: Envíanos á los puercos para que entremos en ellos.
5:13 Y luego Jesús se lo permitió. Y saliendo aquellos espíritus inmundos, entraron en los puercos, y la manada cayó por un despeñadero en la mar; los cuales eran como dos mil; y en la mar se ahogaron.
5:14 Y los que apacentaban los puercos huyeron, y dieron aviso en la ciudad y en los campos. Y salieron para ver qué era aquello que había acontecido.
5:15 Y vienen á Jesús, y ven al que había sido atormentado del demonio, y que había tenido la legión, sentado y vestido, y en su juicio cabal; y tuvieron miedo.
5:16 Y les contaron los que lo habían visto, cómo había acontecido al que había tenido el demonio, y lo de los puercos.
5:17 Y comenzaron á rogarle que se fuese de los términos de ellos.
5:18 Y entrando Él en el barco, le rogaba el que había sido fatigado del demonio, para estar con Él.
5:19 Mas Jesús no le permitió, sino le dijo: Vete á tu casa, á los tuyos, y cuéntales cuán grandes cosas el Señor ha hecho contigo, y cómo ha tenido misericordia de ti.
5:20 Y se fué, y comenzó á publicar en Decápolis cuan grandes cosas Jesús había hecho con Él: y todos se maravillaban.
5:21 Y pasando otra vez Jesús en un barco á la otra parte, se juntó á Él gran compañía; y estaba junto á la mar.
5:22 Y vino uno de los príncipes de la sinagoga, llamado Jairo; y luego que le vió, se postró á sus pies,
5:23 Y le rogaba mucho, diciendo: Mi hija está á la muerte: ven y pondrás las manos sobre ella para que sea salva, y vivirá.
5:24 Y fué con Él, y le seguía gran compañía, y le apretaban.
5:25 Y una mujer que estaba con flujo de sangre doce años hacía,
5:26 Y había sufrido mucho de muchos médicos, y había gastado todo lo que tenía, y nada había aprovechado, antes le iba peor,
5:27 Como oyó hablar de Jesús, llegó por detrás entre la compañía, y tocó su vestido.
5:28 Porque decía: Si tocare tan solamente su vestido, seré salva.
5:29 Y luego la fuente de su sangre se secó; y sintió en el cuerpo que estaba sana de aquel azote.
5:30 Y luego Jesús, conociendo en sí mismo la virtud que había salido de Él, volviéndose á la compañía, dijo: ¿Quién ha tocado mis vestidos?
5:31 Y le dijeron sus discípulos: Ves que la multitud te aprieta, y dices: ¿Quién me ha tocado?
5:32 Y Él miraba alrededor para ver á la que había hecho esto.
5:33 Entonces la mujer, temiendo y temblando, sabiendo lo que en sí había sido hecho, vino y se postró delante de Él, y le dijo toda la verdad.
5:34 Y Él le dijo: Hija, tu fe te ha hecho salva: ve en paz, y queda sana de tu azote.
5:35 Hablando aún Él, vinieron de casa del príncipe de la sinagoga, diciendo: Tu hija es muerta; ¿para qué fatigas más al Maestro?
5:36 Mas luego Jesús, oyendo esta razón que se decía, dijo al príncipe de la sinagoga: No temas, cree solamente.
5:37 Y no permitió que alguno viniese tras Él sino Pedro, y Jacobo, y Juan hermano de Jacobo.
5:38 Y vino á casa del príncipe de la sinagoga, y vió el alboroto, los que lloraban y gemían mucho.
5:39 Y entrando, les dice: ¿Por qué alborotáis y lloráis? La muchacha no es muerta, mas duerme.
5:40 Y hacían burla de Él: mas Él, echados fuera todos, toma al padre y á la madre de la muchacha, y á los que estaban con Él, y entra donde la muchacha estaba.
5:41 Y tomando la mano de la muchacha, le dice: Talitha cumi; que es, si lo interpretares: Muchacha, á ti digo, levántate.
5:42 Y luego la muchacha se levantó, y andaba; porque tenía doce años. Y se espantaron de grande espanto.
5:43 Mas Él les mandó mucho que nadie lo supiese, y dijo que le diesen de comer.
6:1 Y SALIÓ de allí, y vino á su tierra, y le siguieron sus discípulos.
