quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Trabalho Missionário no Ceará

A Congregação de Vila Augusta participa da manutenção de um missionário no Ceará, o Presbítero Francisco Barros de Almeida que, juntamente com sua esposa Cícera e suas filhas Noemy, Naely e Nataly realizam um importante e abençoado trabalho de missão na Assembléia de Deus de Lavras da Mangabeira, distrito de Iborepi, no Ceará.

Oremos para que o Senhor continue abençoando esta família, que não tem medido esforços para levar a Palavra do Senhor, e também por todas as almas que têm sido alcançadas por este trabalho evangelístico.

Abaixo, o vídeo e as fotos que recebemos referentes às atividades de missão e evangelismo realizadas por este homem de Deus e sua família:




"Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra." (Atos 1:8)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

João Ferreira de Almeida e sua tradução da Bíblia - 3ª Parte



A atualização de Almeida no Brasil

Em 1943, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira juntamente com a Sociedade Bíblica América, que atuavam no Brasil naquele tempo, decidiram preparar e publicar uma revisão da tradução de Almeida. Essa revisão, que, a partir de 1948, passou aos cuidados da Sociedade Bíblica do Brasil, viria a ser conhecida como a Almeida Revista e Atualizada. Dela participaram biblistas e vernaculistas de renome, membros das mais diversas denominações evangélicas presentes no Brasil naquela época. A revisão do Novo Testamento foi publicada em 1952. A revisão do Antigo Testamento foi concluída em menos tempo, em 1956, porque uma pequena comissão se dedicou a essa tarefa em regime de tempo integral. A Bíblia toda só foi publicada em 1959. Uma segunda edição de Almeida Revista e Atualizada foi publicada, no Brasil, em 1993.


A base textual do Novo Testamento em Almeida Revista e Atualizada

Uma das diferenças entre as edições Revista e Atualizada e Revista e Corrigida diz respeito ao texto grego adotado como base para a tradução do Novo Testamento. No século XVII, Almeida dispunha somente do assim chamado “texto recebido” (textus receptus), que tem sua origem no Novo Testamento Grego editado por Erasmo de Roterdã, em 1516, e baseado em alguns poucos manuscritos gregos copiados durante a Idade Média. Não há nenhum mérito ou valor especial nessa “decisão” tomada por Almeida. A rigor, não houve decisão nenhuma da parte dele. Ele não tinha escolha, pois o “texto recebido” era o único texto disponível naquele tempo. Durante os séculos 19 e 20, entretanto, foram descobertos manuscritos gregos mais antigos, muitos deles copiados no quarto século d.C. e até mesmo antes disso.

A partir desses manuscritos, que estão mais próximos do tempo dos evangelistas e apóstolos, passaram a ser publicadas edições do Novo Testamento chamadas de “edições críticas”. O termo “crítico” indica que essas edições permitem que se faça a crítica textual, ou seja, a comparação entre o texto que se considera original e as variantes ou alternativas textuais (inclusive as do textus receptus), que aparecem ao pé da página. Para a edição Revista e Atualizada, decidiu-se traduzir o melhor texto grego disponível naquele momento, que era a 16ª edição do Novo Testamento Grego editado por Erwin Nestle. Esse Novo Testamento Grego, é bom que se registre, foi sendo reimpresso sem alterações até o surgimento da 26ª edição, em 1979.

Uma das diferenças entre o texto crítico e o “texto recebido” diz respeito à extensão do texto. Com o passar do tempo, à medida que se faziam novas cópias do texto grego, anotações colocadas à margem dos manuscritos começaram a ser incorporadas no próprio texto, como se pode verificar a partir de uma comparação com manuscritos mais antigos, que não trazem esses acréscimos. O “texto recebido” reflete essas tendências expansionistas. O texto crítico, por sua vez, por seguir os manuscritos mais antigos, é um texto mais breve, em determinadas passagens. Visto que a edição Revista e Atualizada se baseia numa edição crítica, esses acréscimos, típicos do “texto recebido”, deveriam ter sido tirados na tradução. No entanto, em respeito a Almeida, o tradutor, e ao leitor familiarizado com esses textos, eles foram mantidos, só que entre colchetes, como se pode verificar em Mt 5.22, 6.13, etc. Os colchetes indicam que o texto que eles contêm consta da tradução de Almeida, feita no século XVII, mas não faz mais parte do texto grego do Novo Testamento que hoje é considerado original.


Outras diferenças entre a Revista e Atualizada e a Revista e Corrigida

Além desta diferença quanto à base textual, a edição Revista e Atualizada se caracteriza pelas seguintes modificações em relação ao Almeida antigo, ou, então, a edição Revista e Corrigida: 1. Foram eliminados cerca de dois mil tipos de cacófatos ou desagrados cacofônicos, como “tatu” (“volta tu também”, Rt 1.15), “alice” (“e todo o Israel ali se achou”, Ed 8.25), etc. Nessa mesma linha, para evitar um mal entendido (“avós”), passou-se a usar, em certos contextos, a locução “a vós outros”. 2. O nome de Deus (“Javé”), no Antigo Testamento, foi traduzido por SENHOR e impresso em versalete, isto é, com letras maiúsculas. 3. A primeira letra da palavra que inicia um parágrafo foi impressa em negrito. 4. Os textos poéticos, como, por exemplo, Salmos, passaram a ser impressos como poesia. De modo geral, Almeida Revista e Atualizada difere de edições anteriores em aproximadamente trinta por cento do texto.


Almeida e as Bíblias de Estudo

A tradução de Almeida é o texto base de várias Bíblias de Estudo, inclusive desta Bíblia de Estudo Almeida. As notas, é claro, não foram escritas por João Ferreira de Almeida. Entretanto, adicionar notas ao texto da tradução de Almeida condiz com o projeto original do século XVII. Na primeira edição no Novo Testamento, de 1681, aparecem esboços dos capítulos bem como notas marginais, que fornecem alternativas de tradução. Em Mateus 2, por exemplo, aparece o seguinte esboço, impresso em itálico (com grafia atualizada, na citação que segue):

1 Os Magos vêm do Oriente a Jerusalém.
2 Perguntam acerca do rei nascido dos judeus.
4 A quem, sendo bem informados acerca do lugar de seu nascimento em Belém, acharam e adoraram.
12 Tornam-se para sua terra.
13 José tomando o menino foge ao Egito.
16 Herodes manda matar os meninos.
19 Se torna José à Judéia.
22 Mas receando a Arquelau, foi-se para Galiléia, e habita em Nazaré.

Quanto às alternativas de tradução, em Mt 2.1, por exemplo, aparece à margem, em referência à palavra “magos”, a seguinte nota: Ou, sábios. Na segunda edição do Novo Testamento, de 1693, foram adicionadas referências cruzadas e não aparecem mais as variantes de tradução.

Entretanto, essa tradição de incluir esboços e notas foi interrompida posteriormente. Com certeza isso se deveu, em grande parte, à prática adotada pela Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, fundada em 1804, de “encorajar a mais ampla distribuição das Escrituras Sagradas, sem notas e sem comentários”. Porém, em meados do século XX, essa tendência passou a ser revertida, e as Sociedades Bíblicas Unidas, entre elas a Sociedade Bíblica do Brasil, passaram a publicar Bíblias com notas, destacando-se entre elas as Bíblias de Estudo. Em Bíblias de Estudo cujas notas são de responsabilidade exclusiva da Sociedade Bíblica, mantém-se o propósito de não entrar na discussão de doutrinas específicas desta ou daquela denominação cristã. O melhor exemplo disso é a Bíblia de Estudo Almeida.


