Blog da Assembléia de Deus em Vila Augusta, Curitiba-PR: Fugindo do ativismo religioso

Por Dra. Paula Bernardo.

“Agora assim diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração, e isto com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração e não as vossas vestes e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque Ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade e se arrepende do Mal.” (Joel 2: 12,13). Prezados Irmãos em Cristo, observamos no teor das Sagradas Escrituras que a despeito dos desígnios eternos de Deus para com o ser humano, Ele não apenas tem chamado o seu povo a servir no seu Reino com atitudes religiosas, ou com um modo litúrgico de viver. O seu verdadeiro propósito é que o homem se conscientize da necessidade que possui de voltar para os braços do pai, como o filho pródigo, a fim de desfrutar uma relação íntima com Ele. Nosso Deus deseja restaurar o relacionamento inicial que existia lá no Jardim do Éden e que foi rompido pelo pecado.

O grande problema que vem ocorrendo no interior das nossas igrejas, é que as pessoas estão confundindo religiosidade com Comunhão e arrependimento sincero para com Deus, já que não buscam formar uma família com o Altíssimo, mantendo um diálogo constante com Ele.Servir ao Senhor não é somente ser membro de uma Igreja Evangélica, ter conhecimento das doutrinas bíblicas, da teologia e ter uma vida moral pura. O Genuíno Servo de Deus possui um contato pessoal e sincero com o nosso Pai Celestial, da qual produz em seu interior uma restauração espiritual nunca experimentada antes.

No Livro de Jeremias 7:4, vemos que o povo de Judá tinha uma idolatria pelo templo do Senhor, de modo que eles tratavam o edifício construído de maneira tão mística e davam tanta importância aos rituais religiosos, que a confiança deles estava no templo e não do Senhor do Templo. Para eles, o que mais importava era o Ativismo Religioso, ao invés de adquirir um relacionamento de Comunhão pessoal com Deus.

É importante dizer que o nosso Deus está mais interessado em quem nós somos, do que fazemos. Neste mesmo sentido, vemos que em Joel, capítulo 2: 13, Deus estava advertindo o povo de que Ele não estava interessado em expressões exteriores e sim num coração quebrantado e contrito na tua presença, afinal nosso Senhor não olha a aparência, ele quero coração.

Infelizmente, muitos de nós temos nos dedicado mais à Obra de Deus do que ao Deus que é dono da Obra. Ficamos tão preocupados em trabalhar e realizar atos exteriores, encenações teatrais em púlpitos e em buscar reconhecimento humano que temos deixado de fazer do Senhor o centro de nossas atenções.

Jamais poderemos fazer de Deus um degrau para alcançarmos nossos interesses pessoais, buscando-o somente nos momentos de aperto e dificuldades ou agindo como “crentes superficiais”, como muitos que o honram somente com lábios, mas o negam em seu testemunho, tendo em vista que não andam em novidade de vida.

É tempo de conversão genuína diz o Senhor, e isto com Jejuns, choro e pranto. Este é o momento de se dedicar à essência da adoração e se voltar para os interesses espirituais. O Resultado do retorno aos braços do pai, nos produzirá uma fé transformadora, brotando em nosso interior uma fonte de riquezas espirituais inesgotáveis. Sem sombra de dúvidas, este é o verdadeiro Avivamento tão esperado pela nossa Geração.

Deus está sempre pronto a nos receber de volta, pois é misericordioso, tardio em irar-se e se arrepende do mal todas as vezes que seus servos resolvem ter mudança de atitude. O Plano arquitetônico de Deus não se constitui em Igrejas lotadas, com cultos alegres, sem que ocorra um arrependimento genuíno do ser humano.
Que possamos sempre ter um coração quebrantado, arrependido e acima de tudo transformado pelo poder da glória de Deus. Creio que esta palavra plantará em nós a conquista de uma nova unção, vinda direto do trono da graça, afinal Deus nos convida a deixá-lo agir sem reservas em nossas vidas.

Afinal, se atentamente ouvirmos a voz de Deus e nos voltarmos para Ele de todo o coração, teremos uma promessa feita à nossa vida que, independente das circunstâncias: “Quando os recursos da Terra se acabarem, as comportas do céu se abrirão, derramando bênçãos recalcadas, sacudidas e transbordantes sobre nossas vidas!”