A leitura bíblica de hoje encontra-se em Atos 26-28 e Provérbios 13:13-25.
Atos
26.1 Depois, Agripa disse a Paulo: Permite-se-te que te defendas. Então, Paulo, estendendo a mão em sua defesa, respondeu:
26.2 Tenho-me por venturoso, ó rei Agripa, de que perante ti me haja, hoje, de defender de todas as coisas de que sou acusado pelos judeus,
26.3 mormente sabendo eu que tens conhecimento de todos os costumes e questões que há entre os judeus; pelo que te rogo que me ouças com paciência.
26.4 A minha vida, pois, desde a mocidade, qual haja sido, desde o princípio, em Jerusalém, entre os da minha nação, todos os judeus a sabem.
26.5 Sabendo de mim, desde o princípio (se o quiserem testificar), que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu.
26.6 E, agora, pela esperança da promessa que por Deus foi feita a nossos pais, estou aqui e sou julgado,
26.7 à qual as nossas doze tribos esperam chegar, servindo a Deus continuamente, noite e dia. Por esta esperança, ó rei Agripa, eu sou acusado pelos judeus.
26.8 Pois quê? Julga-se coisa incrível entre vós que Deus ressuscite os mortos?
26.9 Bem tinha eu imaginado que contra o nome de Jesus, o Nazareno, devia eu praticar muitos atos,
26.10 o que também fiz em Jerusalém. E, havendo recebido poder dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e, quando os matavam, eu dava o meu voto contra eles.
26.11 E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui.
26.12 Sobre o que, indo, então, a Damasco, com poder e comissão dos principais dos sacerdotes,
26.13 ao meio-dia, ó rei, vi no caminho uma luz do céu, que excedia o esplendor do sol, cuja claridade me envolveu a mim e aos que iam comigo.
26.14 E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava e, em língua hebraica, dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões.
26.15 E disse eu: Quem és, Senhor? E ele respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
26.16 Mas levanta-te e põe-te sobre teus pés, porque te apareci por isto, para te pôr por ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda,
26.17 livrando-te deste povo e dos gentios, a quem agora te envio,
26.18 para lhes abrires os olhos e das trevas os converteres à luz e do poder de Satanás a Deus, a fim de que recebam a remissão dos pecados e sorte entre os santificados pela fé em mim.
26.19 Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial.
26.20 Antes, anunciei primeiramente aos que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia, e aos gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento.
26.21 Por causa disto, os judeus lançaram mão de mim no templo e procuraram matar-me.
26.22 Mas, alcançando socorro de Deus, ainda até ao dia de hoje permaneço, dando testemunho, tanto a pequenos como a grandes, não dizendo nada mais do que o que os profetas e Moisés disseram que devia acontecer,
26.23 isto é, que o Cristo devia padecer e, sendo o primeiro da ressurreição dos mortos, devia anunciar a luz a este povo e aos gentios.
26.24 E, dizendo ele isto em sua defesa, disse Festo em alta voz: Estás louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar!
26.25 Mas ele disse: Não deliro, ó potentíssimo Festo! Antes, digo palavras de verdade e de um são juízo.
26.26 Porque o rei, diante de quem falo com ousadia, sabe estas coisas, pois não creio que nada disto lhe é oculto; porque isto não se fez em qualquer canto.
26.27 Crês tu nos profetas, ó rei Agripa? Bem sei que crês.
26.28 E disse Agripa a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!
26.29 E disse Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias.
26.30 Dizendo ele isto, se levantou o rei, e o governador, e Berenice, e os que com eles estavam assentados.
26.31 E, apartando-se dali, falavam uns com os outros, dizendo: Este homem nada fez digno de morte ou de prisões.
26.32 E Agripa disse a Festo: Bem podia soltar-se este homem, se não houvera apelado para César.
27.1 Como se determinou que havíamos de navegar para a Itália, entregaram Paulo e alguns outros presos a um centurião por nome Júlio, da Coorte Augusta.
27.2 E, embarcando nós em um navio adramitino, partimos navegando pelos lugares da costa da Ásia, estando conosco Aristarco, macedônio de Tessalônica.
27.3 E chegamos no dia seguinte a Sidom, e Júlio, tratando Paulo humanamente, lhe permitiu ir ver os amigos, para que cuidassem dele.
27.4 E, partindo dali, fomos navegando abaixo de Chipre, porque os ventos eram contrários.
27.5 E, tendo atravessado o mar ao longo da Cilícia e Panfília, chegamos a Mirra, na Lícia.
27.6 Achando ali o centurião um navio de Alexandria, que navegava para a Itália, nos fez embarcar nele.
27.7 E, como por muitos dias navegássemos vagarosamente, havendo chegado apenas defronte de Cnido, não nos permitindo o vento ir mais adiante, navegamos abaixo de Creta, junto de Salmona.
27.8 E, costeando-a dificilmente, chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia.
27.9 Passado muito tempo, e sendo já perigosa a navegação, pois também o jejum já tinha passado, Paulo os admoestava,
27.10 dizendo-lhes: Varões, vejo que a navegação há de ser incômoda e com muito dano, não só para o navio e a carga, mas também para a nossa vida.
27.11 Mas o centurião cria mais no piloto e no mestre do que no que dizia Paulo.
27.12 E, como aquele porto não era cômodo para invernar, os mais deles foram de parecer que se partisse dali para ver se podiam chegar a Fenice, que é um porto de Creta que olha para a banda do vento da África e do Coro, e invernar ali.
27.13 E, soprando o vento sul brandamente, lhes pareceu terem já o que desejavam, e, fazendo-se de vela, foram de muito perto costeando Creta.
27.14 Mas, não muito depois, deu nela um pé de vento, chamado Euroaquilão.
27.15 E, sendo o navio arrebatado e não podendo navegar contra o vento, dando de mão a tudo, nos deixamos ir à toa.
27.16 E, correndo abaixo de uma pequena ilha chamada Cauda, apenas pudemos ganhar o batel.
27.17 E, levado este para cima, usaram de todos os meios, cingindo o navio; e, temendo darem à costa na Sirte, amainadas as velas, assim foram à toa.
27.18 Andando nós agitados por uma veemente tempestade, no dia seguinte, aliviaram o navio.
27.19 E, ao terceiro dia, nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio.
27.20 E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos.
27.21 Havendo já muito que se não comia, então, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó varões, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e esta perdição.
27.22 Mas, agora, vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio.
27.23 Porque, esta mesma noite, o anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo,
27.24 dizendo: Paulo, não temas! Importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo.
27.25 Portanto, ó varões, tende bom ânimo! Porque creio em Deus que há de acontecer assim como a mim me foi dito.
27.26 É, contudo, necessário irmos dar numa ilha.
27.27 Quando chegou a décima quarta noite, sendo impelidos de uma e outra banda no mar Adriático, lá pela meia-noite, suspeitaram os marinheiros que estavam próximos de alguma terra.
27.28 E, lançando o prumo, acharam vinte braças; passando um pouco mais adiante, tornando a lançar o prumo, acharam quinze braças.
27.29 E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia.
27.30 Procurando, porém, os marinheiros fugir do navio e tendo já deitado o batel ao mar, como que querendo lançar as âncoras pela proa,
27.31 disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no navio, não podereis salvar-vos.
27.32 Então, os soldados cortaram os cabos do batel e o deixaram cair.
27.33 E, enquanto o dia vinha, Paulo exortava a todos a que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais e permaneceis sem comer, não havendo provado nada.
27.34 Portanto, exorto-vos a que comais alguma coisa, pois é para a vossa saúde; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós.
27.35 E, havendo dito isto, tomando o pão, deu graças a Deus na presença de todos e, partindo-o, começou a comer.
27.36 E, tendo já todos bom ânimo, puseram-se também a comer.
27.37 E éramos ao todo no navio duzentas e setenta e seis almas.
27.38 Refeitos com a comida, aliviaram o navio, lançando o trigo ao mar.
27.39 E, sendo já dia, não reconheceram a terra; enxergaram, porém, uma enseada que tinha praia e consultaram-se sobre se deveriam encalhar nela o navio.
27.40 Levantando as âncoras, deixaram-no ir ao mar, largando também as amarras do leme; e, alçando a vela maior ao vento, dirigiram-se para a praia.
27.41 Dando, porém, num lugar de dois mares, encalharam ali o navio; e, fixa a proa, ficou imóvel, mas a popa abria-se com a força das ondas.
27.42 Então, a idéia dos soldados foi que matassem os presos para que nenhum fugisse, escapando a nado.
27.43 Mas o centurião, querendo salvar a Paulo, lhes estorvou este intento; e mandou que os que pudessem nadar se lançassem primeiro ao mar e se salvassem em terra;
27.44 e os demais, uns em tábuas e outros em coisas do navio. E assim aconteceu que todos chegaram à terra, a salvo.
28.1 Havendo escapado, então, souberam que a ilha se chamava Malta.
28.2 E os bárbaros usaram conosco de não pouca humanidade; porque, acendendo uma grande fogueira, nos recolheram a todos por causa da chuva que caía e por causa do frio.
28.3 E, havendo Paulo ajuntado uma quantidade de vides e pondo-as no fogo, uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão.
28.4 E os bárbaros, vendo-lhe a víbora pendurada na mão, diziam uns aos outros: Certamente este homem é homicida, visto como, escapando do mar, a Justiça não o deixa viver.
28.5 Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não padeceu nenhum mal.
28.6 E eles esperavam que viesse a inchar ou a cair morto de repente; mas tendo esperado já muito e vendo que nenhum incômodo lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um deus.
28.7 E ali, próximo daquele mesmo lugar, havia umas herdades que pertenciam ao principal da ilha, por nome Públio, o qual nos recebeu e hospedou benignamente por três dias.
28.8 Aconteceu estar de cama enfermo de febres e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre ele e o curou.
28.9 Feito, pois, isto, vieram também ter com ele os demais que na ilha tinham enfermidades e sararam,
28.10 os quais nos distinguiram também com muitas honras; e, havendo de navegar, nos proveram das coisas necessárias.
28.11 Três meses depois, partimos num navio de Alexandria, que invernara na ilha, o qual tinha por insígnia Castor e Pólux.
28.12 E, chegando a Siracusa, ficamos ali três dias,
28.13 donde, indo costeando, viemos a Régio; e, soprando, um dia depois, um vento do sul, chegamos no segundo dia a Putéoli,
28.14 onde, achando alguns irmãos, nos rogaram que por sete dias ficássemos com eles; e depois nos dirigimos a Roma.
28.15 E de lá, ouvindo os irmãos novas de nós, nos saíram ao encontro à Praça de Ápio e às Três Vendas, e Paulo, vendo-os, deu graças a Deus e tomou ânimo.
28.16 E, logo que chegamos a Roma, o centurião entregou os presos ao general dos exércitos; mas a Paulo se lhe permitiu morar por sua conta, com o soldado que o guardava.
28.17 E aconteceu que, três dias depois, Paulo convocou os principais dos judeus e, juntos eles, lhes disse: Varões irmãos, não havendo eu feito nada contra o povo ou contra os ritos paternos, vim, contudo, preso desde Jerusalém, entregue nas mãos dos romanos,
28.18 os quais, havendo-me examinado, queriam soltar-me, por não haver em mim crime algum de morte.
28.19 Mas, opondo-se os judeus, foi-me forçoso apelar para César, não tendo, contudo, de que acusar a minha nação.
28.20 Por esta causa vos chamei, para vos ver e falar; porque pela esperança de Israel estou com esta cadeia.
28.21 Então, eles lhe disseram: Nós não recebemos acerca de ti cartas algumas da Judéia, nem veio aqui algum dos irmãos que nos anunciasse ou dissesse de ti mal algum.
28.22 No entanto, bem quiséramos ouvir de ti o que sentes; porque, quanto a esta seita, notório nos é que em toda parte se fala contra ela.
28.23 E, havendo-lhe eles assinalado um dia, muitos foram ter com ele à pousada, aos quais declarava com bom testemunho o Reino de Deus e procurava persuadi-los à fé de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas, desde pela manhã até à tarde.
28.24 E alguns criam no que se dizia, mas outros não criam.
28.25 E, como ficaram entre si discordes, se despediram, dizendo Paulo esta palavra: Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías,
28.26 dizendo: Vai a este povo e dize: De ouvido, ouvireis e de maneira nenhuma entendereis; e, vendo, vereis e de maneira nenhuma percebereis.
28.27 Porquanto o coração deste povo está endurecido, e com os ouvidos ouviram pesadamente e fecharam os olhos, para que nunca com os olhos vejam, nem com os ouvidos ouçam, nem do coração entendam, e se convertam, e eu os cure.
28.28 Seja-vos, pois, notório que esta salvação de Deus é enviada aos gentios, e eles a ouvirão.
28.29 E, havendo ele dito isto, partiram os judeus, tendo entre si grande contenda.
28.30 E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara e recebia todos quantos vinham vê-lo,
28.31 pregando o Reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum.
26.2 Tenho-me por venturoso, ó rei Agripa, de que perante ti me haja, hoje, de defender de todas as coisas de que sou acusado pelos judeus,
26.3 mormente sabendo eu que tens conhecimento de todos os costumes e questões que há entre os judeus; pelo que te rogo que me ouças com paciência.
26.4 A minha vida, pois, desde a mocidade, qual haja sido, desde o princípio, em Jerusalém, entre os da minha nação, todos os judeus a sabem.
26.5 Sabendo de mim, desde o princípio (se o quiserem testificar), que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu.
26.6 E, agora, pela esperança da promessa que por Deus foi feita a nossos pais, estou aqui e sou julgado,
26.7 à qual as nossas doze tribos esperam chegar, servindo a Deus continuamente, noite e dia. Por esta esperança, ó rei Agripa, eu sou acusado pelos judeus.
26.8 Pois quê? Julga-se coisa incrível entre vós que Deus ressuscite os mortos?
26.9 Bem tinha eu imaginado que contra o nome de Jesus, o Nazareno, devia eu praticar muitos atos,
26.10 o que também fiz em Jerusalém. E, havendo recebido poder dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e, quando os matavam, eu dava o meu voto contra eles.
26.11 E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui.
26.12 Sobre o que, indo, então, a Damasco, com poder e comissão dos principais dos sacerdotes,
26.13 ao meio-dia, ó rei, vi no caminho uma luz do céu, que excedia o esplendor do sol, cuja claridade me envolveu a mim e aos que iam comigo.
26.14 E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava e, em língua hebraica, dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões.
26.15 E disse eu: Quem és, Senhor? E ele respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
26.16 Mas levanta-te e põe-te sobre teus pés, porque te apareci por isto, para te pôr por ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda,
26.17 livrando-te deste povo e dos gentios, a quem agora te envio,
26.18 para lhes abrires os olhos e das trevas os converteres à luz e do poder de Satanás a Deus, a fim de que recebam a remissão dos pecados e sorte entre os santificados pela fé em mim.
26.19 Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial.
26.20 Antes, anunciei primeiramente aos que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia, e aos gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento.
26.21 Por causa disto, os judeus lançaram mão de mim no templo e procuraram matar-me.
26.22 Mas, alcançando socorro de Deus, ainda até ao dia de hoje permaneço, dando testemunho, tanto a pequenos como a grandes, não dizendo nada mais do que o que os profetas e Moisés disseram que devia acontecer,
26.23 isto é, que o Cristo devia padecer e, sendo o primeiro da ressurreição dos mortos, devia anunciar a luz a este povo e aos gentios.
26.24 E, dizendo ele isto em sua defesa, disse Festo em alta voz: Estás louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar!
