Por Reginaldo da Silva Stocki
Minha vida não tinha sentido, tive uma infância maravilhosa mas manchada por brigas e prostituição, aos 18 anos servi o Exército, porém apesar da infância conturbada não conheci droga alguma e muito menos oportunidade de conhecer. Fiquei nove meses no quartel e logo que demos baixa fomos direto para a praia, eu e meus irmãos, primos e amigos. O primeiro contato com as drogas foi através de um "amigo" que levou uma certa quantidade de maconha só para ver a piazada muito louca (ele que levou a droga nem fumava). Esse foi meu primeiro contato com a maconha.
A partir desta temporada na praia comecei a sair das mãos de Deus, conheci o cigarro, me viciei na maconha e como consequência de excesso destas duas substâncias surgiram problemas como a trombose que começou no meu membro inferior, na perna direita, subindo para o membro superior e algumas convulsões, fora as confusões que eu armava devido ao efeito que a maconha causa que é uma irritação terrível e depois dizem que não faz mal.
Eu chegava do trabalho de tarde, nem tirava a roupa e já tinha que enrolar um baseado para ficar na paz, essa era a minha paz que me causava irritação e trombose. Fique de 2002 a 2008 no cigarro e na maconha, aí certa tarde caí no laço do passarinheiro. Um rapaz que cresceu comigo me apresentou a terrível pedra do crack, fumamos um cabral (crack misturado com maconha). Foi só fumar e já gostar, no começo é uma sensação gostosa, o problema é quando você se torna dependente, a mentira passa a fazer parte do seu dia a dia. Comecei a roubar, brigas na família aumentaram, pedia dinheiro para os familiares, amigos e conhecidos, tudo dentro de casa virava fumaça. Blusas boas, jaquetas, camisetas, sanduicheira, cobertor, edredom, botijão de gás, televisão, tênis, centrífuga, rádio, minha moto, só não conseguia vender as roupas de minha esposa e só hoje entendo o porquê, por ela ser lavada pelo sangue do Cordeiro. Algumas vezes não pensava nas consequências e roubava o dinheiro que estava em sua bolsa, que serviria para comprar coisas boas para casa e até mesmo para o dízimo que eu já tirei até do envelope da igreja depois de procurar por dinheiro por todos os bolsos das blusas e embaixo das roupas das gavetas, me vinha um pensamento maligno de procurar no meio da Bíblia, aí foi que localizei um envelope com R$150,00 do dízimo, usei para comprar crack. Invadi cinco casas como um animal para alimentar meu vício com objetos furtados, amanhecia na rua no efeito da droga.
Minha família observou que minha situação estava crítica, chegando ao ponto até de alugar minha moto por R$20,00 a diária, resolveram me internar. Sem resistência ouvi o conselho mas acabei durando apenas uma semana na clínica. Voltei para casa e na caída da noite já me droguei, mas arrependido do que havia feito e sabendo que minha esposa não iria me aceitar resolvi retornar para a clínica ficando por apenas 30 dias quando o recomendado para o tratamento era 90 dias. Saí da clínica e durei somente 8 meses com minhas próprias forças sem o Senhor Jesus Cristo. Voltei começando pelo cigarro, voltei com a maconha chegando novamente no crack e fui piorando. Com as orações e jejum de minha esposa Patrícia, Deus nos abençoou com um carro mas eu comecei a usar para o mal e até deixar na mão de traficante, e certo dia comecei a refletir e falar a mim mesmo: "Poxa, será que só se eu estiver internado vou conseguir ficar sem droga", e eu pensava que como seria bom seu eu conseguisse viver uma vida limpa sem estar drogado.
E Deus usou um crente chamado Jober para falar comigo para eu clamar ao Senhor Jesus Cristo que por minhas próprias forças eu não estava conseguindo me libertar da escravidão que eu vivia sendo servo do crack. Comecei a orar e clamar a Deus que eu queria ser liberto e aí começou a batalha espiritual sempre vencida por Deus com a colaboração de quem quer ser liberto. Me batizei nas águas após o Pastor Marcos me explicar o porquê do Batismo, porém não foi de coração e o inimigo se levantou, pior do que antes do batismo, comecei até a fumar crack na lata e no cachimbo. Tudo isso aconteceu porque Satanás sabia que eu seria bênção na obra de Deus. No dia 08/04/2010 fui convocado a uma reunião na igreja com o coração aberto e esperançoso novamente. Participaram da reunião eu, meu sogro Gilmar, minha esposa Patrícia e o Pastor Marcos. Logo o Pastor perguntou se eu não queria me internar novamente para me tratar do vício das drogas, aí eu sugeri que eles me dessem a última chance, caso eu voltasse a usar droga depois daquela reunião eu iria me internar de forma voluntária. Depois disso Deus olhou para meu coração e fui arrancado das garras do Diabo e cheio de alegria comecei a anunciar o que Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo havia feito na minha vida e anunciar Seu nome. Transbordando de alegria comecei a louvar ao Senhor, o maior dos espíritos passava a partir daquele momento a habitar em mim, hoje eu sou salvo.
Só deixei de ir à igreja por motivo de trabalho e por poucas vezes, comunhão com os irmãos é muito importante e se santificar mais e mais. É possível se libertar das drogas, sou prova viva, a Palavra diz que somos as cartas vivas em que o mundo pode ler. Deus é maior mas se o dependente químico ou alcoólatra no fundo do coração não desejar a libertação nem Deus pode fazer nada. Se quiser no fundo do coração, Deus liberta. Eu me humilhei diante do Senhor, eu falei: "Deus, por minhas próprias forças eu não consigo me libertar, preciso de Ti, Senhor". Hoje sou nova criatura e luz no bairro onde moro e em meu trabalho.
Dou graças a Nosso Senhor que me libertou, Jesus Cristo. Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará, essa Palavra é viva e se cumprirá.
Reginaldo da Silva Stocki, que nos enviou este abençoado testemunho de conversão, é membro da Igreja de Deus no Brasil.
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