A leitura bíblica de hoje encontra-se em Atos 22-25 e Provérbios 13:1-12.
Atos
22.1 Varões irmãos e pais, ouvi agora a minha defesa perante vós.
22.2 (E, quando ouviram falar-lhes em língua hebraica, maior silêncio guardaram.) E disse:
22.3 Quanto a mim, sou varão judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso para com Deus, como todos vós hoje sois.
22.4 Persegui este Caminho até à morte, prendendo e metendo em prisões, tanto homens como mulheres,
22.5 como também o sumo sacerdote me é testemunha, e todo o conselho dos anciãos; e, recebendo destes cartas para os irmãos, fui a Damasco, para trazer manietados para Jerusalém aqueles que ali estivessem, a fim de que fossem castigados.
22.6 Ora, aconteceu que, indo eu já de caminho e chegando perto de Damasco, quase ao meio-dia, de repente me rodeou uma grande luz do céu.
22.7 E caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
22.8 E eu respondi: Quem és, Senhor? E disse-me: Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu persegues.
22.9 E os que estavam comigo viram, em verdade, a luz, e se atemorizaram muito; mas não ouviram a voz daquele que falava comigo.
22.10 Então, disse eu: Senhor, que farei? E o Senhor disse-me: Levanta-te e vai a Damasco, e ali se te dirá tudo o que te é ordenado fazer.
22.11 E, como eu não via por causa do esplendor daquela luz, fui levado pela mão dos que estavam comigo e cheguei a Damasco.
22.12 E um certo Ananias, varão piedoso conforme a lei, que tinha bom testemunho de todos os judeus que ali moravam,
22.13 vindo ter comigo e apresentando-se, disse-me: Saulo, irmão, recobra a vista. E naquela mesma hora o vi.
22.14 E ele disse: O Deus de nossos pais de antemão te designou para que conheças a sua vontade, e vejas aquele Justo, e ouças a voz da sua boca.
22.15 Porque hás de ser sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido.
22.16 E, agora, por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor.
22.17 E aconteceu que, tornando eu para Jerusalém, quando orava no templo, fui arrebatado para fora de mim.
22.18 E vi aquele que me dizia: Dá-te pressa e sai apressadamente de Jerusalém, porque não receberão o teu testemunho acerca de mim.
22.19 E eu disse: Senhor, eles bem sabem que eu lançava na prisão e açoitava nas sinagogas os que criam em ti.
22.20 E, quando o sangue de Estêvão, tua testemunha, se derramava, também eu estava presente, e consentia na sua morte, e guardava as vestes dos que o matavam.
22.21 E disse-me: Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe.
22.22 E ouviram-no até esta palavra e levantaram a voz, dizendo: Tira da terra um tal homem, porque não convém que viva!
22.23 E, clamando eles, e arrojando de si as vestes, e lançando pó para o ar,
22.24 o tribuno mandou que o levassem para a fortaleza, dizendo que o examinassem com açoites, para saber por que causa assim clamavam contra ele.
22.25 E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado?
22.26 E, ouvindo isto, o centurião foi e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano.
22.27 E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim.
22.28 E respondeu o tribuno: Eu com grande soma de dinheiro alcancei este direito de cidadão. Paulo disse: Mas eu sou-o de nascimento.
22.29 E logo dele se apartaram os que o haviam de examinar; e até o tribuno teve temor, quando soube que era romano, visto que o tinha ligado.
22.30 No dia seguinte, querendo saber ao certo a causa por que era acusado pelos judeus, soltou-o das prisões e mandou vir os principais dos sacerdotes e todo o seu conselho; e, trazendo Paulo, o apresentou diante deles.
23.1 E, pondo Paulo os olhos no conselho, disse: Varões irmãos, até ao dia de hoje tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência.
23.2 Mas o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca.
23.3 Então, Paulo lhe disse: Deus te ferirá, parede branqueada! Tu estás aqui assentado para julgar-me conforme a lei e, contra a lei, me mandas ferir?
23.4 E os que ali estavam disseram: Injurias o sumo sacerdote de Deus?
23.5 E Paulo disse: Não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; porque está escrito: Não dirás mal do príncipe do teu povo.
23.6 E Paulo, sabendo que uma parte era de saduceus, e outra, de fariseus, clamou no conselho: Varões irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu! No tocante à esperança e ressurreição dos mortos sou julgado!
23.7 E, havendo dito isto, houve dissensão entre os fariseus e saduceus; e a multidão se dividiu.
23.8 Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa.
23.9 E originou-se um grande clamor; e, levantando-se os escribas da parte dos fariseus, contendiam, dizendo: Nenhum mal achamos neste homem, e se algum espírito ou anjo lhe falou, não resistamos a Deus.
23.10 E, havendo grande dissensão, o tribuno, temendo que Paulo fosse despedaçado por eles, mandou descer a soldadesca, para que o tirassem do meio deles e o levassem para a fortaleza.
23.11 E, na noite seguinte, apresentando-se-lhe o Senhor, disse: Paulo, tem ânimo! Porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma.
23.12 Quando já era dia, alguns dos judeus fizeram uma conspiração e juraram dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo.
23.13 E eram mais de quarenta os que fizeram esta conjuração.
23.14 Estes foram ter com os principais dos sacerdotes e anciãos e disseram: Conjuramo-nos, sob pena de maldição, a nada provarmos até que matemos a Paulo.
23.15 Agora, pois, vós, com o conselho, rogai ao tribuno que vo-lo traga amanhã, como querendo saber mais alguma coisa de seus negócios, e, antes que chegue, estaremos prontos para o matar.
23.16 E o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido acerca desta cilada, foi, e entrou na fortaleza, e o anunciou a Paulo.
23.17 E Paulo, chamando a si um dos centuriões, disse: Leva este jovem ao tribuno, porque tem alguma coisa que lhe comunicar.
23.18 Tomando-o ele, pois, o levou ao tribuno e disse: O preso Paulo, chamando-me a si, me rogou que te trouxesse este jovem, que tem alguma coisa que dizer-te.
23.19 E o tribuno, tomando-o pela mão e pondo-se à parte, perguntou-lhe em particular: Que tens que me contar?
23.20 E disse ele: Os judeus se concertaram rogar-te que amanhã leves Paulo ao conselho como tendo de inquirir dele mais alguma coisa ao certo.
23.21 Mas tu não os creias, porque mais de quarenta homens dentre eles lhe andam armando ciladas, os quais se obrigaram, sob pena de maldição, a não comerem nem beberem até que o tenham morto; e já estão apercebidos, esperando de ti promessa.
23.22 Então, o tribuno despediu o jovem, mandando-lhe que a ninguém dissesse que lhe havia contado aquilo.
23.23 E, chamando dois centuriões, lhes disse: Aprontai para as três horas da noite duzentos soldados, e setenta de cavalo, e duzentos lanceiros para irem até Cesaréia;
23.24 e aparelhai cavalgaduras, para que, pondo nelas a Paulo, o levem salvo ao governador Félix.
23.25 E escreveu uma carta que continha isto:
23.26 Cláudio Lísias a Félix, potentíssimo governador, saúde.
23.27 Este homem foi preso pelos judeus; e, estando já a ponto de ser morto por eles, sobrevim eu com a soldadesca e o livrei, informado de que era romano.
23.28 Querendo saber a causa por que o acusavam, o levei ao seu conselho.
23.29 E achei que o acusavam de algumas questões da sua lei, mas que nenhum crime havia nele digno de morte ou de prisão.
23.30 E, sendo-me notificado que os judeus haviam de armar ciladas a esse homem, logo to enviei, mandando também aos acusadores que perante ti digam o que tiverem contra ele. Passa bem.
23.31 Tomando, pois, os soldados a Paulo, como lhes fora mandado, o trouxeram de noite a Antipátride.
23.32 No dia seguinte, deixando aos de cavalo irem com ele, tornaram à fortaleza;
23.33 os quais, logo que chegaram a Cesaréia e entregaram a carta ao governador, lhe apresentaram Paulo.
23.34 E o governador, lida a carta, perguntou de que província era; e, sabendo que era da Cilícia,
23.35 disse: Ouvir-te-ei quando também aqui vierem os teus acusadores. E mandou que o guardassem no pretório de Herodes.
24.1 Cinco dias depois, o sumo sacerdote, Ananias, desceu com os anciãos e um certo Tértulo, orador, os quais compareceram perante o governador contra Paulo.
24.2 E, sendo chamado, Tértulo começou a acusá-lo, dizendo:
24.3 Visto como, por ti, temos tanta paz, e, por tua prudência, se fazem a este povo muitos e louváveis serviços, sempre e em todo lugar, ó potentíssimo Félix, com todo o agradecimento o queremos reconhecer.
24.4 Mas, para que te não detenha muito, rogo-te que, conforme a tua eqüidade, nos ouças por pouco tempo.
24.5 Temos achado que este homem é uma peste e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo, e o principal defensor da seita dos nazarenos;
24.6 o qual intentou também profanar o templo; e, por isso, o prendemos e, conforme a nossa lei, o quisemos julgar.
24.7 Mas, sobrevindo o tribuno Lísias, no-lo tirou dentre as mãos, com grande violência,
24.8 mandando aos seus acusadores que viessem a ti; e dele tu mesmo, examinando-o, poderás entender tudo o de que o acusamos.
24.9 E também os judeus o acusavam, dizendo serem estas coisas assim.
24.10 Paulo, porém, fazendo-lhe o governador sinal que falasse, respondeu: Porque sei que já vai para muitos anos que desta nação és juiz, com tanto melhor ânimo respondo por mim.
24.11 Pois bem podes saber que não há mais de doze dias que subi a Jerusalém a adorar;
24.12 e não me acharam no templo falando com alguém, nem amotinando o povo nas sinagogas, nem na cidade;
24.13 nem tampouco podem provar as coisas de que agora me acusam.
24.14 Mas confesso-te que, conforme aquele Caminho, a que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na Lei e nos Profetas.
24.15 Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, tanto dos justos como dos injustos.
24.16 E, por isso, procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens.
24.17 Ora, muitos anos depois, vim trazer à minha nação esmolas e ofertas.
24.18 Nisto, me acharam já santificado no templo, não em ajuntamentos, nem com alvoroços, uns certos judeus da Ásia,
24.19 os quais convinha que estivessem presentes perante ti e me acusassem, se alguma coisa contra mim tivessem.
24.20 Ou digam estes mesmos se acharam em mim alguma iniqüidade, quando compareci perante o conselho,
24.21 a não ser estas palavras que, estando entre eles, clamei: hoje, sou julgado por vós acerca da ressurreição dos mortos!
24.22 Então, Félix, havendo ouvido estas coisas, lhes pôs dilação, dizendo: Havendo-me informado melhor deste Caminho, quando o tribuno Lísias tiver descido, então tomarei inteiro conhecimento dos vossos negócios.
24.23 E mandou ao centurião que o guardassem em prisão, tratando-o com brandura, e que a ninguém dos seus proibisse servi-lo ou vir ter com ele.
24.24 Alguns dias depois, vindo Félix com sua mulher Drusila, que era judia, mandou chamar a Paulo e ouviu-o acerca da fé em Cristo.
24.25 E, tratando ele da justiça, e da temperança, e do Juízo vindouro, Félix, espavorido, respondeu: Por agora, vai-te, e, em tendo oportunidade, te chamarei;
24.26 esperando, ao mesmo tempo, que Paulo lhe desse dinheiro, para que o soltasse; pelo que também, muitas vezes, o mandava chamar e falava com ele.
24.27 Mas, passados dois anos, Félix teve por sucessor a Pórcio Festo; e, querendo Félix comprazer aos judeus, deixou a Paulo preso.
25.1 Entrando, pois, Festo na província, subiu dali a três dias de Cesaréia a Jerusalém.
25.2 E o sumo sacerdote e os principais dos judeus compareceram perante ele contra Paulo e lhe rogaram,
25.3 pedindo como favor, contra ele, que o fizesse vir a Jerusalém, armando ciladas para o matarem no caminho.
25.4 Mas Festo respondeu que Paulo estava guardado em Cesaréia e que ele brevemente partiria para lá.
25.5 Os que, pois, disse, dentre vós têm poder desçam comigo e, se neste varão houver algum crime, acusem-no.
25.6 E, não se demorando entre eles mais de dez dias, desceu a Cesaréia; e, no dia seguinte, assentando-se no tribunal, mandou que trouxessem Paulo.
25.7 Chegando ele, o rodearam os judeus que haviam descido de Jerusalém, trazendo contra Paulo muitas e graves acusações, que não podiam provar.
25.8 Mas ele, em sua defesa, disse: Eu não pequei em coisa alguma contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César.
25.9 Todavia, Festo, querendo comprazer aos judeus, respondendo a Paulo, disse: Queres tu subir a Jerusalém e ser lá perante mim julgado acerca destas coisas?
25.10 Mas Paulo disse: Estou perante o tribunal de César, onde convém que seja julgado; não fiz agravo algum aos judeus, como tu muito bem sabes.
25.11 Se fiz algum agravo ou cometi alguma coisa digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das coisas de que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles. Apelo para César.
25.12 Então, Festo, tendo falado com o conselho, respondeu: Apelaste para César? Para César irás.
25.13 Passados alguns dias, o rei Agripa e Berenice vieram a Cesaréia, a saudar Festo.
25.14 E, como ali ficassem muitos dias, Festo contou ao rei os negócios de Paulo, dizendo: Um certo varão foi deixado por Félix aqui preso,
25.15 a respeito de quem os principais dos sacerdotes e os anciãos dos judeus, estando eu em Jerusalém, compareceram perante mim, pedindo sentença contra ele.
25.16 A eles respondi que não é costume dos romanos entregar algum homem à morte, sem que o acusado tenha presentes os seus acusadores e possa defender-se da acusação.
25.17 De sorte que, chegando eles aqui juntos, no dia seguinte, sem fazer dilação alguma, assentado no tribunal, mandei que trouxessem o homem.
25.18 Acerca dele, estando presentes os acusadores, nenhuma coisa apontaram daquelas que eu suspeitava.
25.19 Tinham, porém, contra ele algumas questões acerca de sua superstição e de um tal Jesus, defunto, que Paulo afirmava viver.
25.20 E, estando eu perplexo acerca da inquirição desta causa, perguntei se queria ir a Jerusalém e lá ser julgado acerca destas coisas.
25.21 Mas, apelando Paulo para que fosse reservado ao conhecimento de Augusto, mandei que o guardassem até que o envie a César.
25.22 Então, Agripa disse a Festo: Bem quisera eu ouvir também esse homem. E ele disse: Amanhã o ouvirás.
25.23 No dia seguinte, vindo Agripa e Berenice, com muito aparato, entraram no auditório com os tribunos e varões principais da cidade, sendo trazido Paulo por mandado de Festo.
25.24 E Festo disse: Rei Agripa e todos os varões que estais presentes conosco, aqui vedes um homem de quem toda a multidão dos judeus me tem falado, tanto em Jerusalém como aqui, clamando que não convém que viva mais.
25.25 Mas, achando eu que nenhuma coisa digna de morte fizera, e apelando ele mesmo também para Augusto, tenho determinado enviar-lho.
25.26 Dele, porém, não tenho coisa alguma certa que escreva ao meu senhor e, por isso, perante vós o trouxe, principalmente perante ti, ó rei Agripa, para que, depois de interrogado, tenha alguma coisa que escrever.
25.27 Porque me parece contra a razão enviar um preso e não notificar contra ele as acusações.
22.2 (E, quando ouviram falar-lhes em língua hebraica, maior silêncio guardaram.) E disse:
22.3 Quanto a mim, sou varão judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso para com Deus, como todos vós hoje sois.
22.4 Persegui este Caminho até à morte, prendendo e metendo em prisões, tanto homens como mulheres,
22.5 como também o sumo sacerdote me é testemunha, e todo o conselho dos anciãos; e, recebendo destes cartas para os irmãos, fui a Damasco, para trazer manietados para Jerusalém aqueles que ali estivessem, a fim de que fossem castigados.
22.6 Ora, aconteceu que, indo eu já de caminho e chegando perto de Damasco, quase ao meio-dia, de repente me rodeou uma grande luz do céu.
22.7 E caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
22.8 E eu respondi: Quem és, Senhor? E disse-me: Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu persegues.
22.9 E os que estavam comigo viram, em verdade, a luz, e se atemorizaram muito; mas não ouviram a voz daquele que falava comigo.
22.10 Então, disse eu: Senhor, que farei? E o Senhor disse-me: Levanta-te e vai a Damasco, e ali se te dirá tudo o que te é ordenado fazer.
22.11 E, como eu não via por causa do esplendor daquela luz, fui levado pela mão dos que estavam comigo e cheguei a Damasco.
22.12 E um certo Ananias, varão piedoso conforme a lei, que tinha bom testemunho de todos os judeus que ali moravam,
22.13 vindo ter comigo e apresentando-se, disse-me: Saulo, irmão, recobra a vista. E naquela mesma hora o vi.
22.14 E ele disse: O Deus de nossos pais de antemão te designou para que conheças a sua vontade, e vejas aquele Justo, e ouças a voz da sua boca.
22.15 Porque hás de ser sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido.
22.16 E, agora, por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor.
22.17 E aconteceu que, tornando eu para Jerusalém, quando orava no templo, fui arrebatado para fora de mim.
22.18 E vi aquele que me dizia: Dá-te pressa e sai apressadamente de Jerusalém, porque não receberão o teu testemunho acerca de mim.
22.19 E eu disse: Senhor, eles bem sabem que eu lançava na prisão e açoitava nas sinagogas os que criam em ti.
22.20 E, quando o sangue de Estêvão, tua testemunha, se derramava, também eu estava presente, e consentia na sua morte, e guardava as vestes dos que o matavam.