26.25 Mas ele disse: Não deliro, ó potentíssimo Festo! Antes, digo palavras de verdade e de um são juízo.
26.26 Porque o rei, diante de quem falo com ousadia, sabe estas coisas, pois não creio que nada disto lhe é oculto; porque isto não se fez em qualquer canto.
26.27 Crês tu nos profetas, ó rei Agripa? Bem sei que crês.
26.28 E disse Agripa a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!
26.29 E disse Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias.
26.30 Dizendo ele isto, se levantou o rei, e o governador, e Berenice, e os que com eles estavam assentados.
26.31 E, apartando-se dali, falavam uns com os outros, dizendo: Este homem nada fez digno de morte ou de prisões.
26.32 E Agripa disse a Festo: Bem podia soltar-se este homem, se não houvera apelado para César.
27.1 Como se determinou que havíamos de navegar para a Itália, entregaram Paulo e alguns outros presos a um centurião por nome Júlio, da Coorte Augusta.
27.2 E, embarcando nós em um navio adramitino, partimos navegando pelos lugares da costa da Ásia, estando conosco Aristarco, macedônio de Tessalônica.
27.3 E chegamos no dia seguinte a Sidom, e Júlio, tratando Paulo humanamente, lhe permitiu ir ver os amigos, para que cuidassem dele.
27.4 E, partindo dali, fomos navegando abaixo de Chipre, porque os ventos eram contrários.
27.5 E, tendo atravessado o mar ao longo da Cilícia e Panfília, chegamos a Mirra, na Lícia.
27.6 Achando ali o centurião um navio de Alexandria, que navegava para a Itália, nos fez embarcar nele.
27.7 E, como por muitos dias navegássemos vagarosamente, havendo chegado apenas defronte de Cnido, não nos permitindo o vento ir mais adiante, navegamos abaixo de Creta, junto de Salmona.
27.8 E, costeando-a dificilmente, chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia.
27.9 Passado muito tempo, e sendo já perigosa a navegação, pois também o jejum já tinha passado, Paulo os admoestava,
27.10 dizendo-lhes: Varões, vejo que a navegação há de ser incômoda e com muito dano, não só para o navio e a carga, mas também para a nossa vida.
27.11 Mas o centurião cria mais no piloto e no mestre do que no que dizia Paulo.
27.12 E, como aquele porto não era cômodo para invernar, os mais deles foram de parecer que se partisse dali para ver se podiam chegar a Fenice, que é um porto de Creta que olha para a banda do vento da África e do Coro, e invernar ali.
27.13 E, soprando o vento sul brandamente, lhes pareceu terem já o que desejavam, e, fazendo-se de vela, foram de muito perto costeando Creta.
27.14 Mas, não muito depois, deu nela um pé de vento, chamado Euroaquilão.
27.15 E, sendo o navio arrebatado e não podendo navegar contra o vento, dando de mão a tudo, nos deixamos ir à toa.
27.16 E, correndo abaixo de uma pequena ilha chamada Cauda, apenas pudemos ganhar o batel.
27.17 E, levado este para cima, usaram de todos os meios, cingindo o navio; e, temendo darem à costa na Sirte, amainadas as velas, assim foram à toa.
27.18 Andando nós agitados por uma veemente tempestade, no dia seguinte, aliviaram o navio.
27.19 E, ao terceiro dia, nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio.
27.20 E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos.
27.21 Havendo já muito que se não comia, então, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó varões, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e esta perdição.
27.22 Mas, agora, vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio.
27.23 Porque, esta mesma noite, o anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo,
27.24 dizendo: Paulo, não temas! Importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo.
27.25 Portanto, ó varões, tende bom ânimo! Porque creio em Deus que há de acontecer assim como a mim me foi dito.
27.26 É, contudo, necessário irmos dar numa ilha.
27.27 Quando chegou a décima quarta noite, sendo impelidos de uma e outra banda no mar Adriático, lá pela meia-noite, suspeitaram os marinheiros que estavam próximos de alguma terra.
27.28 E, lançando o prumo, acharam vinte braças; passando um pouco mais adiante, tornando a lançar o prumo, acharam quinze braças.
27.29 E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia.
27.30 Procurando, porém, os marinheiros fugir do navio e tendo já deitado o batel ao mar, como que querendo lançar as âncoras pela proa,
27.31 disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no navio, não podereis salvar-vos.
27.32 Então, os soldados cortaram os cabos do batel e o deixaram cair.
27.33 E, enquanto o dia vinha, Paulo exortava a todos a que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais e permaneceis sem comer, não havendo provado nada.
27.34 Portanto, exorto-vos a que comais alguma coisa, pois é para a vossa saúde; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós.
27.35 E, havendo dito isto, tomando o pão, deu graças a Deus na presença de todos e, partindo-o, começou a comer.
27.36 E, tendo já todos bom ânimo, puseram-se também a comer.
27.37 E éramos ao todo no navio duzentas e setenta e seis almas.
27.38 Refeitos com a comida, aliviaram o navio, lançando o trigo ao mar.
27.39 E, sendo já dia, não reconheceram a terra; enxergaram, porém, uma enseada que tinha praia e consultaram-se sobre se deveriam encalhar nela o navio.
27.40 Levantando as âncoras, deixaram-no ir ao mar, largando também as amarras do leme; e, alçando a vela maior ao vento, dirigiram-se para a praia.
27.41 Dando, porém, num lugar de dois mares, encalharam ali o navio; e, fixa a proa, ficou imóvel, mas a popa abria-se com a força das ondas.
27.42 Então, a idéia dos soldados foi que matassem os presos para que nenhum fugisse, escapando a nado.
27.43 Mas o centurião, querendo salvar a Paulo, lhes estorvou este intento; e mandou que os que pudessem nadar se lançassem primeiro ao mar e se salvassem em terra;
27.44 e os demais, uns em tábuas e outros em coisas do navio. E assim aconteceu que todos chegaram à terra, a salvo.
28.1 Havendo escapado, então, souberam que a ilha se chamava Malta.
28.2 E os bárbaros usaram conosco de não pouca humanidade; porque, acendendo uma grande fogueira, nos recolheram a todos por causa da chuva que caía e por causa do frio.
28.3 E, havendo Paulo ajuntado uma quantidade de vides e pondo-as no fogo, uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão.
28.4 E os bárbaros, vendo-lhe a víbora pendurada na mão, diziam uns aos outros: Certamente este homem é homicida, visto como, escapando do mar, a Justiça não o deixa viver.
28.5 Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não padeceu nenhum mal.
28.6 E eles esperavam que viesse a inchar ou a cair morto de repente; mas tendo esperado já muito e vendo que nenhum incômodo lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um deus.
28.7 E ali, próximo daquele mesmo lugar, havia umas herdades que pertenciam ao principal da ilha, por nome Públio, o qual nos recebeu e hospedou benignamente por três dias.
28.8 Aconteceu estar de cama enfermo de febres e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre ele e o curou.
28.9 Feito, pois, isto, vieram também ter com ele os demais que na ilha tinham enfermidades e sararam,
28.10 os quais nos distinguiram também com muitas honras; e, havendo de navegar, nos proveram das coisas necessárias.
28.11 Três meses depois, partimos num navio de Alexandria, que invernara na ilha, o qual tinha por insígnia Castor e Pólux.
28.12 E, chegando a Siracusa, ficamos ali três dias,
28.13 donde, indo costeando, viemos a Régio; e, soprando, um dia depois, um vento do sul, chegamos no segundo dia a Putéoli,
28.14 onde, achando alguns irmãos, nos rogaram que por sete dias ficássemos com eles; e depois nos dirigimos a Roma.
28.15 E de lá, ouvindo os irmãos novas de nós, nos saíram ao encontro à Praça de Ápio e às Três Vendas, e Paulo, vendo-os, deu graças a Deus e tomou ânimo.
28.16 E, logo que chegamos a Roma, o centurião entregou os presos ao general dos exércitos; mas a Paulo se lhe permitiu morar por sua conta, com o soldado que o guardava.
28.17 E aconteceu que, três dias depois, Paulo convocou os principais dos judeus e, juntos eles, lhes disse: Varões irmãos, não havendo eu feito nada contra o povo ou contra os ritos paternos, vim, contudo, preso desde Jerusalém, entregue nas mãos dos romanos,
28.18 os quais, havendo-me examinado, queriam soltar-me, por não haver em mim crime algum de morte.
28.19 Mas, opondo-se os judeus, foi-me forçoso apelar para César, não tendo, contudo, de que acusar a minha nação.
28.20 Por esta causa vos chamei, para vos ver e falar; porque pela esperança de Israel estou com esta cadeia.
28.21 Então, eles lhe disseram: Nós não recebemos acerca de ti cartas algumas da Judéia, nem veio aqui algum dos irmãos que nos anunciasse ou dissesse de ti mal algum.
28.22 No entanto, bem quiséramos ouvir de ti o que sentes; porque, quanto a esta seita, notório nos é que em toda parte se fala contra ela.
28.23 E, havendo-lhe eles assinalado um dia, muitos foram ter com ele à pousada, aos quais declarava com bom testemunho o Reino de Deus e procurava persuadi-los à fé de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas, desde pela manhã até à tarde.
28.24 E alguns criam no que se dizia, mas outros não criam.
28.25 E, como ficaram entre si discordes, se despediram, dizendo Paulo esta palavra: Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías,
28.26 dizendo: Vai a este povo e dize: De ouvido, ouvireis e de maneira nenhuma entendereis; e, vendo, vereis e de maneira nenhuma percebereis.
28.27 Porquanto o coração deste povo está endurecido, e com os ouvidos ouviram pesadamente e fecharam os olhos, para que nunca com os olhos vejam, nem com os ouvidos ouçam, nem do coração entendam, e se convertam, e eu os cure.
28.28 Seja-vos, pois, notório que esta salvação de Deus é enviada aos gentios, e eles a ouvirão.
28.29 E, havendo ele dito isto, partiram os judeus, tendo entre si grande contenda.
28.30 E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara e recebia todos quantos vinham vê-lo,
28.31 pregando o Reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum.
Provérbios
13.13 O que despreza a palavra perecerá, mas o que teme o mandamento será galardoado.
13.14 A doutrina do sábio é uma fonte de vida para desviar dos laços da morte.
13.15 O bom entendimento dá graça, mas o caminho dos prevaricadores é áspero.
13.16 Todo prudente age com conhecimento, mas o tolo espraia a sua loucura.
13.17 Um mau mensageiro cai no mal, mas o embaixador fiel é saúde.
13.18 Pobreza e afronta virão ao que rejeita a correção, mas o que guarda a repreensão será venerado.
13.19 O desejo que se cumpre deleita a alma, mas apartar-se do mal é abominação para os loucos.
13.20 Anda com os sábios e serás sábio, mas o companheiro dos tolos será afligido.
13.21 O mal perseguirá aos pecadores, mas os justos serão galardoados com o bem.
13.22 O homem de bem deixa uma herança aos filhos de seus filhos, mas a riqueza do pecador é depositada para o justo.
13.23 Abundância de mantimento há na lavoura do pobre, mas alguns há que se consomem por falta de juízo.
13.24 O que retém a sua vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, a seu tempo, o castiga.
13.25 O justo come até que a sua alma fique satisfeita, mas o ventre dos ímpios terá necessidade.
13.14 A doutrina do sábio é uma fonte de vida para desviar dos laços da morte.
13.15 O bom entendimento dá graça, mas o caminho dos prevaricadores é áspero.
13.16 Todo prudente age com conhecimento, mas o tolo espraia a sua loucura.
13.17 Um mau mensageiro cai no mal, mas o embaixador fiel é saúde.
13.18 Pobreza e afronta virão ao que rejeita a correção, mas o que guarda a repreensão será venerado.
13.19 O desejo que se cumpre deleita a alma, mas apartar-se do mal é abominação para os loucos.
13.20 Anda com os sábios e serás sábio, mas o companheiro dos tolos será afligido.
13.21 O mal perseguirá aos pecadores, mas os justos serão galardoados com o bem.
13.22 O homem de bem deixa uma herança aos filhos de seus filhos, mas a riqueza do pecador é depositada para o justo.
13.23 Abundância de mantimento há na lavoura do pobre, mas alguns há que se consomem por falta de juízo.
13.24 O que retém a sua vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, a seu tempo, o castiga.
13.25 O justo come até que a sua alma fique satisfeita, mas o ventre dos ímpios terá necessidade.
Atos
26.1 Agripa disse a Paulo: — Você pode apresentar a sua defesa. Então Paulo estendeu a mão e fez a sua defesa, dizendo o seguinte:
26.2 — Rei Agripa, eu me sinto muito feliz em poder estar hoje diante do senhor para me defender de tudo o que os judeus me acusam.
26.3 E especialmente feliz porque o senhor conhece muito bem todos os costumes e questões dos judeus. Portanto, peço que o senhor me escute com paciência.
26.4 — Todos os judeus sabem como tenho vivido no meio do meu povo e também em Jerusalém, desde a minha juventude até hoje.
26.5 Eles sempre souberam — e podem confirmar isso se quiserem — que desde o começo fui membro do partido dos fariseus, o mais rigoroso da nossa religião.
26.6 E agora estou aqui sendo julgado porque tenho esperança na promessa que Deus fez aos nossos antepassados.
26.7 Todas as tribos do nosso povo, que adoram a Deus dia e noite, também esperam ver o cumprimento dessa promessa. É por causa dessa esperança, ó rei, que estou sendo acusado pelos judeus.
26.8 Por que é que vocês, judeus, acham impossível crer que Deus ressuscita os mortos?
26.9 E Paulo disse ainda: — Eu mesmo pensava que devia fazer tudo o que pudesse contra a causa de Jesus de Nazaré.
26.10 E foi o que fiz em Jerusalém. Recebi autorização dos chefes dos sacerdotes e prendi muitos seguidores de Jesus. Quando eram condenados à morte, eu também votava contra eles.
26.11 Durante muito tempo eu os castiguei em todas as sinagogas e os forcei a negar a sua fé. Tinha tanto ódio deles, que até fui a outras cidades para persegui-los.
26.12 E Paulo continuou: — Foi por isso que viajei para a cidade de Damasco, levando autorização e ordens dos chefes dos sacerdotes.
26.13 Mas aconteceu, ó rei, que na estrada, ao meio-dia, veio do céu uma luz mais brilhante do que o sol, a qual brilhou em volta de mim e dos homens que estavam viajando comigo.
26.14 Todos nós caímos no chão, e eu ouvi uma voz me dizer em hebraico: “Saulo, Saulo! Por que você me persegue? Não adianta você se revoltar contra mim.”
26.15 — Então eu perguntei: “Quem é o senhor?” — E o Senhor respondeu: “Eu sou Jesus, aquele que você persegue.
26.16 Mas levante-se e fique de pé. Eu apareci a você para o escolher como meu servo, a fim de que você conte aos outros o que viu hoje e anuncie o que lhe vou mostrar depois.
26.17 Vou livrar você dos judeus e também dos não-judeus, a quem vou enviá-lo.
26.18 Você vai abrir os olhos deles a fim de que eles saiam da escuridão para a luz e do poder de Satanás para Deus. Então, por meio da fé em mim, eles serão perdoados dos seus pecados e passarão a ser parte do povo escolhido de Deus.”
26.19 E Paulo terminou, dizendo: — Portanto, ó rei Agripa, eu não desobedeci à visão que veio do céu.
26.20 Anunciei a mensagem primeiro em Damasco e depois em Jerusalém, em toda a região da Judéia e entre os não-judeus. Eu dizia a todos que eles precisavam abandonar os seus pecados, voltar para Deus e fazer coisas que mostrassem que estavam, de fato, arrependidos.