Princípios da tradução

Os princípios que regem a tradução de Almeida são os da equivalência formal, que procura seguir a ordem das palavras que pertencem à mesma categoria gramatical do original. A linguagem utilizada é clássica e erudita. Em outras palavras, Almeida procurou reproduzir no texto traduzido os aspectos formais do texto bíblico em suas línguas originais – hebraico, aramaico e grego – tanto no que se refere ao vocabulário quanto à estrutura e aos demais aspectos gramaticais.


Diferenças entre as edições

Tanto a edição Revista e Corrigida quanto a Revista e Atualizada foram constituídas a partir dos textos originais, traduzidos por João Ferreira de Almeida no século XVII. As pequenas diferenças entre uma e outra edição devem-se ao fato de os próprios originais em hebraico, aramaico e grego trazerem algumas variantes e suportarem mais de uma tradução correta para uma palavra ou versículo.

As principais diferenças referem-se basicamente aos manuscritos originais disponíveis na época de Almeida. Descobertas arqueológicas e estudos de teólogos e historiadores em torno das Escrituras Sagradas tiveram grandes avanços desde o século XVIII até os dias de hoje. Tais documentos não existiam na época de Almeida. Dessa forma, a RC é a expressão dos textos originais com que Almeida trabalhou. Não há nesta edição indicações de textos sobre os quais os diversos manuscritos bíblicos divergem.

Porém, na essência, as duas versões refletem o bom trabalho realizado por João Ferreira de Almeida, o qual foi completamente fiel aos textos originais das Escrituras Sagradas. Embora haja diferenças entre as duas versões, as passagens centrais da fé cristã – que apresentam Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador – são perfeitamente claras e concordantes em ambas.


Na próxima quinta falaremos sobre a Tradução na Linguagem de Hoje.


Este estudo foi retirado do seguinte endereço: http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=59


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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Louvor da semana - 28/11/2011

O louvor desta semana chama-se "Advogado Fiel" da cantora Bruna Karla, sugestão da irmã Andreia Dearo e da jovem Karol.


Advogado Fiel

Não vou me preocupar com as perseguições
Com as pedras que me lançam, Jesus está por perto
Eu posso confiar, eu posso descansar, Jesus está por perto

Pra falar atire a primeira pedra
Aquele que não tem pecado, aquele que não erra
Pra me defender diante do inimigo
Tomar minha dor, pra chorar comigo
Pra me sustentar debaixo de Tua destra
Isso é fato consumado, os meus casos impossíveis
Serão sempre encerrados pelo meu advogado ...

Meu advogado é o meu Senhor
Ele me defende do acusador
Minha causa entreguei em Suas mãos
Posso descansar o meu coração
Minha audiência ele já marcou
E garantiu de novo que eu serei o vencedor
Meu advogado mora lá no céu
Verdadeiro justo, pra sempre fiel

Pra falar atire a primeira pedra
Aquele que não tem pecado, aquele que não erra
Pra me defender diante do inimigo
Tomar minha dor, pra chorar comigo
Pra me sustentar debaixo de Tua destra
Isso é fato consumado, os meus casos impossíveis
Serão sempre encerrados pelo meu advogado ...

Meu advogado é o meu Senhor
Ele me defende do acusador
Minha causa entreguei em Suas mãos
Posso descansar o meu coração
Minha audiência ele já marcou
E garantiu de novo que eu serei o vencedor
Meu advogado mora lá no céu
Verdadeiro justo, pra sempre fiel

Advogado fiel, advogado fiel
O meu Jesus é pra mim
Advogado Fiel ...

Advogado fiel, advogado fiel
O meu Jesus é pra mim
Advogado Fiel ...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Adquirindo visão espiritual


Por Dra. Paula Bernardo.

“E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela, pois chorando, abaixou-se para o sepulcro e viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.” (João 20: 11-13)

Amados Irmãos em Cristo, num destes dias em que parei para meditar acerca dos revezes da vida, pude perceber uma grande realidade que tem minado a vida espiritual de muitos crentes, sobrecarregando suas mentes, gerando um apagão nas luzes de vossa alma, fazendo com que venham possuir apenas uma visão terrena, limitada ao problema que os cerca.

A passagem bíblica em destaque nos traz uma viva luz nas trevas, um caminho no meio do deserto causticante e uma mão estendida no meio do desespero.

Após a tragédia vicária: o grande sacrifício da cruz que nos trouxe vida, observamos que os discípulos, ainda atônitos com todos os acontecimentos da humilhação, perseguição e morte de Cristo foram até o sepulcro onde acharam que encontrariam o corpo de Jesus sepultado. Todavia, a pedra do sepulcro tinha sido tirada e o mesmo estava vazio.

Num ato de desespero, correram, atropelaram-se para chegar primeiro ao lugar do sepultamento e indagaram entre eles acerca do corpo de Cristo, afinal não sabiam onde ele estava. No mesmo sentido, procuraram, se abaixaram e apenas o que avistaram foram: os lençóis, o sepulcro vazio e o lenço que tinha estado sobre a sua cabeça...

Entretanto, no mesmo local, sofrendo a mesma angústia da separação com o Mestre e vivendo a mesma realidade, encontramos uma mulher: Maria Madalena, discípula, seguidora e inconformada com a morte de Jesus, mas que nos deixa um exemplo de fé e persistência em momentos difíceis, sabendo que ligados em Deus, sempre teremos uma visão celestial e uma saída para enxugar as nossas lágrimas.

Dentro deste mesmo quadro de sofrimento, quantas vezes nos deparamos com problemas em que não encontramos saída. Choramos. Indagamos. Corremos de um lado para o outro à procura da solução e apenas o que enxergamos à nossa frente são sepulcros vazios, restolhos de lençóis e indícios do lenço do Mestre que antes víamos vivo, sentíamos a presença D´Ele e falávamos com Ele. Porém, com os olhos marejados de dor, não podemos mais vê-lo ou sentí-lo.Nossa visão está ofuscada, terrena e voltada para o problema.

Deus quer que nós tenhamos a humildade e confiança de Maria Madalena, que mesmo estando diante de um sepulcro vazio, em meio às lágrimas, abaixo-se em sinal de humilhação e não aceitou o veredicto que presenciava. Esta mulher conseguiu ter uma visão espiritual, contemplando Dois Anjos vestidos de branco, indicando como uma bússola que Jesus estava vivo, pois havia ressuscitado!

Após a visão, ela verdadeiramente teve um reencontro com o mestre, e Deus quer te dar hoje esta visão espiritual. Olhe além do que tua visão carnal pode alcançar, pois Jesus Cristo está vivo, Ele é o teu Senhor, teu Mestre, teu Raboni, não te abandonou e é capaz de fazer o impossível acontecer para te abençoar.

Neste momento Ele te acolhe, enxuga tuas lágrimas e te pergunta: Por que choras? Eu estou aqui! Tú não estás sozinho!

Jesus te fará elevar teus olhos para os montes, te dará uma Visão Espiritual no meio deste sofrimento e te fará ver que sobre o sepulcro que se apresenta na tua frente, na tua vida, no teu casamento e no teu ministério, há anjos enviados do céu pra te ajudar e te apontar a direção a ser seguida.

Que Deus possa abençoá-los grandemente!

Dra Paula Bernardo, advogada e pregadora
da palavra de Deus. 
Membro da Assembléia de Deus em Campinas-SP.
www.drapaulabernardo.com.br

Este estudo bíblico também está disponível no endereço:

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

João Ferreira de Almeida e sua tradução da Bíblia - 2ª Parte



A publicação do Novo Testamento português

Escolhidos os revisores, o trabalho começou e foi sendo desenvolvido vagarosamente. Quatro anos depois, irritado com a demora, Almeida resolveu não esperar mais — mandou o manuscrito para a Holanda por conta própria, para ser impresso lá. Mas o presbitério conseguiu fazer com que a impressão fosse interrompida. Passados alguns meses, depois de algumas discussões, quando o tradutor parecia estar quase desistindo de apressar a publicação de seu texto, cartas vindas da Holanda trouxeram a notícia de que o manuscrito havia sido revisado e estava sendo impresso naquele país.