22.21 E disse-me: Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe.
22.22 E ouviram-no até esta palavra e levantaram a voz, dizendo: Tira da terra um tal homem, porque não convém que viva!
22.23 E, clamando eles, e arrojando de si as vestes, e lançando pó para o ar,
22.24 o tribuno mandou que o levassem para a fortaleza, dizendo que o examinassem com açoites, para saber por que causa assim clamavam contra ele.
22.25 E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado?
22.26 E, ouvindo isto, o centurião foi e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano.
22.27 E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim.
22.28 E respondeu o tribuno: Eu com grande soma de dinheiro alcancei este direito de cidadão. Paulo disse: Mas eu sou-o de nascimento.
22.29 E logo dele se apartaram os que o haviam de examinar; e até o tribuno teve temor, quando soube que era romano, visto que o tinha ligado.
22.30 No dia seguinte, querendo saber ao certo a causa por que era acusado pelos judeus, soltou-o das prisões e mandou vir os principais dos sacerdotes e todo o seu conselho; e, trazendo Paulo, o apresentou diante deles.
23.1 E, pondo Paulo os olhos no conselho, disse: Varões irmãos, até ao dia de hoje tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência.
23.2 Mas o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca.
23.3 Então, Paulo lhe disse: Deus te ferirá, parede branqueada! Tu estás aqui assentado para julgar-me conforme a lei e, contra a lei, me mandas ferir?
23.4 E os que ali estavam disseram: Injurias o sumo sacerdote de Deus?
23.5 E Paulo disse: Não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; porque está escrito: Não dirás mal do príncipe do teu povo.
23.6 E Paulo, sabendo que uma parte era de saduceus, e outra, de fariseus, clamou no conselho: Varões irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu! No tocante à esperança e ressurreição dos mortos sou julgado!
23.7 E, havendo dito isto, houve dissensão entre os fariseus e saduceus; e a multidão se dividiu.
23.8 Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa.
23.9 E originou-se um grande clamor; e, levantando-se os escribas da parte dos fariseus, contendiam, dizendo: Nenhum mal achamos neste homem, e se algum espírito ou anjo lhe falou, não resistamos a Deus.
23.10 E, havendo grande dissensão, o tribuno, temendo que Paulo fosse despedaçado por eles, mandou descer a soldadesca, para que o tirassem do meio deles e o levassem para a fortaleza.
23.11 E, na noite seguinte, apresentando-se-lhe o Senhor, disse: Paulo, tem ânimo! Porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma.
23.12 Quando já era dia, alguns dos judeus fizeram uma conspiração e juraram dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo.
23.13 E eram mais de quarenta os que fizeram esta conjuração.
23.14 Estes foram ter com os principais dos sacerdotes e anciãos e disseram: Conjuramo-nos, sob pena de maldição, a nada provarmos até que matemos a Paulo.
23.15 Agora, pois, vós, com o conselho, rogai ao tribuno que vo-lo traga amanhã, como querendo saber mais alguma coisa de seus negócios, e, antes que chegue, estaremos prontos para o matar.
23.16 E o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido acerca desta cilada, foi, e entrou na fortaleza, e o anunciou a Paulo.
23.17 E Paulo, chamando a si um dos centuriões, disse: Leva este jovem ao tribuno, porque tem alguma coisa que lhe comunicar.
23.18 Tomando-o ele, pois, o levou ao tribuno e disse: O preso Paulo, chamando-me a si, me rogou que te trouxesse este jovem, que tem alguma coisa que dizer-te.
23.19 E o tribuno, tomando-o pela mão e pondo-se à parte, perguntou-lhe em particular: Que tens que me contar?
23.20 E disse ele: Os judeus se concertaram rogar-te que amanhã leves Paulo ao conselho como tendo de inquirir dele mais alguma coisa ao certo.
23.21 Mas tu não os creias, porque mais de quarenta homens dentre eles lhe andam armando ciladas, os quais se obrigaram, sob pena de maldição, a não comerem nem beberem até que o tenham morto; e já estão apercebidos, esperando de ti promessa.
23.22 Então, o tribuno despediu o jovem, mandando-lhe que a ninguém dissesse que lhe havia contado aquilo.
23.23 E, chamando dois centuriões, lhes disse: Aprontai para as três horas da noite duzentos soldados, e setenta de cavalo, e duzentos lanceiros para irem até Cesaréia;
23.24 e aparelhai cavalgaduras, para que, pondo nelas a Paulo, o levem salvo ao governador Félix.
23.25 E escreveu uma carta que continha isto:
23.26 Cláudio Lísias a Félix, potentíssimo governador, saúde.
23.27 Este homem foi preso pelos judeus; e, estando já a ponto de ser morto por eles, sobrevim eu com a soldadesca e o livrei, informado de que era romano.
23.28 Querendo saber a causa por que o acusavam, o levei ao seu conselho.
23.29 E achei que o acusavam de algumas questões da sua lei, mas que nenhum crime havia nele digno de morte ou de prisão.
23.30 E, sendo-me notificado que os judeus haviam de armar ciladas a esse homem, logo to enviei, mandando também aos acusadores que perante ti digam o que tiverem contra ele. Passa bem.
23.31 Tomando, pois, os soldados a Paulo, como lhes fora mandado, o trouxeram de noite a Antipátride.
23.32 No dia seguinte, deixando aos de cavalo irem com ele, tornaram à fortaleza;
23.33 os quais, logo que chegaram a Cesaréia e entregaram a carta ao governador, lhe apresentaram Paulo.
23.34 E o governador, lida a carta, perguntou de que província era; e, sabendo que era da Cilícia,
23.35 disse: Ouvir-te-ei quando também aqui vierem os teus acusadores. E mandou que o guardassem no pretório de Herodes.
24.1 Cinco dias depois, o sumo sacerdote, Ananias, desceu com os anciãos e um certo Tértulo, orador, os quais compareceram perante o governador contra Paulo.
24.2 E, sendo chamado, Tértulo começou a acusá-lo, dizendo:
24.3 Visto como, por ti, temos tanta paz, e, por tua prudência, se fazem a este povo muitos e louváveis serviços, sempre e em todo lugar, ó potentíssimo Félix, com todo o agradecimento o queremos reconhecer.
24.4 Mas, para que te não detenha muito, rogo-te que, conforme a tua eqüidade, nos ouças por pouco tempo.
24.5 Temos achado que este homem é uma peste e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo, e o principal defensor da seita dos nazarenos;
24.6 o qual intentou também profanar o templo; e, por isso, o prendemos e, conforme a nossa lei, o quisemos julgar.
24.7 Mas, sobrevindo o tribuno Lísias, no-lo tirou dentre as mãos, com grande violência,
24.8 mandando aos seus acusadores que viessem a ti; e dele tu mesmo, examinando-o, poderás entender tudo o de que o acusamos.
24.9 E também os judeus o acusavam, dizendo serem estas coisas assim.
24.10 Paulo, porém, fazendo-lhe o governador sinal que falasse, respondeu: Porque sei que já vai para muitos anos que desta nação és juiz, com tanto melhor ânimo respondo por mim.
24.11 Pois bem podes saber que não há mais de doze dias que subi a Jerusalém a adorar;
24.12 e não me acharam no templo falando com alguém, nem amotinando o povo nas sinagogas, nem na cidade;
24.13 nem tampouco podem provar as coisas de que agora me acusam.
24.14 Mas confesso-te que, conforme aquele Caminho, a que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na Lei e nos Profetas.
24.15 Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, tanto dos justos como dos injustos.
24.16 E, por isso, procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens.
24.17 Ora, muitos anos depois, vim trazer à minha nação esmolas e ofertas.
24.18 Nisto, me acharam já santificado no templo, não em ajuntamentos, nem com alvoroços, uns certos judeus da Ásia,
24.19 os quais convinha que estivessem presentes perante ti e me acusassem, se alguma coisa contra mim tivessem.
24.20 Ou digam estes mesmos se acharam em mim alguma iniqüidade, quando compareci perante o conselho,
24.21 a não ser estas palavras que, estando entre eles, clamei: hoje, sou julgado por vós acerca da ressurreição dos mortos!
24.22 Então, Félix, havendo ouvido estas coisas, lhes pôs dilação, dizendo: Havendo-me informado melhor deste Caminho, quando o tribuno Lísias tiver descido, então tomarei inteiro conhecimento dos vossos negócios.
24.23 E mandou ao centurião que o guardassem em prisão, tratando-o com brandura, e que a ninguém dos seus proibisse servi-lo ou vir ter com ele.
24.24 Alguns dias depois, vindo Félix com sua mulher Drusila, que era judia, mandou chamar a Paulo e ouviu-o acerca da fé em Cristo.
24.25 E, tratando ele da justiça, e da temperança, e do Juízo vindouro, Félix, espavorido, respondeu: Por agora, vai-te, e, em tendo oportunidade, te chamarei;
24.26 esperando, ao mesmo tempo, que Paulo lhe desse dinheiro, para que o soltasse; pelo que também, muitas vezes, o mandava chamar e falava com ele.
24.27 Mas, passados dois anos, Félix teve por sucessor a Pórcio Festo; e, querendo Félix comprazer aos judeus, deixou a Paulo preso.
25.1 Entrando, pois, Festo na província, subiu dali a três dias de Cesaréia a Jerusalém.
25.2 E o sumo sacerdote e os principais dos judeus compareceram perante ele contra Paulo e lhe rogaram,
25.3 pedindo como favor, contra ele, que o fizesse vir a Jerusalém, armando ciladas para o matarem no caminho.
25.4 Mas Festo respondeu que Paulo estava guardado em Cesaréia e que ele brevemente partiria para lá.
25.5 Os que, pois, disse, dentre vós têm poder desçam comigo e, se neste varão houver algum crime, acusem-no.
25.6 E, não se demorando entre eles mais de dez dias, desceu a Cesaréia; e, no dia seguinte, assentando-se no tribunal, mandou que trouxessem Paulo.
25.7 Chegando ele, o rodearam os judeus que haviam descido de Jerusalém, trazendo contra Paulo muitas e graves acusações, que não podiam provar.
25.8 Mas ele, em sua defesa, disse: Eu não pequei em coisa alguma contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César.
25.9 Todavia, Festo, querendo comprazer aos judeus, respondendo a Paulo, disse: Queres tu subir a Jerusalém e ser lá perante mim julgado acerca destas coisas?
25.10 Mas Paulo disse: Estou perante o tribunal de César, onde convém que seja julgado; não fiz agravo algum aos judeus, como tu muito bem sabes.
25.11 Se fiz algum agravo ou cometi alguma coisa digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das coisas de que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles. Apelo para César.
25.12 Então, Festo, tendo falado com o conselho, respondeu: Apelaste para César? Para César irás.
25.13 Passados alguns dias, o rei Agripa e Berenice vieram a Cesaréia, a saudar Festo.
25.14 E, como ali ficassem muitos dias, Festo contou ao rei os negócios de Paulo, dizendo: Um certo varão foi deixado por Félix aqui preso,
25.15 a respeito de quem os principais dos sacerdotes e os anciãos dos judeus, estando eu em Jerusalém, compareceram perante mim, pedindo sentença contra ele.
25.16 A eles respondi que não é costume dos romanos entregar algum homem à morte, sem que o acusado tenha presentes os seus acusadores e possa defender-se da acusação.
25.17 De sorte que, chegando eles aqui juntos, no dia seguinte, sem fazer dilação alguma, assentado no tribunal, mandei que trouxessem o homem.
25.18 Acerca dele, estando presentes os acusadores, nenhuma coisa apontaram daquelas que eu suspeitava.
25.19 Tinham, porém, contra ele algumas questões acerca de sua superstição e de um tal Jesus, defunto, que Paulo afirmava viver.
25.20 E, estando eu perplexo acerca da inquirição desta causa, perguntei se queria ir a Jerusalém e lá ser julgado acerca destas coisas.
25.21 Mas, apelando Paulo para que fosse reservado ao conhecimento de Augusto, mandei que o guardassem até que o envie a César.
25.22 Então, Agripa disse a Festo: Bem quisera eu ouvir também esse homem. E ele disse: Amanhã o ouvirás.
25.23 No dia seguinte, vindo Agripa e Berenice, com muito aparato, entraram no auditório com os tribunos e varões principais da cidade, sendo trazido Paulo por mandado de Festo.
25.24 E Festo disse: Rei Agripa e todos os varões que estais presentes conosco, aqui vedes um homem de quem toda a multidão dos judeus me tem falado, tanto em Jerusalém como aqui, clamando que não convém que viva mais.
25.25 Mas, achando eu que nenhuma coisa digna de morte fizera, e apelando ele mesmo também para Augusto, tenho determinado enviar-lho.
25.26 Dele, porém, não tenho coisa alguma certa que escreva ao meu senhor e, por isso, perante vós o trouxe, principalmente perante ti, ó rei Agripa, para que, depois de interrogado, tenha alguma coisa que escrever.
25.27 Porque me parece contra a razão enviar um preso e não notificar contra ele as acusações.
Provérbios
13.1 O filho sábio ouve a correção do pai, mas o escarnecedor não ouve a repreensão.
13.2 Do fruto da boca cada um comerá o bem, mas a alma dos prevaricadores comerá a violência.
13.3 O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios tem perturbação.
13.4 A alma do preguiçoso deseja e coisa nenhuma alcança, mas a alma dos diligentes engorda.
13.5 O justo aborrece a palavra de mentira, mas o ímpio é abominável e se confunde.
13.6 A justiça guarda ao que é sincero no seu caminho, mas a impiedade transtornará o pecador.
13.7 Há quem se faça rico, não tendo coisa nenhuma, e quem se faça pobre, tendo grande riqueza.
13.8 O resgate da vida de cada um são as suas riquezas, mas o pobre não ouve as ameaças.
13.9 A luz dos justos alegra, mas a candeia dos ímpios se apagará.
13.10 Da soberba só provém a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria.
13.11 A fazenda que procede da vaidade diminuirá, mas quem a ajunta pelo trabalho terá aumento.
13.12 A esperança demorada enfraquece o coração, mas o desejo chegado é árvore de vida.
13.2 Do fruto da boca cada um comerá o bem, mas a alma dos prevaricadores comerá a violência.
13.3 O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios tem perturbação.
13.4 A alma do preguiçoso deseja e coisa nenhuma alcança, mas a alma dos diligentes engorda.
13.5 O justo aborrece a palavra de mentira, mas o ímpio é abominável e se confunde.
13.6 A justiça guarda ao que é sincero no seu caminho, mas a impiedade transtornará o pecador.
13.7 Há quem se faça rico, não tendo coisa nenhuma, e quem se faça pobre, tendo grande riqueza.
13.8 O resgate da vida de cada um são as suas riquezas, mas o pobre não ouve as ameaças.
13.9 A luz dos justos alegra, mas a candeia dos ímpios se apagará.
13.10 Da soberba só provém a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria.
13.11 A fazenda que procede da vaidade diminuirá, mas quem a ajunta pelo trabalho terá aumento.
13.12 A esperança demorada enfraquece o coração, mas o desejo chegado é árvore de vida.
Atos
22.1 — Meus senhores, irmãos e pais, escutem o que eu vou dizer a vocês em minha defesa!
22.2 Quando o ouviram falar em hebraico, eles ficaram mais quietos ainda. Então Paulo disse:
22.3 — Eu sou judeu, nascido em Tarso, na região da Cilícia, mas fui criado aqui em Jerusalém como aluno de Gamaliel. Fui educado muito rigorosamente dentro da lei dos nossos antepassados. Eu era muito dedicado a Deus, como todos vocês aqui também são.
22.4 Persegui os que seguiam este Caminho e fiz com que alguns fossem condenados à morte. Prendi homens e mulheres e os joguei na cadeia.
22.5 O Grande Sacerdote e todo o Conselho Superior podem provar que estou dizendo a verdade, pois eu recebi cartas deles, escritas para os irmãos judeus que moram em Damasco. E fui até lá para prender os seguidores deste Caminho e trazê-los presos com correntes a Jerusalém, a fim de serem castigados.
22.6 E Paulo continuou: — Eu estava viajando, já perto de Damasco, e era mais ou menos meio-dia. De repente, uma forte luz que vinha do céu brilhou em volta de mim.
22.7 Eu caí no chão e ouvi uma voz que me dizia: “Saulo, Saulo, por que você me persegue?”
22.8 — Então eu perguntei: “Quem é o senhor?” — “Eu sou Jesus de Nazaré, aquele que você persegue!” — respondeu ele.
22.9 — Os homens que viajavam comigo viram a luz, porém não ouviram a voz de quem falava comigo.
22.10 Eu perguntei: “Senhor, o que devo fazer?” — E o Senhor respondeu: “Levante-se e entre na cidade de Damasco. Ali alguém vai lhe dizer tudo o que Deus quer que você faça.”
22.11 — Aquela luz brilhante tinha me deixado cego. Por isso os meus companheiros me pegaram pela mão e me levaram até Damasco.
22.12 Havia ali um homem chamado Ananias. Ele era religioso, obedecia à nossa Lei, e todos os judeus que moravam em Damasco o respeitavam.
22.13 Esse homem veio me procurar, chegou perto de mim e disse: “Irmão Saulo, veja de novo!” — No mesmo instante comecei a ver de novo e olhei para ele.
22.14 Então ele disse: “Saulo, o Deus dos nossos antepassados escolheu você para conhecer a vontade dele, para ver o seu Bom Servo e para ouvir o Servo falar com você pessoalmente.
22.15 Pois você será testemunha dele para dizer a todos aquilo que você tem visto e ouvido.
22.16 E agora não espere mais. Levante-se, peça a ajuda do Senhor e seja batizado, e os seus pecados serão perdoados.”
22.17 E Paulo terminou, dizendo: — Então eu voltei para Jerusalém. Quando estava orando no Templo, tive uma visão.
22.18 Vi o Senhor, e ele me disse: “Saia depressa de Jerusalém porque as pessoas daqui não aceitarão o que você vai dizer a meu respeito.”