26.21 Foi por isso que alguns judeus me agarraram quando eu estava no pátio do Templo e quiseram me matar.
26.22 Mas até hoje Deus tem me ajudado, e por isso estou aqui trazendo a sua mensagem a todos, tanto aos humildes como aos importantes. Pois eu digo a mesma coisa que os profetas e Moisés disseram que ia acontecer.
26.23 Eles afirmaram que o Messias precisava sofrer e ser o primeiro a ressuscitar, para anunciar a luz da salvação tanto aos judeus como aos não-judeus.
26.24 Quando Paulo estava se defendendo assim, Festo gritou: — Paulo, você está louco! Estudou tanto, que acabou perdendo o juízo!
26.25 Paulo respondeu: — Eu não estou louco, Excelência; estou em perfeito juízo e digo a verdade.
26.26 Eu posso falar diante do rei Agripa com toda a coragem porque tenho a certeza de que ele conhece todas essas coisas muito bem, pois não aconteceram em nenhum lugar escondido.
26.27 Então Paulo disse ao rei: — Rei Agripa, o senhor crê nos profetas? Eu sei que crê!
26.28 Agripa respondeu: — Você pensa que assim, em tão pouco tempo, vai me tornar cristão?
26.29 Paulo disse: — Pois eu pediria a Deus que, em pouco ou muito tempo, não somente o senhor, mas todos os que estão me ouvindo hoje chegassem a ser como eu, mas sem estas correntes.
26.30 Aí o rei Agripa, o Governador, Berenice e todos os que estavam com eles se levantaram
26.31 e saíram, comentando: — Este homem não fez nada para merecer a morte, nem para estar preso.
26.32 Então Agripa disse a Festo: — Ele já podia estar solto se não tivesse pedido para ser julgado pelo Imperador.
27.1 Ficou resolvido que devíamos embarcar para a Itália. Então entregaram Paulo e os outros presos a Júlio, um oficial romano que era do batalhão chamado “Batalhão do Imperador”.
27.2 Nós embarcamos num navio da cidade de Adramítio, que estava pronto para navegar para os portos da província da Ásia. E assim começamos a viagem. Aristarco, um macedônio da cidade de Tessalônica, estava conosco.
27.3 No dia seguinte chegamos ao porto de Sidom. Júlio tratava Paulo com bondade e lhe deu licença para ir ver os seus amigos e receber deles o que precisava.
27.4 Depois de sairmos de Sidom, navegamos ao norte da ilha de Chipre a fim de evitar os ventos que estavam soprando contra nós.
27.5 Atravessamos o mar em frente ao litoral da região da Cilícia e província da Panfília e chegamos a Mirra, uma cidade da província da Lícia.
27.6 Ali o oficial romano encontrou um navio da cidade de Alexandria, que ia para a Itália, e nos fez embarcar nele.
27.7 Navegamos bem devagar vários dias e com grande dificuldade chegamos em frente da cidade de Cnido. Como o vento não nos deixava continuar naquela direção, passamos pelo cabo Salmona da ilha de Creta e seguimos pelo lado sul daquela ilha, o qual é protegido dos ventos.
27.8 Assim fomos navegando bem perto do litoral e, ainda com dificuldade, chegamos a um lugar chamado “Bons Portos”, perto da cidade de Laséia.
27.9 Ficamos ali muito tempo, e tornou-se perigoso continuar a viagem porque o inverno estava chegando. Então Paulo avisou:
27.10 — Homens, estou vendo que daqui para diante a nossa viagem será perigosa. Haverá grandes prejuízos não somente com o navio e com a sua carga, mas também haverá perda de vidas.
27.11 Mas o oficial romano tinha mais confiança no capitão e no dono do navio do que em Paulo.
27.12 O porto não era bom para passar o inverno. Por isso a maioria achava que devíamos sair dali e tentar chegar a Fênix. Essa cidade é um porto de Creta que tem um lado para o sudoeste e o outro para o noroeste. E eles achavam que poderíamos passar o inverno ali.
27.13 Começou a soprar do sul um vento fraco, e por isso eles pensaram que podiam fazer o que tinham planejado. Levantamos âncora e fomos navegando o mais perto possível do litoral de Creta.
27.14 Mas, de repente, um vento muito forte, chamado “Nordeste”, veio da ilha
27.15 e arrastou o navio de tal maneira, que não pudemos fazer com que ele seguisse na direção certa. Por isso desistimos e deixamos que o vento nos levasse.
27.16 Para escaparmos do vento, passamos ao sul de uma pequena ilha chamada Cauda. Ali, com muita dificuldade, conseguimos recolher o bote do navio.
27.17 Os marinheiros levantaram o bote para dentro do navio e amarraram o casco do navio com cordas grossas. Estavam com medo de que o navio fosse arrastado para os bancos de areia que ficam perto do litoral da Líbia. Então desceram as velas e deixaram que o navio fosse levado pelo vento.
27.18 E a terrível tempestade continuou. No dia seguinte começaram a jogar a carga no mar.
27.19 E, no outro dia, os marinheiros, com as próprias mãos, jogaram no mar uma parte do equipamento do navio.
27.20 Durante muitos dias não pudemos ver o sol nem as estrelas, e o vento continuava soprando forte. Finalmente perdemos toda a esperança de nos salvarmos.
27.21 Fazia muito tempo que eles não comiam nada. Então Paulo ficou de pé no meio deles e disse: — Homens, vocês deviam ter dado atenção ao que eu disse e ter ficado em Creta; e assim não teríamos tido toda esta perda e este prejuízo.
27.22 Mas agora peço que tenham coragem. Ninguém vai morrer; vamos perder somente o navio.
27.23 Digo isso porque, na noite passada, um anjo do Deus a quem pertenço e sirvo apareceu a mim
27.24 e disse: “Paulo, não tenha medo! Você precisa ir até a presença do Imperador. E Deus, na sua bondade, já lhe deu a vida de todos os que estão viajando com você.”
27.25 Por isso, homens, tenham coragem! Eu confio em Deus e estou certo de que ele vai fazer o que me disse.
27.26 Porém vamos ser arrastados para alguma ilha.
27.27 Duas semanas depois, à noite, continuávamos sendo levados pela tempestade no mar Mediterrâneo. Mais ou menos à meia-noite, os marinheiros começaram a sentir que estávamos chegando perto de terra.
27.28 Então jogaram no mar uma corda com um peso na ponta e viram que a água ali tinha trinta e seis metros de fundura. Mais adiante tornaram a medir, e deu vinte e sete metros.
27.29 Eles ficaram com muito medo de que o navio fosse bater contra as rochas. Por isso jogaram quatro âncoras da parte de trás do navio e oraram para que amanhecesse logo.
27.30 Aí os marinheiros tentaram escapar do navio. Baixaram o bote no mar, fingindo que iam jogar âncoras da parte da frente do navio.
27.31 Então Paulo disse ao oficial romano e aos soldados: — Se os marinheiros não ficarem no navio, vocês não poderão se salvar.
27.32 Aí os soldados cortaram as cordas que prendiam o bote e o largaram no mar.
27.33 De madrugada Paulo pediu a todos que comessem alguma coisa e disse: — Já faz catorze dias que vocês estão esperando e durante este tempo não comeram nada.
27.34 Agora comam alguma coisa, por favor. Vocês precisam se alimentar para poder continuar vivendo. Pois ninguém vai perder nem mesmo um fio de cabelo.
27.35 Em seguida Paulo pegou pão e deu graças a Deus diante de todos. Depois partiu o pão e começou a comer.
27.36 Então eles ficaram com mais coragem e também comeram.
27.37 No navio éramos ao todo duzentas e setenta e seis pessoas.
27.38 Depois que todos comeram, jogaram o trigo no mar para que o navio ficasse mais leve.
27.39 Quando amanheceu, os marinheiros não reconheceram a terra, mas viram uma baía onde havia uma praia. Então resolveram fazer o possível para encalhar o navio lá.
27.40 Eles cortaram as cordas das âncoras, e as largaram no mar, e desamarraram os lemes. Em seguida suspenderam a vela do lado dianteiro, para que pudessem seguir na direção da praia.
27.41 Mas o navio bateu num banco de areia e ficou encalhado. A parte da frente ficou presa, e a de trás começou a ser arrebentada pela força das ondas.
27.42 Os soldados combinaram matar todos os prisioneiros, para que nenhum pudesse chegar até a praia e fugir.
27.43 Mas o oficial romano queria salvar Paulo e não deixou que fizessem isso. Pelo contrário, mandou que todos os que soubessem nadar fossem os primeiros a se jogar na água e a nadar até a praia.
27.44 E mandou também que os outros se salvassem, segurando-se em tábuas ou em pedaços do navio. E foi assim que todos nós chegamos a terra sãos e salvos.
28.1 Quando já estávamos em terra, sãos e salvos, soubemos que a ilha se chamava Malta.
28.2 Os moradores dali nos trataram com muita bondade. Como estava chovendo e fazia frio, acenderam uma grande fogueira.
28.3 Paulo ajuntou um feixe de gravetos e os estava jogando no fogo, quando uma cobra, fugindo do calor, agarrou-se na mão dele.
28.4 Os moradores da ilha viram a cobra pendurada na mão de Paulo e comentaram: — Este homem deve ser um assassino. Pois ele escapou do mar, mas mesmo assim a justiça divina não vai deixá-lo viver.
28.5 Mas Paulo sacudiu a cobra para dentro do fogo e não sentiu nada.
28.6 Eles pensavam que ele ia ficar inchado ou que ia cair morto de repente. Porém, depois de esperar bastante tempo, vendo que não acontecia nada, mudaram de idéia e começaram a dizer que ele era um deus.
28.7 Perto daquele lugar havia algumas terras que pertenciam a Públio, o chefe daquela ilha. Ele nos recebeu muito bem, e durante três dias nós fomos seus hóspedes.
28.8 O pai dele estava de cama, doente com febre e disenteria. Paulo entrou no quarto, fez uma oração, pôs as mãos sobre ele e o curou.
28.9 Depois disso os outros doentes da ilha vieram e também foram curados.
28.10 Eles mostraram muito respeito por nós e, quando embarcamos, puseram no navio tudo o que precisávamos para a viagem.
28.11 Depois de ficarmos três meses na ilha, embarcamos num navio da cidade de Alexandria, que tinha na proa a figura dos deuses gêmeos Castor e Pólux. O navio tinha passado o inverno na ilha.
28.12 Nós chegamos à cidade de Siracusa, onde ficamos três dias.
28.13 Dali seguimos viagem e chegamos à cidade de Régio. No dia seguinte o vento começou a soprar do sul, e em dois dias chegamos a Pozuoli.
28.14 Nessa cidade encontramos alguns cristãos que nos pediram que ficássemos com eles uma semana. E assim chegamos a Roma.
28.15 Os irmãos de Roma tinham recebido a notícia da nossa chegada e foram se encontrar conosco nos povoados de Praça de Ápio e de Três Vendas. Ao ver esses irmãos, Paulo agradeceu a Deus e se animou.
28.16 Quando entramos em Roma, Paulo recebeu permissão para morar por sua conta, guardado por um soldado.
28.17 Três dias depois, Paulo convidou os líderes dos judeus de Roma para se encontrarem com ele. Quando estavam reunidos, ele disse: — Meus irmãos, eu não fiz nada contra o nosso povo, nem contra os costumes que recebemos dos nossos antepassados. Mesmo assim eu fui preso em Jerusalém e entregue aos romanos.
28.18 Eles me interrogaram e queriam me soltar, pois não acharam nenhum motivo para me condenar à morte.
28.19 Mas os judeus não queriam que me soltassem. Por isso fui obrigado a pedir para ser julgado pelo Imperador, embora eu não tenha nenhuma acusação para fazer contra o meu próprio povo.
28.20 Foi por esse motivo que pedi para ver vocês e conversarmos. Estou preso com estas correntes de ferro por causa daquele que o povo de Israel espera.
28.21 Então eles disseram: — Nós não recebemos nenhuma carta da Judéia a seu respeito. Também nenhum dos nossos irmãos veio de lá com qualquer notícia ou para falar mal de você.
28.22 Mas gostaríamos de ouvir você dizer o que pensa, pois sabemos que, de fato, em todos os lugares falam contra essa seita à qual você pertence.
28.23 Então marcaram um dia com Paulo. Nesse dia, muitos deles foram ao lugar onde Paulo estava. Desde a manhã até a noite ele lhes anunciou e explicou a mensagem sobre o Reino de Deus. E, por meio da Lei de Moisés e dos livros dos Profetas, procurou convencê-los a respeito de Jesus.
28.24 Alguns aceitaram as suas palavras, mas outros não creram.
28.25 Então todos foram embora, conversando entre si. Mas, antes que saíssem, Paulo ainda disse mais uma coisa: — O Espírito Santo tinha razão quando falou por meio do profeta Isaías aos antepassados de vocês.
28.26 Pois ele disse a Isaías: “Vá e diga a esta gente: Vocês ouvirão, mas não entenderão; olharão, mas não enxergarão nada.
28.27 Pois a mente deste povo está fechada; eles taparam os ouvidos e fecharam os olhos. Se eles não tivessem feito isso, os seus olhos poderiam ver, e os seus ouvidos poderiam ouvir; a sua mente poderia entender, e eles voltariam para mim, e eu os curaria — disse Deus.”
28.28 E Paulo terminou, dizendo: — Pois fiquem sabendo que Deus mandou a mensagem de salvação para os não-judeus! E eles escutarão!
28.29 [Depois que Paulo disse isso, os judeus foram embora, discutindo com violência.]
28.30 Durante dois anos Paulo morou ali numa casa alugada e recebia todos os que iam vê-lo.
28.31 Ele anunciava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, falando com toda a coragem e liberdade.
26.2 — Rei Agripa, eu me sinto muito feliz em poder estar hoje diante do senhor para me defender de tudo o que os judeus me acusam.
26.3 E especialmente feliz porque o senhor conhece muito bem todos os costumes e questões dos judeus. Portanto, peço que o senhor me escute com paciência.
26.4 — Todos os judeus sabem como tenho vivido no meio do meu povo e também em Jerusalém, desde a minha juventude até hoje.
26.5 Eles sempre souberam — e podem confirmar isso se quiserem — que desde o começo fui membro do partido dos fariseus, o mais rigoroso da nossa religião.
26.6 E agora estou aqui sendo julgado porque tenho esperança na promessa que Deus fez aos nossos antepassados.
26.7 Todas as tribos do nosso povo, que adoram a Deus dia e noite, também esperam ver o cumprimento dessa promessa. É por causa dessa esperança, ó rei, que estou sendo acusado pelos judeus.
26.8 Por que é que vocês, judeus, acham impossível crer que Deus ressuscita os mortos?
26.9 E Paulo disse ainda: — Eu mesmo pensava que devia fazer tudo o que pudesse contra a causa de Jesus de Nazaré.
26.10 E foi o que fiz em Jerusalém. Recebi autorização dos chefes dos sacerdotes e prendi muitos seguidores de Jesus. Quando eram condenados à morte, eu também votava contra eles.
26.11 Durante muito tempo eu os castiguei em todas as sinagogas e os forcei a negar a sua fé. Tinha tanto ódio deles, que até fui a outras cidades para persegui-los.
26.12 E Paulo continuou: — Foi por isso que viajei para a cidade de Damasco, levando autorização e ordens dos chefes dos sacerdotes.
26.13 Mas aconteceu, ó rei, que na estrada, ao meio-dia, veio do céu uma luz mais brilhante do que o sol, a qual brilhou em volta de mim e dos homens que estavam viajando comigo.