Em 1681, a primeira edição do Novo Testamento de Almeida finalmente saiu da gráfica. A impressão foi feita em Amsterdã, na Holanda, na tipografia da viúva J. V. Zomeren. O título era este: “O Novo Testamento Isto he o Novo Concerto de Nosso Fiel Senhor e Redemptor Iesu Christo traduzido na Língua Portuguesa”. Um ano depois, essa edição do Novo Testamento chegou a Batávia, mas apresentava erros de tradução e revisão. O fato foi comunicado às autoridades da Holanda e todos os exemplares que ainda não haviam saído de lá foram destruídos, por ordem da Companhia das Índias Orientais. As autoridades Holandesas determinaram que se fizesse o mesmo com os volumes que já estavam em Batávia. Pediram também que se começasse, o mais rápido possível, uma nova e cuidadosa revisão do texto.

Apesar das ordens recebidas da Holanda, nem todos os exemplares recebidos em Batávia foram destruídos. Alguns deles foram corrigidos à mão e enviados às congregações da região (um desses volumes pode ser visto hoje no Museu Britânico, em Londres). O trabalho de revisão e correção do Novo Testamento foi iniciado e demorou dez longos anos para ser terminado. Somente após a morte de Almeida, em 1693, é que essa segunda versão foi impressa, na própria Batávia, onde também foi distribuída. A terceira edição viria a ser publicada em 1712.


A tradução do Antigo Testamento

Enquanto progredia a revisão do Novo Testamento, Almeida começou a traduzir o Antigo Testamento. Em 1683, ele completou a tradução do Pentateuco. Iniciou-se, então, a revisão desse texto, e a situação que havia acontecido na época da revisão do Novo Testamento, com muita demora e discussão, acabou se repetindo. Já com a saúde prejudicada—pelo menos desde 1670, segundo os registros —, Almeida teve sua carga de trabalho na congregação diminuída e pôde dedicar mais tempo à tradução. Mesmo assim, não conseguiu acabar a obra à qual havia dedicado a vida inteira. Em 1691, no mês de outubro, Almeida veio a falecer. Nessa ocasião, ele havia chegado até Ezequiel 48.21. A tradução do Antigo Testamento foi completada em 1694 por Jacobus op den Akker, pastor holandês. O texto do Antigo Testamento completo só viria a ser impresso em 1751. A Bíblia completa em um único volume só foi publicada em 1819.


O processo de tradução

Pouco ou nada se sabe a respeito de como Almeida traduziu a Bíblia. As atas da Igreja Reformada em Batávia dão atenção a problemas administrativos como impressão, distribuição e discussão com autoridades, mas pouco ou nada informam sobre a tradução ou outras questões relacionadas com o texto. Para o Novo Testamento, o único texto disponível naquele momento era o assim chamado “texto recebido”. A edição mais recente desse texto era a segunda edição publicada pelos irmãos Elzevir, em 1633, o que não significa que Almeida se valeu exatamente desta edição. Além do original, Almeida teve acesso a outras traduções, como a espanhola, a francesa e a italiana. No Prefácio da obra “Diferença da Cristandade”, traduzida por Almeida do espanhol para o português, em 1684, diante da falta de uma Bíblia Portuguesa completa, Almeida remete o leitor à versão espanhola da Sagrada Escritura. Sua intenção era, como ele mesmo diz, “dar-vos assim em breve toda a Escritura Sagrada em vossa própria língua. Que é a maior dádiva, e o mais precioso tesouro, que nunca ninguém, que eu saiba, até o presente vos tenha dado”.


Como o texto de Almeida chegou pela primeira vez ao Brasil

Ao que tudo indica, o texto da Bíblia de Almeida chegou ao Brasil pela primeira vez em 1712, ainda que de forma acidental. Uma remessa de 150 exemplares do Evangelho de Mateus (edições com mais de mil exemplares eram raras naquele tempo!), impressa em Amsterdã e destinada ao povo de fala portuguesa das Índias Ocidentais, acabou aportando no Brasil. Acontece que o navio foi interceptado pelos franceses e conduzido a um porto brasileiro, no Rio de Janeiro ou em Salvador. Não se sabe quem ficou com as cópias do Evangelho de Mateus. Posteriormente, a Bíblia de Almeida passou a ser distribuída no Brasil pela Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira.


As revisões do texto de Almeida

A tradução do Novo Testamento feita por Almeida foi revisada antes de ser publicada em 1681 e, quando o texto foi publicado, já necessitava de imediata revisão. Depois, em meados do século XVIII, ainda na ilha de Java, foi feita uma revisão do texto de toda a Bíblia. A segunda grande revisão, chamada de “revisão de Londres”, foi feita cem anos mais tarde, entre 1869 e 1875. Vinte anos depois, em 1894, ainda em Londres, o mesmo texto foi corrigido quanto à ortografia e alguns termos obsoletos foram substituídos. A edição de 1898, feita em Lisboa, viria a ser conhecida como Almeida Revista e Corrigida. Ao longo dos anos, essa edição vem sofrendo atualização gráfica e pequenos retoques no que diz respeito a termos arcaicos e palavras que mudaram de significado. A mais recente dessas revisões foi feita, no Brasil, em 1995.


Na próxima terça falaremos sobre a versão Almeida Revista e Atualizada comparando-a com a Revista e Corrigida.

Este estudo foi retirado do seguinte endereço: http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=59 .


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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A cadeira


Certa vez, um Pastor foi chamado para orar por um homem muito enfermo.

Quando o Pastor entrou no quarto, encontrou o pobre homem na cama com a cabeça apoiada num par de almofadas.

Havia uma cadeira ao lado da cama, fato que levou o Pastor a pensar que o homem estava aguardando a sua chegada.

- Suponho que estava me esperando? - disse o Pastor. 

- Não, quem é você? - respondeu o homem enfermo.

- Sou o Pastor que a sua filha chamou para orar por você; quando entrei e vi a cadeira vazia ao lado da sua cama, imaginei que você soubesse que eu viria visitá-lo.

- Ah sim, a cadeira! Entre e feche a porta.

Então o homem enfermo lhe disse: - Nunca contei para ninguém, mas passei toda a minha vida sem ter aprendido orar. Não sabia direito como se deve orar. E nunca dei muita importância para a oração. Pensava que Deus estava muito distante de mim. Assim sendo, há muito tempo abandonei por completo a idéia de falar com Deus. Até que um amigo me disse: "José, orar é muito simples. Orar é conversar com Jesus, e isto eu sugiro que você nunca deixe de fazer... você se senta numa cadeira e coloca outra cadeira vazia na sua frente. Em seguida, com muita fé, você imagina que Jesus está sentado ali, bem diante de você. Afinal Jesus mesmo disse: 'Eu estarei sempre com vocês'. Portanto, você pode falar com Ele e escutá-lo, da mesma maneira como está fazendo comigo agora". Pois assim eu procedi e me adaptei à idéia. Desde então, tenho conversado com Jesus durante umas duas horas diárias. Tenho sempre muito cuidado para que a minha filha não me veja... pois me internaria num manicômio imediatamente.

O Pastor sentiu uma grande emoção ao ouvir aquilo, e disse a José que era muito bom o que estava fazendo e que não deixasse nunca de fazê-lo. Em seguida orou com ele e foi embora.

Dois dias mais tarde, a filha de José comunicou ao Pastor que seu pai havia falecido.

O Pastor então perguntou: - Ele faleceu em paz?