6:2 Y llegado el sábado, comenzó á enseñar en la sinagoga; y muchos oyéndole, estaban atónitos, diciendo: ¿De dónde tiene éste estas cosas? ¿Y qué sabiduría es ésta que le es dada, y tales maravillas que por sus manos son hechas?
6:3 ¿No es éste el carpintero, hijo de María, hermano de Jacobo, y de José, y de Judas, y de Simón? ¿No están también aquí con nosotros, sus hermanas? Y se escandalizaban en Él.
6:4 Mas Jesús les decía: No hay profeta deshonrado sino en su tierra, y entre sus parientes, y en su casa.
6:5 Y no pudo hacer allí alguna maravilla; solamente sanó unos pocos enfermos, poniendo sobre ellos las manos.
6:6 Y estaba maravillado de la incredulidad de ellos. Y rodeaba las aldeas de alrededor, enseñando.
6:7 Y llamó á los doce, y comenzó á enviarlos de dos en dos: y les dió potestad sobre los espíritus inmundos.
6:8 Y les mandó que no llevasen nada para el camino, sino solamente báculo; no alforja, ni pan, ni dinero en la bolsa;
6:9 Mas que calzasen sandalias, y no vistiesen dos túnicas.
6:10 Y les decía: Donde quiera que entréis en una casa, posad en ella hasta que salgáis de allí.
6:11 Y todos aquellos que no os recibieren ni os oyeren, saliendo de allí, sacudid el polvo que está debajo de vuestros pies, en testimonio á ellos. De cierto os digo que más tolerable será el castigo de los de Sodoma y Gomorra el día del juicio, que el de aquella ciudad.
6:12 Y saliendo, predicaban que los hombres se arrepintiesen.
6:13 Y echaban fuera muchos demonios, y ungían con aceite á muchos enfermos, y sanaban.
6:14 Y oyó el rey Herodes la fama de Jesús, porque su nombre se había hecho notorio; y dijo: Juan el que bautizaba, ha resucitado de los muertos, y por tanto, virtudes obran en Él.
6:15 Otros decían: Elías es. Y otros decían: Profeta es, ó alguno de los profetas.
6:16 Y oyéndolo Herodes, dijo: Este es Juan el que yo degollé: Él ha resucitado de los muertos.
6:17 Porque el mismo Herodes había enviado, y prendido á Juan, y le había aprisionado en la cárcel á causa de Herodías, mujer de Felipe su hermano; pues la había tomado por mujer.
6:18 Porque Juan decía á Herodes: No te es lícito tener la mujer de tu hermano.
6:19 Mas Herodías le acechaba, y deseaba matarle, y no podía:
6:20 Porque Herodes temía á Juan, sabiendo que era varón justo y santo, y le tenía respeto: y oyéndole, hacía muchas cosas; y le oía de buena gana.
6:21 Y venido un día oportuno, en que Herodes, en la fiesta de su nacimiento, daba una cena á sus príncipes y tribunos, y á los principales de Galilea;
6:22 Y entrando la hija de Herodías, y danzando, y agradando á Herodes y á los que estaban con Él á la mesa, el rey dijo á la muchacha: Pídeme lo que quisieres, que yo te lo daré.
6:23 Y le juró: Todo lo que me pidieres te daré, hasta la mitad de mi reino.
6:24 Y saliendo ella, dijo á su madre: ¿Qué pediré? Y ella dijo: La cabeza de Juan Bautista.
6:25 Entonces ella entró prestamente al rey, y pidió, diciendo: Quiero que ahora mismo me des en un plato la cabeza de Juan Bautista.
6:26 Y el rey se entristeció mucho; mas á causa del juramento, y de los que estaban con Él á la mesa, no quiso desecharla.
6:27 Y luego el rey, enviando uno de la guardia, mandó que fuese traída su cabeza;
6:28 El cual fué, y le degolló en la cárcel, y trajo su cabeza en un plato, y la dió á la muchacha, y la muchacha la dió á su madre.
6:29 Y oyéndolo sus discípulos, vinieron y tomaron su cuerpo, y le pusieron en un sepulcro.
6:30 Y los apóstoles se juntaron con Jesús, y le contaron todo lo que habían hecho, y lo que habían enseñado.
6:31 Y Él les dijo: Venid vosotros aparte al lugar desierto, y reposad un poco. Porque eran muchos los que iban y venían, que ni aun tenían lugar de comer.