26.14 Todos nós caímos no chão, e eu ouvi uma voz me dizer em hebraico: “Saulo, Saulo! Por que você me persegue? Não adianta você se revoltar contra mim.”
26.15 — Então eu perguntei: “Quem é o senhor?” — E o Senhor respondeu: “Eu sou Jesus, aquele que você persegue.
26.16 Mas levante-se e fique de pé. Eu apareci a você para o escolher como meu servo, a fim de que você conte aos outros o que viu hoje e anuncie o que lhe vou mostrar depois.
26.17 Vou livrar você dos judeus e também dos não-judeus, a quem vou enviá-lo.
26.18 Você vai abrir os olhos deles a fim de que eles saiam da escuridão para a luz e do poder de Satanás para Deus. Então, por meio da fé em mim, eles serão perdoados dos seus pecados e passarão a ser parte do povo escolhido de Deus.”
26.19 E Paulo terminou, dizendo: — Portanto, ó rei Agripa, eu não desobedeci à visão que veio do céu.
26.20 Anunciei a mensagem primeiro em Damasco e depois em Jerusalém, em toda a região da Judéia e entre os não-judeus. Eu dizia a todos que eles precisavam abandonar os seus pecados, voltar para Deus e fazer coisas que mostrassem que estavam, de fato, arrependidos.
26.21 Foi por isso que alguns judeus me agarraram quando eu estava no pátio do Templo e quiseram me matar.
26.22 Mas até hoje Deus tem me ajudado, e por isso estou aqui trazendo a sua mensagem a todos, tanto aos humildes como aos importantes. Pois eu digo a mesma coisa que os profetas e Moisés disseram que ia acontecer.
26.23 Eles afirmaram que o Messias precisava sofrer e ser o primeiro a ressuscitar, para anunciar a luz da salvação tanto aos judeus como aos não-judeus.
26.24 Quando Paulo estava se defendendo assim, Festo gritou: — Paulo, você está louco! Estudou tanto, que acabou perdendo o juízo!
26.25 Paulo respondeu: — Eu não estou louco, Excelência; estou em perfeito juízo e digo a verdade.
26.26 Eu posso falar diante do rei Agripa com toda a coragem porque tenho a certeza de que ele conhece todas essas coisas muito bem, pois não aconteceram em nenhum lugar escondido.
26.27 Então Paulo disse ao rei: — Rei Agripa, o senhor crê nos profetas? Eu sei que crê!
26.28 Agripa respondeu: — Você pensa que assim, em tão pouco tempo, vai me tornar cristão?
26.29 Paulo disse: — Pois eu pediria a Deus que, em pouco ou muito tempo, não somente o senhor, mas todos os que estão me ouvindo hoje chegassem a ser como eu, mas sem estas correntes.
26.30 Aí o rei Agripa, o Governador, Berenice e todos os que estavam com eles se levantaram
26.31 e saíram, comentando: — Este homem não fez nada para merecer a morte, nem para estar preso.
26.32 Então Agripa disse a Festo: — Ele já podia estar solto se não tivesse pedido para ser julgado pelo Imperador.
27.1 Ficou resolvido que devíamos embarcar para a Itália. Então entregaram Paulo e os outros presos a Júlio, um oficial romano que era do batalhão chamado “Batalhão do Imperador”.
27.2 Nós embarcamos num navio da cidade de Adramítio, que estava pronto para navegar para os portos da província da Ásia. E assim começamos a viagem. Aristarco, um macedônio da cidade de Tessalônica, estava conosco.
27.3 No dia seguinte chegamos ao porto de Sidom. Júlio tratava Paulo com bondade e lhe deu licença para ir ver os seus amigos e receber deles o que precisava.
27.4 Depois de sairmos de Sidom, navegamos ao norte da ilha de Chipre a fim de evitar os ventos que estavam soprando contra nós.
27.5 Atravessamos o mar em frente ao litoral da região da Cilícia e província da Panfília e chegamos a Mirra, uma cidade da província da Lícia.
27.6 Ali o oficial romano encontrou um navio da cidade de Alexandria, que ia para a Itália, e nos fez embarcar nele.
27.7 Navegamos bem devagar vários dias e com grande dificuldade chegamos em frente da cidade de Cnido. Como o vento não nos deixava continuar naquela direção, passamos pelo cabo Salmona da ilha de Creta e seguimos pelo lado sul daquela ilha, o qual é protegido dos ventos.
27.8 Assim fomos navegando bem perto do litoral e, ainda com dificuldade, chegamos a um lugar chamado “Bons Portos”, perto da cidade de Laséia.
27.9 Ficamos ali muito tempo, e tornou-se perigoso continuar a viagem porque o inverno estava chegando. Então Paulo avisou:
27.10 — Homens, estou vendo que daqui para diante a nossa viagem será perigosa. Haverá grandes prejuízos não somente com o navio e com a sua carga, mas também haverá perda de vidas.
27.11 Mas o oficial romano tinha mais confiança no capitão e no dono do navio do que em Paulo.
27.12 O porto não era bom para passar o inverno. Por isso a maioria achava que devíamos sair dali e tentar chegar a Fênix. Essa cidade é um porto de Creta que tem um lado para o sudoeste e o outro para o noroeste. E eles achavam que poderíamos passar o inverno ali.
27.13 Começou a soprar do sul um vento fraco, e por isso eles pensaram que podiam fazer o que tinham planejado. Levantamos âncora e fomos navegando o mais perto possível do litoral de Creta.
27.14 Mas, de repente, um vento muito forte, chamado “Nordeste”, veio da ilha
27.15 e arrastou o navio de tal maneira, que não pudemos fazer com que ele seguisse na direção certa. Por isso desistimos e deixamos que o vento nos levasse.
27.16 Para escaparmos do vento, passamos ao sul de uma pequena ilha chamada Cauda. Ali, com muita dificuldade, conseguimos recolher o bote do navio.
27.17 Os marinheiros levantaram o bote para dentro do navio e amarraram o casco do navio com cordas grossas. Estavam com medo de que o navio fosse arrastado para os bancos de areia que ficam perto do litoral da Líbia. Então desceram as velas e deixaram que o navio fosse levado pelo vento.
27.18 E a terrível tempestade continuou. No dia seguinte começaram a jogar a carga no mar.
27.19 E, no outro dia, os marinheiros, com as próprias mãos, jogaram no mar uma parte do equipamento do navio.
27.20 Durante muitos dias não pudemos ver o sol nem as estrelas, e o vento continuava soprando forte. Finalmente perdemos toda a esperança de nos salvarmos.
27.21 Fazia muito tempo que eles não comiam nada. Então Paulo ficou de pé no meio deles e disse: — Homens, vocês deviam ter dado atenção ao que eu disse e ter ficado em Creta; e assim não teríamos tido toda esta perda e este prejuízo.
27.22 Mas agora peço que tenham coragem. Ninguém vai morrer; vamos perder somente o navio.
27.23 Digo isso porque, na noite passada, um anjo do Deus a quem pertenço e sirvo apareceu a mim
27.24 e disse: “Paulo, não tenha medo! Você precisa ir até a presença do Imperador. E Deus, na sua bondade, já lhe deu a vida de todos os que estão viajando com você.”
27.25 Por isso, homens, tenham coragem! Eu confio em Deus e estou certo de que ele vai fazer o que me disse.
27.26 Porém vamos ser arrastados para alguma ilha.
27.27 Duas semanas depois, à noite, continuávamos sendo levados pela tempestade no mar Mediterrâneo. Mais ou menos à meia-noite, os marinheiros começaram a sentir que estávamos chegando perto de terra.
27.28 Então jogaram no mar uma corda com um peso na ponta e viram que a água ali tinha trinta e seis metros de fundura. Mais adiante tornaram a medir, e deu vinte e sete metros.
27.29 Eles ficaram com muito medo de que o navio fosse bater contra as rochas. Por isso jogaram quatro âncoras da parte de trás do navio e oraram para que amanhecesse logo.
27.30 Aí os marinheiros tentaram escapar do navio. Baixaram o bote no mar, fingindo que iam jogar âncoras da parte da frente do navio.
27.31 Então Paulo disse ao oficial romano e aos soldados: — Se os marinheiros não ficarem no navio, vocês não poderão se salvar.
27.32 Aí os soldados cortaram as cordas que prendiam o bote e o largaram no mar.
27.33 De madrugada Paulo pediu a todos que comessem alguma coisa e disse: — Já faz catorze dias que vocês estão esperando e durante este tempo não comeram nada.
27.34 Agora comam alguma coisa, por favor. Vocês precisam se alimentar para poder continuar vivendo. Pois ninguém vai perder nem mesmo um fio de cabelo.
27.35 Em seguida Paulo pegou pão e deu graças a Deus diante de todos. Depois partiu o pão e começou a comer.
27.36 Então eles ficaram com mais coragem e também comeram.
27.37 No navio éramos ao todo duzentas e setenta e seis pessoas.
27.38 Depois que todos comeram, jogaram o trigo no mar para que o navio ficasse mais leve.
27.39 Quando amanheceu, os marinheiros não reconheceram a terra, mas viram uma baía onde havia uma praia. Então resolveram fazer o possível para encalhar o navio lá.
27.40 Eles cortaram as cordas das âncoras, e as largaram no mar, e desamarraram os lemes. Em seguida suspenderam a vela do lado dianteiro, para que pudessem seguir na direção da praia.
27.41 Mas o navio bateu num banco de areia e ficou encalhado. A parte da frente ficou presa, e a de trás começou a ser arrebentada pela força das ondas.
27.42 Os soldados combinaram matar todos os prisioneiros, para que nenhum pudesse chegar até a praia e fugir.
27.43 Mas o oficial romano queria salvar Paulo e não deixou que fizessem isso. Pelo contrário, mandou que todos os que soubessem nadar fossem os primeiros a se jogar na água e a nadar até a praia.
27.44 E mandou também que os outros se salvassem, segurando-se em tábuas ou em pedaços do navio. E foi assim que todos nós chegamos a terra sãos e salvos.
28.1 Quando já estávamos em terra, sãos e salvos, soubemos que a ilha se chamava Malta.
28.2 Os moradores dali nos trataram com muita bondade. Como estava chovendo e fazia frio, acenderam uma grande fogueira.
28.3 Paulo ajuntou um feixe de gravetos e os estava jogando no fogo, quando uma cobra, fugindo do calor, agarrou-se na mão dele.
28.4 Os moradores da ilha viram a cobra pendurada na mão de Paulo e comentaram: — Este homem deve ser um assassino. Pois ele escapou do mar, mas mesmo assim a justiça divina não vai deixá-lo viver.
28.5 Mas Paulo sacudiu a cobra para dentro do fogo e não sentiu nada.
28.6 Eles pensavam que ele ia ficar inchado ou que ia cair morto de repente. Porém, depois de esperar bastante tempo, vendo que não acontecia nada, mudaram de idéia e começaram a dizer que ele era um deus.
28.7 Perto daquele lugar havia algumas terras que pertenciam a Públio, o chefe daquela ilha. Ele nos recebeu muito bem, e durante três dias nós fomos seus hóspedes.
28.8 O pai dele estava de cama, doente com febre e disenteria. Paulo entrou no quarto, fez uma oração, pôs as mãos sobre ele e o curou.
28.9 Depois disso os outros doentes da ilha vieram e também foram curados.
28.10 Eles mostraram muito respeito por nós e, quando embarcamos, puseram no navio tudo o que precisávamos para a viagem.
28.11 Depois de ficarmos três meses na ilha, embarcamos num navio da cidade de Alexandria, que tinha na proa a figura dos deuses gêmeos Castor e Pólux. O navio tinha passado o inverno na ilha.
28.12 Nós chegamos à cidade de Siracusa, onde ficamos três dias.
28.13 Dali seguimos viagem e chegamos à cidade de Régio. No dia seguinte o vento começou a soprar do sul, e em dois dias chegamos a Pozuoli.
28.14 Nessa cidade encontramos alguns cristãos que nos pediram que ficássemos com eles uma semana. E assim chegamos a Roma.
28.15 Os irmãos de Roma tinham recebido a notícia da nossa chegada e foram se encontrar conosco nos povoados de Praça de Ápio e de Três Vendas. Ao ver esses irmãos, Paulo agradeceu a Deus e se animou.
28.16 Quando entramos em Roma, Paulo recebeu permissão para morar por sua conta, guardado por um soldado.
28.17 Três dias depois, Paulo convidou os líderes dos judeus de Roma para se encontrarem com ele. Quando estavam reunidos, ele disse: — Meus irmãos, eu não fiz nada contra o nosso povo, nem contra os costumes que recebemos dos nossos antepassados. Mesmo assim eu fui preso em Jerusalém e entregue aos romanos.
28.18 Eles me interrogaram e queriam me soltar, pois não acharam nenhum motivo para me condenar à morte.
28.19 Mas os judeus não queriam que me soltassem. Por isso fui obrigado a pedir para ser julgado pelo Imperador, embora eu não tenha nenhuma acusação para fazer contra o meu próprio povo.
28.20 Foi por esse motivo que pedi para ver vocês e conversarmos. Estou preso com estas correntes de ferro por causa daquele que o povo de Israel espera.
28.21 Então eles disseram: — Nós não recebemos nenhuma carta da Judéia a seu respeito. Também nenhum dos nossos irmãos veio de lá com qualquer notícia ou para falar mal de você.
28.22 Mas gostaríamos de ouvir você dizer o que pensa, pois sabemos que, de fato, em todos os lugares falam contra essa seita à qual você pertence.
28.23 Então marcaram um dia com Paulo. Nesse dia, muitos deles foram ao lugar onde Paulo estava. Desde a manhã até a noite ele lhes anunciou e explicou a mensagem sobre o Reino de Deus. E, por meio da Lei de Moisés e dos livros dos Profetas, procurou convencê-los a respeito de Jesus.
28.24 Alguns aceitaram as suas palavras, mas outros não creram.
28.25 Então todos foram embora, conversando entre si. Mas, antes que saíssem, Paulo ainda disse mais uma coisa: — O Espírito Santo tinha razão quando falou por meio do profeta Isaías aos antepassados de vocês.
28.26 Pois ele disse a Isaías: “Vá e diga a esta gente: Vocês ouvirão, mas não entenderão; olharão, mas não enxergarão nada.
28.27 Pois a mente deste povo está fechada; eles taparam os ouvidos e fecharam os olhos. Se eles não tivessem feito isso, os seus olhos poderiam ver, e os seus ouvidos poderiam ouvir; a sua mente poderia entender, e eles voltariam para mim, e eu os curaria — disse Deus.”
28.28 E Paulo terminou, dizendo: — Pois fiquem sabendo que Deus mandou a mensagem de salvação para os não-judeus! E eles escutarão!
28.29 [Depois que Paulo disse isso, os judeus foram embora, discutindo com violência.]
28.30 Durante dois anos Paulo morou ali numa casa alugada e recebia todos os que iam vê-lo.
28.31 Ele anunciava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, falando com toda a coragem e liberdade.
Provérbios
13.13 Quem despreza os bons conselhos acabará mal, mas quem os segue será recompensado.
13.14 Os ensinamentos das pessoas sábias são uma fonte de vida; eles ajudam a evitar as armadilhas da morte.
13.15 Quem tem juízo ganha o respeito de todos, mas quem não merece confiança está caminhando para a desgraça.
13.16 O homem sensato sempre pensa antes de agir, mas o tolo anuncia a sua ignorância.
13.17 O mensageiro perverso causa a desgraça, mas o de confiança traz a paz.
13.18 Quem rejeita a correção acabará pobre e na desgraça, mas quem aceita a repreensão é respeitado.
13.19 Como é bom conseguir o que a gente deseja! Os que não têm juízo não querem abandonar o mal.
13.20 Quem anda com os sábios será sábio, mas quem anda com os tolos acabará mal.
13.21 A desgraça persegue os pecadores por toda parte, porém as pessoas corretas serão recompensadas com a prosperidade.
13.22 O homem bom terá uma herança para deixar para os seus netos, mas a riqueza dos pecadores ficará para as pessoas honestas.