- Sim, quando eu estava me preparando para sair, ele me chamou ao seu quarto. Ele disse que me amava muito e me deu um beijo. Quando eu voltei das compras, uma hora mais tarde, já o encontrei morto. Porém há algo de estranho em relação à sua morte, pois aparentemente, antes de morrer, chegou perto da cadeira que estava ao lado da cama e encostou a cabeça nela. Foi assim que eu o encontrei. Porque será isto? – perguntou a filha.

O Pastor, profundamente emocionado, enxugou as lágrimas e respondeu: - Ele partiu nos braços do seu melhor amigo...


"Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mateus 28:20)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

João Ferreira de Almeida e sua tradução da Bíblia


A grande maioria dos evangélicos do Brasil associa o nome de João Ferreira de Almeida às Escrituras Sagradas. Afinal, é ele o autor (ainda que não o único) da tradução da Bíblia mais usada e apreciada pelos protestantes brasileiros. Disponível aqui em duas versões publicadas pela Sociedade Bíblica do Brasil — a Edição Revista e Corrigida e a Edição Revista e Atualizada — a tradução de Almeida é a preferida de mais de 60% dos leitores evangélicos das Escrituras no País.

Se a tradução de Almeida é largamente conhecida, o mesmo não se pode dizer a respeito do autor. Pouco, ou quase nada, se tem falado e escrito a respeito dele. Almeida nasceu por volta de 1628, em Torre de Tavares, Portugal, e morreu em 1691, na cidade de Batávia (atual ilha de Java, Indonésia). O que se conhece da vida de Almeida está registrado na “Dedicatória” de um de seus livros e nas atas dos presbitérios de Igrejas Reformadas (calvinistas) do Sudeste da Ásia, para as quais trabalhou como pastor, missionário e tradutor, durante a segunda metade do século XVII.


Tradutor aos 16 anos

Segundo registros daquela época, em 1642, aos 14 anos, João Ferreira de Almeida teria deixado Portugal para viver em Málaca (Malásia). Ele havia ingressado no protestantismo, vindo do catolicismo, e transferia-se com o objetivo de trabalhar na Igreja Reformada Holandesa daquele local.

Dois anos depois, por iniciativa pessoal, Almeida começou a traduzir para o português uma parte dos Evangelhos e das Cartas do Novo Testamento. A tradução, feita do espanhol, foi terminada em 1645, mas nunca foi publicada. Entretanto, o tradutor fez cópias à mão desse seu trabalho, as quais foram mandadas para as congregações de Málaca, Batávia e Ceilão (hoje Sri Lanka).

No tempo de Almeida, o idioma português era o mais falado em partes da Índia e do Sudeste da Ásia. Acredita-se, no entanto, que o português empregado por Almeida tanto em pregações como na tradução da Bíblia fosse bastante erudito e, portanto, de difícil compreensão para a maioria do povo. Essa impressão é reforçada por uma declaração dada por ele em Batávia, quando se propôs a traduzir alguns sermões “para a língua portuguesa adulterada, conhecida desta congregação”.


Pastor no Sudeste da Ásia

O tradutor permaneceu em Málaca até 1651, quando se transferiu para Batávia. Depois de passar por um exame preparatório e de ter sido aceito como candidato ao pastorado, Almeida acumulou novas tarefas: dava aulas de português a pastores, traduzia livros e ensinava catecismo a professores de escolas primárias. Em 1656, ordenado pastor, foi indicado para o Presbitério do Ceilão.

Ao que tudo indica, esse foi o período mais agitado da vida do tradutor. Durante o pastorado em Galle (Sul do Ceilão), Almeida assumiu uma posição tão forte contra o que ele chamava de “superstições papistas”, que o governo local resolveu apresentar uma queixa a seu respeito ao governo de Batávia (provavelmente por volta de 1657). Entre 1658 e 1661, época em que foi pastor em Colombo, ele voltou a enfrentar problemas com o governo, o qual tentou, sem sucesso, impedi-lo de pregar em português.

A passagem de Almeida por Tuticorin (Sul da Índia), onde foi pastor por cerca de um ano, também parece não ter sido das mais tranquilas. Tribos da região negaram-se a ser batizadas ou ter seus casamentos abençoados por ele. Tudo indica que isso aconteceu porque a Inquisição havia ordenado que um retrato de Almeida fosse queimado numa praça pública em Goa.

Foi também durante a estada no Ceilão que, provavelmente, o tradutor conheceu a mulher com a qual viria a se casar. Vinda do catolicismo romano para o protestantismo, como ele, chamava-se Lucretia Valcoa de Lemmes (ou Lucrécia de Lemos). Mais tarde, a família completou-se, com o nascimento de um menino e de uma menina.


Pastor e tradutor em Batávia

A partir de 1663 (dos 35 anos de idade em diante, portanto), Almeida trabalhou na congregação de fala portuguesa da cidade de Batávia, onde ficou até o final da vida, em 1691. Nesta nova fase, teve uma intensa atividade como pastor. Ao mesmo tempo, retomou o trabalho de tradução da Bíblia, iniciado na juventude. Foi somente então que passou a dominar a língua holandesa e a estudar grego e hebraico. Em 1676, Almeida comunicou ao presbitério que o Novo Testamento estava pronto. Aí começou a batalha do tradutor para ver o texto publicado — ele sabia que o presbitério não recomendaria a impressão do trabalho sem que fosse aprovado por revisores indicados pelo próprio presbitério. E também que, sem essa recomendação, não conseguiria outras permissões indispensáveis para que o fato se concretizasse: a do Governo de Batávia e a da Companhia das Índias Orientais, na Holanda.

Um fato curioso é que, em alguns escritos, e até mesmo na folha de rosto de suas Bíblias, Almeida aparece com o título de padre. Alguns até já sugeriram que pudesse ter sido membro da Companhia de Jesus. No entanto, esse título era usado também pelos pastores protestantes nas Índias Orientais, naquele tempo. Assim, onde se lê “padre” deve-se entender “pastor”.


Continua na próxima quinta-feira...

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Louvor da semana - 21/11/2011

O louvor desta semana é o hino "Brilhar Por Ti" de Leonardo Gonçalves.


Brilhar Por Ti

Às vezes parece que ser um cristão
Não é fácil em meio à escuridão
Inda mais se eu pensar que não é minha luz
Mas a união com Deus que o brilho produz.

E as vezes parece difícil entender
Que o cristão é exemplo mesmo sem querer
E por isso mesmo eu preciso orar
Pra que Deus me ilumine e assim eu possa brilhar

Côro
Senhor eu quero brilhar por Ti
Quando o mundo se apagar
Eu quero que através da minha vida
Alguém possa Te enxergar
Faze com que, mesmo sem palavras
Eu fale do Teu amor
Eu quero brilhar por Ti
Brilhar onde quer que for.

Às vezes eu temo que vou fracassar
Pois eu sei que errei e continuo a errar
Mas se a minha luz parece extinguir-se
Meu Deus me dá força pra prosseguir.

Não importa o quanto eu tente me esforçar
Eu só posso vencer se Ele me ajudar
E é quando percebo, meu esforço é vão
E o que devo fazer é segurar Sua mão

Côro
Senhor eu quero brilhar por Ti
Quando o mundo se apagar
Eu quero que através da minha vida
Alguém possa Te enxergar
Faze com que, mesmo sem palavras
Eu fale do Teu amor
Eu quero brilhar por Ti
Brilhar onde quer que for.

(Final)
E quando minha luz parece vacilar
É só me unir àquela luz que a todas faz brilhar.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Valentes de Jesus


Por Dra. Paula Bernardo.