22.19 — Eu respondi: “Senhor, eles sabem muito bem que eu ia às sinagogas, e prendia os que criam em ti, e batia neles.
22.20 Quando estavam matando Estêvão, que falava a respeito de ti, ó Senhor, eu estava ali, concordando com aquele crime. E até tomei conta das capas dos assassinos dele.”
22.21 — Aí o Senhor disse: “Vá, pois eu vou enviá-lo para bem longe; vou enviá-lo aos não-judeus.”
22.22 A multidão ficou ouvindo Paulo até que ele disse isso, mas aí eles começaram a gritar com toda a força: — Matem esse homem! — Ele não merece viver!
22.23 Eles gritavam, sacudiam as capas no ar e jogavam poeira para cima.
22.24 Então o comandante mandou que os seus soldados levassem Paulo para dentro da fortaleza. Mandou também que o chicoteassem para que ele contasse por que a multidão estava gritando contra ele.
22.25 Porém, quando o estavam amarrando para chicoteá-lo, Paulo perguntou ao oficial romano que estava perto dele: — Será que vocês têm o direito de chicotear um cidadão romano, especialmente um que não foi condenado por nenhum crime?
22.26 Quando o oficial ouviu isso, foi falar com o comandante e disse: — O que é que o senhor vai fazer? Aquele homem é cidadão romano!
22.27 Então o comandante foi falar com Paulo e perguntou: — Me diga uma coisa: você é mesmo cidadão romano? — Sou! — respondeu Paulo.
22.28 Aí o comandante disse: — Eu também sou, e isso me custou muito dinheiro. Paulo respondeu: — Pois eu sou cidadão romano de nascimento.
22.29 Imediatamente os homens que iam chicoteá-lo recuaram. E o próprio comandante ficou com medo ao saber que Paulo era cidadão romano e ele tinha mandado amarrá-lo.
22.30 O comandante queria saber com certeza por que os judeus estavam acusando Paulo. Então, no dia seguinte, mandou que tirassem as correntes que o prendiam e ordenou que os chefes dos sacerdotes e todo o Conselho Superior se reunissem. Depois mandou que trouxessem Paulo e o colocassem em frente deles.
23.1 Então Paulo olhou firmemente para os membros do Conselho e disse: — Meus irmãos, tenho vivido até hoje com a consciência limpa diante de Deus.
23.2 Mas Ananias, o Grande Sacerdote, mandou que os homens que estavam perto de Paulo dessem um tapa na boca dele.
23.3 Aí Paulo disse a Ananias: — Hipócrita, Deus o castigará por isso! Você está sentado aí para me julgar de acordo com a Lei, não é? Então como é que mandou bater em mim? Isso é contra a Lei!
23.4 Os homens que estavam perto de Paulo perguntaram: — Você está insultando o Grande Sacerdote, o servo de Deus?
23.5 Paulo respondeu: — Meus irmãos, eu não sabia que ele é o Grande Sacerdote. Pois as Escrituras Sagradas dizem: “Não fale mal de nenhuma das autoridades do seu povo.”
23.6 Quando Paulo percebeu que alguns do Conselho eram do partido dos saduceus e outros do partido dos fariseus, disse bem alto: — Meus irmãos, eu sou fariseu e filho de fariseus. Estou aqui sendo julgado porque creio que os mortos vão ressuscitar.
23.7 Assim que ele disse isso, os fariseus e os saduceus começaram a discutir, e o Conselho se dividiu.
23.8 É que os saduceus não crêem que os mortos vão ressuscitar, nem que existem anjos ou espíritos; mas os fariseus crêem nessas coisas.
23.9 E assim a gritaria aumentou ainda mais. Então alguns mestres da Lei que pertenciam ao partido dos fariseus se levantaram e protestaram. Eles disseram: — Não vemos nenhum mal neste homem. Pode ser mesmo que um anjo ou um espírito tenha falado com ele.
23.10 A briga chegou a tal ponto, que o comandante ficou com medo de que Paulo fosse despedaçado por eles. Por isso mandou os guardas descerem para tirar Paulo do meio deles e o levar de volta para a fortaleza.
23.11 Na noite seguinte o Senhor Jesus apareceu a Paulo e disse: — Tenha coragem, Paulo! Você falou a meu respeito aqui em Jerusalém e vai falar também em Roma.
23.12 Na manhã seguinte alguns judeus se ajuntaram e juraram que não iam comer nem beber nada enquanto não matassem Paulo.
23.13 Os homens que combinaram fazer isso eram mais de quarenta.
23.14 Eles foram falar com os chefes dos sacerdotes e com os líderes do povo e disseram: — Nós fizemos o seguinte juramento: “Que Deus nos amaldiçoe se comermos ou bebermos qualquer coisa enquanto não matarmos Paulo.”
23.15 Agora vocês e o Conselho Superior, mandem pedir ao comandante que traga Paulo aqui. Digam que estão querendo examinar melhor o caso dele. Então, antes que ele chegue, nós estaremos prontos para matá-lo.
23.16 Mas o filho da irmã de Paulo ficou sabendo do plano; ele entrou na fortaleza e contou tudo a Paulo.
23.17 Então Paulo chamou um dos oficiais e disse: — Leve este moço ao comandante. Ele tem uma coisa para contar a ele.
23.18 O oficial levou o moço ao comandante e disse: — Aquele preso que se chama Paulo mandou me chamar e pediu que eu trouxesse este moço porque ele tem uma informação para o senhor.
23.19 O comandante pegou o moço pela mão, levou-o para um lado e perguntou: — O que é que você tem para me contar?
23.20 Ele respondeu: — Alguns judeus combinaram pedir ao senhor que leve Paulo amanhã ao Conselho Superior, com a desculpa de quererem examinar melhor o caso dele.
23.21 Mas não acredite nisso, pois mais de quarenta deles vão ficar escondidos esperando Paulo para o matar. Todos eles fizeram este juramento: “Que Deus nos amaldiçoe se comermos ou bebermos qualquer coisa antes de termos matado Paulo.” Eles estão prontos para cumprir o juramento e esperam apenas saber o que o senhor vai resolver.
23.22 Então o comandante respondeu: — Não diga a ninguém que você me contou isso. E mandou que o moço fosse embora.
23.23 Então o comandante chamou dois oficiais e disse: — Arranjem duzentos soldados, e mais setenta cavaleiros, e duzentos lanceiros para ir até a cidade de Cesaréia. Estejam prontos para sair daqui às nove horas da noite.
23.24 Preparem também cavalos para Paulo montar e o levem com toda a segurança para o governador Félix.
23.25 Depois o comandante escreveu uma carta que dizia o seguinte:
23.26 “Excelentíssimo Governador Félix, “Saudações.
23.27 “Alguns judeus agarraram este homem e quase o mataram. Quando soube que ele era cidadão romano, eu fui com os meus soldados e não deixei que ele fosse morto.
23.28 Eu queria saber por que o estavam acusando e por isso resolvi levá-lo diante do Conselho Superior dos judeus.
23.29 Então descobri que ele não tinha feito nada para merecer a prisão ou a morte. A acusação contra ele era a respeito da própria lei deles.
23.30 Quando fui informado de que havia um plano para matá-lo, resolvi mandá-lo ao senhor. E disse para aqueles judeus que fizessem as acusações na sua presença. “Saúde. “Cláudio Lísias.”
23.31 Então os soldados cumpriram as ordens. Pegaram Paulo e o levaram durante a noite até a cidade de Antipátride.
23.32 No dia seguinte os soldados voltaram para a fortaleza, deixando que os cavaleiros continuassem a viagem com Paulo.
23.33 Eles o levaram para a cidade de Cesaréia, deram a carta ao Governador e lhe entregaram Paulo.
23.34 O Governador leu a carta e perguntou a Paulo de onde ele era. Quando soube que era da região da Cilícia,
23.35 disse: — Quando os seus acusadores chegarem, eu ouvirei o que você tem para dizer. Em seguida mandou que ele ficasse preso no palácio do Governador.
24.1 Cinco dias depois o Grande Sacerdote Ananias foi até Cesaréia com alguns líderes do povo e com um advogado chamado Tértulo. Eles se apresentaram ao governador Félix para fazer acusações contra Paulo.
24.2 Depois que Paulo foi chamado, Tértulo começou a acusação, dizendo: — Excelentíssimo Senhor Governador, o seu governo nos tem trazido um longo tempo de paz, e graças à sua sábia administração muitas reformas necessárias estão sendo feitas para o bem deste povo.
24.3 Somos muito agradecidos por tudo aquilo que temos recebido em todas as ocasiões e em todos os lugares.
24.4 Mas não quero tomar muito do seu tempo e por isso peço que tenha a bondade de nos escutar apenas um pouco mais.
24.5 Nós achamos, de fato, que este homem é uma peste. Ele provoca desordens entre os judeus do mundo inteiro e é também o líder do partido dos nazarenos.
24.6 Além disso tentou profanar o Templo, e então nós o prendemos. Nós íamos julgá-lo de acordo com a nossa Lei,
24.7 mas o comandante Lísias veio e o tirou de nós à força.
24.8 Aí o próprio Lísias mandou que os acusadores viessem até aqui e fizessem a acusação diante do senhor. Se o senhor fizer perguntas a este homem, ele mesmo confirmará todas as acusações que estamos fazendo contra ele.
24.9 Então os judeus concordaram, dizendo que tudo era verdade.
24.10 O Governador fez sinal para que Paulo falasse. Então ele disse: — Eu sei que há muitos anos o senhor é juiz do povo judeu e por isso eu me sinto à vontade para fazer a minha defesa na sua presença.
24.11 Como o senhor mesmo pode comprovar, faz apenas doze dias que fui a Jerusalém para adorar a Deus.
24.12 Os judeus não me viram discutindo com ninguém nos pátios do Templo, nem agitando o povo nas suas sinagogas ou em qualquer outro lugar da cidade.
24.13 E eles não podem provar nenhuma das acusações que agora estão fazendo contra mim.
24.14 Porém uma coisa confesso ao senhor: eu sigo o Caminho que os judeus dizem ser falso; mas é desse modo que sirvo ao Deus dos nossos antepassados. Creio em tudo o que está escrito na Lei de Moisés e nos livros dos Profetas.
24.15 Eu e os meus acusadores temos esta mesma esperança em Deus: todos vão ressuscitar, tanto os bons como os maus.
24.16 Por isso faço tudo para sempre ter a consciência limpa diante de Deus e das pessoas.
24.17 E Paulo continuou: — Depois de ter ficado fora de Jerusalém durante alguns anos, voltei para lá a fim de levar algum dinheiro para o meu próprio povo e para oferecer sacrifícios.
24.18 Quando estava fazendo isso, depois de eu ter acabado a cerimônia de purificação, alguns judeus me encontraram na área do Templo. Não havia muita gente comigo nem desordem.
24.19 Porém alguns judeus da província da Ásia estavam lá. São eles que devem se apresentar diante do senhor e fazer as acusações, se é que têm alguma coisa contra mim.
24.20 Ou então que estes homens que estão aqui digam se, quando eu estive diante do Conselho Superior, eles me acharam culpado de qualquer crime.
24.21 Quando estava de pé diante deles, eu apenas disse em voz alta: “Hoje estou sendo julgado por vocês porque creio que os mortos vão ressuscitar.”
24.22 Então Félix, que estava bem informado a respeito do Caminho, deixou a questão para depois, dizendo a eles: — Quando o comandante Lísias chegar, eu resolverei o caso de vocês.
24.23 Ele mandou que o oficial pusesse um guarda para tomar conta de Paulo e ordenou que lhe dessem alguma liberdade e licença para receber ajuda dos amigos.
24.24 Alguns dias mais tarde Félix veio com Drusila, a sua esposa, que era judia. Mandou chamar Paulo e o ouviu falar a respeito da fé em Cristo Jesus.
24.25 Mas, quando Paulo começou a falar sobre uma vida correta, o domínio próprio e o Dia do Juízo Final, Félix ficou com medo e disse: — Agora pode ir. Quando eu puder, chamarei você de novo.
24.26 Além disso Félix esperava que Paulo lhe desse algum dinheiro. Por isso o chamava muitas vezes e conversava com ele.
24.27 Dois anos depois Pórcio Festo ficou no lugar de Félix como governador. Félix queria agradar os judeus; por isso, ao sair, deixou Paulo na prisão.
25.1 Três dias depois de chegar àquela província, Festo saiu da cidade de Cesaréia e foi até Jerusalém.
25.2 Os chefes dos sacerdotes e os líderes judeus apresentaram lá as suas acusações contra Paulo e pediram a Festo
25.3 o favor de mandar trazer Paulo para Jerusalém. É que eles tinham combinado matar Paulo no caminho.
25.4 Mas Festo respondeu: — Paulo está preso em Cesaréia, e eu logo voltarei para lá.
25.5 Que os líderes de vocês me acompanhem até lá e o acusem, se é que ele fez algum mal.
25.6 Festo passou oito ou dez dias entre eles e depois voltou para Cesaréia. No dia seguinte sentou-se no tribunal e mandou que trouxessem Paulo.
25.7 Quando Paulo chegou, os judeus que tinham vindo de Jerusalém ficaram em volta dele e começaram a fazer muitas acusações graves, mas não conseguiram provar nada.
25.8 Então Paulo se defendeu, dizendo: — Eu não fiz nada contra a lei dos judeus, nem contra o Templo, nem contra o Imperador.
25.9 Festo, querendo agradar os judeus, perguntou a Paulo: — Você não quer ir a Jerusalém e ser julgado lá por mim a respeito destas coisas?
25.10 Paulo respondeu: — Estou diante do tribunal do Imperador romano, e é aqui que devo ser julgado. Não fiz mal nenhum aos judeus, como o senhor sabe muito bem.
25.11 Se não respeitei a lei ou se fiz alguma coisa que mereça a pena de morte, estou pronto para morrer. Mas, se o que dizem contra mim não é verdade, ninguém pode me entregar a eles. Portanto, apelo para o Imperador.
25.12 Então Festo, depois de conversar com os seus conselheiros, disse: — Já que você apelou para o Imperador, então irá para o Imperador.
25.13 Alguns dias depois o rei Agripa e Berenice, sua irmã, chegaram a Cesaréia para cumprimentar Festo.
25.14 Quando já fazia alguns dias que eles estavam lá, Festo contou ao rei o caso de Paulo. Ele disse: — Está aqui um homem que Félix deixou como prisioneiro.
25.15 Quando fui a Jerusalém, os chefes dos sacerdotes e os líderes dos judeus fizeram acusações contra ele e me pediram que o condenasse.
25.16 Mas eu lhes disse que os romanos não costumam condenar ninguém sem primeiro colocar os acusadores diante do acusado, dando a este a oportunidade de se defender.
25.17 Por isso, quando eles vieram até aqui, não perdi tempo, e, logo no dia seguinte, sentei no tribunal, e mandei que trouxessem o homem.
25.18 Os seus inimigos chegaram, mas não o acusaram de nenhum crime grave como pensei que iam fazer.
25.19 A única acusação que tinham contra ele era a respeito da própria religião deles e também sobre um homem que já morreu, chamado Jesus. Paulo afirma que esse homem está vivo.
25.20 Eu não sabia como conseguir informações sobre esse assunto. Por isso perguntei a Paulo se queria ir a Jerusalém para ser julgado lá a respeito dessas acusações.
25.21 Mas Paulo apelou para o Imperador e pediu para ficar preso até que o Imperador resolvesse o seu caso. Então mandei os guardas tomarem conta dele até que eu pudesse mandá-lo para o Imperador.
25.22 Aí Agripa disse a Festo: — Eu gostaria de ouvir esse homem. — Amanhã o senhor vai ouvi-lo! — respondeu Festo.
25.23 No dia seguinte Agripa e Berenice chegaram com grande cerimônia e pompa. Entraram na sala de audiências com os chefes militares e os homens mais importantes da cidade. Festo mandou que trouxessem Paulo
25.24 e disse: — Rei Agripa e todos os que estão aqui, vejam este homem! É contra ele que todos os judeus, tanto daqui como de Jerusalém, estão fazendo acusações diante de mim. Eles insistem em dizer que este homem deve morrer,
25.25 mas eu acho que ele não fez nada para ser condenado à morte. Como ele mesmo pediu para ser julgado pelo Imperador, resolvi atendê-lo.
25.26 Porém até agora não sei bem o que escrever a respeito dele ao Imperador. Então eu o trouxe aqui, diante dos senhores — e especialmente do senhor, rei Agripa — a fim de lhe fazer perguntas. Assim terei alguma coisa para escrever.
25.27 Pois acho absurdo mandar um prisioneiro sem explicar claramente as acusações que existem contra ele.
22.2 Quando o ouviram falar em hebraico, eles ficaram mais quietos ainda. Então Paulo disse:
22.3 — Eu sou judeu, nascido em Tarso, na região da Cilícia, mas fui criado aqui em Jerusalém como aluno de Gamaliel. Fui educado muito rigorosamente dentro da lei dos nossos antepassados. Eu era muito dedicado a Deus, como todos vocês aqui também são.
22.4 Persegui os que seguiam este Caminho e fiz com que alguns fossem condenados à morte. Prendi homens e mulheres e os joguei na cadeia.
22.5 O Grande Sacerdote e todo o Conselho Superior podem provar que estou dizendo a verdade, pois eu recebi cartas deles, escritas para os irmãos judeus que moram em Damasco. E fui até lá para prender os seguidores deste Caminho e trazê-los presos com correntes a Jerusalém, a fim de serem castigados.
22.6 E Paulo continuou: — Eu estava viajando, já perto de Damasco, e era mais ou menos meio-dia. De repente, uma forte luz que vinha do céu brilhou em volta de mim.