13.23 As terras dos pobres produzem boas colheitas, mas os homens desonestos não deixam que elas sejam aproveitadas.
13.24 Quem não castiga o filho não o ama. Quem ama o filho castiga-o enquanto é tempo.
13.25 As pessoas direitas têm bastante para comer, porém os maus passam fome.
13.14 Os ensinamentos das pessoas sábias são uma fonte de vida; eles ajudam a evitar as armadilhas da morte.
13.15 Quem tem juízo ganha o respeito de todos, mas quem não merece confiança está caminhando para a desgraça.
13.16 O homem sensato sempre pensa antes de agir, mas o tolo anuncia a sua ignorância.
13.17 O mensageiro perverso causa a desgraça, mas o de confiança traz a paz.
13.18 Quem rejeita a correção acabará pobre e na desgraça, mas quem aceita a repreensão é respeitado.
13.19 Como é bom conseguir o que a gente deseja! Os que não têm juízo não querem abandonar o mal.
13.20 Quem anda com os sábios será sábio, mas quem anda com os tolos acabará mal.
13.21 A desgraça persegue os pecadores por toda parte, porém as pessoas corretas serão recompensadas com a prosperidade.
13.22 O homem bom terá uma herança para deixar para os seus netos, mas a riqueza dos pecadores ficará para as pessoas honestas.
13.23 As terras dos pobres produzem boas colheitas, mas os homens desonestos não deixam que elas sejam aproveitadas.
13.24 Quem não castiga o filho não o ama. Quem ama o filho castiga-o enquanto é tempo.
13.25 As pessoas direitas têm bastante para comer, porém os maus passam fome.
Acts
26:1 Then Agrippa said unto Paul, Thou art permitted to speak for thyself. Then Paul stretched forth the hand, and answered for himself:
26:2 I think myself happy, king Agrippa, because I shall answer for myself this day before thee touching all the things whereof I am accused of the Jews:
26:3 Especially [because I know] thee to be expert in all customs and questions which are among the Jews: wherefore I beseech thee to hear me patiently.
26:4 My manner of life from my youth, which was at the first among mine own nation at Jerusalem, know all the Jews;
26:5 Which knew me from the beginning, if they would testify, that after the most straitest sect of our religion I lived a Pharisee.
26:6 And now I stand and am judged for the hope of the promise made of God unto our fathers:
26:7 Unto which [promise] our twelve tribes, instantly serving [God] day and night, hope to come. For which hope's sake, king Agrippa, I am accused of the Jews.
26:8 Why should it be thought a thing incredible with you, that God should raise the dead?
26:9 I verily thought with myself, that I ought to do many things contrary to the name of Jesus of Nazareth.
26:10 Which thing I also did in Jerusalem: and many of the saints did I shut up in prison, having received authority from the chief priests; and when they were put to death, I gave my voice against [them].
26:11 And I punished them oft in every synagogue, and compelled [them] to blaspheme; and being exceedingly mad against them, I persecuted [them] even unto strange cities.
26:12 Whereupon as I went to Damascus with authority and commission from the chief priests,
26:13 At midday, O king, I saw in the way a light from heaven, above the brightness of the sun, shining round about me and them which journeyed with me.
26:14 And when we were all fallen to the earth, I heard a voice speaking unto me, and saying in the Hebrew tongue, Saul, Saul, why persecutest thou me? [it is] hard for thee to kick against the pricks.
26:15 And I said, Who art thou, Lord? And he said, I am Jesus whom thou persecutest.
26:16 But rise, and stand upon thy feet: for I have appeared unto thee for this purpose, to make thee a minister and a witness both of these things which thou hast seen, and of those things in the which I will appear unto thee;
26:17 Delivering thee from the people, and [from] the Gentiles, unto whom now I send thee,
26:18 To open their eyes, [and] to turn [them] from darkness to light, and [from] the power of Satan unto God, that they may receive forgiveness of sins, and inheritance among them which are sanctified by faith that is in me.
26:19 Whereupon, O king Agrippa, I was not disobedient unto the heavenly vision:
26:20 But shewed first unto them of Damascus, and at Jerusalem, and throughout all the coasts of Judaea, and [then] to the Gentiles, that they should repent and turn to God, and do works meet for repentance.
26:21 For these causes the Jews caught me in the temple, and went about to kill [me].
26:22 Having therefore obtained help of God, I continue unto this day, witnessing both to small and great, saying none other things than those which the prophets and Moses did say should come:
26:23 That Christ should suffer, [and] that he should be the first that should rise from the dead, and should shew light unto the people, and to the Gentiles.
26:24 And as he thus spake for himself, Festus said with a loud voice, Paul, thou art beside thyself; much learning doth make thee mad.
26:25 But he said, I am not mad, most noble Festus; but speak forth the words of truth and soberness.
26:26 For the king knoweth of these things, before whom also I speak freely: for I am persuaded that none of these things are hidden from him; for this thing was not done in a corner.
26:27 King Agrippa, believest thou the prophets? I know that thou believest.
26:28 Then Agrippa said unto Paul, Almost thou persuadest me to be a Christian.
26:29 And Paul said, I would to God, that not only thou, but also all that hear me this day, were both almost, and altogether such as I am, except these bonds.
26:30 And when he had thus spoken, the king rose up, and the governor, and Bernice, and they that sat with them:
26:31 And when they were gone aside, they talked between themselves, saying, This man doeth nothing worthy of death or of bonds.
26:32 Then said Agrippa unto Festus, This man might have been set at liberty, if he had not appealed unto Caesar.
27:1 And when it was determined that we should sail into Italy, they delivered Paul and certain other prisoners unto [one] named Julius, a centurion of Augustus' band.
27:2 And entering into a ship of Adramyttium, we launched, meaning to sail by the coasts of Asia; [one] Aristarchus, a Macedonian of Thessalonica, being with us.
27:3 And the next [day] we touched at Sidon. And Julius courteously entreated Paul, and gave [him] liberty to go unto his friends to refresh himself.
27:4 And when we had launched from thence, we sailed under Cyprus, because the winds were contrary.
27:5 And when we had sailed over the sea of Cilicia and Pamphylia, we came to Myra, [a city] of Lycia.
27:6 And there the centurion found a ship of Alexandria sailing into Italy; and he put us therein.
27:7 And when we had sailed slowly many days, and scarce were come over against Cnidus, the wind not suffering us, we sailed under Crete, over against Salmone;
27:8 And, hardly passing it, came unto a place which is called The fair havens; nigh whereunto was the city [of] Lasea.
27:9 Now when much time was spent, and when sailing was now dangerous, because the fast was now already past, Paul admonished [them],
27:10 And said unto them, Sirs, I perceive that this voyage will be with hurt and much damage, not only of the lading and ship, but also of our lives.
27:11 Nevertheless the centurion believed the master and the owner of the ship, more than those things which were spoken by Paul.
27:12 And because the haven was not commodious to winter in, the more part advised to depart thence also, if by any means they might attain to Phenice, [and there] to winter; [which is] an haven of Crete, and lieth toward the south west and north west.
27:13 And when the south wind blew softly, supposing that they had obtained [their] purpose, loosing [thence], they sailed close by Crete.
27:14 But not long after there arose against it a tempestuous wind, called Euroclydon.
27:15 And when the ship was caught, and could not bear up into the wind, we let [her] drive.
27:16 And running under a certain island which is called Clauda, we had much work to come by the boat:
27:17 Which when they had taken up, they used helps, undergirding the ship; and, fearing lest they should fall into the quicksands, strake sail, and so were driven.
27:18 And we being exceedingly tossed with a tempest, the next [day] they lightened the ship;
27:19 And the third [day] we cast out with our own hands the tackling of the ship.
27:20 And when neither sun nor stars in many days appeared, and no small tempest lay on [us], all hope that we should be saved was then taken away.
27:21 But after long abstinence Paul stood forth in the midst of them, and said, Sirs, ye should have hearkened unto me, and not have loosed from Crete, and to have gained this harm and loss.
27:22 And now I exhort you to be of good cheer: for there shall be no loss of [any man's] life among you, but of the ship.
27:23 For there stood by me this night the angel of God, whose I am, and whom I serve,
27:24 Saying, Fear not, Paul; thou must be brought before Caesar: and, lo, God hath given thee all them that sail with thee.
27:25 Wherefore, sirs, be of good cheer: for I believe God, that it shall be even as it was told me.
27:26 Howbeit we must be cast upon a certain island.
27:27 But when the fourteenth night was come, as we were driven up and down in Adria, about midnight the shipmen deemed that they drew near to some country;
27:28 And sounded, and found [it] twenty fathoms: and when they had gone a little further, they sounded again, and found [it] fifteen fathoms.
27:29 Then fearing lest we should have fallen upon rocks, they cast four anchors out of the stern, and wished for the day.
27:30 And as the shipmen were about to flee out of the ship, when they had let down the boat into the sea, under colour as though they would have cast anchors out of the foreship,
27:31 Paul said to the centurion and to the soldiers, Except these abide in the ship, ye cannot be saved.
27:32 Then the soldiers cut off the ropes of the boat, and let her fall off.
27:33 And while the day was coming on, Paul besought [them] all to take meat, saying, This day is the fourteenth day that ye have tarried and continued fasting, having taken nothing.
27:34 Wherefore I pray you to take [some] meat: for this is for your health: for there shall not an hair fall from the head of any of you.
27:35 And when he had thus spoken, he took bread, and gave thanks to God in presence of them all: and when he had broken [it], he began to eat.
27:36 Then were they all of good cheer, and they also took [some] meat.
27:37 And we were in all in the ship two hundred threescore and sixteen souls.
27:38 And when they had eaten enough, they lightened the ship, and cast out the wheat into the sea.
27:39 And when it was day, they knew not the land: but they discovered a certain creek with a shore, into the which they were minded, if it were possible, to thrust in the ship.
27:40 And when they had taken up the anchors, they committed [themselves] unto the sea, and loosed the rudder bands, and hoised up the mainsail to the wind, and made toward shore.
27:41 And falling into a place where two seas met, they ran the ship aground; and the forepart stuck fast, and remained unmoveable, but the hinder part was broken with the violence of the waves.
27:42 And the soldiers' counsel was to kill the prisoners, lest any of them should swim out, and escape.
27:43 But the centurion, willing to save Paul, kept them from [their] purpose; and commanded that they which could swim should cast [themselves] first [into the sea], and get to land:
27:44 And the rest, some on boards, and some on [broken pieces] of the ship. And so it came to pass, that they escaped all safe to land.
28:1 And when they were escaped, then they knew that the island was called Melita.
28:2 And the barbarous people shewed us no little kindness: for they kindled a fire, and received us every one, because of the present rain, and because of the cold.
28:3 And when Paul had gathered a bundle of sticks, and laid [them] on the fire, there came a viper out of the heat, and fastened on his hand.
28:4 And when the barbarians saw the [venomous] beast hang on his hand, they said among themselves, No doubt this man is a murderer, whom, though he hath escaped the sea, yet vengeance suffereth not to live.
28:5 And he shook off the beast into the fire, and felt no harm.
28:6 Howbeit they looked when he should have swollen, or fallen down dead suddenly: but after they had looked a great while, and saw no harm come to him, they changed their minds, and said that he was a god.
28:7 In the same quarters were possessions of the chief man of the island, whose name was Publius; who received us, and lodged us three days courteously.
28:8 And it came to pass, that the father of Publius lay sick of a fever and of a bloody flux: to whom Paul entered in, and prayed, and laid his hands on him, and healed him.
28:9 So when this was done, others also, which had diseases in the island, came, and were healed:
28:10 Who also honoured us with many honours; and when we departed, they laded [us] with such things as were necessary.
28:11 And after three months we departed in a ship of Alexandria, which had wintered in the isle, whose sign was Castor and Pollux.
28:12 And landing at Syracuse, we tarried [there] three days.
28:13 And from thence we fetched a compass, and came to Rhegium: and after one day the south wind blew, and we came the next day to Puteoli:
28:14 Where we found brethren, and were desired to tarry with them seven days: and so we went toward Rome.
28:15 And from thence, when the brethren heard of us, they came to meet us as far as Appii forum, and The three taverns: whom when Paul saw, he thanked God, and took courage.
28:16 And when we came to Rome, the centurion delivered the prisoners to the captain of the guard: but Paul was suffered to dwell by himself with a soldier that kept him.
28:17 And it came to pass, that after three days Paul called the chief of the Jews together: and when they were come together, he said unto them, Men [and] brethren, though I have committed nothing against the people, or customs of our fathers, yet was I delivered prisoner from Jerusalem into the hands of the Romans.
28:18 Who, when they had examined me, would have let [me] go, because there was no cause of death in me.
28:19 But when the Jews spake against [it], I was constrained to appeal unto Caesar; not that I had ought to accuse my nation of.
28:20 For this cause therefore have I called for you, to see [you], and to speak with [you]: because that for the hope of Israel I am bound with this chain.
28:21 And they said unto him, We neither received letters out of Judaea concerning thee, neither any of the brethren that came shewed or spake any harm of thee.
28:22 But we desire to hear of thee what thou thinkest: for as concerning this sect, we know that every where it is spoken against.
28:23 And when they had appointed him a day, there came many to him into [his] lodging; to whom he expounded and testified the kingdom of God, persuading them concerning Jesus, both out of the law of Moses, and [out of] the prophets, from morning till evening.
28:24 And some believed the things which were spoken, and some believed not.
28:25 And when they agreed not among themselves, they departed, after that Paul had spoken one word, Well spake the Holy Ghost by Esaias the prophet unto our fathers,
28:26 Saying, Go unto this people, and say, Hearing ye shall hear, and shall not understand; and seeing ye shall see, and not perceive:
28:27 For the heart of this people is waxed gross, and their ears are dull of hearing, and their eyes have they closed; lest they should see with [their] eyes, and hear with [their] ears, and understand with [their] heart, and should be converted, and I should heal them.
28:28 Be it known therefore unto you, that the salvation of God is sent unto the Gentiles, and [that] they will hear it.
28:29 And when he had said these words, the Jews departed, and had great reasoning among themselves.
28:30 And Paul dwelt two whole years in his own hired house, and received all that came in unto him,
28:31 Preaching the kingdom of God, and teaching those things which concern the Lord Jesus Christ, with all confidence, no man forbidding him.
26:2 I think myself happy, king Agrippa, because I shall answer for myself this day before thee touching all the things whereof I am accused of the Jews:
26:3 Especially [because I know] thee to be expert in all customs and questions which are among the Jews: wherefore I beseech thee to hear me patiently.
26:4 My manner of life from my youth, which was at the first among mine own nation at Jerusalem, know all the Jews;
26:5 Which knew me from the beginning, if they would testify, that after the most straitest sect of our religion I lived a Pharisee.
26:6 And now I stand and am judged for the hope of the promise made of God unto our fathers:
26:7 Unto which [promise] our twelve tribes, instantly serving [God] day and night, hope to come. For which hope's sake, king Agrippa, I am accused of the Jews.
26:8 Why should it be thought a thing incredible with you, that God should raise the dead?
26:9 I verily thought with myself, that I ought to do many things contrary to the name of Jesus of Nazareth.