“Então, Davi se retirou dali e se escapou para a caverna de Adulão; e ouviram-no seus irmãos e toda a casa de seu pai e desceram ali para ele. E ajuntou-se com ele todo homem que se achava endividado, e todo homem de espírito desgostoso, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.” (I Sm 22:1,2)


Na caminhada cristã, por vezes nos encontramos sob a égide de um oceano de questionamentos que invadem nosso interior, numa busca de respostas para tantos percausos que somos levados a enfrentar, mesmo estando na presença de Deus.

Sabemos que nosso Senhor tem planos infinitamente melhores e mais altos do que os nossos e, neste contexto encontramos nosso pai celestial orquestrando através das experiências amargas que estes homens vivenciaram, uma maneira digna de restaurá-los, capacitá-los, os exaltando sobremaneira, a despeito de aparentes frustrações e perdas trazidas pelos insucessos que cada qual trazia dentro de si.

Pelos parâmetros humanos, os quatrocentos homens que se juntaram a Davi eram incapazes, excluídos pela sociedade e viviam às custas da própria sorte, sem nenhuma esperança ou perspectiva de mudança para o seu futuro.

À mercê de um destino incerto, muitos servos de Deus têm fugido e se isolado em cavernas interiores, que muitas vezes cavam em seu coração sentimentos de amargura, cisternas em suas emoções, gerando complexos de inferioridade e incapacidade que acabam se tornando verdadeiros “portões de ferro” que impedem o Arquiteto por Excelência: Jesus Cristo de terminar a boa obra que Ele começou em suas vidas. Muito embora exista um conceito estabelecido pela Sociedade na qual estamos inseridos de que há pessoas irrecuperáveis e sem solução, Deus nos prova que Ele é capaz de escolher homens e mulheres rejeitados, motivá-los, transformá-los, formando por meio deles um grande exército, capaz de fazer proezas para o Reino de Deus.

Se você tem sido nocauteado por experiências amargas, pela dor de perdas irrecuperáveis, têm vivido incansáveis dias de angústia e sofrimento, saiba que a Casa de Deus é a Caverna de Adulão que Deus te preparou para que nela você seja curado e venha produzir o melhor de si.

Quando você adentrar nela, sinta-se abraçado pelo Espírito Santo, que afagará tua alma, cicatrizará suas feridas, sob o comando do nosso Líder Jesus Cristo, que com seu amor e compaixão te alistará para fazer parte do maior exército que irá morar no céu: OS VALENTES DE JESUS. Este exército possui uma força tática sobrenatural, seu nome é conhecido nos céus e na terra, seu líder é Rei dos Reis, Senhor dos Senhores e suas armas são espirituais, mas poderosas em Deus para destruir fortalezas.

O Senhor te chama nesta hora para fazer parte deste exército, tendo a convicção que não importa como você adentrará na caverna, e sim a certeza do resultado de que DEUS TE FARÁ MAIS DO QUE VENCEDOR, e te coroará com Coroa de glória, pois fostes graduado na maior escola que existe: “ A Escola do Reino dos Céus”.

Dra Paula Bernardo, advogada e pregadora
da palavra de Deus. 
Membro da Assembléia de Deus em Campinas-SP.
www.drapaulabernardo.com.br

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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Bíblia em línguas indígenas


Desde 2001, a Sociedade Bíblica do Brasil passou a intensificar seu programa de cooperação com instituições que têm o objetivo de traduzir a Bíblia para línguas minoritárias – aquelas que contam com um menor número de falantes –, em especial as faladas entre os povos indígenas do Brasil. Com isso, a entidade pretende contribuir para a preservação da cultura desses povos e reforçar mais uma vez a sua missão de levar a Palavra de Deus para todos os brasileiros. 

Uma pátria com mais de uma língua. Assim é o Brasil. Um país que reúne uma população que fala mais de 180 idiomas diferentes. Sim, o português não é a única língua em uso no Brasil. Perto de 370 mil indivíduos, que integram cerca de 220 grupos indígenas espalhados em diversas regiões, falam outras línguas. 

Embora sejam brasileiros como qualquer cidadão nascido nessa pátria, poucos são aqueles que têm acesso à Bíblia em seu idioma materno. Mas graças à extrema dedicação de profissionais e entidades, hoje existem partes do texto bíblico traduzidas para 44 línguas indígenas brasileiras diferentes. Destas, apenas três têm a Bíblia completa: Wai-Wai, Guajajara e Guarani-Mbyá.

O processo de tradução do texto bíblico para esses idiomas é bastante complexo. Em geral, a língua indígena é ágrafa. Ou seja, não tem representação gráfica. Com isso, as equipes que se envolvem nesse trabalho têm de conviver, durante décadas, diretamente com essa população a fim de aprender e normatizar a língua para qual pretendem traduzir as Escrituras Sagradas. Além disso, eles têm que conhecer a realidade cultural em que está inserida a população, para buscar dentro da língua formas de explicar o conteúdo das Escrituras. 

- Criador antigo
- Aquele que nos fez
- O que existe eternamente
- Um herói supernatural moralmente bom
- Nosso pai verdadeiro 

Esses são alguns exemplos dos significados encontrados para transmitir o conceito bíblico de Deus a diferentes povos indígenas, de maneira que entendessem sua magnitude dentro do contexto linguístico e cultural em que vivem. 

Além de possibilitar que esses povos tenham acesso às Escrituras Sagradas, o trabalho de tradução da Bíblia para esses idiomas contribui para a preservação e valorização cultural desse segmento da população. 


Na próxima terça-feira postaremos aqui a história da Bíblia em português mais lida em todo o mundo: a Tradução de João Ferreira de Almeida.

Este estudo foi retirado do seguinte endereço: http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=55


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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Está vendo Deus?





Um dia, na sala de aula, o professor estava explicando a teoria da evolução aos alunos.

Ele perguntou a um dos estudantes: - Tomás, está vendo a árvore lá fora?

- Sim, respondeu o menino.

O Professor voltou a perguntar: - Está vendo a Grama?

E o menino respondeu prontamente: - Sim.

Então o professor mandou Tomás sair da sala e lhe disse para olhar pra cima e ver se ele enxergava o céu.

Tomás entrou e disse: - Sim, professor, eu vejo o céu.

- Está vendo Deus? Perguntou o professor.

O menino respondeu que não.

O professor, olhando para os demais alunos disse: - É disso que eu estou falando! Tomás não pode ver a Deus, porque Deus não está ali! Podemos concluir então que Deus não existe.

Nesse momento Pedrinho se levantou e pediu permissão ao professor para fazer mais algumas perguntas a Tomás.

- Tomás, está vendo a grama lá fora?

- Sim.

- Está vendo as árvores?

- Sim.

- Está vendo o céu?

- Sim.

- Está vendo o professor?

- Sim.

- Está vendo o cérebro dele?

- Não - disse Tomás.

Pedrinho então, dirigindo-se aos seus companheiros, disse: - Colegas, de acordo com o que aprendemos hoje, concluímos que o professor não tem cérebro.



"Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz. A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo." (Salmos 19:1-4)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Cronologia da Bíblia em português


Os países lusófonos são aqueles que têm o português como língua oficial. Trata-se de uma grande comunidade constituída por mais de 200 milhões de pessoas espalhadas nos mais diversos continentes, que faz com que a língua portuguesa esteja entre as 10 mais faladas do mundo. Os países que integram essa comunidade são: 

- Angola
- Brasil
- Cabo Verde
- Guiné-Bissau
- Macau
- Moçambique
- Portugal
- São Tomé e Príncipe
- Timor Leste


Os mais antigos registros de tradução de trechos da Bíblia para o português datam do final do século XV. Porém, centenas de anos se passaram até que a primeira versão completa estivesse disponível em três volumes, em 1753. Trata-se da tradução de João Ferreira de Almeida.