22.7 Eu caí no chão e ouvi uma voz que me dizia: “Saulo, Saulo, por que você me persegue?”
22.8 — Então eu perguntei: “Quem é o senhor?” — “Eu sou Jesus de Nazaré, aquele que você persegue!” — respondeu ele.
22.9 — Os homens que viajavam comigo viram a luz, porém não ouviram a voz de quem falava comigo.
22.10 Eu perguntei: “Senhor, o que devo fazer?” — E o Senhor respondeu: “Levante-se e entre na cidade de Damasco. Ali alguém vai lhe dizer tudo o que Deus quer que você faça.”
22.11 — Aquela luz brilhante tinha me deixado cego. Por isso os meus companheiros me pegaram pela mão e me levaram até Damasco.
22.12 Havia ali um homem chamado Ananias. Ele era religioso, obedecia à nossa Lei, e todos os judeus que moravam em Damasco o respeitavam.
22.13 Esse homem veio me procurar, chegou perto de mim e disse: “Irmão Saulo, veja de novo!” — No mesmo instante comecei a ver de novo e olhei para ele.
22.14 Então ele disse: “Saulo, o Deus dos nossos antepassados escolheu você para conhecer a vontade dele, para ver o seu Bom Servo e para ouvir o Servo falar com você pessoalmente.
22.15 Pois você será testemunha dele para dizer a todos aquilo que você tem visto e ouvido.
22.16 E agora não espere mais. Levante-se, peça a ajuda do Senhor e seja batizado, e os seus pecados serão perdoados.”
22.17 E Paulo terminou, dizendo: — Então eu voltei para Jerusalém. Quando estava orando no Templo, tive uma visão.
22.18 Vi o Senhor, e ele me disse: “Saia depressa de Jerusalém porque as pessoas daqui não aceitarão o que você vai dizer a meu respeito.”
22.19 — Eu respondi: “Senhor, eles sabem muito bem que eu ia às sinagogas, e prendia os que criam em ti, e batia neles.
22.20 Quando estavam matando Estêvão, que falava a respeito de ti, ó Senhor, eu estava ali, concordando com aquele crime. E até tomei conta das capas dos assassinos dele.”
22.21 — Aí o Senhor disse: “Vá, pois eu vou enviá-lo para bem longe; vou enviá-lo aos não-judeus.”
22.22 A multidão ficou ouvindo Paulo até que ele disse isso, mas aí eles começaram a gritar com toda a força: — Matem esse homem! — Ele não merece viver!
22.23 Eles gritavam, sacudiam as capas no ar e jogavam poeira para cima.
22.24 Então o comandante mandou que os seus soldados levassem Paulo para dentro da fortaleza. Mandou também que o chicoteassem para que ele contasse por que a multidão estava gritando contra ele.
22.25 Porém, quando o estavam amarrando para chicoteá-lo, Paulo perguntou ao oficial romano que estava perto dele: — Será que vocês têm o direito de chicotear um cidadão romano, especialmente um que não foi condenado por nenhum crime?
22.26 Quando o oficial ouviu isso, foi falar com o comandante e disse: — O que é que o senhor vai fazer? Aquele homem é cidadão romano!
22.27 Então o comandante foi falar com Paulo e perguntou: — Me diga uma coisa: você é mesmo cidadão romano? — Sou! — respondeu Paulo.
22.28 Aí o comandante disse: — Eu também sou, e isso me custou muito dinheiro. Paulo respondeu: — Pois eu sou cidadão romano de nascimento.
22.29 Imediatamente os homens que iam chicoteá-lo recuaram. E o próprio comandante ficou com medo ao saber que Paulo era cidadão romano e ele tinha mandado amarrá-lo.
22.30 O comandante queria saber com certeza por que os judeus estavam acusando Paulo. Então, no dia seguinte, mandou que tirassem as correntes que o prendiam e ordenou que os chefes dos sacerdotes e todo o Conselho Superior se reunissem. Depois mandou que trouxessem Paulo e o colocassem em frente deles.
23.1 Então Paulo olhou firmemente para os membros do Conselho e disse: — Meus irmãos, tenho vivido até hoje com a consciência limpa diante de Deus.
23.2 Mas Ananias, o Grande Sacerdote, mandou que os homens que estavam perto de Paulo dessem um tapa na boca dele.
23.3 Aí Paulo disse a Ananias: — Hipócrita, Deus o castigará por isso! Você está sentado aí para me julgar de acordo com a Lei, não é? Então como é que mandou bater em mim? Isso é contra a Lei!
23.4 Os homens que estavam perto de Paulo perguntaram: — Você está insultando o Grande Sacerdote, o servo de Deus?
23.5 Paulo respondeu: — Meus irmãos, eu não sabia que ele é o Grande Sacerdote. Pois as Escrituras Sagradas dizem: “Não fale mal de nenhuma das autoridades do seu povo.”
23.6 Quando Paulo percebeu que alguns do Conselho eram do partido dos saduceus e outros do partido dos fariseus, disse bem alto: — Meus irmãos, eu sou fariseu e filho de fariseus. Estou aqui sendo julgado porque creio que os mortos vão ressuscitar.
23.7 Assim que ele disse isso, os fariseus e os saduceus começaram a discutir, e o Conselho se dividiu.
23.8 É que os saduceus não crêem que os mortos vão ressuscitar, nem que existem anjos ou espíritos; mas os fariseus crêem nessas coisas.
23.9 E assim a gritaria aumentou ainda mais. Então alguns mestres da Lei que pertenciam ao partido dos fariseus se levantaram e protestaram. Eles disseram: — Não vemos nenhum mal neste homem. Pode ser mesmo que um anjo ou um espírito tenha falado com ele.
23.10 A briga chegou a tal ponto, que o comandante ficou com medo de que Paulo fosse despedaçado por eles. Por isso mandou os guardas descerem para tirar Paulo do meio deles e o levar de volta para a fortaleza.
23.11 Na noite seguinte o Senhor Jesus apareceu a Paulo e disse: — Tenha coragem, Paulo! Você falou a meu respeito aqui em Jerusalém e vai falar também em Roma.
23.12 Na manhã seguinte alguns judeus se ajuntaram e juraram que não iam comer nem beber nada enquanto não matassem Paulo.
23.13 Os homens que combinaram fazer isso eram mais de quarenta.
23.14 Eles foram falar com os chefes dos sacerdotes e com os líderes do povo e disseram: — Nós fizemos o seguinte juramento: “Que Deus nos amaldiçoe se comermos ou bebermos qualquer coisa enquanto não matarmos Paulo.”
23.15 Agora vocês e o Conselho Superior, mandem pedir ao comandante que traga Paulo aqui. Digam que estão querendo examinar melhor o caso dele. Então, antes que ele chegue, nós estaremos prontos para matá-lo.
23.16 Mas o filho da irmã de Paulo ficou sabendo do plano; ele entrou na fortaleza e contou tudo a Paulo.
23.17 Então Paulo chamou um dos oficiais e disse: — Leve este moço ao comandante. Ele tem uma coisa para contar a ele.
23.18 O oficial levou o moço ao comandante e disse: — Aquele preso que se chama Paulo mandou me chamar e pediu que eu trouxesse este moço porque ele tem uma informação para o senhor.
23.19 O comandante pegou o moço pela mão, levou-o para um lado e perguntou: — O que é que você tem para me contar?
23.20 Ele respondeu: — Alguns judeus combinaram pedir ao senhor que leve Paulo amanhã ao Conselho Superior, com a desculpa de quererem examinar melhor o caso dele.
23.21 Mas não acredite nisso, pois mais de quarenta deles vão ficar escondidos esperando Paulo para o matar. Todos eles fizeram este juramento: “Que Deus nos amaldiçoe se comermos ou bebermos qualquer coisa antes de termos matado Paulo.” Eles estão prontos para cumprir o juramento e esperam apenas saber o que o senhor vai resolver.
23.22 Então o comandante respondeu: — Não diga a ninguém que você me contou isso. E mandou que o moço fosse embora.
23.23 Então o comandante chamou dois oficiais e disse: — Arranjem duzentos soldados, e mais setenta cavaleiros, e duzentos lanceiros para ir até a cidade de Cesaréia. Estejam prontos para sair daqui às nove horas da noite.
23.24 Preparem também cavalos para Paulo montar e o levem com toda a segurança para o governador Félix.
23.25 Depois o comandante escreveu uma carta que dizia o seguinte:
23.26 “Excelentíssimo Governador Félix, “Saudações.
23.27 “Alguns judeus agarraram este homem e quase o mataram. Quando soube que ele era cidadão romano, eu fui com os meus soldados e não deixei que ele fosse morto.
23.28 Eu queria saber por que o estavam acusando e por isso resolvi levá-lo diante do Conselho Superior dos judeus.
23.29 Então descobri que ele não tinha feito nada para merecer a prisão ou a morte. A acusação contra ele era a respeito da própria lei deles.
23.30 Quando fui informado de que havia um plano para matá-lo, resolvi mandá-lo ao senhor. E disse para aqueles judeus que fizessem as acusações na sua presença. “Saúde. “Cláudio Lísias.”
23.31 Então os soldados cumpriram as ordens. Pegaram Paulo e o levaram durante a noite até a cidade de Antipátride.
23.32 No dia seguinte os soldados voltaram para a fortaleza, deixando que os cavaleiros continuassem a viagem com Paulo.
23.33 Eles o levaram para a cidade de Cesaréia, deram a carta ao Governador e lhe entregaram Paulo.
23.34 O Governador leu a carta e perguntou a Paulo de onde ele era. Quando soube que era da região da Cilícia,
23.35 disse: — Quando os seus acusadores chegarem, eu ouvirei o que você tem para dizer. Em seguida mandou que ele ficasse preso no palácio do Governador.
24.1 Cinco dias depois o Grande Sacerdote Ananias foi até Cesaréia com alguns líderes do povo e com um advogado chamado Tértulo. Eles se apresentaram ao governador Félix para fazer acusações contra Paulo.
24.2 Depois que Paulo foi chamado, Tértulo começou a acusação, dizendo: — Excelentíssimo Senhor Governador, o seu governo nos tem trazido um longo tempo de paz, e graças à sua sábia administração muitas reformas necessárias estão sendo feitas para o bem deste povo.
24.3 Somos muito agradecidos por tudo aquilo que temos recebido em todas as ocasiões e em todos os lugares.
24.4 Mas não quero tomar muito do seu tempo e por isso peço que tenha a bondade de nos escutar apenas um pouco mais.
24.5 Nós achamos, de fato, que este homem é uma peste. Ele provoca desordens entre os judeus do mundo inteiro e é também o líder do partido dos nazarenos.
24.6 Além disso tentou profanar o Templo, e então nós o prendemos. Nós íamos julgá-lo de acordo com a nossa Lei,
24.7 mas o comandante Lísias veio e o tirou de nós à força.
24.8 Aí o próprio Lísias mandou que os acusadores viessem até aqui e fizessem a acusação diante do senhor. Se o senhor fizer perguntas a este homem, ele mesmo confirmará todas as acusações que estamos fazendo contra ele.
24.9 Então os judeus concordaram, dizendo que tudo era verdade.
24.10 O Governador fez sinal para que Paulo falasse. Então ele disse: — Eu sei que há muitos anos o senhor é juiz do povo judeu e por isso eu me sinto à vontade para fazer a minha defesa na sua presença.
24.11 Como o senhor mesmo pode comprovar, faz apenas doze dias que fui a Jerusalém para adorar a Deus.
24.12 Os judeus não me viram discutindo com ninguém nos pátios do Templo, nem agitando o povo nas suas sinagogas ou em qualquer outro lugar da cidade.
24.13 E eles não podem provar nenhuma das acusações que agora estão fazendo contra mim.
24.14 Porém uma coisa confesso ao senhor: eu sigo o Caminho que os judeus dizem ser falso; mas é desse modo que sirvo ao Deus dos nossos antepassados. Creio em tudo o que está escrito na Lei de Moisés e nos livros dos Profetas.
24.15 Eu e os meus acusadores temos esta mesma esperança em Deus: todos vão ressuscitar, tanto os bons como os maus.
24.16 Por isso faço tudo para sempre ter a consciência limpa diante de Deus e das pessoas.
24.17 E Paulo continuou: — Depois de ter ficado fora de Jerusalém durante alguns anos, voltei para lá a fim de levar algum dinheiro para o meu próprio povo e para oferecer sacrifícios.
24.18 Quando estava fazendo isso, depois de eu ter acabado a cerimônia de purificação, alguns judeus me encontraram na área do Templo. Não havia muita gente comigo nem desordem.
24.19 Porém alguns judeus da província da Ásia estavam lá. São eles que devem se apresentar diante do senhor e fazer as acusações, se é que têm alguma coisa contra mim.
24.20 Ou então que estes homens que estão aqui digam se, quando eu estive diante do Conselho Superior, eles me acharam culpado de qualquer crime.
24.21 Quando estava de pé diante deles, eu apenas disse em voz alta: “Hoje estou sendo julgado por vocês porque creio que os mortos vão ressuscitar.”
24.22 Então Félix, que estava bem informado a respeito do Caminho, deixou a questão para depois, dizendo a eles: — Quando o comandante Lísias chegar, eu resolverei o caso de vocês.
24.23 Ele mandou que o oficial pusesse um guarda para tomar conta de Paulo e ordenou que lhe dessem alguma liberdade e licença para receber ajuda dos amigos.
24.24 Alguns dias mais tarde Félix veio com Drusila, a sua esposa, que era judia. Mandou chamar Paulo e o ouviu falar a respeito da fé em Cristo Jesus.
24.25 Mas, quando Paulo começou a falar sobre uma vida correta, o domínio próprio e o Dia do Juízo Final, Félix ficou com medo e disse: — Agora pode ir. Quando eu puder, chamarei você de novo.
24.26 Além disso Félix esperava que Paulo lhe desse algum dinheiro. Por isso o chamava muitas vezes e conversava com ele.
24.27 Dois anos depois Pórcio Festo ficou no lugar de Félix como governador. Félix queria agradar os judeus; por isso, ao sair, deixou Paulo na prisão.
25.1 Três dias depois de chegar àquela província, Festo saiu da cidade de Cesaréia e foi até Jerusalém.
25.2 Os chefes dos sacerdotes e os líderes judeus apresentaram lá as suas acusações contra Paulo e pediram a Festo
25.3 o favor de mandar trazer Paulo para Jerusalém. É que eles tinham combinado matar Paulo no caminho.
25.4 Mas Festo respondeu: — Paulo está preso em Cesaréia, e eu logo voltarei para lá.
25.5 Que os líderes de vocês me acompanhem até lá e o acusem, se é que ele fez algum mal.
25.6 Festo passou oito ou dez dias entre eles e depois voltou para Cesaréia. No dia seguinte sentou-se no tribunal e mandou que trouxessem Paulo.
25.7 Quando Paulo chegou, os judeus que tinham vindo de Jerusalém ficaram em volta dele e começaram a fazer muitas acusações graves, mas não conseguiram provar nada.
25.8 Então Paulo se defendeu, dizendo: — Eu não fiz nada contra a lei dos judeus, nem contra o Templo, nem contra o Imperador.
25.9 Festo, querendo agradar os judeus, perguntou a Paulo: — Você não quer ir a Jerusalém e ser julgado lá por mim a respeito destas coisas?
25.10 Paulo respondeu: — Estou diante do tribunal do Imperador romano, e é aqui que devo ser julgado. Não fiz mal nenhum aos judeus, como o senhor sabe muito bem.
25.11 Se não respeitei a lei ou se fiz alguma coisa que mereça a pena de morte, estou pronto para morrer. Mas, se o que dizem contra mim não é verdade, ninguém pode me entregar a eles. Portanto, apelo para o Imperador.
25.12 Então Festo, depois de conversar com os seus conselheiros, disse: — Já que você apelou para o Imperador, então irá para o Imperador.
25.13 Alguns dias depois o rei Agripa e Berenice, sua irmã, chegaram a Cesaréia para cumprimentar Festo.
25.14 Quando já fazia alguns dias que eles estavam lá, Festo contou ao rei o caso de Paulo. Ele disse: — Está aqui um homem que Félix deixou como prisioneiro.
25.15 Quando fui a Jerusalém, os chefes dos sacerdotes e os líderes dos judeus fizeram acusações contra ele e me pediram que o condenasse.
25.16 Mas eu lhes disse que os romanos não costumam condenar ninguém sem primeiro colocar os acusadores diante do acusado, dando a este a oportunidade de se defender.
25.17 Por isso, quando eles vieram até aqui, não perdi tempo, e, logo no dia seguinte, sentei no tribunal, e mandei que trouxessem o homem.
25.18 Os seus inimigos chegaram, mas não o acusaram de nenhum crime grave como pensei que iam fazer.
25.19 A única acusação que tinham contra ele era a respeito da própria religião deles e também sobre um homem que já morreu, chamado Jesus. Paulo afirma que esse homem está vivo.
25.20 Eu não sabia como conseguir informações sobre esse assunto. Por isso perguntei a Paulo se queria ir a Jerusalém para ser julgado lá a respeito dessas acusações.
25.21 Mas Paulo apelou para o Imperador e pediu para ficar preso até que o Imperador resolvesse o seu caso. Então mandei os guardas tomarem conta dele até que eu pudesse mandá-lo para o Imperador.
25.22 Aí Agripa disse a Festo: — Eu gostaria de ouvir esse homem. — Amanhã o senhor vai ouvi-lo! — respondeu Festo.
25.23 No dia seguinte Agripa e Berenice chegaram com grande cerimônia e pompa. Entraram na sala de audiências com os chefes militares e os homens mais importantes da cidade. Festo mandou que trouxessem Paulo
25.24 e disse: — Rei Agripa e todos os que estão aqui, vejam este homem! É contra ele que todos os judeus, tanto daqui como de Jerusalém, estão fazendo acusações diante de mim. Eles insistem em dizer que este homem deve morrer,
25.25 mas eu acho que ele não fez nada para ser condenado à morte. Como ele mesmo pediu para ser julgado pelo Imperador, resolvi atendê-lo.