26:10 Which thing I also did in Jerusalem: and many of the saints did I shut up in prison, having received authority from the chief priests; and when they were put to death, I gave my voice against [them].
26:11 And I punished them oft in every synagogue, and compelled [them] to blaspheme; and being exceedingly mad against them, I persecuted [them] even unto strange cities.
26:12 Whereupon as I went to Damascus with authority and commission from the chief priests,
26:13 At midday, O king, I saw in the way a light from heaven, above the brightness of the sun, shining round about me and them which journeyed with me.
26:14 And when we were all fallen to the earth, I heard a voice speaking unto me, and saying in the Hebrew tongue, Saul, Saul, why persecutest thou me? [it is] hard for thee to kick against the pricks.
26:15 And I said, Who art thou, Lord? And he said, I am Jesus whom thou persecutest.
26:16 But rise, and stand upon thy feet: for I have appeared unto thee for this purpose, to make thee a minister and a witness both of these things which thou hast seen, and of those things in the which I will appear unto thee;
26:17 Delivering thee from the people, and [from] the Gentiles, unto whom now I send thee,
26:18 To open their eyes, [and] to turn [them] from darkness to light, and [from] the power of Satan unto God, that they may receive forgiveness of sins, and inheritance among them which are sanctified by faith that is in me.
26:19 Whereupon, O king Agrippa, I was not disobedient unto the heavenly vision:
26:20 But shewed first unto them of Damascus, and at Jerusalem, and throughout all the coasts of Judaea, and [then] to the Gentiles, that they should repent and turn to God, and do works meet for repentance.
26:21 For these causes the Jews caught me in the temple, and went about to kill [me].
26:22 Having therefore obtained help of God, I continue unto this day, witnessing both to small and great, saying none other things than those which the prophets and Moses did say should come:
26:23 That Christ should suffer, [and] that he should be the first that should rise from the dead, and should shew light unto the people, and to the Gentiles.
26:24 And as he thus spake for himself, Festus said with a loud voice, Paul, thou art beside thyself; much learning doth make thee mad.
26:25 But he said, I am not mad, most noble Festus; but speak forth the words of truth and soberness.
26:26 For the king knoweth of these things, before whom also I speak freely: for I am persuaded that none of these things are hidden from him; for this thing was not done in a corner.
26:27 King Agrippa, believest thou the prophets? I know that thou believest.
26:28 Then Agrippa said unto Paul, Almost thou persuadest me to be a Christian.
26:29 And Paul said, I would to God, that not only thou, but also all that hear me this day, were both almost, and altogether such as I am, except these bonds.
26:30 And when he had thus spoken, the king rose up, and the governor, and Bernice, and they that sat with them:
26:31 And when they were gone aside, they talked between themselves, saying, This man doeth nothing worthy of death or of bonds.
26:32 Then said Agrippa unto Festus, This man might have been set at liberty, if he had not appealed unto Caesar.
27:1 And when it was determined that we should sail into Italy, they delivered Paul and certain other prisoners unto [one] named Julius, a centurion of Augustus' band.
27:2 And entering into a ship of Adramyttium, we launched, meaning to sail by the coasts of Asia; [one] Aristarchus, a Macedonian of Thessalonica, being with us.
27:3 And the next [day] we touched at Sidon. And Julius courteously entreated Paul, and gave [him] liberty to go unto his friends to refresh himself.
27:4 And when we had launched from thence, we sailed under Cyprus, because the winds were contrary.
27:5 And when we had sailed over the sea of Cilicia and Pamphylia, we came to Myra, [a city] of Lycia.
27:6 And there the centurion found a ship of Alexandria sailing into Italy; and he put us therein.
27:7 And when we had sailed slowly many days, and scarce were come over against Cnidus, the wind not suffering us, we sailed under Crete, over against Salmone;
27:8 And, hardly passing it, came unto a place which is called The fair havens; nigh whereunto was the city [of] Lasea.
27:9 Now when much time was spent, and when sailing was now dangerous, because the fast was now already past, Paul admonished [them],
27:10 And said unto them, Sirs, I perceive that this voyage will be with hurt and much damage, not only of the lading and ship, but also of our lives.
27:11 Nevertheless the centurion believed the master and the owner of the ship, more than those things which were spoken by Paul.
27:12 And because the haven was not commodious to winter in, the more part advised to depart thence also, if by any means they might attain to Phenice, [and there] to winter; [which is] an haven of Crete, and lieth toward the south west and north west.
27:13 And when the south wind blew softly, supposing that they had obtained [their] purpose, loosing [thence], they sailed close by Crete.
27:14 But not long after there arose against it a tempestuous wind, called Euroclydon.
27:15 And when the ship was caught, and could not bear up into the wind, we let [her] drive.
27:16 And running under a certain island which is called Clauda, we had much work to come by the boat:
27:17 Which when they had taken up, they used helps, undergirding the ship; and, fearing lest they should fall into the quicksands, strake sail, and so were driven.
27:18 And we being exceedingly tossed with a tempest, the next [day] they lightened the ship;
27:19 And the third [day] we cast out with our own hands the tackling of the ship.
27:20 And when neither sun nor stars in many days appeared, and no small tempest lay on [us], all hope that we should be saved was then taken away.
27:21 But after long abstinence Paul stood forth in the midst of them, and said, Sirs, ye should have hearkened unto me, and not have loosed from Crete, and to have gained this harm and loss.
27:22 And now I exhort you to be of good cheer: for there shall be no loss of [any man's] life among you, but of the ship.
27:23 For there stood by me this night the angel of God, whose I am, and whom I serve,
27:24 Saying, Fear not, Paul; thou must be brought before Caesar: and, lo, God hath given thee all them that sail with thee.
27:25 Wherefore, sirs, be of good cheer: for I believe God, that it shall be even as it was told me.
27:26 Howbeit we must be cast upon a certain island.
27:27 But when the fourteenth night was come, as we were driven up and down in Adria, about midnight the shipmen deemed that they drew near to some country;
27:28 And sounded, and found [it] twenty fathoms: and when they had gone a little further, they sounded again, and found [it] fifteen fathoms.
27:29 Then fearing lest we should have fallen upon rocks, they cast four anchors out of the stern, and wished for the day.
27:30 And as the shipmen were about to flee out of the ship, when they had let down the boat into the sea, under colour as though they would have cast anchors out of the foreship,
27:31 Paul said to the centurion and to the soldiers, Except these abide in the ship, ye cannot be saved.
27:32 Then the soldiers cut off the ropes of the boat, and let her fall off.
27:33 And while the day was coming on, Paul besought [them] all to take meat, saying, This day is the fourteenth day that ye have tarried and continued fasting, having taken nothing.
27:34 Wherefore I pray you to take [some] meat: for this is for your health: for there shall not an hair fall from the head of any of you.
27:35 And when he had thus spoken, he took bread, and gave thanks to God in presence of them all: and when he had broken [it], he began to eat.
27:36 Then were they all of good cheer, and they also took [some] meat.
27:37 And we were in all in the ship two hundred threescore and sixteen souls.
27:38 And when they had eaten enough, they lightened the ship, and cast out the wheat into the sea.
27:39 And when it was day, they knew not the land: but they discovered a certain creek with a shore, into the which they were minded, if it were possible, to thrust in the ship.
27:40 And when they had taken up the anchors, they committed [themselves] unto the sea, and loosed the rudder bands, and hoised up the mainsail to the wind, and made toward shore.
27:41 And falling into a place where two seas met, they ran the ship aground; and the forepart stuck fast, and remained unmoveable, but the hinder part was broken with the violence of the waves.
27:42 And the soldiers' counsel was to kill the prisoners, lest any of them should swim out, and escape.
27:43 But the centurion, willing to save Paul, kept them from [their] purpose; and commanded that they which could swim should cast [themselves] first [into the sea], and get to land:
27:44 And the rest, some on boards, and some on [broken pieces] of the ship. And so it came to pass, that they escaped all safe to land.
28:1 And when they were escaped, then they knew that the island was called Melita.
28:2 And the barbarous people shewed us no little kindness: for they kindled a fire, and received us every one, because of the present rain, and because of the cold.
28:3 And when Paul had gathered a bundle of sticks, and laid [them] on the fire, there came a viper out of the heat, and fastened on his hand.
28:4 And when the barbarians saw the [venomous] beast hang on his hand, they said among themselves, No doubt this man is a murderer, whom, though he hath escaped the sea, yet vengeance suffereth not to live.
28:5 And he shook off the beast into the fire, and felt no harm.
28:6 Howbeit they looked when he should have swollen, or fallen down dead suddenly: but after they had looked a great while, and saw no harm come to him, they changed their minds, and said that he was a god.
28:7 In the same quarters were possessions of the chief man of the island, whose name was Publius; who received us, and lodged us three days courteously.
28:8 And it came to pass, that the father of Publius lay sick of a fever and of a bloody flux: to whom Paul entered in, and prayed, and laid his hands on him, and healed him.
28:9 So when this was done, others also, which had diseases in the island, came, and were healed:
28:10 Who also honoured us with many honours; and when we departed, they laded [us] with such things as were necessary.
28:11 And after three months we departed in a ship of Alexandria, which had wintered in the isle, whose sign was Castor and Pollux.
28:12 And landing at Syracuse, we tarried [there] three days.
28:13 And from thence we fetched a compass, and came to Rhegium: and after one day the south wind blew, and we came the next day to Puteoli:
28:14 Where we found brethren, and were desired to tarry with them seven days: and so we went toward Rome.
28:15 And from thence, when the brethren heard of us, they came to meet us as far as Appii forum, and The three taverns: whom when Paul saw, he thanked God, and took courage.
28:16 And when we came to Rome, the centurion delivered the prisoners to the captain of the guard: but Paul was suffered to dwell by himself with a soldier that kept him.
28:17 And it came to pass, that after three days Paul called the chief of the Jews together: and when they were come together, he said unto them, Men [and] brethren, though I have committed nothing against the people, or customs of our fathers, yet was I delivered prisoner from Jerusalem into the hands of the Romans.
28:18 Who, when they had examined me, would have let [me] go, because there was no cause of death in me.
28:19 But when the Jews spake against [it], I was constrained to appeal unto Caesar; not that I had ought to accuse my nation of.
28:20 For this cause therefore have I called for you, to see [you], and to speak with [you]: because that for the hope of Israel I am bound with this chain.
28:21 And they said unto him, We neither received letters out of Judaea concerning thee, neither any of the brethren that came shewed or spake any harm of thee.
28:22 But we desire to hear of thee what thou thinkest: for as concerning this sect, we know that every where it is spoken against.
28:23 And when they had appointed him a day, there came many to him into [his] lodging; to whom he expounded and testified the kingdom of God, persuading them concerning Jesus, both out of the law of Moses, and [out of] the prophets, from morning till evening.
28:24 And some believed the things which were spoken, and some believed not.
28:25 And when they agreed not among themselves, they departed, after that Paul had spoken one word, Well spake the Holy Ghost by Esaias the prophet unto our fathers,
28:26 Saying, Go unto this people, and say, Hearing ye shall hear, and shall not understand; and seeing ye shall see, and not perceive:
28:27 For the heart of this people is waxed gross, and their ears are dull of hearing, and their eyes have they closed; lest they should see with [their] eyes, and hear with [their] ears, and understand with [their] heart, and should be converted, and I should heal them.
28:28 Be it known therefore unto you, that the salvation of God is sent unto the Gentiles, and [that] they will hear it.
28:29 And when he had said these words, the Jews departed, and had great reasoning among themselves.
28:30 And Paul dwelt two whole years in his own hired house, and received all that came in unto him,
28:31 Preaching the kingdom of God, and teaching those things which concern the Lord Jesus Christ, with all confidence, no man forbidding him.
Proverbs
13:13 Whoso despiseth the word shall be destroyed: but he that feareth the commandment shall be rewarded.
13:14 The law of the wise [is] a fountain of life, to depart from the snares of death.
13:15 Good understanding giveth favour: but the way of transgressors [is] hard.
13:16 Every prudent [man] dealeth with knowledge: but a fool layeth open [his] folly.
13:17 A wicked messenger falleth into mischief: but a faithful ambassador [is] health.
13:18 Poverty and shame [shall be to] him that refuseth instruction: but he that regardeth reproof shall be honoured.
13:19 The desire accomplished is sweet to the soul: but [it is] abomination to fools to depart from evil.
13:20 He that walketh with wise [men] shall be wise: but a companion of fools shall be destroyed.
13:21 Evil pursueth sinners: but to the righteous good shall be repayed.
13:22 A good [man] leaveth an inheritance to his children's children: and the wealth of the sinner [is] laid up for the just.
13:23 Much food [is in] the tillage of the poor: but there is [that is] destroyed for want of judgment.
13:24 He that spareth his rod hateth his son: but he that loveth him chasteneth him betimes.
13:25 The righteous eateth to the satisfying of his soul: but the belly of the wicked shall want.
13:14 The law of the wise [is] a fountain of life, to depart from the snares of death.
13:15 Good understanding giveth favour: but the way of transgressors [is] hard.
13:16 Every prudent [man] dealeth with knowledge: but a fool layeth open [his] folly.
13:17 A wicked messenger falleth into mischief: but a faithful ambassador [is] health.
13:18 Poverty and shame [shall be to] him that refuseth instruction: but he that regardeth reproof shall be honoured.
13:19 The desire accomplished is sweet to the soul: but [it is] abomination to fools to depart from evil.
13:20 He that walketh with wise [men] shall be wise: but a companion of fools shall be destroyed.
13:21 Evil pursueth sinners: but to the righteous good shall be repayed.
13:22 A good [man] leaveth an inheritance to his children's children: and the wealth of the sinner [is] laid up for the just.
13:23 Much food [is in] the tillage of the poor: but there is [that is] destroyed for want of judgment.
13:24 He that spareth his rod hateth his son: but he that loveth him chasteneth him betimes.
13:25 The righteous eateth to the satisfying of his soul: but the belly of the wicked shall want.
Hechos
26:1 ENTONCES Agripa dijo á Pablo: Se te permite hablar por ti mismo. Pablo entonces, extendiendo la mano, comenzó á responder por sí, diciendo:
26:2 Acerca de todas las cosas de que soy acusado por los Judíos, oh rey Agripa, me tengo por dichoso de que haya hoy de defenderme delante de ti;
26:3 Mayormente sabiendo tú todas las costumbres y cuestiones que hay entre los Judíos: por lo cual te ruego que me oigas con paciencia.
26:4 Mi vida pues desde la mocedad, la cual desde el principio fué en mi nación, en Jerusalem, todos los Judíos la saben:
26:5 Los cuales tienen ya conocido que yo desde el principio, si quieren testificarlo, conforme á la más rigurosa secta de nuestra religión he vivido Fariseo.
26:6 Y ahora, por la esperanza de la promesa que hizo Dios á nuestros padres, soy llamado en juicio;
26:7 A la cual promesa nuestras doce tribus, sirviendo constantemente de día y de noche, esperan que han de llegar. Por la cual esperanza, oh rey Agripa, soy acusado de los Judíos.
26:8 ¡Qué! ¿Júzgase cosa increíble entre vosotros que Dios resucite los muertos?
26:9 Yo ciertamente había pensando deber hacer muchas cosas contra el nombre de Jesús de Nazaret:
26:10 Lo cual también hice en Jerusalem, y yo encerré en cárcel es á muchos de los santos, recibida potestad de los príncipes de los sacerdotes; y cuando eran matados, yo dí mi voto.
26:11 Y muchas veces, castigándolos por todas las sinagogas, los forcé á blasfemar; y enfurecido sobremanera contra ellos, los perseguí hasta en las ciudades extrañas.