A primeira impressão da Bíblia completa em português, em um único volume, aconteceu em Londres em 1819, também na versão de Almeida. Veja, a seguir, a cronologia das principais traduções da Bíblia completa publicadas na língua portuguesa.

1753 - Tradução de João Ferreira de Almeida, em três volumes.

1790 - Versão de Figueiredo, elaborada a partir da Vulgata pelo padre católico Antônio Pereira de Figueiredo. Foi publicada em sete volumes, depois de 18 anos de trabalho.

1819 - Primeira impressão da Bíblia completa em português, em um único volume. Tradução de João Ferreira de Almeida.

1898 - Revisão da versão de João Ferreira de Almeida, que recebeu o nome de Revista e Corrigida, 1ª edição.

1917 - Versão Brasileira. Elaborada a partir dos originais, foi produzida durante 15 anos por uma comissão de especialistas e sob a consultoria de alguns ilustres brasileiros. Entre eles: Rui Barbosa, José Veríssimo e Heráclito Graça.

1932 - Versão de Matos Soares, elaborada em Portugal.

1956 - Edição Revista e Atualizada, de João Ferreira de Almeida, elaborada pela Sociedade Bíblica do Brasil.

1957 - Bíblia Sagrada Ave-Maria, publicada pela Editora Ave Maria.

1959 - Versão dos Monges Beneditinos. Elaborada a partir dos originais para o francês, na Bélgica, e traduzida do francês para o português.

1968 - Versão dos Padres Capuchinhos. Elaborada em Portugal, a partir dos originais.

1969 - Revista e Corrigida, 2ª edição, de João Ferreira de Almeida, elaborada pela Sociedade Bíblica do Brasil.

1981 - Bíblia de Jerusalém, publicada pela Editora Paulus.

1988 - Bíblia na Linguagem de Hoje. Elaborada no Brasil, pela Sociedade Bíblica do Brasil, a partir dos originais.

1993 - Revista e Atualizada, 2ª edição, de João Ferreira de Almeida, elaborada pela Sociedade Bíblica do Brasil.

1995 - Revista e Corrigida, 3ª edição, de João Ferreira de Almeida, elaborada pela Sociedade Bíblica do Brasil.

2000 - Nova Tradução na Linguagem de Hoje, elaborada pela Sociedade Bíblica do Brasil.

2001 - Nova Versão Internacional, publicada pela Editora Vida e Sociedade Bíblica Internacional.

2001 - Bíblia Sagrada, tradução oficial da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

2002 - Bíblia do Peregrino, tradução de Luís Alonso Schökel, publicada pela Editora Paulus.

2009 - Revista e Corrigida, 4ª edição, de João Ferreira de Almeida, elaborada pela Sociedade Bíblica do Brasil.


Na próxima quinta-feira postaremos a respeito de um abençoado trabalho que a Sociedade Bíblica do Brasil realiza traduzindo a Bíblia nos idiomas indígenas e na próxima semana trataremos da história da Bíblia em português mais lida em todo mundo: a versão de João Ferreira de Almeida.


Este estudo foi retirado do seguinte endereço: http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=50


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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Louvor da semana - 14/11/2011

O louvor desta semana é "Ele Não Desiste de Você" de Marquinhos Gomes, sugestão da irmã Josiane.


Ele Não Desiste de Você

Não importa quem você é
Não importa o que você fez
Jesus conhece o seu interior também
Quantas vezes você caiu
Tentando acertar
Mas a tristeza e o desespero
Te fizeram chorar

Não importa pra onde você foi
Se na escuridão da noite
Ele apaga o seu passado
E não desiste de você

Ele não desiste de você
Ele se importa com você
Ele compreende o seu caminhar
Nunca vi um amor tão grande assim

Ele não desiste de você
Ele se importa com você
Ele compreende o seu caminhar
Nunca vi um amor tão grande assim
Ele não desiste!

Ele não desiste(6x)

Não importa pra onde você foi
Se na escuridão da noite
Ele apaga o seu passado
E não desiste de você

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Dever de orar pelas autoridades


Pelo Pastor Wagner Gaby

Além da obediência devida ao Estado, como um bom cidadão, o cristão tem o dever bíblico de orar pelas autoridades legalmente constituídas.

O grande apóstolo Paulo fez questão de lembrar a Timóteo sobre essa responsabilidade premente de cada cristão (1 Timóteo 2:1-5): "Admosto-te, pois antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade; Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem".

Devemos orar primeiramente para a salvação de todos os homens. Se os cristãos desejam realmente gozar da liberdade neste mundo, devem orar constantemente pelos governantes e por todos os que ocupam cargos de direção em nosso paós, nos Estados e nos Municípios, para que os mesmos preservem a paz e a ordem na sociedade.

Paulo deu instruções detalhadas a Tito (Tito 3:1-2): "Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeçam, e estejam preparados para toda a boa obra; Que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens. Porque também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros".

Tais instruções referem-se à correta conduta que os cristãos devem ter neste mundo, conduta essa, tanto em relação às autoridades públicas como em relação aos seus concidadãos.

Por outro lado, o cristão deve estar cônscio de suas responsabilidades cívicas e estar sempre pronto para participar de qualquer atividade cívica condigna.

A observação feita por Paulo a Tito fundava-se no motivo de que os cretenses possuíam fama de serem sediciosos, isto é, perturbadores da ordem pública, indisciplinados e rebeldes.

O cristão deve manter um padrão de conduta a altura de um cidadão exemplar, evitando a atacar quem quer que seja por intermédio de palavras ou atitudes. É oportuno lembrar as palavras do grande sábio Salomão (Provérbios 24:21-22): "Teme ao SENHOR, filho meu, e ao rei, e não te ponhas com os que buscam mudanças, Porque de repente se levantará a sua destruição, e a ruína de ambos, quem o sabe?".

Em Êxodo 22:28, também está escrito: "A Deus não amaldiçoarás, e o príncipe dentre o teu povo não maldirás". É dever de todo o cristão praticar a mansidão, consideração e respeito para com todos os homens.

No dia 15 deste mês de novembro, quando comemoramos o 122º aniversário da Proclamação dos Estados Unidos do Brasil, ocorrida em 15 de novembro de 1889, pelo Marechal Deodoro da Fonseca, devemos orar pela presidenta Dilma Roussef para que ela honre, de fato, o seu compromisso assumido em seu primeiro discurso de posse, quando enfatizou: "Zelarei pela mais ampla liberdade religiosa e de culto. Zelarei pela observação criteriosa e permanente dos direitos humanos e tão claramente consagrados em nossa Constituição".

"Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo ao qual escolheu para sua herança." (Salmos 33:12)


Wagner Tadeu dos Santos Gaby é o Pastor Presidente da 
Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Curitiba.


Este estudo foi copiado do periódico Voz da Assembléia de Deus em Curitiba, Ano 17 - Nº 191

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

História da Tradução da Bíblia - 2ª parte



A Primeira Tradução

Estima-se que a primeira tradução foi elaborada entre 200 a 300 anos antes de Cristo. Como os judeus que viviam no Egito não compreendiam a língua hebraica, o Antigo Testamento foi traduzido para o grego. Porém, não eram apenas os judeus que viviam no estrangeiro que tinham dificuldade de ler o original em hebraico: com o cativeiro da Babilônia, os judeus da Palestina também já não falavam mais o hebraico.

Septuaginta (ou Tradução dos Setenta)
Esta foi a primeira tradução. Realizada por 70 sábios, ela contém sete livros que não fazem parte da coleção hebraica, pois não estavam incluídos quando o cânon (ou lista oficial) do Antigo Testamento foi estabelecido por exegetas israelitas no final do Século I d.C. A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia. Eles são chamados apócrifos ou deuterocanônicos e encontram-se presentes nas Bíblias de algumas igrejas. Esta tradução do Antigo Testamento foi utilizada em sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo e representou um instrumento fundamental nos esforços empreendidos pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos ensinamentos de Deus.