6:32 Y se fueron en un barco al lugar desierto aparte.
6:33 Y los vieron ir muchos, y le conocieron; y concurrieron allá muchos á pie de las ciudades, y llegaron antes que ellos, y se juntaron á Él.
6:34 Y saliendo Jesús vió grande multitud, y tuvo compasión de ellos, porque eran como ovejas que no tenían pastor; y les comenzó á enseñar muchas cosas.
6:35 Y como ya fuese el día muy entrado, sus discípulos llegaron á Él, diciendo: El lugar es desierto, y el día ya muy entrado;
6:36 Envíalos para que vayan á los cortijos y aldeas de alrededor, y compren para sí pan; porque no tienen qué comer.
6:37 Y respondiendo Él, les dijo: Dadles de comer vosotros. Y le dijeron: ¿Que vayamos y compremos pan por doscientos denarios, y les demos de comer?
6:38 Y Él les dice: ¿Cuántos panes tenéis? Id, y vedlo. Y sabiéndolo, dijeron: Cinco, y dos peces.
6:39 Y les mandó que hiciesen recostar á todos por partidas sobre la hierba verde.
6:40 Y se recostaron por partidas, de ciento en ciento, y de cincuenta en cincuenta.
6:41 Y tomados los cinco panes y los dos peces, mirando al cielo, bendijo, y partió los panes, y dió á sus discípulos para que los pusiesen delante: y repartió á todos los dos peces.
6:42 Y comieron todos, y se hartaron.
6:43 Y alzaron de los pedazos doce cofines llenos, y de los peces.
6:44 Y los que comieron eran cinco mil hombres.
6:45 Y luego dió priesa á sus discípulos á subir en el barco, é ir delante de Él á Bethsaida de la otra parte, entre tanto que Él despedía la multitud.
6:46 Y después que los hubo despedido, se fué al monte á orar.
6:47 Y como fué la tarde, el barco estaba en medio de la mar, y Él solo en tierra.
6:48 Y los vió fatigados bogando, porque el viento les era contrario: y cerca de la cuarta vigilia de la noche, vino á ellos andando sobre la mar, y quería precederlos.
6:49 Y viéndole ellos, que andaba sobre la mar, pensaron que era fantasma, y dieron voces;
6:50 Porque todos le veían, y se turbaron. Mas luego habló con ellos, y les dijo: Alentaos; yo soy, no temáis.
6:51 Y subió á ellos en el barco, y calmó el viento: y ellos en gran manera estaban fuera de sí, y se maravillaban:
6:52 Porque aun no habían considerado lo de los panes, por cuanto estaban ofuscados sus corazones.
6:53 Y cuando estuvieron de la otra parte, vinieron á tierra de Genezaret, y tomaron puerto.
6:54 Y saliendo ellos del barco, luego le conocieron.
6:55 Y recorriendo toda la tierra de alrededor, comenzaron á traer de todas partes enfermos en lechos, á donde oían que estaba.
6:56 Y donde quiera que entraba, en aldeas, ó ciudades, ó heredades, ponían en las calles á los que estaban enfermos, y le rogaban que tocasen siquiera el borde de su vestido; y todos los que le tocaban quedaban sanos.
Salmos
18:1 AMARTE he, oh Jehová, fortaleza mía.
18:2 Jehová, roca mía y castillo mío, y mi libertador; Dios mío, fuerte mío, en él confiaré; Escudo mío, y el cuerno de mi salud, mi refugio.
18:3 Invocaré á Jehová, digno de ser alabado, Y seré salvo de mis enemigos.
18:4 Cercáronme dolores de muerte, Y torrentes de perversidad me atemorizaron.
18:5 Dolores del sepulcro me rodearon, Previniéronme lazos de muerte.
18:6 En mi angustia invoqué á Jehová, Y clamé á mi Dios: El oyó mi voz desde su templo, Y mi clamor llegó delante de él, á sus oídos.
18:7 Y la tierra fué conmovida y tembló; Y moviéronse los fundamentos de los montes, Y se estremecieron, porque se indignó él.
18:8 Humo subió de su nariz, Y de su boca consumidor fuego; Carbones fueron por él encendidos.
18:9 Y bajó los cielos, y descendió; Y oscuridad debajo de sus pies.