26:12 En lo cual ocupado, yendo á Damasco con potestad y comisión de los príncipes de los sacerdotes,
26:13 En mitad del día, oh rey, vi en el camino una luz del cielo, que sobrepujaba el resplandor del sol, la cual me rodeó y á los que iban conmigo.
26:14 Y habiendo caído todos nosotros en tierra, oí una voz que me hablaba, y decía en lengua hebraica: Saulo, Saulo, ¿por qué me persigues? Dura cosa te es dar coces contra los aguijones.
26:15 Yo entonces dije: ¿Quién eres, Señor? Y el Señor dijo: Yo soy Jesús, á quien tú persigues.
26:16 Mas levántate, y ponte sobre tus pies; porque para esto te he aparecido, para ponerte por ministro y testigo de las cosas que has visto, y de aquellas en que apareceré á ti:
26:17 Librándote del pueblo y de los Gentiles, á los cuales ahora te envío,
26:18 Para que abras sus ojos, para que se conviertan de las tinieblas á la luz, y de la potestad de Satanás á Dios; para que reciban, por la fe que es en mí, remisión de pecados y suerte entre los santificados.
26:19 Por lo cual, oh rey Agripa, no fuí rebelde á la visión celestial:
26:20 Antes anuncié primeramente á los que están en Damasco, y Jerusalem, y por toda la tierra de Judea, y á los gentiles, que se arrepintiesen y se convirtiesen á Dios, haciendo obras dignas de arrepentimiento.
26:21 Por causa de esto los Judíos, tomándome en el templo, tentaron matarme.
26:22 Mas ayudado del auxilio de Dios, persevero hasta el día de hoy, dando testimonio á pequeños y á grandes, no diciendo nada fuera de las cosas que los profetas y Moisés dijeron que habían de venir:
26:23 Que Cristo había de padecer, y ser el primero de la resurrección de los muertos, para anunciar luz al pueblo y á los Gentiles.
26:24 Y diciendo Él estas cosas en su defensa, Festo á gran voz dijo: Estás loco, Pablo: las muchas letras te vuelven loco.
26:25 Mas Él dijo: No estoy loco, excelentísimo Festo, sino que hablo palabras de verdad y de templanza.
26:26 Pues el rey sabe estas cosas, delante del cual también hablo confiadamente. Pues no pienso que ignora nada de esto; pues no ha sido esto hecho en algún rincón.
26:27 ¿Crees, rey Agripa, á los profetas? Yo sé que crees.
26:28 Entonces Agripa dijo á Pablo: Por poco me persuades á ser Cristiano.
26:29 Y Pablo dijo: ¡Pluguiese á Dios que por poco ó por mucho, no solamente tú, mas también todos los que hoy me oyen, fueseis hechos tales cual yo soy, excepto estas prisiones!
26:30 Y como hubo dicho estas cosas, se levantó el rey, y el presidente, y Bernice, y los que se habían sentado con ellos;
26:31 Y como se retiraron aparte, hablaban los unos á los otros, diciendo: Ninguna cosa digna ni de muerte, ni de prisión, hace este hombre.
26:32 Y Agripa dijo á Festo: Podía este hombre ser suelto, si no hubiera apelado á César.
27:1 MAS como fué determinado que habíamos de navegar para Italia, entregaron á Pablo y algunos otros presos á un centurión, llamado Julio, de la compañía Augusta.
27:2 Así que, embarcándonos en una nave Adrumentina, partimos, estando con nosotros Aristarco, Macedonio de Tesalónica, para navegar junto á los lugares de Asia.
27:3 Y otro día llegamos á Sidón; y Julio, tratando á Pablo con humanidad, permitióle que fuese á los amigos, para ser de ellos asistido.
27:4 Y haciéndonos á la vela desde allí, navegamos bajo de Cipro, porque los vientos eran contrarios.
27:5 Y habiendo pasado la mar de Cilicia y Pamphylia, arribamos á Mira, ciudad de Licia.
27:6 Y hallando allí el centurión una nave Alejandrina que navegaba á Italia, nos puso en ella.
27:7 Y navegando muchos días despacio, y habiendo apenas llegado delante de Gnido, no dejándonos el viento, navegamos bajo de Creta, junto á Salmón.
27:8 Y costeándola difícilmente, llegamos á un lugar que llaman Buenos Puertos, cerca del cual estaba la ciudad de Lasea.
27:9 Y pasado mucho tiempo, y siendo ya peligrosa la navegación, porque ya era pasado el ayuno, Pablo amonestaba,
27:10 Diciéndoles: Varones, veo que con trabajo y mucho daño, no sólo de la cargazón y de la nave, mas aun de nuestras personas, habrá de ser la navegación.
27:11 Mas el centurión creía más al piloto y al patrón de la nave, que á lo que Pablo decía.
27:12 Y no habiendo puerto cómodo para invernar, muchos acordaron pasar aún de allí, por si pudiesen arribar á Fenice é invernar allí, que es un puerto de Creta que mira al Nordeste y Sudeste.
27:13 Y soplando el austro, pareciéndoles que ya tenían lo que deseaban, alzando velas, iban cerca de la costa de Creta.
27:14 Mas no mucho después dió en ella un viento repentino, que se llama Euroclidón.
27:15 Y siendo arrebatada la nave, y no pudiendo resistir contra el viento, la dejamos, y éramos llevados.
27:16 Y habiendo corrido á sotavento de una pequeña isla que se llama Clauda, apenas pudimos ganar el esquife:
27:17 El cual tomado, usaban de remedios, ciñendo la nave; y teniendo temor de que diesen en la Sirte, abajadas las velas, eran así llevados.
27:18 Mas siendo atormentados de una vehemente tempestad, al siguiente día alijaron;
27:19 Y al tercer día nosotros con nuestras manos arrojamos los aparejos de la nave.
27:20 Y no pareciendo sol ni estrellas por muchos días, y viniendo una tempestad no pequeña, ya era perdida toda la esperanza de nuestra salud.
27:21 Entonces Pablo, habiendo ya mucho que no comíamos, puesto en pie en medio de ellos, dijo: Fuera de cierto conveniente, oh varones, haberme oído, y no partir de Creta, y evitar este inconveniente y daño.
27:22 Mas ahora os amonesto que tengáis buen ánimo; porque ninguna pérdida habrá de persona de vosotros, sino solamente de la nave.
27:23 Porque esta noche ha estado conmigo el ángel del Dios del cual yo soy, y al cual sirvo,
27:24 Diciendo: Pablo, no temas; es menester que seas presentado delante de César; y he aquí, Dios te ha dado todos los que navegan contigo.
27:25 Por tanto, oh varones, tened buen ánimo; porque yo confío en Dios que será así como me ha dicho;
27:26 Si bien es menester que demos en una isla.
27:27 Y venida la décimacuarta noche, y siendo llevados por el mar Adriático, los marineros á la media noche sospecharon que estaban cerca de alguna tierra;
27:28 Y echando la sonda, hallaron veinte brazas, y pasando un poco más adelante, volviendo á echar la sonda, hallaron quince brazas.
27:29 Y habiendo temor de dar en lugares escabrosos, echando cuatro anclas de la popa, deseaban que se hiciese de día.
27:30 Entonces procurando los marineros huir de la nave, echado que hubieron el esquife á la mar, aparentando como que querían largar las anclas de proa,
27:31 Pablo dijo al centurión y á los soldados: Si éstos no quedan en la nave, vosotros no podéis salvaros.
27:32 Entonces los soldados cortaron los cabos del esquife, y dejáronlo perder.
27:33 Y como comenzó á ser de día, Pablo exhortaba á todos que comiesen, diciendo: Este es el décimocuarto día que esperáis y permanecéis ayunos, no comiendo nada.
27:34 Por tanto, os ruego que comáis por vuestra salud: que ni aun un cabello de la cabeza de ninguno de vosotros perecerá.
27:35 Y habiendo dicho esto, tomando el pan, hizo gracias á Dios en presencia de todos, y partiendo, comenzó á comer.
27:36 Entonces todos teniendo ya mejor ánimo, comieron ellos también.
27:37 Y éramos todas las personas en la nave doscientas setenta y seis.
27:38 Y satisfechos de comida, aliviaban la nave, echando el grano á la mar.
27:39 Y como se hizo de día, no conocían la tierra; mas veían un golfo que tenía orilla, al cual acordaron echar, si pudiesen, la nave.
27:40 Cortando pues las anclas, las dejaron en la mar, largando también las ataduras de los gobernalles; y alzada la vela mayor al viento, íbanse á la orilla.
27:41 Mas dando en un lugar de dos aguas, hicieron encallar la nave; y la proa, hincada, estaba sin moverse, y la popa se abría con la fuerza de la mar.
27:42 Entonces el acuerdo de los soldados era que matasen los presos, porque ninguno se fugase nadando.
27:43 Mas el centurión, queriendo salvar á Pablo, estorbó este acuerdo, y mandó que los que pudiesen nadar, se echasen los primeros, y saliesen á tierra;
27:44 Y los demás, parte en tablas, parte en cosas de la nave. Y así aconteció que todos se salvaron saliendo á tierra.
28:1 Y CUANDO escapamos, entonces supimos que la isla se llamaba Melita.
28:2 Y los bárbaros nos mostraron no poca humanidad; porque, encendido un fuego, nos recibieron á todos, á causa de la lluvia que venía, y del frío.
28:3 Entonces habiendo Pablo recogido algunos sarmientos, y puéstolos en el fuego, una víbora, huyendo del calor, le acometió á la mano.
28:4 Y como los bárbaros vieron la víbora colgando de su mano, decían los unos á los otros: Ciertamente este hombre es homicida, á quien, escapado de la mar, la justicia no deja vivir.
28:5 Mas Él, sacudiendo la víbora en el fuego, ningún mal padeció.
28:6 Empero ellos estaban esperando cuándo se había de hinchar, ó caer muerto de repente; mas habiendo esperado mucho, y viendo que ningún mal le venía, mudados, decían que era un dios.
28:7 En aquellos lugares había heredades del principal de la isla, llamado Publio, el cual nos recibió y hospedó tres días humanamente.
28:8 Y aconteció que el padre de Publio estaba en cama, enfermo de fiebres y de disentería: al cual Pablo entró, y después de haber orado, le puso las manos encima, y le sanó:
28:9 Y esto hecho, también otros que en la isla tenían enfermedades, llegaban, y eran sanados:
28:10 Los cuales también nos honraron con muchos obsequios; y cuando partimos, nos cargaron de las cosas necesarias.
28:11 Así que, pasados tres meses, navegamos en una nave Alejandrina que había invernado en la isla, la cual tenía por enseña á Cástor y Pólux.
28:12 Y llegados á Siracusa, estuvimos allí tres días.
28:13 De allí, costeando alrededor, vinimos á Regio; y otro día después, soplando el austro, vinimos al segundo día á Puteolos:
28:14 Donde habiendo hallado hermanos, nos rogaron que quedásemos con ellos siete días; y luego vinimos á Roma;
28:15 De donde, oyendo de nosotros los hermanos, nos salieron á recibir hasta la plaza de Appio, y Las Tres Tabernas: á los cuales como Pablo vió, dió gracias á Dios, y tomó aliento.
28:16 Y como llegamos á Roma, el centurión entregó los presos al prefecto de los ejércitos, mas á Pablo fué permitido estar por sí, con un soldado que le guardase.
28:17 Y aconteció que tres días después, Pablo convocó á los principales de los Judíos; á los cuales, luego que estuvieron juntos, les dijo: Yo, varones hermanos, no habiendo hecho nada contra el pueblo, ni contra los ritos de la patria, he sido entregado preso desde Jerusalem en manos de los Romanos;
28:18 Los cuales, habiéndome examinado, me querían soltar; por no haber en mí ninguna causa de muerte.
28:19 Mas contradiciendo los Judíos, fuí forzado á apelar á César; no que tenga de qué acusar á mi nación.
28:20 Así que, por esta causa, os he llamado para veros y hablaros; porque por la esperanza de Israel estoy rodeado de esta cadena.
28:21 Entonces ellos le dijeron: Nosotros ni hemos recibido cartas tocante á ti de Judea, ni ha venido alguno de los hermanos que haya denunciado ó hablado algún mal de ti.
28:22 Mas querríamos oir de ti lo que sientes; porque de esta secta notorio nos es que en todos lugares es contradicha.
28:23 Y habiéndole señalado un día, vinieron á Él muchos á la posada, á los cuales declaraba y testificaba el reino de Dios, persuadiéndoles lo concerniente á Jesús, por la ley de Moisés y por los profetas, desde la mañana hasta la tarde.
28:24 Y algunos asentían á lo que se decía, mas algunos no creían.
28:25 Y como fueron entre sí discordes, se fueron, diciendo Pablo esta palabra: Bien ha hablado el Espíritu Santo por el profeta Isaías á nuestros padres,
28:26 Diciendo: Ve á este pueblo, y di les: De oído oiréis, y no entenderéis; Y viendo veréis, y no percibiréis:
28:27 Porque el corazón de este pueblo se ha engrosado, Y de los oídos oyeron pesadamente, Y sus ojos taparon; Porque no vean con los ojos, Y oigan con los oídos, Y entiendan de corazón, Y se conviertan, Y yo los sane.
28:28 Séaos pues notorio que á los Gentiles es enviada esta salud de Dios: y ellos oirán.
28:29 Y habiendo dicho esto, los Judíos salieron, teniendo entre sí gran contienda.
28:30 Pablo empero, quedó dos años enteros en su casa de alquiler, y recibía á todos los que á Él venían,
28:31 Predicando el reino de Dios y enseñando lo que es del Señor Jesucristo con toda libertad, sin impedimento.
26:2 Acerca de todas las cosas de que soy acusado por los Judíos, oh rey Agripa, me tengo por dichoso de que haya hoy de defenderme delante de ti;
26:3 Mayormente sabiendo tú todas las costumbres y cuestiones que hay entre los Judíos: por lo cual te ruego que me oigas con paciencia.
26:4 Mi vida pues desde la mocedad, la cual desde el principio fué en mi nación, en Jerusalem, todos los Judíos la saben:
26:5 Los cuales tienen ya conocido que yo desde el principio, si quieren testificarlo, conforme á la más rigurosa secta de nuestra religión he vivido Fariseo.
26:6 Y ahora, por la esperanza de la promesa que hizo Dios á nuestros padres, soy llamado en juicio;
26:7 A la cual promesa nuestras doce tribus, sirviendo constantemente de día y de noche, esperan que han de llegar. Por la cual esperanza, oh rey Agripa, soy acusado de los Judíos.
26:8 ¡Qué! ¿Júzgase cosa increíble entre vosotros que Dios resucite los muertos?
26:9 Yo ciertamente había pensando deber hacer muchas cosas contra el nombre de Jesús de Nazaret:
26:10 Lo cual también hice en Jerusalem, y yo encerré en cárcel es á muchos de los santos, recibida potestad de los príncipes de los sacerdotes; y cuando eran matados, yo dí mi voto.
26:11 Y muchas veces, castigándolos por todas las sinagogas, los forcé á blasfemar; y enfurecido sobremanera contra ellos, los perseguí hasta en las ciudades extrañas.
26:12 En lo cual ocupado, yendo á Damasco con potestad y comisión de los príncipes de los sacerdotes,
26:13 En mitad del día, oh rey, vi en el camino una luz del cielo, que sobrepujaba el resplandor del sol, la cual me rodeó y á los que iban conmigo.
26:14 Y habiendo caído todos nosotros en tierra, oí una voz que me hablaba, y decía en lengua hebraica: Saulo, Saulo, ¿por qué me persigues? Dura cosa te es dar coces contra los aguijones.