Outras Traduções

Outras traduções começaram a ser desenvolvidas por cristãos novos nas línguas copta (Egito), etíope (Etiópia), siríaca (norte da Palestina) e em latim – a mais importante de todas as línguas pela sua ampla utilização no Ocidente. Por haver tantas versões parciais e insatisfatórias em latim, no ano 382 d.C, o bispo de Roma nomeou o grande exegeta Jerônimo para fazer uma tradução oficial das Escrituras.

Com o objetivo de realizar uma tradução de qualidade e fiel aos originais, Jerônimo foi à Palestina, onde viveu durante 20 anos. Estudou hebraico com rabinos famosos, e examinou todos os manuscritos que conseguiu localizar. Sua tradução tornou-se conhecida como "Vulgata", ou seja, escrita na língua de pessoas comuns ("vulgus"). Embora não tenha sido imediatamente aceita, tornou-se o texto oficial do cristianismo ocidental. Neste formato, a Bíblia difundiu-se por todas as regiões do Mediterrâneo, alcançando até o Norte da Europa.

Na Europa, os cristãos entraram em conflito com os invasores godos e hunos, que destruíram uma grande parte da civilização romana. Em mosteiros, nos quais alguns homens se refugiaram da turbulência causada por guerras constantes, o texto bíblico foi preservado por muitos séculos, especialmente a Bíblia em latim na versão de Jerônimo.

Não se sabe quando e como a Bíblia chegou até as Ilhas Britânicas. Missionários levaram o evangelho para Irlanda, Escócia e Inglaterra, e não há dúvida de que havia cristãos nos exércitos romanos que lá estiveram no segundo e terceiro séculos. Provavelmente a tradução mais antiga na língua do povo desta região é a do Venerável Bede. Relata-se que, no momento de sua morte, em 735, ele estava ditando uma tradução do Evangelho de João. Entretanto, nenhuma de suas traduções chegou até nós. Aos poucos, as traduções de passagens e de livros inteiros foram surgindo.


Primeiras Escrituras Impressas

Na Alemanha, em meados do século 15, um ourives chamado Johannes Gutenberg desenvolveu a arte de fundir tipos metálicos móveis. O primeiro livro de grande porte produzido por sua prensa foi a Bíblia em latim (a imagem acima é da Bíblia impressa de Gutenberg). Cópias impressas decoradas à mão passaram a competir com os mais belos manuscritos. Esta nova arte foi utilizada para imprimir Bíblias em seis línguas antes de 1500 – alemão, italiano, francês, tcheco, holandês e catalão. E em outras seis línguas até meados do século 16 – espanhol, dinamarquês, inglês, sueco, húngaro, islandês, polonês e finlandês.

Finalmente as Escrituras realmente podiam ser lidas na língua destes povos. Mas essas traduções ainda estavam vinculadas ao texto em latim. No início do século 16, manuscritos de textos em grego e hebraico, preservados nas igrejas orientais, começaram a chegar à Europa ocidental. Havia pessoas eruditas que podiam auxiliar os sacerdotes ocidentais a ler e apreciar tais manuscritos.

Uma pessoa de grande destaque durante este novo período de estudo e aprendizado foi Erasmo de Roterdã. Ele passou alguns anos atuando como professor na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Em 1516, sua edição do Novo Testamento em grego foi publicada com seu próprio paralelo da tradução em latim. Assim, pela primeira vez, estudiosos da Europa ocidental puderam ter acesso ao Novo Testamento na língua original, embora, infelizmente, os manuscritos fornecidos a Erasmo fossem de origem relativamente recente e, portanto, não eram completamente confiáveis.


Descobertas Arqueológicas

Várias foram as descobertas arqueológicas que proporcionaram o melhor entendimento das Escrituras Sagradas. Os manuscritos mais antigos que existem de trechos do Antigo Testamento datam de 850 d.C. Existem partes menores bem mais antigas como o Papiro Nash do segundo século da era cristã. Mas sem dúvida a maior descoberta ocorreu em 1947, quando um pastor beduíno, que buscava uma cabra perdida de seu rebanho, encontrou por acaso os Manuscritos do Mar Morto, na região de Jericó.

Durante nove anos, vários documentos foram encontrados nas cavernas de Qumran, no Mar Morto, constituindo-se nos mais antigos fragmentos da Bíblia hebraica que se têm notícias. Escondidos ali pela tribo judaica dos essênios no século I, nos 800 pergaminhos, escritos entre 250 a.C. a 100 d.C., aparecem comentários teológicos e descrições da vida religiosa deste povo, revelando aspectos até então considerados exclusivos do Cristianismo.

Estes documentos tiveram grande impacto na visão da Bíblia, pois fornecem espantosa confirmação da fidelidade dos textos massoréticos aos originais. O estudo da cerâmica dos jarros e a datação por carbono 14 estabelecem que os documentos foram produzidos entre 168 a.C. e 233 d.C.

Destaca-se, entre estes documentos, uma cópia quase completa do livro de Isaías, feita cerca de 100 a.C. Especialistas compararam o texto dessa cópia com o texto-padrão do Antigo Testamento hebraico (o manuscrito chamado Codex Leningradense, de 1008 d.C.) e descobriram que as diferenças entre ambos eram mínimas.

Outros manuscritos também foram encontrados neste mesmo local, como fragmentos de um texto do profeta Samuel, textos de profetas menores, parte do livro de Levítico e um targum (paráfrase) de Jó.

As descobertas arqueológicas, como a dos manuscritos do Mar Morto e outras mais recentes, continuam a fornecer novos dados aos tradutores da Bíblia. Elas têm ajudado a resolver várias questões a respeito de palavras e termos hebraicos e gregos, cujo sentido não era absolutamente claro. Antes disso, os tradutores se baseavam em manuscritos mais "novos", ou seja, em cópias produzidas em datas mais distantes da origem dos textos bíblicos.


Este estudo foi retirado do seguinte endereço: http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=40

Na próxima terça-feira iniciaremos a História da Tradução Bíblica para o português.


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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O mal existe?


Durante uma conferência com vários universitários, um professor de uma universidade desafiou seus alunos com esta pergunta: “Deus criou tudo o que existe?”

Um aluno respondeu valentemente: “Sim, Ele criou.”

“Deus criou tudo?” - Perguntou novamente o professor.

“Sim senhor”, respondeu o jovem.

O professor respondeu: “Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?”

O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era um mito.

Outro estudante levantou a mão e disse: “Posso fazer uma pergunta, professor?”

“Lógico.” Foi a resposta do professor.

O jovem ficou de pé e perguntou: “Professor, o frio existe?”

O professor respondeu: “Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?”

O rapaz respondeu: “De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é susceptível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor”

“E, existe a escuridão?” - Continuou o estudante.

O professor respondeu: “Existe.”

O estudante respondeu: “Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não! Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz. Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim? Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente”

Finalmente, o jovem perguntou ao professor: “Senhor, o mal existe?”

O professor respondeu: “Claro que sim, lógico que existe, como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal.”

E o estudante respondeu: “O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.”


"Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós." (1 Pedro 3:15)

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem." (Hebreus 11:1)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

História da Tradução da Bíblia


O livro mais lido, traduzido e distribuído do mundo – desde as suas origens, foi considerada sagrada e de grande importância. E, como tal, deveria ser conhecida e compreendida por toda a humanidade. A necessidade de difundir seus ensinamentos, através dos tempos e entre os mais variados povos, resultou em inúmeras traduções para os mais variados idiomas. Hoje é possível encontrar a Bíblia, completa ou em porções, em mais de 2.527 línguas diferentes (levantamento de dez/2010).