25.26 Porém até agora não sei bem o que escrever a respeito dele ao Imperador. Então eu o trouxe aqui, diante dos senhores — e especialmente do senhor, rei Agripa — a fim de lhe fazer perguntas. Assim terei alguma coisa para escrever.
25.27 Pois acho absurdo mandar um prisioneiro sem explicar claramente as acusações que existem contra ele.
Provérbios
13.1 O filho sábio aceita os ensinamentos do pai, mas o que zomba de tudo nunca reconhece que está errado.
13.2 Os bons serão recompensados pelo que dizem; os traiçoeiros só desejam a violência.
13.3 Quem toma cuidado com o que diz está protegendo a sua própria vida, mas quem fala demais destrói a si mesmo.
13.4 Por mais que o preguiçoso deseje alguma coisa, ele não conseguirá, mas a pessoa esforçada consegue o que deseja.
13.5 Os homens honestos odeiam a mentira, porém os maus dizem coisas indecentes e vergonhosas.
13.6 A justiça protege os inocentes, mas a maldade do pecador o leva à desgraça.
13.7 Algumas pessoas não têm nada, mas fazem de conta que são ricas; outras têm muito dinheiro, mas fingem que são pobres.
13.8 O rico tem de usar o seu dinheiro para pagar o resgate por sua vida, mas ninguém ameaça o pobre.
13.9 Os homens corretos são como uma luz brilhante, porém os maus são como uma vela que está se apagando.
13.10 O orgulho só traz brigas; é mais sábio pedir conselhos.
13.11 A riqueza que é fácil de ganhar é fácil de perder; quanto mais difícil for para ganhar, mais você terá.
13.12 A esperança adiada faz o coração ficar doente, mas o desejo realizado enche o coração de vida.
13.2 Os bons serão recompensados pelo que dizem; os traiçoeiros só desejam a violência.
13.3 Quem toma cuidado com o que diz está protegendo a sua própria vida, mas quem fala demais destrói a si mesmo.
13.4 Por mais que o preguiçoso deseje alguma coisa, ele não conseguirá, mas a pessoa esforçada consegue o que deseja.
13.5 Os homens honestos odeiam a mentira, porém os maus dizem coisas indecentes e vergonhosas.
13.6 A justiça protege os inocentes, mas a maldade do pecador o leva à desgraça.
13.7 Algumas pessoas não têm nada, mas fazem de conta que são ricas; outras têm muito dinheiro, mas fingem que são pobres.
13.8 O rico tem de usar o seu dinheiro para pagar o resgate por sua vida, mas ninguém ameaça o pobre.
13.9 Os homens corretos são como uma luz brilhante, porém os maus são como uma vela que está se apagando.
13.10 O orgulho só traz brigas; é mais sábio pedir conselhos.
13.11 A riqueza que é fácil de ganhar é fácil de perder; quanto mais difícil for para ganhar, mais você terá.
13.12 A esperança adiada faz o coração ficar doente, mas o desejo realizado enche o coração de vida.
Acts
22:1 Men, brethren, and fathers, hear ye my defence [which I make] now unto you.
22:2 (And when they heard that he spake in the Hebrew tongue to them, they kept the more silence: and he saith,)
22:3 I am verily a man [which am] a Jew, born in Tarsus, [a city] in Cilicia, yet brought up in this city at the feet of Gamaliel, [and] taught according to the perfect manner of the law of the fathers, and was zealous toward God, as ye all are this day.
22:4 And I persecuted this way unto the death, binding and delivering into prisons both men and women.
22:5 As also the high priest doth bear me witness, and all the estate of the elders: from whom also I received letters unto the brethren, and went to Damascus, to bring them which were there bound unto Jerusalem, for to be punished.
22:6 And it came to pass, that, as I made my journey, and was come nigh unto Damascus about noon, suddenly there shone from heaven a great light round about me.
22:7 And I fell unto the ground, and heard a voice saying unto me, Saul, Saul, why persecutest thou me?
22:8 And I answered, Who art thou, Lord? And he said unto me, I am Jesus of Nazareth, whom thou persecutest.
22:9 And they that were with me saw indeed the light, and were afraid; but they heard not the voice of him that spake to me.
22:10 And I said, What shall I do, Lord? And the Lord said unto me, Arise, and go into Damascus; and there it shall be told thee of all things which are appointed for thee to do.
22:11 And when I could not see for the glory of that light, being led by the hand of them that were with me, I came into Damascus.
22:12 And one Ananias, a devout man according to the law, having a good report of all the Jews which dwelt [there],
22:13 Came unto me, and stood, and said unto me, Brother Saul, receive thy sight. And the same hour I looked up upon him.
22:14 And he said, The God of our fathers hath chosen thee, that thou shouldest know his will, and see that Just One, and shouldest hear the voice of his mouth.
22:15 For thou shalt be his witness unto all men of what thou hast seen and heard.
22:16 And now why tarriest thou? arise, and be baptized, and wash away thy sins, calling on the name of the Lord.
22:17 And it came to pass, that, when I was come again to Jerusalem, even while I prayed in the temple, I was in a trance;
22:18 And saw him saying unto me, Make haste, and get thee quickly out of Jerusalem: for they will not receive thy testimony concerning me.
22:19 And I said, Lord, they know that I imprisoned and beat in every synagogue them that believed on thee:
22:20 And when the blood of thy martyr Stephen was shed, I also was standing by, and consenting unto his death, and kept the raiment of them that slew him.
22:21 And he said unto me, Depart: for I will send thee far hence unto the Gentiles.
22:22 And they gave him audience unto this word, and [then] lifted up their voices, and said, Away with such a [fellow] from the earth: for it is not fit that he should live.
22:23 And as they cried out, and cast off [their] clothes, and threw dust into the air,
22:24 The chief captain commanded him to be brought into the castle, and bade that he should be examined by scourging; that he might know wherefore they cried so against him.
22:25 And as they bound him with thongs, Paul said unto the centurion that stood by, Is it lawful for you to scourge a man that is a Roman, and uncondemned?
22:26 When the centurion heard [that], he went and told the chief captain, saying, Take heed what thou doest: for this man is a Roman.
22:27 Then the chief captain came, and said unto him, Tell me, art thou a Roman? He said, Yea.
22:28 And the chief captain answered, With a great sum obtained I this freedom. And Paul said, But I was [free] born.
22:29 Then straightway they departed from him which should have examined him: and the chief captain also was afraid, after he knew that he was a Roman, and because he had bound him.
22:30 On the morrow, because he would have known the certainty wherefore he was accused of the Jews, he loosed him from [his] bands, and commanded the chief priests and all their council to appear, and brought Paul down, and set him before them.
23:1 And Paul, earnestly beholding the council, said, Men [and] brethren, I have lived in all good conscience before God until this day.
23:2 And the high priest Ananias commanded them that stood by him to smite him on the mouth.
23:3 Then said Paul unto him, God shall smite thee, [thou] whited wall: for sittest thou to judge me after the law, and commandest me to be smitten contrary to the law?
23:4 And they that stood by said, Revilest thou God's high priest?
23:5 Then said Paul, I wist not, brethren, that he was the high priest: for it is written, Thou shalt not speak evil of the ruler of thy people.
23:6 But when Paul perceived that the one part were Sadducees, and the other Pharisees, he cried out in the council, Men [and] brethren, I am a Pharisee, the son of a Pharisee: of the hope and resurrection of the dead I am called in question.
23:7 And when he had so said, there arose a dissension between the Pharisees and the Sadducees: and the multitude was divided.
23:8 For the Sadducees say that there is no resurrection, neither angel, nor spirit: but the Pharisees confess both.
23:9 And there arose a great cry: and the scribes [that were] of the Pharisees' part arose, and strove, saying, We find no evil in this man: but if a spirit or an angel hath spoken to him, let us not fight against God.
23:10 And when there arose a great dissension, the chief captain, fearing lest Paul should have been pulled in pieces of them, commanded the soldiers to go down, and to take him by force from among them, and to bring [him] into the castle.
23:11 And the night following the Lord stood by him, and said, Be of good cheer, Paul: for as thou hast testified of me in Jerusalem, so must thou bear witness also at Rome.
23:12 And when it was day, certain of the Jews banded together, and bound themselves under a curse, saying that they would neither eat nor drink till they had killed Paul.
23:13 And they were more than forty which had made this conspiracy.
23:14 And they came to the chief priests and elders, and said, We have bound ourselves under a great curse, that we will eat nothing until we have slain Paul.
23:15 Now therefore ye with the council signify to the chief captain that he bring him down unto you to morrow, as though ye would enquire something more perfectly concerning him: and we, or ever he come near, are ready to kill him.
23:16 And when Paul's sister's son heard of their lying in wait, he went and entered into the castle, and told Paul.
23:17 Then Paul called one of the centurions unto [him], and said, Bring this young man unto the chief captain: for he hath a certain thing to tell him.
23:18 So he took him, and brought [him] to the chief captain, and said, Paul the prisoner called me unto [him], and prayed me to bring this young man unto thee, who hath something to say unto thee.
23:19 Then the chief captain took him by the hand, and went [with him] aside privately, and asked [him], What is that thou hast to tell me?
23:20 And he said, The Jews have agreed to desire thee that thou wouldest bring down Paul to morrow into the council, as though they would enquire somewhat of him more perfectly.
23:21 But do not thou yield unto them: for there lie in wait for him of them more than forty men, which have bound themselves with an oath, that they will neither eat nor drink till they have killed him: and now are they ready, looking for a promise from thee.
23:22 So the chief captain [then] let the young man depart, and charged [him, See thou] tell no man that thou hast shewed these things to me.
23:23 And he called unto [him] two centurions, saying, Make ready two hundred soldiers to go to Caesarea, and horsemen threescore and ten, and spearmen two hundred, at the third hour of the night;
23:24 And provide [them] beasts, that they may set Paul on, and bring [him] safe unto Felix the governor.
23:25 And he wrote a letter after this manner:
23:26 Claudius Lysias unto the most excellent governor Felix [sendeth] greeting.
23:27 This man was taken of the Jews, and should have been killed of them: then came I with an army, and rescued him, having understood that he was a Roman.
23:28 And when I would have known the cause wherefore they accused him, I brought him forth into their council:
23:29 Whom I perceived to be accused of questions of their law, but to have nothing laid to his charge worthy of death or of bonds.
23:30 And when it was told me how that the Jews laid wait for the man, I sent straightway to thee, and gave commandment to his accusers also to say before thee what [they had] against him. Farewell.
23:31 Then the soldiers, as it was commanded them, took Paul, and brought [him] by night to Antipatris.
23:32 On the morrow they left the horsemen to go with him, and returned to the castle:
23:33 Who, when they came to Caesarea, and delivered the epistle to the governor, presented Paul also before him.
23:34 And when the governor had read [the letter], he asked of what province he was. And when he understood that [he was] of Cilicia;
23:35 I will hear thee, said he, when thine accusers are also come. And he commanded him to be kept in Herod's judgment hall.
24:1 And after five days Ananias the high priest descended with the elders, and [with] a certain orator [named] Tertullus, who informed the governor against Paul.
24:2 And when he was called forth, Tertullus began to accuse [him], saying, Seeing that by thee we enjoy great quietness, and that very worthy deeds are done unto this nation by thy providence,
24:3 We accept [it] always, and in all places, most noble Felix, with all thankfulness.
24:4 Notwithstanding, that I be not further tedious unto thee, I pray thee that thou wouldest hear us of thy clemency a few words.
24:5 For we have found this man [a] pestilent [fellow], and a mover of sedition among all the Jews throughout the world, and a ringleader of the sect of the Nazarenes:
24:6 Who also hath gone about to profane the temple: whom we took, and would have judged according to our law.
24:7 But the chief captain Lysias came [upon us], and with great violence took [him] away out of our hands,
24:8 Commanding his accusers to come unto thee: by examining of whom thyself mayest take knowledge of all these things, whereof we accuse him.
24:9 And the Jews also assented, saying that these things were so.
24:10 Then Paul, after that the governor had beckoned unto him to speak, answered, Forasmuch as I know that thou hast been of many years a judge unto this nation, I do the more cheerfully answer for myself:
24:11 Because that thou mayest understand, that there are yet but twelve days since I went up to Jerusalem for to worship.
24:12 And they neither found me in the temple disputing with any man, neither raising up the people, neither in the synagogues, nor in the city:
24:13 Neither can they prove the things whereof they now accuse me.
24:14 But this I confess unto thee, that after the way which they call heresy, so worship I the God of my fathers, believing all things which are written in the law and in the prophets:
24:15 And have hope toward God, which they themselves also allow, that there shall be a resurrection of the dead, both of the just and unjust.
24:16 And herein do I exercise myself, to have always a conscience void of offence toward God, and [toward] men.
24:17 Now after many years I came to bring alms to my nation, and offerings.
24:18 Whereupon certain Jews from Asia found me purified in the temple, neither with multitude, nor with tumult.
24:19 Who ought to have been here before thee, and object, if they had ought against me.
24:20 Or else let these same [here] say, if they have found any evil doing in me, while I stood before the council,
24:21 Except it be for this one voice, that I cried standing among them, Touching the resurrection of the dead I am called in question by you this day.
24:22 And when Felix heard these things, having more perfect knowledge of [that] way, he deferred them, and said, When Lysias the chief captain shall come down, I will know the uttermost of your matter.
24:23 And he commanded a centurion to keep Paul, and to let [him] have liberty, and that he should forbid none of his acquaintance to minister or come unto him.
24:24 And after certain days, when Felix came with his wife Drusilla, which was a Jewess, he sent for Paul, and heard him concerning the faith in Christ.
24:25 And as he reasoned of righteousness, temperance, and judgment to come, Felix trembled, and answered, Go thy way for this time; when I have a convenient season, I will call for thee.
24:26 He hoped also that money should have been given him of Paul, that he might loose him: wherefore he sent for him the oftener, and communed with him.
24:27 But after two years Porcius Festus came into Felix' room: and Felix, willing to shew the Jews a pleasure, left Paul bound.
25:1 Now when Festus was come into the province, after three days he ascended from Caesarea to Jerusalem.
25:2 Then the high priest and the chief of the Jews informed him against Paul, and besought him,
25:3 And desired favour against him, that he would send for him to Jerusalem, laying wait in the way to kill him.
25:4 But Festus answered, that Paul should be kept at Caesarea, and that he himself would depart shortly [thither].
25:5 Let them therefore, said he, which among you are able, go down with [me], and accuse this man, if there be any wickedness in him.
25:6 And when he had tarried among them more than ten days, he went down unto Caesarea; and the next day sitting on the judgment seat commanded Paul to be brought.
25:7 And when he was come, the Jews which came down from Jerusalem stood round about, and laid many and grievous complaints against Paul, which they could not prove.
25:8 While he answered for himself, Neither against the law of the Jews, neither against the temple, nor yet against Caesar, have I offended any thing at all.
25:9 But Festus, willing to do the Jews a pleasure, answered Paul, and said, Wilt thou go up to Jerusalem, and there be judged of these things before me?
25:10 Then said Paul, I stand at Caesar's judgment seat, where I ought to be judged: to the Jews have I done no wrong, as thou very well knowest.
25:11 For if I be an offender, or have committed any thing worthy of death, I refuse not to die: but if there be none of these things whereof these accuse me, no man may deliver me unto them. I appeal unto Caesar.
25:12 Then Festus, when he had conferred with the council, answered, Hast thou appealed unto Caesar? unto Caesar shalt thou go.
25:13 And after certain days king Agrippa and Bernice came unto Caesarea to salute Festus.
25:14 And when they had been there many days, Festus declared Paul's cause unto the king, saying, There is a certain man left in bonds by Felix:
25:15 About whom, when I was at Jerusalem, the chief priests and the elders of the Jews informed [me], desiring [to have] judgment against him.
25:16 To whom I answered, It is not the manner of the Romans to deliver any man to die, before that he which is accused have the accusers face to face, and have licence to answer for himself concerning the crime laid against him.
25:17 Therefore, when they were come hither, without any delay on the morrow I sat on the judgment seat, and commanded the man to be brought forth.
25:18 Against whom when the accusers stood up, they brought none accusation of such things as I supposed:
25:19 But had certain questions against him of their own superstition, and of one Jesus, which was dead, whom Paul affirmed to be alive.
25:20 And because I doubted of such manner of questions, I asked [him] whether he would go to Jerusalem, and there be judged of these matters.
25:21 But when Paul had appealed to be reserved unto the hearing of Augustus, I commanded him to be kept till I might send him to Caesar.
25:22 Then Agrippa said unto Festus, I would also hear the man myself. To morrow, said he, thou shalt hear him.
25:23 And on the morrow, when Agrippa was come, and Bernice, with great pomp, and was entered into the place of hearing, with the chief captains, and principal men of the city, at Festus' commandment Paul was brought forth.
25:24 And Festus said, King Agrippa, and all men which are here present with us, ye see this man, about whom all the multitude of the Jews have dealt with me, both at Jerusalem, and [also] here, crying that he ought not to live any longer.
25:25 But when I found that he had committed nothing worthy of death, and that he himself hath appealed to Augustus, I have determined to send him.
25:26 Of whom I have no certain thing to write unto my lord. Wherefore I have brought him forth before you, and specially before thee, O king Agrippa, that, after examination had, I might have somewhat to write.
25:27 For it seemeth to me unreasonable to send a prisoner, and not withal to signify the crimes [laid] against him.