26:15 Yo entonces dije: ¿Quién eres, Señor? Y el Señor dijo: Yo soy Jesús, á quien tú persigues.
26:16 Mas levántate, y ponte sobre tus pies; porque para esto te he aparecido, para ponerte por ministro y testigo de las cosas que has visto, y de aquellas en que apareceré á ti:
26:17 Librándote del pueblo y de los Gentiles, á los cuales ahora te envío,
26:18 Para que abras sus ojos, para que se conviertan de las tinieblas á la luz, y de la potestad de Satanás á Dios; para que reciban, por la fe que es en mí, remisión de pecados y suerte entre los santificados.
26:19 Por lo cual, oh rey Agripa, no fuí rebelde á la visión celestial:
26:20 Antes anuncié primeramente á los que están en Damasco, y Jerusalem, y por toda la tierra de Judea, y á los gentiles, que se arrepintiesen y se convirtiesen á Dios, haciendo obras dignas de arrepentimiento.
26:21 Por causa de esto los Judíos, tomándome en el templo, tentaron matarme.
26:22 Mas ayudado del auxilio de Dios, persevero hasta el día de hoy, dando testimonio á pequeños y á grandes, no diciendo nada fuera de las cosas que los profetas y Moisés dijeron que habían de venir:
26:23 Que Cristo había de padecer, y ser el primero de la resurrección de los muertos, para anunciar luz al pueblo y á los Gentiles.
26:24 Y diciendo Él estas cosas en su defensa, Festo á gran voz dijo: Estás loco, Pablo: las muchas letras te vuelven loco.
26:25 Mas Él dijo: No estoy loco, excelentísimo Festo, sino que hablo palabras de verdad y de templanza.
26:26 Pues el rey sabe estas cosas, delante del cual también hablo confiadamente. Pues no pienso que ignora nada de esto; pues no ha sido esto hecho en algún rincón.
26:27 ¿Crees, rey Agripa, á los profetas? Yo sé que crees.
26:28 Entonces Agripa dijo á Pablo: Por poco me persuades á ser Cristiano.
26:29 Y Pablo dijo: ¡Pluguiese á Dios que por poco ó por mucho, no solamente tú, mas también todos los que hoy me oyen, fueseis hechos tales cual yo soy, excepto estas prisiones!
26:30 Y como hubo dicho estas cosas, se levantó el rey, y el presidente, y Bernice, y los que se habían sentado con ellos;
26:31 Y como se retiraron aparte, hablaban los unos á los otros, diciendo: Ninguna cosa digna ni de muerte, ni de prisión, hace este hombre.
26:32 Y Agripa dijo á Festo: Podía este hombre ser suelto, si no hubiera apelado á César.
27:1 MAS como fué determinado que habíamos de navegar para Italia, entregaron á Pablo y algunos otros presos á un centurión, llamado Julio, de la compañía Augusta.
27:2 Así que, embarcándonos en una nave Adrumentina, partimos, estando con nosotros Aristarco, Macedonio de Tesalónica, para navegar junto á los lugares de Asia.
27:3 Y otro día llegamos á Sidón; y Julio, tratando á Pablo con humanidad, permitióle que fuese á los amigos, para ser de ellos asistido.
27:4 Y haciéndonos á la vela desde allí, navegamos bajo de Cipro, porque los vientos eran contrarios.
27:5 Y habiendo pasado la mar de Cilicia y Pamphylia, arribamos á Mira, ciudad de Licia.
27:6 Y hallando allí el centurión una nave Alejandrina que navegaba á Italia, nos puso en ella.
27:7 Y navegando muchos días despacio, y habiendo apenas llegado delante de Gnido, no dejándonos el viento, navegamos bajo de Creta, junto á Salmón.
27:8 Y costeándola difícilmente, llegamos á un lugar que llaman Buenos Puertos, cerca del cual estaba la ciudad de Lasea.
27:9 Y pasado mucho tiempo, y siendo ya peligrosa la navegación, porque ya era pasado el ayuno, Pablo amonestaba,
27:10 Diciéndoles: Varones, veo que con trabajo y mucho daño, no sólo de la cargazón y de la nave, mas aun de nuestras personas, habrá de ser la navegación.
27:11 Mas el centurión creía más al piloto y al patrón de la nave, que á lo que Pablo decía.
27:12 Y no habiendo puerto cómodo para invernar, muchos acordaron pasar aún de allí, por si pudiesen arribar á Fenice é invernar allí, que es un puerto de Creta que mira al Nordeste y Sudeste.
27:13 Y soplando el austro, pareciéndoles que ya tenían lo que deseaban, alzando velas, iban cerca de la costa de Creta.
27:14 Mas no mucho después dió en ella un viento repentino, que se llama Euroclidón.
27:15 Y siendo arrebatada la nave, y no pudiendo resistir contra el viento, la dejamos, y éramos llevados.
27:16 Y habiendo corrido á sotavento de una pequeña isla que se llama Clauda, apenas pudimos ganar el esquife:
27:17 El cual tomado, usaban de remedios, ciñendo la nave; y teniendo temor de que diesen en la Sirte, abajadas las velas, eran así llevados.
27:18 Mas siendo atormentados de una vehemente tempestad, al siguiente día alijaron;
27:19 Y al tercer día nosotros con nuestras manos arrojamos los aparejos de la nave.
27:20 Y no pareciendo sol ni estrellas por muchos días, y viniendo una tempestad no pequeña, ya era perdida toda la esperanza de nuestra salud.
27:21 Entonces Pablo, habiendo ya mucho que no comíamos, puesto en pie en medio de ellos, dijo: Fuera de cierto conveniente, oh varones, haberme oído, y no partir de Creta, y evitar este inconveniente y daño.
27:22 Mas ahora os amonesto que tengáis buen ánimo; porque ninguna pérdida habrá de persona de vosotros, sino solamente de la nave.
27:23 Porque esta noche ha estado conmigo el ángel del Dios del cual yo soy, y al cual sirvo,
27:24 Diciendo: Pablo, no temas; es menester que seas presentado delante de César; y he aquí, Dios te ha dado todos los que navegan contigo.
27:25 Por tanto, oh varones, tened buen ánimo; porque yo confío en Dios que será así como me ha dicho;
27:26 Si bien es menester que demos en una isla.
27:27 Y venida la décimacuarta noche, y siendo llevados por el mar Adriático, los marineros á la media noche sospecharon que estaban cerca de alguna tierra;
27:28 Y echando la sonda, hallaron veinte brazas, y pasando un poco más adelante, volviendo á echar la sonda, hallaron quince brazas.
27:29 Y habiendo temor de dar en lugares escabrosos, echando cuatro anclas de la popa, deseaban que se hiciese de día.
27:30 Entonces procurando los marineros huir de la nave, echado que hubieron el esquife á la mar, aparentando como que querían largar las anclas de proa,
27:31 Pablo dijo al centurión y á los soldados: Si éstos no quedan en la nave, vosotros no podéis salvaros.
27:32 Entonces los soldados cortaron los cabos del esquife, y dejáronlo perder.
27:33 Y como comenzó á ser de día, Pablo exhortaba á todos que comiesen, diciendo: Este es el décimocuarto día que esperáis y permanecéis ayunos, no comiendo nada.
27:34 Por tanto, os ruego que comáis por vuestra salud: que ni aun un cabello de la cabeza de ninguno de vosotros perecerá.
27:35 Y habiendo dicho esto, tomando el pan, hizo gracias á Dios en presencia de todos, y partiendo, comenzó á comer.
27:36 Entonces todos teniendo ya mejor ánimo, comieron ellos también.
27:37 Y éramos todas las personas en la nave doscientas setenta y seis.
27:38 Y satisfechos de comida, aliviaban la nave, echando el grano á la mar.
27:39 Y como se hizo de día, no conocían la tierra; mas veían un golfo que tenía orilla, al cual acordaron echar, si pudiesen, la nave.
27:40 Cortando pues las anclas, las dejaron en la mar, largando también las ataduras de los gobernalles; y alzada la vela mayor al viento, íbanse á la orilla.
27:41 Mas dando en un lugar de dos aguas, hicieron encallar la nave; y la proa, hincada, estaba sin moverse, y la popa se abría con la fuerza de la mar.
27:42 Entonces el acuerdo de los soldados era que matasen los presos, porque ninguno se fugase nadando.
27:43 Mas el centurión, queriendo salvar á Pablo, estorbó este acuerdo, y mandó que los que pudiesen nadar, se echasen los primeros, y saliesen á tierra;
27:44 Y los demás, parte en tablas, parte en cosas de la nave. Y así aconteció que todos se salvaron saliendo á tierra.
28:1 Y CUANDO escapamos, entonces supimos que la isla se llamaba Melita.
28:2 Y los bárbaros nos mostraron no poca humanidad; porque, encendido un fuego, nos recibieron á todos, á causa de la lluvia que venía, y del frío.
28:3 Entonces habiendo Pablo recogido algunos sarmientos, y puéstolos en el fuego, una víbora, huyendo del calor, le acometió á la mano.
28:4 Y como los bárbaros vieron la víbora colgando de su mano, decían los unos á los otros: Ciertamente este hombre es homicida, á quien, escapado de la mar, la justicia no deja vivir.
28:5 Mas Él, sacudiendo la víbora en el fuego, ningún mal padeció.
28:6 Empero ellos estaban esperando cuándo se había de hinchar, ó caer muerto de repente; mas habiendo esperado mucho, y viendo que ningún mal le venía, mudados, decían que era un dios.
28:7 En aquellos lugares había heredades del principal de la isla, llamado Publio, el cual nos recibió y hospedó tres días humanamente.
28:8 Y aconteció que el padre de Publio estaba en cama, enfermo de fiebres y de disentería: al cual Pablo entró, y después de haber orado, le puso las manos encima, y le sanó:
28:9 Y esto hecho, también otros que en la isla tenían enfermedades, llegaban, y eran sanados:
28:10 Los cuales también nos honraron con muchos obsequios; y cuando partimos, nos cargaron de las cosas necesarias.
28:11 Así que, pasados tres meses, navegamos en una nave Alejandrina que había invernado en la isla, la cual tenía por enseña á Cástor y Pólux.
28:12 Y llegados á Siracusa, estuvimos allí tres días.
28:13 De allí, costeando alrededor, vinimos á Regio; y otro día después, soplando el austro, vinimos al segundo día á Puteolos:
28:14 Donde habiendo hallado hermanos, nos rogaron que quedásemos con ellos siete días; y luego vinimos á Roma;
28:15 De donde, oyendo de nosotros los hermanos, nos salieron á recibir hasta la plaza de Appio, y Las Tres Tabernas: á los cuales como Pablo vió, dió gracias á Dios, y tomó aliento.
28:16 Y como llegamos á Roma, el centurión entregó los presos al prefecto de los ejércitos, mas á Pablo fué permitido estar por sí, con un soldado que le guardase.
28:17 Y aconteció que tres días después, Pablo convocó á los principales de los Judíos; á los cuales, luego que estuvieron juntos, les dijo: Yo, varones hermanos, no habiendo hecho nada contra el pueblo, ni contra los ritos de la patria, he sido entregado preso desde Jerusalem en manos de los Romanos;
28:18 Los cuales, habiéndome examinado, me querían soltar; por no haber en mí ninguna causa de muerte.
28:19 Mas contradiciendo los Judíos, fuí forzado á apelar á César; no que tenga de qué acusar á mi nación.
28:20 Así que, por esta causa, os he llamado para veros y hablaros; porque por la esperanza de Israel estoy rodeado de esta cadena.
28:21 Entonces ellos le dijeron: Nosotros ni hemos recibido cartas tocante á ti de Judea, ni ha venido alguno de los hermanos que haya denunciado ó hablado algún mal de ti.
28:22 Mas querríamos oir de ti lo que sientes; porque de esta secta notorio nos es que en todos lugares es contradicha.
28:23 Y habiéndole señalado un día, vinieron á Él muchos á la posada, á los cuales declaraba y testificaba el reino de Dios, persuadiéndoles lo concerniente á Jesús, por la ley de Moisés y por los profetas, desde la mañana hasta la tarde.
28:24 Y algunos asentían á lo que se decía, mas algunos no creían.
28:25 Y como fueron entre sí discordes, se fueron, diciendo Pablo esta palabra: Bien ha hablado el Espíritu Santo por el profeta Isaías á nuestros padres,
28:26 Diciendo: Ve á este pueblo, y di les: De oído oiréis, y no entenderéis; Y viendo veréis, y no percibiréis:
28:27 Porque el corazón de este pueblo se ha engrosado, Y de los oídos oyeron pesadamente, Y sus ojos taparon; Porque no vean con los ojos, Y oigan con los oídos, Y entiendan de corazón, Y se conviertan, Y yo los sane.
28:28 Séaos pues notorio que á los Gentiles es enviada esta salud de Dios: y ellos oirán.
28:29 Y habiendo dicho esto, los Judíos salieron, teniendo entre sí gran contienda.
28:30 Pablo empero, quedó dos años enteros en su casa de alquiler, y recibía á todos los que á Él venían,
28:31 Predicando el reino de Dios y enseñando lo que es del Señor Jesucristo con toda libertad, sin impedimento.
Proverbs
13:13 El que menosprecia la palabra, perecerá por ello: Mas el que teme el mandamiento, será recompensado.
13:14 la ley del sabio es manantial de vida, Para apartarse de los lazos de la muerte.
13:15 El buen entendimiento conciliará gracia: Mas el camino de los prevaricadores es duro.
13:16 Todo hombre cuerdo obra con sabiduría: Mas el necio manifestará necedad.
13:17 El mal mensajero caerá en mal: Mas el mensajero fiel es medicina.
13:18 Pobreza y vergüenza tendrá el que menosprecia el consejo: Mas el que guarda la corrección, será honrado.
13:19 El deseo cumplido deleita el alma: Pero apartarse del mal es abominación á los necios.
13:20 El que anda con los sabios, sabio será; Mas el que se allega á los necios, será quebrantado.
13:21 Mal perseguirá á los pecadores: Mas á los justos les será bien retribuído.
13:22 El bueno dejará herederos á los hijos de los hijos; Y el haber del pecador, para el justo está guardado.
13:23 En el barbecho de los pobres hay mucho pan: Mas piérdese por falta de juicio.
13:24 El que detiene el castigo, á su hijo aborrece: Mas el que lo ama, madruga á castigarlo.
13:25 El justo come hasta saciar su alma: Mas el vientre de los impíos tendrá necesidad.
13:14 la ley del sabio es manantial de vida, Para apartarse de los lazos de la muerte.
13:15 El buen entendimiento conciliará gracia: Mas el camino de los prevaricadores es duro.
13:16 Todo hombre cuerdo obra con sabiduría: Mas el necio manifestará necedad.
13:17 El mal mensajero caerá en mal: Mas el mensajero fiel es medicina.
13:18 Pobreza y vergüenza tendrá el que menosprecia el consejo: Mas el que guarda la corrección, será honrado.
13:19 El deseo cumplido deleita el alma: Pero apartarse del mal es abominación á los necios.
13:20 El que anda con los sabios, sabio será; Mas el que se allega á los necios, será quebrantado.
13:21 Mal perseguirá á los pecadores: Mas á los justos les será bien retribuído.
13:22 El bueno dejará herederos á los hijos de los hijos; Y el haber del pecador, para el justo está guardado.
13:23 En el barbecho de los pobres hay mucho pan: Mas piérdese por falta de juicio.
13:24 El que detiene el castigo, á su hijo aborrece: Mas el que lo ama, madruga á castigarlo.
13:25 El justo come hasta saciar su alma: Mas el vientre de los impíos tendrá necesidad.
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