18:10 Y cabalgó sobre un querubín, y voló: Voló sobre las alas del viento.
18:11 Puso tinieblas por escondedero suyo, su pabellón en derredor de sí; Oscuridad de aguas, nubes de los cielos.
18:12 Por el resplandor delante de él, sus nubes pasaron; Granizo y carbones ardientes.
18:13 Y tronó en los cielos Jehová, Y el Altísimo dió su voz; Granizo y carbones de fuego.
18:14 Y envió sus saetas, y desbaratólos; Y echó relámpagos, y los destruyó.
18:15 Y aparecieron las honduras de las aguas, Y descubriéronse los cimientos del mundo, A tu reprensión, oh Jehová, Por el soplo del viento de tu nariz.
18:16 Envió desde lo alto; tomóme, Sácome de las muchas aguas.
18:17 Libróme de mi poderoso enemigo, Y de los que me aborrecían, aunque eran ellos más fuertes que yo.
18:18 Asaltáronme en el día de mi quebranto: Mas Jehová fué mi apoyo.
18:19 Y sacóme á anchura: Libróme, porque se agradó de mí.
18:20 Hame pagado Jehová conforme á mi justicia: Conforme á la limpieza de mis manos me ha vuelto.
18:21 Porque yo he guardado los caminos de Jehová, Y no me aparté impíamente de mi Dios.
18:22 Pues todos sus juicios estuvieron delante de mí, Y no eché de mí sus estatutos.
18:23 Y fuí integro para con él, y cauteléme de mi maldad.
18:24 Pagóme pues Jehová conforme á mi justicia; Conforme á la limpieza de mis manos delante de sus ojos.
18:2 Jehová, roca mía y castillo mío, y mi libertador; Dios mío, fuerte mío, en él confiaré; Escudo mío, y el cuerno de mi salud, mi refugio.
18:3 Invocaré á Jehová, digno de ser alabado, Y seré salvo de mis enemigos.
18:4 Cercáronme dolores de muerte, Y torrentes de perversidad me atemorizaron.
18:5 Dolores del sepulcro me rodearon, Previniéronme lazos de muerte.
18:6 En mi angustia invoqué á Jehová, Y clamé á mi Dios: El oyó mi voz desde su templo, Y mi clamor llegó delante de él, á sus oídos.
18:7 Y la tierra fué conmovida y tembló; Y moviéronse los fundamentos de los montes, Y se estremecieron, porque se indignó él.
18:8 Humo subió de su nariz, Y de su boca consumidor fuego; Carbones fueron por él encendidos.
18:9 Y bajó los cielos, y descendió; Y oscuridad debajo de sus pies.
18:10 Y cabalgó sobre un querubín, y voló: Voló sobre las alas del viento.
18:11 Puso tinieblas por escondedero suyo, su pabellón en derredor de sí; Oscuridad de aguas, nubes de los cielos.
18:12 Por el resplandor delante de él, sus nubes pasaron; Granizo y carbones ardientes.
18:13 Y tronó en los cielos Jehová, Y el Altísimo dió su voz; Granizo y carbones de fuego.
18:14 Y envió sus saetas, y desbaratólos; Y echó relámpagos, y los destruyó.
18:15 Y aparecieron las honduras de las aguas, Y descubriéronse los cimientos del mundo, A tu reprensión, oh Jehová, Por el soplo del viento de tu nariz.
18:16 Envió desde lo alto; tomóme, Sácome de las muchas aguas.
18:17 Libróme de mi poderoso enemigo, Y de los que me aborrecían, aunque eran ellos más fuertes que yo.
18:18 Asaltáronme en el día de mi quebranto: Mas Jehová fué mi apoyo.
18:19 Y sacóme á anchura: Libróme, porque se agradó de mí.
18:20 Hame pagado Jehová conforme á mi justicia: Conforme á la limpieza de mis manos me ha vuelto.
18:21 Porque yo he guardado los caminos de Jehová, Y no me aparté impíamente de mi Dios.
18:22 Pues todos sus juicios estuvieron delante de mí, Y no eché de mí sus estatutos.
18:23 Y fuí integro para con él, y cauteléme de mi maldad.
18:24 Pagóme pues Jehová conforme á mi justicia; Conforme á la limpieza de mis manos delante de sus ojos.
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