22:2 (And when they heard that he spake in the Hebrew tongue to them, they kept the more silence: and he saith,)
22:3 I am verily a man [which am] a Jew, born in Tarsus, [a city] in Cilicia, yet brought up in this city at the feet of Gamaliel, [and] taught according to the perfect manner of the law of the fathers, and was zealous toward God, as ye all are this day.
22:4 And I persecuted this way unto the death, binding and delivering into prisons both men and women.
22:5 As also the high priest doth bear me witness, and all the estate of the elders: from whom also I received letters unto the brethren, and went to Damascus, to bring them which were there bound unto Jerusalem, for to be punished.
22:6 And it came to pass, that, as I made my journey, and was come nigh unto Damascus about noon, suddenly there shone from heaven a great light round about me.
22:7 And I fell unto the ground, and heard a voice saying unto me, Saul, Saul, why persecutest thou me?
22:8 And I answered, Who art thou, Lord? And he said unto me, I am Jesus of Nazareth, whom thou persecutest.
22:9 And they that were with me saw indeed the light, and were afraid; but they heard not the voice of him that spake to me.
22:10 And I said, What shall I do, Lord? And the Lord said unto me, Arise, and go into Damascus; and there it shall be told thee of all things which are appointed for thee to do.
22:11 And when I could not see for the glory of that light, being led by the hand of them that were with me, I came into Damascus.
22:12 And one Ananias, a devout man according to the law, having a good report of all the Jews which dwelt [there],
22:13 Came unto me, and stood, and said unto me, Brother Saul, receive thy sight. And the same hour I looked up upon him.
22:14 And he said, The God of our fathers hath chosen thee, that thou shouldest know his will, and see that Just One, and shouldest hear the voice of his mouth.
22:15 For thou shalt be his witness unto all men of what thou hast seen and heard.
22:16 And now why tarriest thou? arise, and be baptized, and wash away thy sins, calling on the name of the Lord.
22:17 And it came to pass, that, when I was come again to Jerusalem, even while I prayed in the temple, I was in a trance;
22:18 And saw him saying unto me, Make haste, and get thee quickly out of Jerusalem: for they will not receive thy testimony concerning me.
22:19 And I said, Lord, they know that I imprisoned and beat in every synagogue them that believed on thee:
22:20 And when the blood of thy martyr Stephen was shed, I also was standing by, and consenting unto his death, and kept the raiment of them that slew him.
22:21 And he said unto me, Depart: for I will send thee far hence unto the Gentiles.
22:22 And they gave him audience unto this word, and [then] lifted up their voices, and said, Away with such a [fellow] from the earth: for it is not fit that he should live.
22:23 And as they cried out, and cast off [their] clothes, and threw dust into the air,
22:24 The chief captain commanded him to be brought into the castle, and bade that he should be examined by scourging; that he might know wherefore they cried so against him.
22:25 And as they bound him with thongs, Paul said unto the centurion that stood by, Is it lawful for you to scourge a man that is a Roman, and uncondemned?
22:26 When the centurion heard [that], he went and told the chief captain, saying, Take heed what thou doest: for this man is a Roman.
22:27 Then the chief captain came, and said unto him, Tell me, art thou a Roman? He said, Yea.
22:28 And the chief captain answered, With a great sum obtained I this freedom. And Paul said, But I was [free] born.
22:29 Then straightway they departed from him which should have examined him: and the chief captain also was afraid, after he knew that he was a Roman, and because he had bound him.
22:30 On the morrow, because he would have known the certainty wherefore he was accused of the Jews, he loosed him from [his] bands, and commanded the chief priests and all their council to appear, and brought Paul down, and set him before them.
23:1 And Paul, earnestly beholding the council, said, Men [and] brethren, I have lived in all good conscience before God until this day.
23:2 And the high priest Ananias commanded them that stood by him to smite him on the mouth.
23:3 Then said Paul unto him, God shall smite thee, [thou] whited wall: for sittest thou to judge me after the law, and commandest me to be smitten contrary to the law?
23:4 And they that stood by said, Revilest thou God's high priest?
23:5 Then said Paul, I wist not, brethren, that he was the high priest: for it is written, Thou shalt not speak evil of the ruler of thy people.
23:6 But when Paul perceived that the one part were Sadducees, and the other Pharisees, he cried out in the council, Men [and] brethren, I am a Pharisee, the son of a Pharisee: of the hope and resurrection of the dead I am called in question.
23:7 And when he had so said, there arose a dissension between the Pharisees and the Sadducees: and the multitude was divided.
23:8 For the Sadducees say that there is no resurrection, neither angel, nor spirit: but the Pharisees confess both.
23:9 And there arose a great cry: and the scribes [that were] of the Pharisees' part arose, and strove, saying, We find no evil in this man: but if a spirit or an angel hath spoken to him, let us not fight against God.
23:10 And when there arose a great dissension, the chief captain, fearing lest Paul should have been pulled in pieces of them, commanded the soldiers to go down, and to take him by force from among them, and to bring [him] into the castle.
23:11 And the night following the Lord stood by him, and said, Be of good cheer, Paul: for as thou hast testified of me in Jerusalem, so must thou bear witness also at Rome.
23:12 And when it was day, certain of the Jews banded together, and bound themselves under a curse, saying that they would neither eat nor drink till they had killed Paul.
23:13 And they were more than forty which had made this conspiracy.
23:14 And they came to the chief priests and elders, and said, We have bound ourselves under a great curse, that we will eat nothing until we have slain Paul.
23:15 Now therefore ye with the council signify to the chief captain that he bring him down unto you to morrow, as though ye would enquire something more perfectly concerning him: and we, or ever he come near, are ready to kill him.
23:16 And when Paul's sister's son heard of their lying in wait, he went and entered into the castle, and told Paul.
23:17 Then Paul called one of the centurions unto [him], and said, Bring this young man unto the chief captain: for he hath a certain thing to tell him.
23:18 So he took him, and brought [him] to the chief captain, and said, Paul the prisoner called me unto [him], and prayed me to bring this young man unto thee, who hath something to say unto thee.
23:19 Then the chief captain took him by the hand, and went [with him] aside privately, and asked [him], What is that thou hast to tell me?
23:20 And he said, The Jews have agreed to desire thee that thou wouldest bring down Paul to morrow into the council, as though they would enquire somewhat of him more perfectly.
23:21 But do not thou yield unto them: for there lie in wait for him of them more than forty men, which have bound themselves with an oath, that they will neither eat nor drink till they have killed him: and now are they ready, looking for a promise from thee.
23:22 So the chief captain [then] let the young man depart, and charged [him, See thou] tell no man that thou hast shewed these things to me.
23:23 And he called unto [him] two centurions, saying, Make ready two hundred soldiers to go to Caesarea, and horsemen threescore and ten, and spearmen two hundred, at the third hour of the night;
23:24 And provide [them] beasts, that they may set Paul on, and bring [him] safe unto Felix the governor.
23:25 And he wrote a letter after this manner:
23:26 Claudius Lysias unto the most excellent governor Felix [sendeth] greeting.
23:27 This man was taken of the Jews, and should have been killed of them: then came I with an army, and rescued him, having understood that he was a Roman.
23:28 And when I would have known the cause wherefore they accused him, I brought him forth into their council:
23:29 Whom I perceived to be accused of questions of their law, but to have nothing laid to his charge worthy of death or of bonds.
23:30 And when it was told me how that the Jews laid wait for the man, I sent straightway to thee, and gave commandment to his accusers also to say before thee what [they had] against him. Farewell.
23:31 Then the soldiers, as it was commanded them, took Paul, and brought [him] by night to Antipatris.
23:32 On the morrow they left the horsemen to go with him, and returned to the castle:
23:33 Who, when they came to Caesarea, and delivered the epistle to the governor, presented Paul also before him.
23:34 And when the governor had read [the letter], he asked of what province he was. And when he understood that [he was] of Cilicia;
23:35 I will hear thee, said he, when thine accusers are also come. And he commanded him to be kept in Herod's judgment hall.
24:1 And after five days Ananias the high priest descended with the elders, and [with] a certain orator [named] Tertullus, who informed the governor against Paul.
24:2 And when he was called forth, Tertullus began to accuse [him], saying, Seeing that by thee we enjoy great quietness, and that very worthy deeds are done unto this nation by thy providence,
24:3 We accept [it] always, and in all places, most noble Felix, with all thankfulness.
24:4 Notwithstanding, that I be not further tedious unto thee, I pray thee that thou wouldest hear us of thy clemency a few words.
24:5 For we have found this man [a] pestilent [fellow], and a mover of sedition among all the Jews throughout the world, and a ringleader of the sect of the Nazarenes:
24:6 Who also hath gone about to profane the temple: whom we took, and would have judged according to our law.
24:7 But the chief captain Lysias came [upon us], and with great violence took [him] away out of our hands,
24:8 Commanding his accusers to come unto thee: by examining of whom thyself mayest take knowledge of all these things, whereof we accuse him.
24:9 And the Jews also assented, saying that these things were so.
24:10 Then Paul, after that the governor had beckoned unto him to speak, answered, Forasmuch as I know that thou hast been of many years a judge unto this nation, I do the more cheerfully answer for myself:
24:11 Because that thou mayest understand, that there are yet but twelve days since I went up to Jerusalem for to worship.
24:12 And they neither found me in the temple disputing with any man, neither raising up the people, neither in the synagogues, nor in the city:
24:13 Neither can they prove the things whereof they now accuse me.
24:14 But this I confess unto thee, that after the way which they call heresy, so worship I the God of my fathers, believing all things which are written in the law and in the prophets:
24:15 And have hope toward God, which they themselves also allow, that there shall be a resurrection of the dead, both of the just and unjust.
24:16 And herein do I exercise myself, to have always a conscience void of offence toward God, and [toward] men.
24:17 Now after many years I came to bring alms to my nation, and offerings.
24:18 Whereupon certain Jews from Asia found me purified in the temple, neither with multitude, nor with tumult.
24:19 Who ought to have been here before thee, and object, if they had ought against me.
24:20 Or else let these same [here] say, if they have found any evil doing in me, while I stood before the council,
24:21 Except it be for this one voice, that I cried standing among them, Touching the resurrection of the dead I am called in question by you this day.
24:22 And when Felix heard these things, having more perfect knowledge of [that] way, he deferred them, and said, When Lysias the chief captain shall come down, I will know the uttermost of your matter.
24:23 And he commanded a centurion to keep Paul, and to let [him] have liberty, and that he should forbid none of his acquaintance to minister or come unto him.
24:24 And after certain days, when Felix came with his wife Drusilla, which was a Jewess, he sent for Paul, and heard him concerning the faith in Christ.
24:25 And as he reasoned of righteousness, temperance, and judgment to come, Felix trembled, and answered, Go thy way for this time; when I have a convenient season, I will call for thee.
24:26 He hoped also that money should have been given him of Paul, that he might loose him: wherefore he sent for him the oftener, and communed with him.
24:27 But after two years Porcius Festus came into Felix' room: and Felix, willing to shew the Jews a pleasure, left Paul bound.
25:1 Now when Festus was come into the province, after three days he ascended from Caesarea to Jerusalem.
25:2 Then the high priest and the chief of the Jews informed him against Paul, and besought him,
25:3 And desired favour against him, that he would send for him to Jerusalem, laying wait in the way to kill him.
25:4 But Festus answered, that Paul should be kept at Caesarea, and that he himself would depart shortly [thither].
25:5 Let them therefore, said he, which among you are able, go down with [me], and accuse this man, if there be any wickedness in him.
25:6 And when he had tarried among them more than ten days, he went down unto Caesarea; and the next day sitting on the judgment seat commanded Paul to be brought.
25:7 And when he was come, the Jews which came down from Jerusalem stood round about, and laid many and grievous complaints against Paul, which they could not prove.
25:8 While he answered for himself, Neither against the law of the Jews, neither against the temple, nor yet against Caesar, have I offended any thing at all.
25:9 But Festus, willing to do the Jews a pleasure, answered Paul, and said, Wilt thou go up to Jerusalem, and there be judged of these things before me?
25:10 Then said Paul, I stand at Caesar's judgment seat, where I ought to be judged: to the Jews have I done no wrong, as thou very well knowest.
25:11 For if I be an offender, or have committed any thing worthy of death, I refuse not to die: but if there be none of these things whereof these accuse me, no man may deliver me unto them. I appeal unto Caesar.
25:12 Then Festus, when he had conferred with the council, answered, Hast thou appealed unto Caesar? unto Caesar shalt thou go.
25:13 And after certain days king Agrippa and Bernice came unto Caesarea to salute Festus.
25:14 And when they had been there many days, Festus declared Paul's cause unto the king, saying, There is a certain man left in bonds by Felix:
25:15 About whom, when I was at Jerusalem, the chief priests and the elders of the Jews informed [me], desiring [to have] judgment against him.
25:16 To whom I answered, It is not the manner of the Romans to deliver any man to die, before that he which is accused have the accusers face to face, and have licence to answer for himself concerning the crime laid against him.
25:17 Therefore, when they were come hither, without any delay on the morrow I sat on the judgment seat, and commanded the man to be brought forth.
25:18 Against whom when the accusers stood up, they brought none accusation of such things as I supposed:
25:19 But had certain questions against him of their own superstition, and of one Jesus, which was dead, whom Paul affirmed to be alive.
25:20 And because I doubted of such manner of questions, I asked [him] whether he would go to Jerusalem, and there be judged of these matters.
25:21 But when Paul had appealed to be reserved unto the hearing of Augustus, I commanded him to be kept till I might send him to Caesar.
25:22 Then Agrippa said unto Festus, I would also hear the man myself. To morrow, said he, thou shalt hear him.
25:23 And on the morrow, when Agrippa was come, and Bernice, with great pomp, and was entered into the place of hearing, with the chief captains, and principal men of the city, at Festus' commandment Paul was brought forth.
25:24 And Festus said, King Agrippa, and all men which are here present with us, ye see this man, about whom all the multitude of the Jews have dealt with me, both at Jerusalem, and [also] here, crying that he ought not to live any longer.
25:25 But when I found that he had committed nothing worthy of death, and that he himself hath appealed to Augustus, I have determined to send him.
25:26 Of whom I have no certain thing to write unto my lord. Wherefore I have brought him forth before you, and specially before thee, O king Agrippa, that, after examination had, I might have somewhat to write.
25:27 For it seemeth to me unreasonable to send a prisoner, and not withal to signify the crimes [laid] against him.
Proverbs
13:1 A wise son [heareth] his father's instruction: but a scorner heareth not rebuke.
13:2 A man shall eat good by the fruit of [his] mouth: but the soul of the transgressors [shall eat] violence.
13:3 He that keepeth his mouth keepeth his life: [but] he that openeth wide his lips shall have destruction.
13:4 The soul of the sluggard desireth, and [hath] nothing: but the soul of the diligent shall be made fat.
13:5 A righteous [man] hateth lying: but a wicked [man] is loathsome, and cometh to shame.
13:6 Righteousness keepeth [him that is] upright in the way: but wickedness overthroweth the sinner.
13:7 There is that maketh himself rich, yet [hath] nothing: [there is] that maketh himself poor, yet [hath] great riches.
13:8 The ransom of a man's life [are] his riches: but the poor heareth not rebuke.
13:9 The light of the righteous rejoiceth: but the lamp of the wicked shall be put out.
13:10 Only by pride cometh contention: but with the well advised [is] wisdom.
13:11 Wealth [gotten] by vanity shall be diminished: but he that gathereth by labour shall increase.
13:12 Hope deferred maketh the heart sick: but [when] the desire cometh, [it is] a tree of life.
13:2 A man shall eat good by the fruit of [his] mouth: but the soul of the transgressors [shall eat] violence.
13:3 He that keepeth his mouth keepeth his life: [but] he that openeth wide his lips shall have destruction.
13:4 The soul of the sluggard desireth, and [hath] nothing: but the soul of the diligent shall be made fat.
13:5 A righteous [man] hateth lying: but a wicked [man] is loathsome, and cometh to shame.
13:6 Righteousness keepeth [him that is] upright in the way: but wickedness overthroweth the sinner.
13:7 There is that maketh himself rich, yet [hath] nothing: [there is] that maketh himself poor, yet [hath] great riches.
13:8 The ransom of a man's life [are] his riches: but the poor heareth not rebuke.
13:9 The light of the righteous rejoiceth: but the lamp of the wicked shall be put out.
13:10 Only by pride cometh contention: but with the well advised [is] wisdom.
13:11 Wealth [gotten] by vanity shall be diminished: but he that gathereth by labour shall increase.
13:12 Hope deferred maketh the heart sick: but [when] the desire cometh, [it is] a tree of life.
Hechos
22:1 VARONES hermanos y padres, oid la razón que ahora os doy.
22:2 (Y como oyeron que les hablaba en lengua hebrea, guardaron más silencio.) Y dijo:
22:3 Yo de cierto soy Judío, nacido en Tarso de Cilicia, mas criado en esta ciudad á los pies de Gamaliel, enseñado conforme á la verdad de la ley de la patria, celoso de Dios, como todos vosotros sois hoy.
22:4 Que he perseguido este camino hasta la muerte, prendiendo y entregando en cárceles hombres y mujeres:
22:5 Como también el príncipe de los sacerdotes me es testigo, y todos los ancianos; de los cuales también tomando letras á los hermanos, iba á Damasco para traer presos á Jerusalem aun á los que estuviesen allí, para que fuesen castigados.
22:6 Mas aconteció que yendo yo, y llegando cerca de Damasco, como á medio día, de repente me rodeó mucha luz del cielo:
22:7 Y caí en el suelo, y oí una voz que me decía: Saulo, Saulo, ¿por qué me persigues?
22:8 Yo entonces respondí: ¿Quién eres, Señor? Y me dijo: Yo soy Jesús de Nazaret, á quién tú persigues.
22:9 Y los que estaban conmigo vieron á la verdad la luz, y se espantaron; mas no oyeron la voz del que hablaba conmigo.
