sexta-feira, 27 de abril de 2012

Meditações sobre a Primeira Epístola aos Coríntios - Parte 3


As outras partes da série de estudos "Meditações sobre a Primeira Epístola aos Coríntios" encontra-se nos endereços abaixo:
1a. Parte
2a. Parte

Antes de ler este estudo bíblico, sugerimos que leia em 1 Coríntios 2:1-16.

2.1   E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria.
2.2   Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.
2.3   E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor.
2.4   A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder,
2.5   para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.
2.6   Todavia, falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam;
2.7   mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória;
2.8   a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.
2.9   Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam.
2.10   Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.
2.11   Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.
2.12   Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.
2.13   As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.
2.14   Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
2.15   Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
2.16   Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.

Sabemos que no mundo um belo discurso, certo carisma e "palavras persuasivas de sabedoria humana" podem ser suficientes para assegurar a vitória de qualquer causa. Mas Deus não usa essas habilidades humanas nem estratégias de propaganda para nos fazer conhecer a fé (vers. 4-5). Apesar de seu elevado nível de instrução, Paulo não brilhou em Corinto por sua sabedoria, cultura ou eloquência. Isso seria uma contradição ao seu ensinamento, pois a cruz de Cristo que ele anunciava representa justamente o fim de tudo aquilo do qual o homem se orgulha. Mas, longe de sair perdendo com isso, o crente tem recebido as coisas invisíveis - aquilo "que por Deus nos foi dados gratuitamente" - e simultaneamente o meio para discerni-las e delas desfrutar: o Espírito Santo, o único agente que Deus utiliza para nos comunicas Seus pensamentos (vers. 12). De que serviria uma partitura sem os instrumentos musicais para interpretá-la, ou um disco sem o aparelho para tocá-lo? Por outro lado, que efeito teria um belo concerto para uma platéia de pessoas surdas? Assim a linguagem do Espírito Santo é incompreensível ao "homem natural". Em contrapartida o "homem espiritual" pode apreciar as coisas espirituais por meio de recursos espirituais (vers. 13-15).

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