Por longos dias o pequeno grão de trigo, sepultado, parecia não ter vida. Mesmo que, fechado dentro da terra úmida e fria, regada pela água da chuva, que filtra lentamente, o grão de trigo germina, pouco a pouco; e antes ainda que a natureza desperte para o período primaveril, uma terna folhinha se insinua na terra e, vencendo cada resistência, sai para respirar o ar ainda pungente e utilizando os raios do sol. É um triunfo. O primeiro triunfo daquele pequeno grão sepultado, mas que continua em sia uma força de vida.
A folhinha do trigo continua a crescer, favorecida pelo sol mais quente e pelo clima mais temperado. Cresce uma cana e, nela, um pequeno cacho. Pouco a pouco o cacho se enche de tantos pequenos grãos e tornando-se lindo, balança nos sopros do vento.
Agora o verão está próximo, a cana e o cacho têm cor do sol: o fruto está maduro. O cacho está cheio, é um pequeno tesouro; não existiria se o pequeno grão, no momento oportuno, não tivesse sido sepultado na terra; não existiria se o grão não tivesse tido em si uma força de vida. "Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem, neste mundo, aborrece a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna." (João 12:24-25).
Com estas comoventes palavras o Senhor Jesus explicava, para alguns de seus discípulos, o motivo de Sua morte: Para não ficar só! Ele, eterno, infinito, adorado pelos anjos, queria alguns homens consigo na glória. Mas não podia introduzir no céu, nessa esfera de pureza e de santidade, na presença de um Deus Santo e justo, alguns seres contaminados pelo pecado, como são todos os homens. E assim, para não ficar só, se fez humilde e veio entre nós, vivo e verdadeiro, e aceitou a morte dolorida da cruz.
Ele é Deus, eterno, perfeito, "Príncipe da vida". Como homem, era o único homem que não deveria ter morrido, porque era sem pecado. Como israelita, Ele tinha o direito de viver porque Deus prometia vida a quem fosse capaz de cumprir toda a lei; e Cristo a cumpriu, perfeitamente.
Porém, se tivesse descido à terra e não tivesse morrido, teria ficado só! O que teria sido de nós se Jesus Cristo não tivesse aceitado aquelas injúrias, aquela cru entre dois ladrões, aquele suplício? Nós, pobres seres se força: "Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios" (Romanos 5:6), escravos do pecado: "Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado" (João 8:34), teríamos ficado para sempre longe da luz, da presença de Deus, e levar, eternamente, nos sofrimentos sem fim, o peso de Sua inexorável condenação.
Cristo morreu. Mas, tendo em Si uma força de vida, a morte não pode detê-lo. O triunfo da semente de trigo que desabrocha da terra é o seu triunfo, o triunfo da ressurreição. Que paz naquelas palavras dos anjos: "E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou." (Lucas 24:5-6) ; "O qual por nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação" (Romanos 4:25). Cada pecador arrependido, salvo por fé, é um fruto da morte na cruz de Cristo, um dos tantos grãos que o cacho abriga: "Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende" (Lucas 15:10).
Bem cedo, aquele Jesus que morreu um dia sobre esta terra, e que ressuscitou em glória, virá para recolher todos aqueles que creram nele. Então terá próximo de Si "o fruto do tormento de sua alma, e será saciado".
Que gozo haverá no céu quando todos os Seus O circundarão e O adorarão; Ele que para não ficar só, quis sofrer e morrer.
Morrer por mim.
Morrer por ti, leitor que, se creres verás a glória de Deus!
Jesus é a vida eterna! Ele morreu para você ter o direito à vida abundante e eternal! Aceite-o agora e o milagre acontecerá em sua vida!
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