22:10 Y dije: ¿Qué haré, Señor? Y el Señor me dijo: Levántate, y ve á Damasco, y allí te será dicho todo lo que te está señalado hacer.
22:11 Y como yo no viese por causa de la claridad de la luz, llevado de la mano por los que estaban conmigo, vine á Damasco.
22:12 Entonces un Ananías, varón pío conforme á la ley, que tenía buen testimonio de todos los Judíos que allí moraban,
22:13 Viniendo á mí, y acercándose, me dijo: Hermano Saulo, recibe la vista. Y yo en aquella hora le miré.
22:14 Y Él dijo: El Dios de nuestros padres te ha predestinado para que conocieses su voluntad, y vieses á aquel Justo, y oyeses la voz de su boca.
22:15 Porque has de ser testigo suyo á todos los hombres, de lo que has visto y oído.
22:16 Ahora pues, ¿por qué te detienes? Levántate, y bautízate, y lava tus pecados, invocando su nombre.
22:17 Y me aconteció, vuelto á Jerusalem, que orando en el templo, fuí arrebatado fuera de mí.
22:18 Y le vi que me decía: Date prisa, y sal prestamente fuera de Jerusalem; porque no recibirán tu testimonio de mí.
22:19 Y yo dije: Señor, ellos saben que yo encerraba en cárcel, y hería por las sinagogas á los que creían en ti;
22:20 Y cuando se derramaba la sangre de Esteban tu testigo, yo también estaba presente, y consentía á su muerte, y guardaba las ropas de los que le mataban.
22:21 Y me dijo: Ve, porque yo te tengo que enviar lejos á los Gentiles.
22:22 Y le oyeron hasta esta palabra: entonces alzaron la voz, diciendo: Quita de la tierra á un tal hombre, porque no conviene que viva.
22:23 Y dando ellos voces, y arrojando sus ropas y echando polvo al aire,
22:24 Mandó el tribuno que le llevasen á la fortaleza, y ordenó que fuese examinado con azotes, para saber por qué causa clamaban así contra Él.
22:25 Y como le ataron con correas, Pablo dijo al centurión que estaba presente: ¿Os es lícito azotar á un hombre Romano sin ser condenado?
22:26 Y como el centurión oyó esto, fué y dió aviso al tribuno, diciendo ¿Qué vas á hacer? porque este hombre es Romano.
22:27 Y viniendo el tribuno, le dijo: Dime, ¿eres tú Romano? Y Él dijo: Sí.
22:28 Y respondió el tribuno: Yo con grande suma alcancé esta ciudadanía. Entonces Pablo dijo: Pero yo lo soy de nacimiento.
22:29 Así que, luego se apartaron de Él los que le habían de atormentar: y aun el tribuno también tuvo temor, entendido que era Romano, por haberle atado.
22:30 Y al día siguiente, queriendo saber de cierto la causa por qué era acusado de los Judíos, le soltó de las prisiones, y mandó venir á los príncipes de los sacerdotes, y á todo su concilio: y sacando á Pablo, le presentó delante de ellos.
23:1 ENTONCES Pablo, poniendo los ojos en el concilio, dice: Varones hermanos, yo con toda buena conciencia he conversado delante de Dios hasta el día de hoy.
23:2 El príncipe de los sacerdotes, Ananías, mandó entonces á los que estaban delante de Él, que le hiriesen en la boca.
23:3 Entonces Pablo le dijo: Herirte ha Dios, pared blanqueada: ¿y estás tú sentado para juzgarme conforme á la ley, y contra la ley me mandas herir?
23:4 Y los que estaban presentes dijeron: ¿Al sumo sacerdote de Dios maldices?
23:5 Y Pablo dijo: No sabía, hermanos, que era el sumo sacerdote; pues escrito está: Al príncipe de tu pueblo no maldecirás.
23:6 Entonces Pablo, sabiendo que la una parte era de Saduceos, y la otra de Fariseos, clamó en el concilio: Varones hermanos, yo soy Fariseo, hijo de Fariseo: de la esperanza y de la resurrección de los muertos soy yo juzgado.
23:7 Y como hubo dicho esto, fué hecha disensión entre los Fariseos y los Saduceos; y la multitud fué dividida.
23:8 Porque los Saduceos dicen que no hay resurrección, ni ángel, ni espíritu; mas los Fariseos confiesan ambas cosas.
23:9 Y levantóse un gran clamor: y levantándose los escribas de la parte de los Fariseos, contendían diciendo: Ningún mal hallamos en este hombre; que si espíritu le ha hablado, ó ángel, no resistamos á Dios.
23:10 Y habiendo grande disensión, el tribuno, teniendo temor de que Pablo fuese despedazado de ellos, mandó venir soldados, y arrebatarle de en medio de ellos, y llevarle á la fortaleza.
23:11 Y la noche siguiente, presentándosele el Señor, le dijo: Confía, Pablo; que como has testificado de mí en Jerusalem, así es menester testifiques también en Roma.
23:12 Y venido el día, algunos de los Judíos se juntaron, é hicieron voto bajo de maldición, diciendo que ni comerían ni beberían hasta que hubiesen muerto á Pablo.
23:13 Y eran más de cuarenta los que habían hecho esta conjuración;
23:14 Los cuales se fueron á los príncipes de los sacerdotes y á los ancianos, y dijeron: Nosotros hemos hecho voto debajo de maldición, que no hemos de gustar nada hasta que hayamos muerto á Pablo.
23:15 Ahora pues, vosotros, con el concilio, requerid al tribuno que le saque mañana á vosotros como que queréis entender de Él alguna cosa más cierta; y nosotros, antes que Él llegue, estaremos aparejados para matarle.
23:16 Entonces un hijo de la hermana de Pablo, oyendo las asechanzas, fué, y entró en la fortaleza, y dió aviso á Pablo.
23:17 Y Pablo, llamando á uno de los centuriones, dice: Lleva á este mancebo al tribuno, porque tiene cierto aviso que darle.
23:18 El entonces tomándole, le llevó al tribuno, y dijo: El preso Pablo, llamándome, me rogó que trajese á ti este mancebo, que tiene algo que hablarte.
23:19 Y el tribuno, tomándole de la mano y retirándose aparte, le preguntó: ¿Qué es lo que tienes que decirme?
23:20 Y Él dijo: Los Judíos han concertado rogarte que mañana saques á Pablo al concilio, como que han de inquirir de Él alguna cosa más cierta.
23:21 Mas tú no los creas; porque más de cuarenta hombres de ellos le acechan, los cuales han hecho voto debajo de maldición, de no comer ni beber hasta que le hayan muerto; y ahora están apercibidos esperando tu promesa.
23:22 Entonces el tribuno despidió al mancebo, mandándole que á nadie dijese que le había dado aviso de esto.
23:23 Y llamados dos centuriones, mandó que apercibiesen para la hora tercia de la noche doscientos soldados, que fuesen hasta Cesarea, y setenta de á caballo, y doscientos lanceros;
23:24 Y que aparejasen cabalgaduras en que poniendo á Pablo, le llevasen en salvo á Félix el Presidente.
23:25 Y escribió una carta en estos términos:
23:26 Claudio Lisias al excelentísimo gobernador Félix: Salud.
23:27 A este hombre, aprehendido de los Judíos, y que iban ellos á matar, libré yo acudiendo con la tropa, habiendo entendido que era Romano.
23:28 Y queriendo saber la causa por qué le acusaban, le llevé al concilio de ellos:
23:29 Y hallé que le acusaban de cuestiones de la ley de ellos, y que ningún crimen tenía digno de muerte ó de prisión.
23:30 Mas siéndome dado aviso de asechanzas que le habían aparejado los Judíos, luego al punto le he enviado á ti, intimando también á los acusadores que traten delante de ti lo que tienen contra Él. Pásalo bien.
23:31 Y los soldados, tomando á Pablo como les era mandado, lleváronle de noche á Antipatris.
23:32 Y al día siguiente, dejando á los de á caballo que fuesen con Él, se volvieron á la fortaleza.
23:33 y como llegaron á Cesarea, y dieron la carta al gobernador, presentaron también á Pablo delante de Él.
23:34 Y el gobernador, leída la carta, preguntó de qué provincia era; y entendiendo que de Cilicia,
23:35 Te oiré, dijo, cuando vinieren tus acusadores. Y mandó que le guardasen en el pretorio de Herodes.
24:1 Y CINCO días después descendió el sumo sacerdote Ananías, con algunos de los ancianos, y un cierto Tértulo, orador; y parecieron delante del gobernador contra Pablo.
24:2 Y citado que fué, Tértulo comenzó á acusar, diciendo: Como por causa tuya vivamos en grande paz, y muchas cosas sean bien gobernadas en el pueblo por tu prudencia,
24:3 Siempre y en todo lugar lo recibimos con todo hacimiento de gracias, oh excelentísimo Félix.
24:4 Empero por no molestarte más largamente, ruégote que nos oigas brevemente conforme á tu equidad.
24:5 Porque hemos hallado que este hombre es pestilencial, y levantador de sediciones entre todos los Judíos por todo el mundo, y príncipe de la secta de los Nazarenos:
24:6 El cual también tentó á violar el templo; y prendiéndole, le quisimos juzgar conforme á nuestra ley:
24:7 Mas interviniendo el tribuno Lisias, con grande violencia le quitó de nuestras manos,
24:8 Mandando á sus acusadores que viniesen á ti; del cual tú mismo juzgando, podrás entender todas estas cosas de que le acusamos.
24:9 Y contendían también los Judíos, diciendo ser así estas cosas.
24:10 Entonces Pablo, haciéndole el gobernador señal que hablase, respondió: Porque sé que muchos años ha eres gobernador de esta nación, con buen ánimo satisfaré por mí.
24:11 Porque tú puedes entender que no hace más de doce días que subí á adorar á Jerusalem;
24:12 Y ni me hallaron en el templo disputando con ninguno, ni haciendo concurso de multitud, ni en sinagogas, ni en la ciudad;
24:13 Ni te pueden probar las cosas de que ahora me acusan.
24:14 Esto empero te confieso, que conforme á aquel Camino que llaman herejía, así sirvo al Dios de mis padres, creyendo todas las cosas que en la ley y en los profetas están escritas;
24:15 Teniendo esperanza en Dios que ha de haber resurrección de los muertos, así de justos como de injustos, la cual también ellos esperan.
24:16 Y por esto, procuro yo tener siempre conciencia sin remordimiento acerca de Dios y acerca de los hombres.
24:17 Mas pasados muchos años, vine á hacer limosnas á mi nación, y ofrendas,
24:18 Cuando me hallaron purificado en el templo (no con multitud ni con alboroto) unos Judíos de Asia;
24:19 Los cuales debieron comparecer delante de ti, y acusarme, si contra mí tenían algo.
24:20 O digan estos mismos si hallaron en mí alguna cosa mal hecha, cuando yo estuve en el concilio,
24:21 Si no sea que, estando entre ellos prorrumpí en alta voz: Acerca de la resurrección de los muertos soy hoy juzgado de vosotros.
24:22 Entonces Félix, oídas estas cosas, estando bien informado de esta secta, les puso dilación, diciendo: Cuando descendiere el tribuno Lisias acabaré de conocer de vuestro negocio.
24:23 Y mandó al centurión que Pablo fuese guardado, y aliviado de las prisiones; y que no vedase á ninguno de sus familiares servirle, ó venir á Él.
24:24 Y algunos días después, viniendo Félix con Drusila, su mujer, la cual era Judía, llamó á Pablo, y oyó de Él la fe que es en Jesucristo.
24:25 Y disertando Él de la justicia, y de la continencia, y del juicio venidero, espantado Félix, respondió: Ahora vete, mas en teniendo oportunidad te llamaré:
24:26 Esperando también con esto, que de parte de Pablo le serían dados dineros, porque le soltase; por lo cual, haciéndole venir muchas veces, hablaba con Él.
24:27 Mas al cabo de dos años recibió Félix por sucesor á Porcio Festo: y queriendo Félix ganar la gracia de los Judíos, dejó preso á Pablo.
25:1 FESTO pues, entrado en la provincia, tres días después subió de Cesarea á Jerusalem.
25:2 Y vinieron á Él los príncipes de los sacerdotes y los principales de los Judíos contra Pablo; y le rogaron,
25:3 Pidiendo gracia contra Él, que le hiciese traer á Jerusalem, poniendo ellos asechanzas para matarle en el camino.
25:4 Mas Festo respondió, que Pablo estaba guardado en Cesarea, y que Él mismo partiría presto.
25:5 Los que de vosotros pueden, dijo desciendan juntamente; y si hay algún crimen en este varón, acúsenle.
25:6 Y deteniéndose entre ellos no más de ocho ó diez días, venido á Cesarea, el siguiente día se sentó en el tribunal, y mandó que Pablo fuese traído.
25:7 El cual venido, le rodearon los Judíos que habían venido de Jerusalem, poniendo contra Pablo muchas y graves acusaciones, las cuales no podían probar;
25:8 Alegando Él por su parte: Ni contra la ley de los Judíos, ni contra el templo, ni contra César he pecado en nada.
25:9 Mas Festo, queriendo congraciarse con los Judíos, respondiendo á Pablo, dijo: ¿Quieres subir á Jerusalem, y allá ser juzgado de estas cosas delante de mí?
25:10 Y Pablo dijo: Ante el tribunal de César estoy, donde conviene que sea juzgado. A los Judíos no he hecho injuria alguna, como tú sabes muy bien.
25:11 Porque si alguna injuria, ó cosa alguna digna de muerte he hecho, no rehuso morir; mas si nada hay de las cosas de que éstos me acusan, nadie puede darme á ellos. A César apelo.
25:12 Entonces Festo, habiendo hablado con el consejo, respondió: ¿A César has apelado? á César irás.
25:13 Y pasados algunos días, el rey Agripa y Bernice vinieron á Cesarea á saludar á Festo.
25:14 Y como estuvieron allí muchos días, Festo declaró la causa de Pablo al rey, diciendo: Un hombre ha sido dejado preso por Félix,
25:15 Sobre el cual, cuando fuí á Jerusalem, vinieron á mí los príncipes de los sacerdotes y los ancianos de los Judíos, pidiendo condenación contra Él:
25:16 A los cuales respondí: no ser costumbre de los Romanos dar alguno á la muerte antes que el que es acusado tenga presentes sus acusadores, y haya lugar de defenderse de la acusación.
25:17 Así que, habiendo venido ellos juntos acá, sin ninguna dilación, al día siguiente, sentado en el tribunal, mandé traer al hombre;
25:18 Y estando presentes los acusadores, ningún cargo produjeron de los que yo sospechaba:
25:19 Solamente tenían contra Él ciertas cuestiones acerca de su superstición, y de un cierto Jesús, difunto, el cual Pablo afirmaba que estaba vivo.
25:20 Y yo, dudando en cuestión semejante, dije, si quería ir á Jerusalem, y allá ser juzgado de estas cosas.
25:21 Mas apelando Pablo á ser guardado al conocimiento de Augusto, mandé que le guardasen hasta que le enviara á César.
25:22 Entonces Agripa dijo á Festo: Yo también quisiera oir á ese hombre. Y Él dijo: Mañana le oirás.
25:23 Y al otro día, viniendo Agripa y Bernice con mucho aparato, y entrando en la audiencia con los tribunos y principales hombres de la ciudad, por mandato de Festo, fué traído Pablo.
25:24 Entonces Festo dijo: Rey Agripa, y todos los varones que estáis aquí juntos con nosotros: veis á éste, por el cual toda la multitud de los Judíos me ha demandado en Jerusalem y aquí, dando voces que no conviene que viva más;
25:25 Mas yo, hallando que ninguna cosa digna de muerte ha hecho, y Él mismo apelando á Augusto, he determinado enviarle:
25:26 Del cual no tengo cosa cierta que escriba al señor; por lo que le he sacado á vosotros, y mayormente á tí, oh rey Agripa, para que hecha información, tenga yo qué escribir.
25:27 Porque fuera de razón me parece enviar un preso, y no informar de las causas.
22:2 (Y como oyeron que les hablaba en lengua hebrea, guardaron más silencio.) Y dijo:
22:3 Yo de cierto soy Judío, nacido en Tarso de Cilicia, mas criado en esta ciudad á los pies de Gamaliel, enseñado conforme á la verdad de la ley de la patria, celoso de Dios, como todos vosotros sois hoy.
22:4 Que he perseguido este camino hasta la muerte, prendiendo y entregando en cárceles hombres y mujeres:
22:5 Como también el príncipe de los sacerdotes me es testigo, y todos los ancianos; de los cuales también tomando letras á los hermanos, iba á Damasco para traer presos á Jerusalem aun á los que estuviesen allí, para que fuesen castigados.
22:6 Mas aconteció que yendo yo, y llegando cerca de Damasco, como á medio día, de repente me rodeó mucha luz del cielo:
22:7 Y caí en el suelo, y oí una voz que me decía: Saulo, Saulo, ¿por qué me persigues?
22:8 Yo entonces respondí: ¿Quién eres, Señor? Y me dijo: Yo soy Jesús de Nazaret, á quién tú persigues.
22:9 Y los que estaban conmigo vieron á la verdad la luz, y se espantaron; mas no oyeron la voz del que hablaba conmigo.
22:10 Y dije: ¿Qué haré, Señor? Y el Señor me dijo: Levántate, y ve á Damasco, y allí te será dicho todo lo que te está señalado hacer.
22:11 Y como yo no viese por causa de la claridad de la luz, llevado de la mano por los que estaban conmigo, vine á Damasco.
22:12 Entonces un Ananías, varón pío conforme á la ley, que tenía buen testimonio de todos los Judíos que allí moraban,
22:13 Viniendo á mí, y acercándose, me dijo: Hermano Saulo, recibe la vista. Y yo en aquella hora le miré.