Os Originais

Os originais da Bíblia são a base para a elaboração de uma tradução confiável das Escrituras. Porém, não existe nenhuma versão original de manuscrito da Bíblia, mas sim cópias de cópias. Todos os autógrafos, isto é, os livros originais, como foram escritos por seus autores, se perderam. As traduções confiáveis das Escrituras Sagradas baseiam-se nas melhores e mais antigas cópias que existem e que foram encontradas graças às descobertas arqueológicas. 

Grego, hebraico e aramaico. Esses foram os idiomas utilizados para escrever os originais das Escrituras Sagradas. 

Antigo Testamento - a maior parte foi escrita em hebraico e alguns textos em aramaico. 

Novo Testamento - foi escrito originalmente em grego, que era a língua mais utilizada na época. 

Para a tradução do Antigo Testamento, a Sociedade Bíblica do Brasil utiliza a Bíblia Stuttgartensia, publicada pela Sociedade Bíblica Alemã. Já para o Novo Testamento, é utilizado The Greek New Testament, editado pelas Sociedades Bíblicas Unidas. Essas são as melhores edições dos textos hebraicos e gregos que existem hoje, disponíveis para tradutores.


Antigo Testamento Hebraico

Muitos séculos antes de Cristo, os escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo hebreu mantiveram registros de sua história e de seu relacionamento com Deus. Esses registros tinham grande significado e importância em suas vidas e, por isso, foram copiados muitas vezes, e passados de geração em geração. 

Com o passar do tempo, esses relatos sagrados foram reunidos em coleções conhecidas por: 

A Lei - composta pelos livros de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 

Os Profetas - incluíam os livros de Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze Profetas Menores, Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis.

As Escrituras - reuniam o grande livro de poesia, os Salmos, além de Provérbios, Jó, Ester, Cantares de Salomão, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias e 1 e 2 Crônicas. 

Esses três grandes conjuntos de livros, em especial o terceiro, não foram finalizados antes do Concílio Judaico de Jamnia, que ocorreu por volta de 95 d.C. 

Os livros do Antigo Testamento foram escritos em longos pergaminhos confeccionados em pele de cabra e copiados cuidadosamente pelos escribas. Geralmente, cada um desses livros era escrito em um pergaminho separado, embora A Lei frequentemente fosse copiada em dois grandes pergaminhos. O texto era escrito em hebraico – da direita para a esquerda – e, apenas alguns capítulos, em dialeto aramaico. 

Hoje se tem conhecimento de que o pergaminho de Isaías é o mais remoto trecho do Antigo Testamento em hebraico. Estima-se que foi escrito durante o século II a.C. e se assemelha muito ao pergaminho utilizado por Jesus na Sinagoga, em Nazaré. Foi descoberto em 1947, juntamente com outros documentos em uma caverna próxima ao Mar Morto.


Novo Testamento Grego

Os primeiros manuscritos do Novo Testamento que chegaram até nós são algumas das cartas do Apóstolo Paulo, destinadas a pequenos grupos de pessoas de diversos povoados que acreditavam no Evangelho por ele pregado. A formação desses grupos marca o início da igreja cristã. 

As cartas de Paulo eram recebidas e preservadas com todo o cuidado. Não tardou para que esses manuscritos fossem solicitados por outras pessoas. Dessa forma, começaram a ser largamente copiados e as cartas de Paulo passaram a ter grande circulação. 

A necessidade de ensinar novos convertidos e o desejo de relatar o testemunho dos primeiros discípulos em relação à vida e aos ensinamentos de Cristo resultaram na escrita dos Evangelhos que, na medida em que as igrejas cresciam e se espalhavam, passaram a ser muito solicitados. Outras cartas, exortações, sermões e manuscritos cristãos similares também começaram a circular. 

O mais antigo fragmento do Novo Testamento hoje conhecido é um pequeno pedaço de papiro escrito no início do século II d.C. Nele estão contidas algumas palavras de João 18.31-33, além de outras referentes aos versículos 37 e 38. Nos últimos 100 anos descobriu-se uma quantidade considerável de papiros contendo o Novo Testamento e o texto em grego do Antigo Testamento.


Outros Manuscritos

Além dos livros que compõem o nosso atual Novo Testamento, havia outros que circularam nos primeiros séculos da era cristã, como as Cartas de Clemente, o Evangelho de Pedro, o Pastor de Hermas, e o Didache (ou Ensinamento dos Doze Apóstolos). 

Durante muitos anos, embora os evangelhos e as cartas de Paulo fossem aceitos de forma geral, não foi feita nenhuma tentativa de determinar quais dos muitos manuscritos eram realmente autorizados. Entretanto, gradualmente o julgamento das igrejas, orientado pelo Espírito de Deus, reuniu a coleção das Escrituras que constituíam um relato mais fiel sobre a vida e ensinamentos de Jesus. No Século IV d.C. foi estabelecido entre os concílios das igrejas um acordo comum, e o Novo Testamento foi constituído. 

Os dois manuscritos mais antigos da Bíblia em grego podem ter sido escritos naquela ocasião – o grande Codex Sinaiticus e o Codex Vaticanus. Estes dois inestimáveis manuscritos contêm quase a totalidade da Bíblia em grego. Ao todo são aproximadamente 20 manuscritos do Novo Testamento escritos nos primeiros cinco séculos. 

Quando Constantino proclamou e impôs o cristianismo como única religião oficial no Império Romano, no final do Século IV, surgiu uma demanda nova e mais ampla por boas cópias de livros do Novo Testamento. É possível que o grande historiador Eusébio de Cesaréia (263–340) tenha conseguido demonstrar ao imperador o quanto os livros dos cristãos já estavam danificados e usados, porque o imperador encomendou 50 cópias para igrejas de Constantinopla. Provavelmente, esta tenha sido a primeira vez que o Antigo e o Novo Testamentos foram apresentados em um único volume, agora denominado Bíblia.


Continua na próxima quinta-feira...

Este estudo foi retirado do seguinte endereço: http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=40


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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Louvor da semana - 07/11/2011

O louvor desta semana é a versão em inglês da canção da semana passada, chama-se "Oceans Will Part", da banda Hillsong, também sugestão da jovem Fernanda da Assembléia de Deus em Campo Magro-Sede.


Oceans Will Part


If my heart has grown cold
There Your love will unfold
As You open my eyes
To the work of Your hand
When I'm blind to my way
There Your Spirit will pray
As You open my eyes
To the work of Your hand
As You open my eyes
To the work of Your hand

Oceans will part nations come
At the whisper of Your call
Hope will rise glory shown
In my life Your will be done

Present suffering may pass
Lord Your mercy will last
As You open my eyes
To the work of Your hand
And my heart will find praise
I'll delight in Your way
As You open my eyes
To the work of Your hand
As You open my eyes
To the work of Your hand
Oceanos Se Abrirão


Se meu coração se tornar frio
Lá seu amor irá desdobrar
Como você abre meus olhos
Para o trabalho de suas mãos
Quando eu não vejo meu caminho
Seu Espirito orará
Como você abre meus olhos
Para o trabalho de suas mãos
Como você abre meus olhos
Para o trabalho de suas mãos

Oceanos se partirão, nações vêm
Ao sussurro de Sua chamada
A esperança levantará, gloria será mostrada
Na minha vida Tua vontade seja feita

O atual sofrimento pode passar
Senhor, sua misericórdia durará
Como você abre meus olhos
Para o trabalho de suas mãos
E meu coração encontrará adoração
Deleitar-me-ei em Seu caminho
Como você abre meus olhos
Para o trabalho de suas mãos
Como você abre meus olhos
Para o trabalho de suas mãos