22:14 Y Él dijo: El Dios de nuestros padres te ha predestinado para que conocieses su voluntad, y vieses á aquel Justo, y oyeses la voz de su boca.
22:15 Porque has de ser testigo suyo á todos los hombres, de lo que has visto y oído.
22:16 Ahora pues, ¿por qué te detienes? Levántate, y bautízate, y lava tus pecados, invocando su nombre.
22:17 Y me aconteció, vuelto á Jerusalem, que orando en el templo, fuí arrebatado fuera de mí.
22:18 Y le vi que me decía: Date prisa, y sal prestamente fuera de Jerusalem; porque no recibirán tu testimonio de mí.
22:19 Y yo dije: Señor, ellos saben que yo encerraba en cárcel, y hería por las sinagogas á los que creían en ti;
22:20 Y cuando se derramaba la sangre de Esteban tu testigo, yo también estaba presente, y consentía á su muerte, y guardaba las ropas de los que le mataban.
22:21 Y me dijo: Ve, porque yo te tengo que enviar lejos á los Gentiles.
22:22 Y le oyeron hasta esta palabra: entonces alzaron la voz, diciendo: Quita de la tierra á un tal hombre, porque no conviene que viva.
22:23 Y dando ellos voces, y arrojando sus ropas y echando polvo al aire,
22:24 Mandó el tribuno que le llevasen á la fortaleza, y ordenó que fuese examinado con azotes, para saber por qué causa clamaban así contra Él.
22:25 Y como le ataron con correas, Pablo dijo al centurión que estaba presente: ¿Os es lícito azotar á un hombre Romano sin ser condenado?
22:26 Y como el centurión oyó esto, fué y dió aviso al tribuno, diciendo ¿Qué vas á hacer? porque este hombre es Romano.
22:27 Y viniendo el tribuno, le dijo: Dime, ¿eres tú Romano? Y Él dijo: Sí.
22:28 Y respondió el tribuno: Yo con grande suma alcancé esta ciudadanía. Entonces Pablo dijo: Pero yo lo soy de nacimiento.
22:29 Así que, luego se apartaron de Él los que le habían de atormentar: y aun el tribuno también tuvo temor, entendido que era Romano, por haberle atado.
22:30 Y al día siguiente, queriendo saber de cierto la causa por qué era acusado de los Judíos, le soltó de las prisiones, y mandó venir á los príncipes de los sacerdotes, y á todo su concilio: y sacando á Pablo, le presentó delante de ellos.
23:1 ENTONCES Pablo, poniendo los ojos en el concilio, dice: Varones hermanos, yo con toda buena conciencia he conversado delante de Dios hasta el día de hoy.
23:2 El príncipe de los sacerdotes, Ananías, mandó entonces á los que estaban delante de Él, que le hiriesen en la boca.
23:3 Entonces Pablo le dijo: Herirte ha Dios, pared blanqueada: ¿y estás tú sentado para juzgarme conforme á la ley, y contra la ley me mandas herir?
23:4 Y los que estaban presentes dijeron: ¿Al sumo sacerdote de Dios maldices?
23:5 Y Pablo dijo: No sabía, hermanos, que era el sumo sacerdote; pues escrito está: Al príncipe de tu pueblo no maldecirás.
23:6 Entonces Pablo, sabiendo que la una parte era de Saduceos, y la otra de Fariseos, clamó en el concilio: Varones hermanos, yo soy Fariseo, hijo de Fariseo: de la esperanza y de la resurrección de los muertos soy yo juzgado.
23:7 Y como hubo dicho esto, fué hecha disensión entre los Fariseos y los Saduceos; y la multitud fué dividida.
23:8 Porque los Saduceos dicen que no hay resurrección, ni ángel, ni espíritu; mas los Fariseos confiesan ambas cosas.
23:9 Y levantóse un gran clamor: y levantándose los escribas de la parte de los Fariseos, contendían diciendo: Ningún mal hallamos en este hombre; que si espíritu le ha hablado, ó ángel, no resistamos á Dios.
23:10 Y habiendo grande disensión, el tribuno, teniendo temor de que Pablo fuese despedazado de ellos, mandó venir soldados, y arrebatarle de en medio de ellos, y llevarle á la fortaleza.
23:11 Y la noche siguiente, presentándosele el Señor, le dijo: Confía, Pablo; que como has testificado de mí en Jerusalem, así es menester testifiques también en Roma.
23:12 Y venido el día, algunos de los Judíos se juntaron, é hicieron voto bajo de maldición, diciendo que ni comerían ni beberían hasta que hubiesen muerto á Pablo.
23:13 Y eran más de cuarenta los que habían hecho esta conjuración;
23:14 Los cuales se fueron á los príncipes de los sacerdotes y á los ancianos, y dijeron: Nosotros hemos hecho voto debajo de maldición, que no hemos de gustar nada hasta que hayamos muerto á Pablo.
23:15 Ahora pues, vosotros, con el concilio, requerid al tribuno que le saque mañana á vosotros como que queréis entender de Él alguna cosa más cierta; y nosotros, antes que Él llegue, estaremos aparejados para matarle.
23:16 Entonces un hijo de la hermana de Pablo, oyendo las asechanzas, fué, y entró en la fortaleza, y dió aviso á Pablo.
23:17 Y Pablo, llamando á uno de los centuriones, dice: Lleva á este mancebo al tribuno, porque tiene cierto aviso que darle.
23:18 El entonces tomándole, le llevó al tribuno, y dijo: El preso Pablo, llamándome, me rogó que trajese á ti este mancebo, que tiene algo que hablarte.
23:19 Y el tribuno, tomándole de la mano y retirándose aparte, le preguntó: ¿Qué es lo que tienes que decirme?
23:20 Y Él dijo: Los Judíos han concertado rogarte que mañana saques á Pablo al concilio, como que han de inquirir de Él alguna cosa más cierta.
23:21 Mas tú no los creas; porque más de cuarenta hombres de ellos le acechan, los cuales han hecho voto debajo de maldición, de no comer ni beber hasta que le hayan muerto; y ahora están apercibidos esperando tu promesa.
23:22 Entonces el tribuno despidió al mancebo, mandándole que á nadie dijese que le había dado aviso de esto.
23:23 Y llamados dos centuriones, mandó que apercibiesen para la hora tercia de la noche doscientos soldados, que fuesen hasta Cesarea, y setenta de á caballo, y doscientos lanceros;
23:24 Y que aparejasen cabalgaduras en que poniendo á Pablo, le llevasen en salvo á Félix el Presidente.
23:25 Y escribió una carta en estos términos:
23:26 Claudio Lisias al excelentísimo gobernador Félix: Salud.
23:27 A este hombre, aprehendido de los Judíos, y que iban ellos á matar, libré yo acudiendo con la tropa, habiendo entendido que era Romano.
23:28 Y queriendo saber la causa por qué le acusaban, le llevé al concilio de ellos:
23:29 Y hallé que le acusaban de cuestiones de la ley de ellos, y que ningún crimen tenía digno de muerte ó de prisión.
23:30 Mas siéndome dado aviso de asechanzas que le habían aparejado los Judíos, luego al punto le he enviado á ti, intimando también á los acusadores que traten delante de ti lo que tienen contra Él. Pásalo bien.
23:31 Y los soldados, tomando á Pablo como les era mandado, lleváronle de noche á Antipatris.
23:32 Y al día siguiente, dejando á los de á caballo que fuesen con Él, se volvieron á la fortaleza.
23:33 y como llegaron á Cesarea, y dieron la carta al gobernador, presentaron también á Pablo delante de Él.
23:34 Y el gobernador, leída la carta, preguntó de qué provincia era; y entendiendo que de Cilicia,
23:35 Te oiré, dijo, cuando vinieren tus acusadores. Y mandó que le guardasen en el pretorio de Herodes.
24:1 Y CINCO días después descendió el sumo sacerdote Ananías, con algunos de los ancianos, y un cierto Tértulo, orador; y parecieron delante del gobernador contra Pablo.
24:2 Y citado que fué, Tértulo comenzó á acusar, diciendo: Como por causa tuya vivamos en grande paz, y muchas cosas sean bien gobernadas en el pueblo por tu prudencia,
24:3 Siempre y en todo lugar lo recibimos con todo hacimiento de gracias, oh excelentísimo Félix.
24:4 Empero por no molestarte más largamente, ruégote que nos oigas brevemente conforme á tu equidad.
24:5 Porque hemos hallado que este hombre es pestilencial, y levantador de sediciones entre todos los Judíos por todo el mundo, y príncipe de la secta de los Nazarenos:
24:6 El cual también tentó á violar el templo; y prendiéndole, le quisimos juzgar conforme á nuestra ley:
24:7 Mas interviniendo el tribuno Lisias, con grande violencia le quitó de nuestras manos,
24:8 Mandando á sus acusadores que viniesen á ti; del cual tú mismo juzgando, podrás entender todas estas cosas de que le acusamos.
24:9 Y contendían también los Judíos, diciendo ser así estas cosas.
24:10 Entonces Pablo, haciéndole el gobernador señal que hablase, respondió: Porque sé que muchos años ha eres gobernador de esta nación, con buen ánimo satisfaré por mí.
24:11 Porque tú puedes entender que no hace más de doce días que subí á adorar á Jerusalem;
24:12 Y ni me hallaron en el templo disputando con ninguno, ni haciendo concurso de multitud, ni en sinagogas, ni en la ciudad;
24:13 Ni te pueden probar las cosas de que ahora me acusan.
24:14 Esto empero te confieso, que conforme á aquel Camino que llaman herejía, así sirvo al Dios de mis padres, creyendo todas las cosas que en la ley y en los profetas están escritas;
24:15 Teniendo esperanza en Dios que ha de haber resurrección de los muertos, así de justos como de injustos, la cual también ellos esperan.
24:16 Y por esto, procuro yo tener siempre conciencia sin remordimiento acerca de Dios y acerca de los hombres.
24:17 Mas pasados muchos años, vine á hacer limosnas á mi nación, y ofrendas,
24:18 Cuando me hallaron purificado en el templo (no con multitud ni con alboroto) unos Judíos de Asia;
24:19 Los cuales debieron comparecer delante de ti, y acusarme, si contra mí tenían algo.
24:20 O digan estos mismos si hallaron en mí alguna cosa mal hecha, cuando yo estuve en el concilio,
24:21 Si no sea que, estando entre ellos prorrumpí en alta voz: Acerca de la resurrección de los muertos soy hoy juzgado de vosotros.
24:22 Entonces Félix, oídas estas cosas, estando bien informado de esta secta, les puso dilación, diciendo: Cuando descendiere el tribuno Lisias acabaré de conocer de vuestro negocio.
24:23 Y mandó al centurión que Pablo fuese guardado, y aliviado de las prisiones; y que no vedase á ninguno de sus familiares servirle, ó venir á Él.
24:24 Y algunos días después, viniendo Félix con Drusila, su mujer, la cual era Judía, llamó á Pablo, y oyó de Él la fe que es en Jesucristo.
24:25 Y disertando Él de la justicia, y de la continencia, y del juicio venidero, espantado Félix, respondió: Ahora vete, mas en teniendo oportunidad te llamaré:
24:26 Esperando también con esto, que de parte de Pablo le serían dados dineros, porque le soltase; por lo cual, haciéndole venir muchas veces, hablaba con Él.
24:27 Mas al cabo de dos años recibió Félix por sucesor á Porcio Festo: y queriendo Félix ganar la gracia de los Judíos, dejó preso á Pablo.
25:1 FESTO pues, entrado en la provincia, tres días después subió de Cesarea á Jerusalem.
25:2 Y vinieron á Él los príncipes de los sacerdotes y los principales de los Judíos contra Pablo; y le rogaron,
25:3 Pidiendo gracia contra Él, que le hiciese traer á Jerusalem, poniendo ellos asechanzas para matarle en el camino.
25:4 Mas Festo respondió, que Pablo estaba guardado en Cesarea, y que Él mismo partiría presto.
25:5 Los que de vosotros pueden, dijo desciendan juntamente; y si hay algún crimen en este varón, acúsenle.
25:6 Y deteniéndose entre ellos no más de ocho ó diez días, venido á Cesarea, el siguiente día se sentó en el tribunal, y mandó que Pablo fuese traído.
25:7 El cual venido, le rodearon los Judíos que habían venido de Jerusalem, poniendo contra Pablo muchas y graves acusaciones, las cuales no podían probar;
25:8 Alegando Él por su parte: Ni contra la ley de los Judíos, ni contra el templo, ni contra César he pecado en nada.
25:9 Mas Festo, queriendo congraciarse con los Judíos, respondiendo á Pablo, dijo: ¿Quieres subir á Jerusalem, y allá ser juzgado de estas cosas delante de mí?
25:10 Y Pablo dijo: Ante el tribunal de César estoy, donde conviene que sea juzgado. A los Judíos no he hecho injuria alguna, como tú sabes muy bien.
25:11 Porque si alguna injuria, ó cosa alguna digna de muerte he hecho, no rehuso morir; mas si nada hay de las cosas de que éstos me acusan, nadie puede darme á ellos. A César apelo.
25:12 Entonces Festo, habiendo hablado con el consejo, respondió: ¿A César has apelado? á César irás.
25:13 Y pasados algunos días, el rey Agripa y Bernice vinieron á Cesarea á saludar á Festo.
25:14 Y como estuvieron allí muchos días, Festo declaró la causa de Pablo al rey, diciendo: Un hombre ha sido dejado preso por Félix,
25:15 Sobre el cual, cuando fuí á Jerusalem, vinieron á mí los príncipes de los sacerdotes y los ancianos de los Judíos, pidiendo condenación contra Él:
25:16 A los cuales respondí: no ser costumbre de los Romanos dar alguno á la muerte antes que el que es acusado tenga presentes sus acusadores, y haya lugar de defenderse de la acusación.
25:17 Así que, habiendo venido ellos juntos acá, sin ninguna dilación, al día siguiente, sentado en el tribunal, mandé traer al hombre;
25:18 Y estando presentes los acusadores, ningún cargo produjeron de los que yo sospechaba:
25:19 Solamente tenían contra Él ciertas cuestiones acerca de su superstición, y de un cierto Jesús, difunto, el cual Pablo afirmaba que estaba vivo.
25:20 Y yo, dudando en cuestión semejante, dije, si quería ir á Jerusalem, y allá ser juzgado de estas cosas.
25:21 Mas apelando Pablo á ser guardado al conocimiento de Augusto, mandé que le guardasen hasta que le enviara á César.
25:22 Entonces Agripa dijo á Festo: Yo también quisiera oir á ese hombre. Y Él dijo: Mañana le oirás.
25:23 Y al otro día, viniendo Agripa y Bernice con mucho aparato, y entrando en la audiencia con los tribunos y principales hombres de la ciudad, por mandato de Festo, fué traído Pablo.
25:24 Entonces Festo dijo: Rey Agripa, y todos los varones que estáis aquí juntos con nosotros: veis á éste, por el cual toda la multitud de los Judíos me ha demandado en Jerusalem y aquí, dando voces que no conviene que viva más;
25:25 Mas yo, hallando que ninguna cosa digna de muerte ha hecho, y Él mismo apelando á Augusto, he determinado enviarle:
25:26 Del cual no tengo cosa cierta que escriba al señor; por lo que le he sacado á vosotros, y mayormente á tí, oh rey Agripa, para que hecha información, tenga yo qué escribir.
25:27 Porque fuera de razón me parece enviar un preso, y no informar de las causas.
Proverbs
13:1 EL hijo sabio toma el consejo del padre: Mas el burlador no escucha las reprensiones.
13:2 Del fruto de su boca el hombre comerá bien: Mas el alma de los prevaricadores hallará mal.
13:3 El que guarda su boca guarda su alma: Mas el que mucho abre sus labios tendrá calamidad.
13:4 Desea, y nada alcanza el alma del perezoso: Mas el alma de los diligentes será engordada.
13:5 El justo aborrece la palabra de mentira: Mas el impío se hace odioso é infame.
13:6 La justicia guarda al de perfecto camino: Mas la impiedad trastornará al pecador.
13:7 Hay quienes se hacen ricos, y no tienen nada: Y hay quienes se hacen pobres, y tienen muchas riquezas.
13:8 La redención de la vida del hombre son sus riquezas: Pero el pobre no oye censuras.
13:9 La luz de los justos se alegrará: Mas apagaráse la lámpara de los impíos.
13:10 Ciertamente la soberbia parirá contienda: Mas con los avisados es la sabiduría.
13:11 Disminuiránse las riquezas de vanidad: Empero multiplicará el que allega con su mano.
13:12 La esperanza que se prolonga, es tormento del corazón: Mas árbol de vida es el deseo cumplido.
13:2 Del fruto de su boca el hombre comerá bien: Mas el alma de los prevaricadores hallará mal.
13:3 El que guarda su boca guarda su alma: Mas el que mucho abre sus labios tendrá calamidad.
13:4 Desea, y nada alcanza el alma del perezoso: Mas el alma de los diligentes será engordada.
13:5 El justo aborrece la palabra de mentira: Mas el impío se hace odioso é infame.
13:6 La justicia guarda al de perfecto camino: Mas la impiedad trastornará al pecador.
13:7 Hay quienes se hacen ricos, y no tienen nada: Y hay quienes se hacen pobres, y tienen muchas riquezas.
13:8 La redención de la vida del hombre son sus riquezas: Pero el pobre no oye censuras.
13:9 La luz de los justos se alegrará: Mas apagaráse la lámpara de los impíos.
13:10 Ciertamente la soberbia parirá contienda: Mas con los avisados es la sabiduría.
13:11 Disminuiránse las riquezas de vanidad: Empero multiplicará el que allega con su mano.
13:12 La esperanza que se prolonga, es tormento del corazón: Mas árbol de vida es el deseo cumplido.
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